quinta-feira, 12 de julho de 2007

Óleos solares podem levar a lesões que degeneram em cancros

Especialista alerta e pede retirada de óleos solares do mercado

O presidente da Associação Portuguesa de Cancro de Pele(APCC),Osvaldo Correia, defendeu hoje que as autoridades de saúde deveriam retirar do mercado os óleos solares, porque podem levar a lesões que degeneram em cancros de pele.
Segundo Osvaldo Correia,aqueles produtos "têm um efeito enganoso" sobre os seus utilizadores, já que "ao transmitirem gordura à pele evitam o seu repuxar, transmitindo uma falsa sensação de que a pele não está a envelhecer".Por outro lado, os óleos solares evitam a vermelhidão cutânea, levando a que as pessoas se exponham mais tempo ao sol, julgando que não estão em perigo.
Sublinhando que os índices de protecção aconselháveis "são de 30 para cima", o presidente da APCC acentuou em declarações á Lusa que, independentemente da falsa impressão de segurança transmitida por aqueles dois indicadores, aqueles produtos não evitam a penetração dos raios ultra-violeta (UVA) nas camadas mais profundas da pele.
O êxito daqueles produtos em alguns sectores do mercado deriva da falsa palavra de ordem "Moreno Igual a Beleza" pelo que a sua distribuição está sempre assegurada enquanto esse slogan tiver reflexo social. "São produtos que asseguram uma penetração silenciosa dos raios ultra-violeta, que atingem mais profundamente a pele, que envelhece precocemente", disse. Observou que os índices de protecção daqueles produtos, normalmente muito baixos, "são enganosos", porque complementam a transmissão de uma sensação de segurança.
O presidente aconselhou os portugueses de pele branca mais clara a utilizar sempre protectores solares com um índice mínimo de 30. Mesmo as pessoas de pele morena, aconselhou, "não devem usar protectores inferiores a 20" e até os indivíduos de pele negra "devem usar protectores não inferiores a 15".
Para uma protecção a cima dos 30 é necessário uma indicação médica,uma vez que, apresentam um risco maior de desenvolvimento de sensibilização cutânea devido ao aumento da concentração dos filtros.
O presidente da APCC chamou a atenção para o facto de os próprios protectores solares com índices mais elevados "poderem ser prejudiciais, porque podem levar as pessoas a pensar que não precisam de outros tipos de protecção, como as sombras, as t-shirts e os óculos de sol.De recordar, que nunca é demais os cuidados com os mais pequenos sendo que, a exposição solar na infância até a adolescência é um dos maiores factores de risco para o desenvolvimento de cancro de pele na vida adulta.

Sandra Cunha

Fontes:JN, saúde da família.Enciclopédia médica volume 7

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