sábado, 14 de julho de 2007

Paulo Sousa, presidente da Delegação da OF na Madeira
Governo tem prejudicado as farmácias


O presidente da Delegação Regional da Madeira da Ordem dos Farmacêuticos, reeleito na votação do passado dia 21 de Junho, considera que a aprovação da lei que altera a regulamentação do sector, designadamente no que concerne a anulação da reserva de propriedade das farmácias para farmacêuticos, “inviabilizou qualquer conversação sobre o assunto”.

Paulo Sousa aponta o perigo de uma concentração de estabelecimentos de dispensa de medicamentos na mão dos grandes grupos económicos, e considera que, uma vez que a legislação vai no sentido de desvalorizar a profissão, cabe aos farmacêuticos valorizá-la e demonstrar a importância do trabalho que desenvolvem. Essa deverá ser, segundo aquele responsável, a principal linha de orientação do mandato de três anos que agora tem início a nível nacional e local. Paulo Sousa refere que a valorização da profissão e a aposta na formação e na qualificação dos seus activos deverão ser as traves mestras da actuação da delegação regional.
Considerando que todas as medidas tomadas recentemente pelo Governo “são a favor dos grandes interesses económicos”, refere que “é importante valorizar o potencial de aconselhamento do farmacêutico”, já que nas grandes superfícies, por exemplo, apesar de agora serem vendidos medicamentos, dificilmente o utente encontrará alguém com a necessária qualificação técnica para prestar esclarecimentos relativos a medicamentos e à sua mais correcta administração. Nesta linha de pensamento, Paulo Sousa diz, num comentário ao último relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde – que acusa o Ministério da Saúde de “falta de sensibilidade social –, que “todas as medidas que têm sido tomadas em relação ao sector têm sido de facto prejudiciais às farmácias”.

Carla Teixeira
Fonte: Tribuna da Madeira

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