terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Cancro do Cólon: medicamento reduz incidência em roedores

A enzastaurina reduziu significativamente a incidência de cancro do cólon em roedores, revela um estudo realizado pela Mayo Clinic.

De acordo comum comunicado da Mayo Clinic, os resultados sugerem que a enzastaurina poderá ser considerada um tratamento quimiopreventivo eficaz em pessoas que apresentem elevado risco de cancro do cólon.

Os especialistas constataram também que, nos casos em que surgiram tumores, estes eram menos avançados e agressivos, quando comparados com o grupo de controlo. A investigação conduziu ainda a outro conclusão aliada ao facto de a droga não aparentar produzir efeitos adversos severos.

Raquel Garcez

Esclerose Múltipla: Merck e Novartis disputam primeiro fármaco no mercado

A colocação no mercado do primeiro fármaco para a esclerose múltipla está a ser disputada pela Merck KGaA e a Novartis. Ambos os laboratórios planeiam solicitar às autoridades reguladoras a aprovação para comercializar os seus tratamentos orais.

A conquista poderá traduzir-se em 1.3 mil milhões de dólares anuais em vendas, à medida que os pacientes passem a adoptar esta forma de tratamento em detrimento dos injectáveis.

Segundo destaca o site Bloomberg, os novos fármacos poderão significar para muitos doentes “o fim de injecções dolorosas e infusões que deixam os pacientes com dores crónicas e depressão.”

Raquel Garcez

Fonte: http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=20601202&sid=a4EfOSGwR87A&refer=healthcare

Cancro pediátrico: Europa desenvolve medicamentos específicos

Um consórcio europeu (O3K) vai desenvolver medicamentos anticancerígenos bocais adaptados para crianças. O anúncio foi feito em Paris por ocasião do Dia Mundial da Criança com Cancro.

Segundo noticia a Agência Lusa, o projecto está a ser coordenado por um dos maiores centros europeus de luta contra o cancro - o Instituto Francês Gustave Roussy - cujo departamento pediátrico trata 450 crianças por ano.
Para o instituto, "o objectivo do projecto O3K (Oral Off-patent Oncology drugs for Kids) é desenvolver novos medicamentos especificamente adaptáveis para as crianças."

Estes novos medicamentos serão preparados a partir de outros já utilizados em cápsulas ou medicamentos para adultos, inadaptados para crianças. O projecto é financiado pela Comissão Europeia e os ensaios clínicos deverão arrancar no fim de Novembro próximo.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.moo.pt/noticia/saude/remedios_especificos_para_cancro_infantil_correio_da_manha/148523/

Venda de medicamentos em unidose avança este ano

O Ministério da Saúde garante que a venda de medicamentos em unidose vai avançar ainda este ano, mas em regime experimental e apenas nas farmácias hospitalares.

A venda de medicamentos em dose única é um compromisso do actual Governo assinado em 2006. No entanto, actualmente, a venda de medicamentos em unidose existe apenas no Hospital de Santo André, em Leiria.

A garantia de que este tipo de venda avança este ano foi dada pelo Ministério da Saúde à TSF. Uma notícia que, no entanto, é desconhecida para a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma): "Neste momento não sabemos se há algo em cima da mesa. Para nós trata-se de mera especulação. Não fomos consultados no passado recente sobre absolutamente nada", disse João Almeida Lopes à TSF.

De referir que, há estudos que indicam que o Estado pouparia, por ano, 180 milhões de euros se já estivesse em vigor a venda de medicamentos unidose. Por seu turno, para a Apifarma, a medida representa uma a ameaça para a segurança dos doentes.

Raquel Garcez

Fonte: http://tvnet.sapo.pt/noticias/video_detalhes.php?id=39940
_correio_da_manha/148523/

Insónia relacionada com sestas para aliviar dores de cabeça

Investigadores norte-americanos referiram que dormir para lidar melhor com a dor crónica provocada pelas enxaquecas pode levar a insónias crónicas.

Investigadores do Centro Médico da Universidade Rush, em Chicago, compararam um grupo de 32 mulheres com cefaleias tensionais confirmadas, como classificadas pela Sociedade Internacional de Cefaleias, a um grupo de 33 mulheres que apresentavam dores mínimas.

Oitenta e um por cento das mulheres no grupo das cefaleias relataram dormir como uma forma de lidar com as suas dores de cabeça, tendo este método também sido cotado como a estratégia mais efectiva de auto-gestão da dor.

O estudo, publicado na "Journal of Clinical Sleep Medicine”, descobriu que tirar uma sesta para aliviar as dores de cabeça pode servir como uma ligação comportamental entre as enxaquecas e o distúrbio do sono.

O investigador principal, o Dr. Jason C. Ong, referiu que a insónia é uma queixa comum entre as pessoas que sofrem de dores de cabeça. Embora tirar sestas possa aliviar a dor, também pode diminuir a necessidade de dormir à noite para o cérebro, levando a uma capacidade reduzida de iniciar e manter o sono durante a noite.

O estudo descobriu que 58 por cento das pessoas com cefaleias tensionais relataram problemas de sono como uma causa das dores de cabeça, em comparação com 18 por cento daquelas que apenas sofriam de dores de cabeça mínimas.

As cefaleias tensionais devem-se à tensão muscular no pescoço, nos ombros e na cabeça. A tensão muscular pode ser consequência de uma posição corporal incorrecta, de stress social ou psicológico ou do cansaço.

As cefaleias tensionais manifestam-se geralmente de manhã ou às primeiras horas da tarde e pioram ao longo do dia. Muitas vezes, sente-se uma dor mantida e moderada sobre os olhos ou a nuca, ou então uma sensação de pressão forte (como uma fita apertada à volta da cabeça), que pode acompanhar a dor. Esta pode abranger toda a cabeça e por vezes irradiar para trás, para a nuca até aos ombros.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/16/Insomnia_linked_to_tension_headache_naps/UPI-85211234817838/
www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D88%26cn%3D852

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Vitamina B12 pode ajudar a aliviar aftas na boca

Investigadores israelitas referiram que, num estudo, doses nocturnas de vitamina B12 preveniram efectivamente o retorno de aftas na boca.

O estudo, publicado na “The Journal of the American Board of Family Medicine”, descobriu que as aftas na boca recorrentes, também conhecidas como estomatite aftosa recorrente (EAR), reduziram significativamente após cinco ou seis meses de tratamento com vitamina B12, independentemente dos níveis iniciais de vitamina B12 no sangue.

O investigador principal, o Dr. Ilia Volkov, do Hospital Clalit e da Universidade Ben-Gurion do Negev, em Israel, referiu que, durante o último mês de tratamento, um número significativo de participantes no grupo de intervenção atingiu um estado sem úlcera aftosa.

Os investigadores testaram o efeito da vitamina B12 em 58 pacientes com estomatite aftosa recorrente, aleatoriamente seleccionados, que receberam uma dose oral de 1 000 microgramas de B12 ao deitar ou placebo, sendo testados mensalmente ao longo de seis meses.

De acordo com o Dr. Volkov, a média de duração dos surtos e a média do número de aftas por mês diminuiu em ambos os grupos, durante os primeiros quatro meses do ensaio. Contudo, a duração dos surtos, o número de aftas e o nível de dor foram reduzidos significativamente aos cinco e seis meses de tratamento com vitamina B12.

As aftas são pequenas ulcerações dolorosas que aparecem na mucosa bucal. Uma afta é uma mancha esbranquiçada, redonda, com uma auréola vermelha. É comum que a ferida se forme no tecido mole, particularmente no interior do lábio ou da bochecha, sobre a língua ou no palato mole e, às vezes, na garganta.

Apesar de se desconhecer a causa, parece que o carácter nervoso tem um papel no seu desenvolvimento, por exemplo, podem aparecer aftas na boca de um estudante durante um exame final.

As aftas pequenas (com menos de 12 mm de diâmetro) costumam aparecer em grupos de duas ou de três e, de modo geral, desaparecem ao fim de dez dias, sem tratamento, e não deixam cicatrizes. As aftas maiores são menos comuns, podem ser de forma irregular, necessitam de várias semanas para sarar e é frequente deixarem cicatrizes.

Isabel Marques

Infarmed: Registados 21 casos de reacções adversas à Gardasil em Portugal

A Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) informou que a vacina Gardasil para prevenir o cancro do colo do útero recebeu 21 notificações de reacções adversas, desde que começou a ser comercializada em Portugal, em 2006, sendo que 14 das quais foram consideradas graves, mas não houve qualquer caso mortal.

Contudo, o Infarmed salienta que não há provas de que as reacções adversas tenham sido consequência directa da imunização com a vacina Gardasil, que foi a escolhida para ser administrada no Plano Nacional de Vacinação, afastando a necessidade de suspender a venda do medicamento em Portugal. Seis casos foram notificados pela indústria farmacêutica e os outros 15 foram reportados por profissionais de saúde.

O presidente da Infarmed, Vasco Maria, desvalorizou os casos registados, salientando que são reacções esperadas quando se trata de medicamentos que mexem com o sistema imunitário, como é o caso das vacinas.

A informação foi actualizada pelo Infarmed, depois de se saber que em Espanha já existem 120 notificações de reacções adversas, 45 das quais consideradas graves. Sete jovens foram hospitalizadas recentemente em Espanha, o que levou as autoridades espanholas a suspenderem, temporariamente, um lote da vacina, estando a situação a ser investigada.

Após a divulgação dos primeiros casos em Espanha, o Infarmed informou que o lote suspenso (NH52670) não chegou a Portugal, mas confirmou a existência de 21 casos de reacções adversas.

A maior parte dos casos, em Portugal, tem a ver com sintomas associados a reacções do foro alérgico, adiantou uma fonte do Infarmed, enquanto em Espanha há registos de convulsões e desmaios.

Em Janeiro último, a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) recomendou que a vacina contra o cancro do colo do útero passasse a incluir no folheto informativo a ocorrência de desmaios ou convulsões como possíveis reacções adversas.

Isabel Marques

Fontes:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1365067&idCanal=62
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=387797&tema=37&pagina=&palavra=&ver=1

Estrogénio relacionado com síndrome das pernas inquietas durante a gravidez

Um estudo alemão, publicado na revista científica “Sleep”, indicou que o estrogénio tem um papel importante no despoletar da síndrome das pernas inquietas (SPI) durante a gravidez.

O investigador principal, o Dr. Thomas Pollmächer, do Instituto Max Planck de Psiquiatria, em Munique, referiu à Reuters Health que, pela primeira vez, existem evidências directas de que esta síndrome na gravidez está directamente relacionada com as alterações hormonais.

No estudo, dez mulheres grávidas com síndrome das pernas inquietas e nove grávidas saudáveis, para o controlo, forneceram amostras de sangue e submeteram-se a estudos num laboratório do sono durante a noite, no terceiro trimestre da gravidez, e novamente três meses após o parto.

Oito das dez pacientes com a síndrome relataram sintomas de pernas inquietas antes da actual gravidez e todas as dez descreveram uma piora dos sintomas durante a gravidez.

De acordo com os investigadores, as mulheres com síndrome das pernas inquietas demonstraram níveis de estrogénio significativamente mais elevados durante a gravidez, em comparação com o grupo de controlo. Outros níveis hormonais relacionados com a gravidez não diferiram significativamente entre os dois grupos.

Os estrogénios, que são chamados hormonas esteróides neuroactivas, são importantes, não só para a concepção e gravidez, mas também actuam directamente no cérebro.

Esta descoberta nas mulheres grávidas pode ajudar a compreender a síndrome das pernas inquietas, em geral, e eventualmente levar a um caminho adicional para o desenvolvimento de um tratamento.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE51C5V920090213

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ácidos gordos ómega-3 ajudam a proteger o fígado

Investigadores espanhóis revelaram que as dietas ricas em ácidos gordo ómega-3, provenientes de alimentos como o salmão e as sardinhas, ajudam a proteger o fígado de danos e contra a resistência à insulina.

O Dr. Joan Claria, da Universidade de Barcelona, descobriu que dois tipos de lípidos nos ácidos gordos ómega-3, denominados protectinas e resolvinas, são a causa do efeito protector.

Os investigadores estudaram quatro grupos de ratos com um gene alterado para os tornar obesos e diabéticos. Um dos grupos recebeu uma dieta enriquecida com ómega-3, o segundo grupo recebeu uma dieta de controlo, o terceiro recebeu ácido docosahexaenóico (DHA) e o último grupo recebeu apenas resolvinas.

Após cinco semanas, foram examinadas amostras de sangue e fígado dos ratos do estudo. Os ratos que receberam a dieta rica em ómega-3 exibiram menos inflamação e melhoraram a tolerância à insulina. Isto deveu-se à formação de protectinas e resolvinas dos ácidos gordos ómega-3.

O estudo, publicado na “Federation of American Societies for Experimental Biology Journal”, demonstrou, pela primeira vez, que estes lípidos derivados dos ácidos gordos ómega-3 podem realmente reduzir a ocorrência de complicações hepáticas, tais como esteatose hepática ou fígado gordo e resistência à insulina, nas pessoas obesas.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/13/Omega-3_guards_against_insulin_resistance/UPI-41511234565171/

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Fármaco para a hipertensão ajuda pacientes com doença renal

Investigadores revelaram que elevadas doses do fármaco candesartan, para a pressão sanguínea elevada, pode proteger as pessoas com doença renal de desenvolveram insuficiência renal e de precisarem de diálise ou transplante.

Doses diárias de oito vezes a quantidade normal do fármaco diminuíram as quantidades anormais de proteína na urina, denominada proteinúria, em pacientes com doença renal.

A Dra. Ellen Burgess, da Universidade de Calgary, no Canadá, referiu que quanto melhor for a redução da proteinúria com o tratamento, menor será a probabilidade do paciente vir a desenvolver doença renal de última fase, necessitando depois de terapia de substituição como diálise ou transplante. A diabetes e a hipertensão são as principais causas de doença renal grave.

A investigadora revelou que reduzir a proteína na urina pode também diminuir o risco de doença cardiovascular como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).

O candesartan, que é comercializado como Atacand, da AstraZeneca, e Blopress, da Takeda, pertence a um grupo de medicamentos chamados antagonistas dos receptores da angiotensina II, que são utilizados para baixar a pressão sanguínea e facilitar o bombeamento do sangue pelo coração.

O estudo, publicado na “Journal of the American Society of Nephrology”, envolveu 269 pacientes que tinham níveis elevados de proteína na urina apesar de tomarem a dose standard de 16 miligramas por dia de candesartan.

As pessoas que receberam 128 mg por dia do fármaco, durante 30 semanas, apresentaram mais de um terço de redução da proteína na urina, em comparação com aquelas que receberam 16 mg por dia, durante o mesmo período.

Os investigadores referiram que ficaram surpreendidos com os resultados, sublinhando que outros antagonistas dos receptores da angiotensina II tinham sido testados em doses elevadas mais sem o mesmo sucesso.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE51A8CW20090211

Ácido úrico elevado aumenta risco de morte por doença cardiovascular

Resultados de um estudo conduzido em Taiwan revelaram que níveis elevados de ácido úrico no sangue são um forte indicador de morte devido a doença cardiovascular, acidente vascular cerebral (AVC) e outras causas.

O Dr. Wen-Harn Pan, da Universidade Nacional de Taiwan, em Taipé, referiu que esta descoberta é verdadeira não só para os grupos de risco elevado, mas também para a população geral, e potencialmente para grupos de baixo risco.

Os investigadores estudaram dados de aproximadamente 42 mil homens e 49 mil mulheres com uma média de 51 anos. Todos realizaram exames médicos entre 1994 e 1996 e foram seguidos até ao final de 2003.

Níveis elevados de ácido úrico no sangue, definidos como estando acima dos sete miligramas por decilitro, foram documentados no primeiro exame em 40 por cento dos homens e 11 por cento das mulheres. Durante uma média de seguimento de 8,2 anos, 5 427 participantes morreram e 1 151 dessas mortes foram atribuídas a doença cardiovascular.

Na população geral do estudo, um nível elevado de ácido úrico no sangue foi associado a um aumento estatisticamente significativo do risco de morte devido a doença cardiovascular, AVC, insuficiência cardíaca congestiva ou outra causa.

Um nível elevado de ácido úrico no sangue teve ainda um maior impacto na morte entre as pessoas com pressão sanguínea elevada e diabetes.

O Dr. Pan revelou, na "Arthritis & Rheumatism”, que um nível elevado de ácido úrico no sangue é um factor de risco para a morte relacionada com causas cardiovasculares, mesmo naqueles sem os factores habituais de risco de doença cardiovascular.

Em conclusão, o Dr. Pan referiu que os dados demonstram que as pessoas com níveis elevados de ácido úrico no sangue apresentaram uma pior sobrevivência do que aquelas com níveis mais baixos.

O ácido úrico é um produto da divisão dos compostos do nitrogénio e, normalmente, é excretado pela urina. Durante décadas, tem-se sido reconhecido que o ácido úrico é encontrado em níveis elevados nas articulações das pessoas que sofrem de gota. Mais recentemente, tem-se sugerido que o ácido úrico pode ser um sinal de perigo lançado por células danificadas que despoleta a inflamação e uma resposta imunitária forte.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/12/eline/links/20090212elin027.html

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Estudo relaciona psoríase e osteoporose em homens

Investigadores israelitas acreditam na existência de uma associação entre psoríase e osteoporose, mas apenas entre os indivíduos do sexo masculino, revala um estudo publicado no Journal of Investigative Dermatology.

De acordo com a investigação realizada na Universidade Ben-Gurion do Negev, em Israel, a prevalência de osteoporose foi significativamente maior entre os doentes com psoríase do que nos indivíduos que compunham o grupo controlo: 3,1% versus 1,7%.

O estudo envolveu 7.936 doentes, com idades entre os 51 e os 90 anos, diagnosticados com psoríase, tendo sido compardo com um grupo de controlo composto por 14.835 indivíduos que não apresentavam psoríase.

A fraca associação estatística entre psoríase e osteoporose nas mulheres sugere que a relação entre psoríase e osteoporose só exista nos homens.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.nature.com/jid/index.html

Ácido acetilsalicílico diminui risco de cancro do estômago

O risco de desenvolver carcinomas estomacais pode ser reduzido através do uso de certos medicamentos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) – especialmente o ácido acetilsalicílico - indica um estudo publicado no British Journal of Cancer.

A investigação norte-americana - liderada por Christian Abnet, do National Cancer Institute em Maryland, nos Estados Unidos – constatou que a toma de AINEs permitiu reduzir em um terço o risco de desevnvolver certos tipos de cancro do estômago.

Segundo informa o British Journal of Cancer, o estudo analisou 311.115 pessoas, com idade superior a 50 anos, ao longo de sete anos. Dos avaliados, 73% tomaram ácido acetilsalicílico e 56% recorreram a outros AINEs, pelo menos uma vez, nos 12 meses anteriores ao início da investigação.

Os resultados alcançados apontam esta possível protecção do ácido acetilsalicílico. “As pessoas que tomaram pelo menos um comprimido de ácido acetilsalicílico no ano anterior à pesquisa apresentaram um risco 36% menor de desenvolver cancro do estômago do que as pessoas pertencentes ao grupo que não tomou o fármaco com tanta frequência”, lê-se no artigo.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.nature.com/bjc/index.html

Bombas de insulina: comparticipação chega em Fevereiro

“O fornecimento das bombas está a ser ultimado, havendo a «perspectiva de que o processo esteja formalizado no decorrer de Fevereiro”, a informação foi avançada pela Administração Central do Sistema de Saúde e confirmada pelo Ministério da Saúde ao jornal Expresso.

A notícia não ganhou o entusiasmo do coordenador nacional do Programa de Prevenção e Controlo da Diabetes, José Boavida, que diz só acreditar na data avançada por estes organismos quando o processo estiver finalizado. “A implementação das bombas infusoras de insulina arrasta-se há três anos e a última promessa de finalização do processo remonta a Novembro de 2007”, explicou.

De acordo com a estimativa nacional, são mais de 600 os diabéticos necessitados de uma bomba de insulina. No entanto, apesar de esta ser a realidade, a Direcção de Serviços de Cuidados de Saúde é peremptória: “Não havendo experiência anterior suficiente, estimou-se que no primeiro ano de implementação o número de doentes contemplados ronde os 100”, ressalvando que “este número é passível a correcção à medida que a experiência demonstre necessidade de alteração”.

Segundo os critérios de elegibilidade destes doentes, a “grande aposta” será feita nas crianças e grávidas e só serão contemplados os diabéticos tipo 1.

Raquel Garcez

Fonte: http://aeiou.expresso.pt/comparticipacao_em_bombas_de_insulina_prevista_este_mes=f497046

Aspirina reduz risco de lesão colorrectal

O uso prolongado de doses reduzidas de aspirina reduz em 13% a probabilidade de lesões pré-cancerosas em pacientes em risco de desenvolverem cancro colorrectal, sugere um estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute e divulgado pelo site Medical News Today.

A investigação conduzida por cientistas da Escola de Medicina de Dartmouth, nos Estados Unidos, incidiu nos participantes do ensaio Aspirin/Folate Polyp Prevention, 1.100 dos quais foram considerados de alto risco em relação ao cancro colorrectal devido ao historial de desenvolvimento de pólipos.

Segundo os resultados divulgados, as pessoas que foram testadas com a dose mais reduzida (81 miligramas) de aspirina, e que continuaram frequentemente a tomar este medicamento, apresentaram um risco 13% mais reduzido de desenvolverem lesões pré-cancerosas, ou adenomas, em comparação com os voluntários testados com placebo. Após o fim do tratamento, o efeito protector da aspirina manteve-se activo durante algum tempo.

A mesma conclusão saiu de um estudo congénere, onde os indivíduos em risco de cancro colorrectal - a tomar aspirina - alcançaram uma redução de 28% na probabilidade de desenvolverem lesões avançadas.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.medicalnewstoday.com/articles/138650.php

Autismo: identificados dois genes relacionados com sintomas

Um estudo norte-americano constatou que os roedores portadores de mutações genéticas no PTEN e no gene transportador da serotonina apresentam cérebros de maiores dimensões. Uma situação que parece estar relacionada com os sintomas do autismo.

De acordo com o site Sott.net, investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, afirmam ter identificado dois genes que, em roedores, demonstraram estar relacionados com os sintomas do autismo.

No artigo publicado no jornal Proceedings of the National Academy of Sciences, os cientistas reportam a descoberta de que os animais que eram portadores do PTEN e do gene de transporte da serotonina registavam sinais mais severos e tinham o cérebro maior do que os roedores que apenas apresentavam uma das mutações genéticas.

Segundo explica o coordenador do estudo, Damon T. Page, “os resultados providenciam evidências que indicam que a severidade dos sintomas do autismo pode ser o resultado de variações do ADN em diversos locais do genoma”.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.sott.net/articles/show/175674-2-Genes-Implicated-in-Autism

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Fármacos para insuficiência cardíaca podem ajudar a tratar distrofia de Duchenne

Investigadores norte-americanos descobriram que uma nova classe de fármacos experimentais para a insuficiência cardíaca pode também ajudar a tratar um distúrbio muscular fatal denominado distrofia muscular de Duchenne.

Os investigadores do Centro Médico da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, referiram que a medicação pode ser efectiva embora a insuficiência cardíaca e a distrofia muscular de Duchenne não possam parecer mais díspares.

A Duchenne afecta rapazes, normalmente antes dos seis anos, destruindo as células musculares e tornando-os progressivamente mais fracos. Muitos destes pacientes morrem entre os 20 e os 30 anos.

No que diz respeito à insuficiência cardíaca, as pessoas que sofrem desta doença são privadas da capacidade do coração bombear o sangue na sétima, oitava ou nona década da vida.

O estudo, publicado na “Nature Medicine”, descobriu que as células musculares afectadas em ambas as doenças apresentam a mesma fuga microscópica que enfraquece os músculos esqueléticos na Duchenne e os músculos cardíacos na insuficiência cardíaca. A fuga deixa o cálcio penetrar lentamente nas células dos músculos esqueléticos, que ficam danificadas devido ao excesso de cálcio, na distrofia muscular de Duchenne.

Nas pessoas com insuficiência cardíaca crónica, uma fuga de cálcio semelhante enfraquece continuamente a força produzida pelo coração e também activa uma enzima que digere proteínas que danifica as fibras musculares do coração.

O investigador principal, o Dr. Andrew Marks, coloca a hipótese de que uma nova classe de fármacos experimentais, que foram delineados para parar a fuga no coração, poderá também funcionar para a distrofia muscular de Duchenne. Os fármacos, quando foram administrados a ratos com a doença, melhoraram dramaticamente a força muscular e reduziram o número de células musculares danificadas.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/09/Heart_failure_drug_aids_Duchenne_disease/UPI-89341234223059/

Mulheres que bebem frequentemente refrigerantes podem aumentar risco renal

Um estudo norte-americano revelou que as mulheres que bebem duas ou mais latas de refrigerantes por dia têm o dobro da probabilidade de demonstrar sinais precoces de doença renal.

Contudo, o investigador principal, o Dr. David Shoham, do Sistema de Saúde da Universidade Loyola, em Chicago, referiu que o estudo não encontrou um risco elevado para os homens ou para as pessoas que bebem refrigerantes dietéticos.

Os investigadores examinaram dados de uma amostra representativa de 9 358 adultos, provenientes de um Inquérito da Análise da Nutrição e da Saúde Nacional dos Estados Unidos, que incluiu amostras de urina e um questionário acerca dos hábitos alimentares.

O estudo, publicado na revista científica “PLoS ONE”, descobriu que as mulheres que relataram beber dois ou mais refrigerantes, nas 24 horas anteriores, tinham 1,86 vezes mais probabilidade de ter albuminúria, um marcador para danos iniciais nos rins.

A albuminúria é um excesso da quantidade de uma proteína denominada albumina na urina. Como os rins saudáveis filtram as moléculas grandes, como a albumina, uma quantidade excessiva pode ser um sinal de danos nos rins.

Cerca de 11 por cento da população tem albuminúria. O estudo descobriu que, entre as pessoas que bebem duas ou mais latas de refrigerantes por dia, 17 por cento apresentam este marcador inicial de doença renal. Contudo, não é claro por que motivo beber refrigerantes aumenta o risco apenas para as mulheres.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/10/Women_drinking_soda_can_up_kidney_risk/UPI-91191234302921/

Demasiada vitamina E durante a gravidez pode prejudicar o bebé

Investigadores holandeses referiram que as mulheres que ficaram grávidas recentemente devem ter em atenção a quantidade de vitamina E que ingerem, uma vez que parece que elevados níveis da vitamina podem aumentar o risco do bebé nascer com defeitos congénitos do coração.

A probabilidade de terem um bebé com um defeito do coração era 70 por cento mais elevado para as mulheres que apresentavam a ingestão mais elevada de vitamina E proveniente apenas da dieta, em comparação com as que tinham a ingestão mais baixa.

Além disso, a ingestão elevada de vitamina E mais a utilização de suplementos que contêm vitamina E aumentaram o risco de defeitos congénitos do coração entre cinco e nove vezes.

O Dr. R. P. M. Steegers-Theunissen, do Centro Médico da Universidade de Roterdão, e colegas relataram, na “BJOG: An International Journal of Obstetrics and Gynaecology”, que elevados níveis de vitamina E podem desequilibrar o balanço oxidante/antioxidante dos tecidos embrionários.

Outros mecanismos possíveis, que explicam os efeitos adversos dos níveis elevados de vitamina E para o bebé, incluem a modificação dos genes envolvidos no desenvolvimento embrionário do coração e a inibição das enzimas celulares envolvidas na limpeza natural das toxinas.

O estudo incluiu 276 mães cujos bebés nasceram com defeitos congénitos do coração e 324 mães de controlo cujos bebés tinham nascido sem problemas de coração.

As mães completaram questionários de frequência alimentar relativos às quatro semanas antes do início do estudo, quando os seus bebés tinham 16 meses. Segundo os investigadores, os padrões alimentares durante este período eram semelhantes àqueles antes das mulheres ficarem grávidas.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/10/eline/links/20090210elin027.html

Hepatite B: identificado anticorpo que pode levar a nova vacina

A infecção pelo vírus da Hepatite B pode ser prevenida através da administração endovenosa e um determinado anticorpo, revela uma investigação realizada pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), da Universidade do Porto.

O estudo - conduzido pela investigadora Sílvia Vilarinho na sua tese de doutoramento – permitiu identificar um mecanismo pelo qual determinadas células conseguem provocar a morte daquelas que estão infectadas pelo vírus.

De acordo com o comunicado emitido pealo ICBAS e divulgado pela Agência Lusa, "apesar de o vírus da hepatite B não ser maléfico para a célula infectada, a resposta imunitária do organismo contra essa infecção conduz ao mau funcionamento do fígado”, salientando que “a descoberta de Sílvia Vilarinho permitiu tratar ratinhos infectados com a administração endovenosa de um anticorpo que previne a lesão hepática".

Segundo informa o ICBAS, "na sequência destes estudos em animais, já tiveram início as investigações em amostras humanas" e “o anticorpo utilizado já foi patenteado.” Sílvia Vilarinho, licenciada em Medicina pela Universidade do Porto, completou a tese de doutoramento no ICBAS e encontra-se actualmente a trabalhar na Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos EUA.

Raquel Garcez

Fonte: Lusa

Vírus cancerígenos mudam material genético para enganar defesas

Os vírus causadores de alguns tipos de cancro modificam o seu material genético para enganar as defesas do organismo, indica um estudo publicado na revista “Genome Research”. A pesquisa espanhola sugere que estas alterações epigenéticas podem estar igualmente presentes em vírus como o da sida ou da gripe.

O objectivo da investigação foi descobrir porque é que alguns indivíduos portadores de vírus oncogénicos os eliminam, outros evoluem para uma infecção, outros acabam por desenvolver um tumor cancerígeno e tentar ver quais as alterações no genoma que estão implicadas neste processo.

A equipa de investigadores realizou um mapa completo de metilação do ADN - um tipo específico de modificação química do material genético a partir de vários tipos de vírus relacionados com tumores - tratando-se da primeira análise completa que se fez do epigenoma de um ser vivo completo, como é um vírus.

Manel Esteller, coordenador do estudo, explicou que ao comparar o metiloma em portadores assintomáticos do vírus em pacientes com uma infecção activa e em pacientes que estão a desenvolver um cancro, verificou-se que nos primeiros resultados não estava metilado, que ao desenvolver-se uma infecção começava a metilar e que ao ter um tumor o genoma do vírus estava muito metilado.

Estes resultados permitiram que a equipa concluísse que a metilação é um mecanismo que o vírus recorre para se esconder do organismo, o que lhe permite perpetuar-se nas células.

Raquel Garcez

Fonte: http://genome.cshlp.org/content/early/2009/02/10/gr.083550.108.full.pdf+html?sid=19d209ad-7820-48be-8e8c-863b7d3ae1fa

Aumentou o consumo de antidepressivos e ansiolíticos

“O consumo de ansiolíticos e antidepressivos ou as taxas de suicídio estão a agravar-se e temos um consumo exagerado”, afirmou à TSF a Alta Comissária para a Saúde, Maria do Céu Machado.

De acordo com a TSF, o actual Plano Nacional de Saúde (PNS), a vigorar até 2010, apresenta uma evolução positiva em 70 dos 120 indicadores. A saúde mental é uma das excepções, sendo que, este indicador registou um agravamento.

Segundo a alta comissária para a Saúde, “verificaram-se progressos na prestação de cuidados médicos a crianças e jovens, no combate às doenças cardiovasculares e ao cancro”, sublinhando que “o pior registo está relacionado com o indicador de saúde mental dos portugueses”, facto que preocupa a responsável.

Raquel Garcez

Fonte: http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1141145

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Estudo: Consumo de marijuana pode aumentar risco de cancro testicular

Um estudo norte-americano revelou que o consumo de marijuana pode aumentar o risco do homem desenvolver cancro testicular, em particular a forma mais agressiva da doença.

O estudo, que incluiu 369 homens entre os 18 e os 44 anos com cancro testicular e 979 homens, da mesma faixa etária, sem a doença, descobriu que os actuais utilizadores de marijuana tinham 70 por cento mais probabilidade de desenvolver cancro testicular, em comparação com aqueles que não consumiam.

Os investigadores revelaram, na “Cancer”, que o risco pareceu ser mais elevado entre os homens que relataram fumar marijuana durante, pelo menos, 10 anos, consumiam-na mais do que uma vez por semana ou começaram a utilizá-la antes dos 18 anos.

Um dos investigadores, o Dr. Stephen Schwartz, do Centro de Investigação do Cancro Fred Hutchinson, em Seattle, referiu que este estudo foi o primeiro a explorar a possível associação da marijuana ao cancro testicular.

O estudo descobriu que o risco acrescido pareceu ser na forma denominada de cancro testicular não-seminoma. Este tipo corresponde a 40 por cento dos casos e pode ser mais agressivo e difícil de tratar.

Os investigadores referiram que não têm a certeza acerca do que a marijuana tem que pode aumentar o risco. Contudo, o consumo crónico de marijuana também pode ter efeitos no sistema reprodutor masculino, incluindo a diminuição da qualidade do esperma.

O Dr. Schwartz referiu ainda que é necessário realizar muitas mais investigações de forma a se conseguir ter a certeza de que o consumo de marijuana é importante no risco de desenvolver cancro testicular.

A causa do cancro testicular é desconhecida, mas os homens cujos testículos não desceram para o escroto, antes dos 3 anos de idade, têm muito mais probabilidades de desenvolver cancro testicular do que aqueles cujos testículos desceram dentro dessa idade. A maioria dos casos de cancro testicular desenvolve-se em homens com menos de 40 anos, entre os 20 e os 30 anos.

A doença normalmente responde bem ao tratamento e tem uma taxa de sobrevivência aos cinco anos de cerca de 96 por cento, segundo a Sociedade Americana do Cancro (ACS).

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/09/eline/links/20090209elin008.html

Fármacos para a fertilidade não aumentam risco de cancro dos ovários

Dados de um estudo, publicados na “British Medical Journal”, sugerem que não existe uma associação evidente entre a utilização de fármacos para a fertilidade e o risco de desenvolver cancro dos ovários.

O investigador principal, o Dr. Allan Jensen, da Sociedade Dinamarquesa de Cancro, em Copenhaga, referiu que, embora as descobertas ofereçam evidências encorajadores relativamente à ausência de uma forte associação entre a utilização de fármacos para a fertilidade e o risco de cancro dos ovários, muitas das mulheres do estudo ainda não atingiram o pico de idade habitual para o desenvolvimento de cancro dos ovários.

Os investigadores examinaram os registos médicos de 54 362 mulheres com problemas de fertilidade, que foram encaminhadas para clínicas de fertilidade entre 1963 e 1998, e que utilizaram gonadotrofinas, clomifeno, gonadotrofina coriónica humana ou hormona libertadora de gonadotrofina. A idade média a que foi feita a primeira avaliação de infertilidade foi aos 30 anos.

Num seguimento médio de 15 anos, durante o qual 156 mulheres desenvolveram cancro dos ovários epitelial invasivo, os autores concluíram que as mulheres que receberam tratamentos de fertilidade habituais não apresentavam um risco geral acrescido de desenvolver cancro dos ovários, em comparação com aquelas que não utilizaram fármacos para a fertilidade.

Adicionalmente, os investigadores não encontraram evidências de risco acrescido entre as mulheres que se tinham submetido a 10 ou mais ciclos de tratamento, nem naquelas que não ficaram grávidas.

Contudo, foi observado um aumento de 67 por cento do mais comum subtipo grave de cancro dos ovários entre as mulheres que tomaram clomifeno, mas os investigadores atribuíram os resultados a uma associação ao acaso.

Num editorial, Penelope Webb sublinhou que estes dados são encorajadores e que fornecem evidências de que os fármacos para a fertilidade não aumentam consideravelmente o risco de cancro dos ovários, embora pequenos aumentos do risco não possam ser excluídos.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=B5412B0E05EC4900BEFC403CFE6AE9D8

Condroitina ajuda a reduzir as dores da artrose do joelho

Investigadores relataram, na edição de Fevereiro da "Arthritis & Rheumatism”, que a utilização a longo prazo de condroitina, uma substância sujeita a receita médica, para o tratamento da artrose do joelho, diminui as dores e reduz o estreitamento da articulação.

O estudo sobre a prevenção da progressão da osteoartrose (Study on Osteoarthritis Progression Prevention - STOPP) envolveu 622 pacientes na Europa e nos Estados Unidos, com idades entre os 45 e os 80 anos, que sofriam de artrose do joelho. Em média, os pacientes relataram níveis moderados de dor quando o estudo iniciou.

Os pacientes receberam aleatoriamente um tratamento diário, durante dois anos, com condroitina ou placebo. Foram tiradas radiografias ao joelho afectado para avaliar o impacto do tratamento.

De acordo com o Dr. André Kahan, do Hospital Cochin, em Paris, no grupo que recebeu condroitina o alívio da dor aumentou com o tempo. Além disso, o tratamento com condroitina reduziu a probabilidade de estreitamento da articulação, que indica perda de cartilagem, em 33 por cento.

Mais de 90 por cento dos participantes relataram uma tolerabilidade boa ou muito boa e os efeitos secundários não foram mais prováveis do que com o placebo.

Os autores referiram que, como a condroitina utilizada no ensaio STOPP é um fármaco que necessita de prescrição médica, os resultados não podem ser generalizados aos produtos que contêm condroitina e são comercializados como suplementos alimentares.

A osteoartrose, também conhecida como osteoartrite, artrose, artrite degenerativa e doença articular degenerativa, é uma doença reumática que incide principalmente nas articulações dos joelhos, coluna, anca, mãos e dedos. Ocorre tanto em homens como em mulheres e é a mais comum das doenças reumáticas.

Isabel Marques

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Infarmed retira do mercado produto para higiene íntima Saugella Poligyn

A Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) anunciou, num comunicado de carácter "urgente", que foi ordenada a suspensão imediata da comercialização e a retirada do mercado nacional de todos os lotes do Produto Cosmético e de Higiene Corporal Saugella Poligyn, Emulsão Específica para Higiene Íntima, da marca Saugella, contendo o conservante “Methyldibromo glutaronitrile”.

A utilização do conservante “Methyldibromo glutaronitrile”, na formulação de Produtos Cosméticos e de Higiene Corporal, é actualmente proibida por não constar do Anexo VI ao Decreto-Lei n.º 189/2008, de 24 de Setembro, sendo o referido produto comercializado no mercado português pela empresa Laboratórios Delta, Lda.

Deste modo, o Infarmed notifica todas as entidades, envolvidas no circuito de distribuição e comercialização do referido produto, para a suspensão imediata da comercialização e recolha do mercado de todos os lotes contendo o conservante “Methyldibromo glutaronitrile”.

Advertem-se ainda os consumidores, que tenham adquirido ou que estejam a utilizar o produto acima referido, para se absterem da sua utilização ou a suspenderem e que, caso o detectem no mercado nacional, comuniquem essa situação ao Infarmed.

Isabel Marques

Fontes:
www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/DETALHE_ALERTA?itemid=1286839
http://clix.expresso.pt/infarmed_retira_do_mercado_produto_para_higiene_intima=f496797

Sulfato de magnésio pode reduzir risco de paralisia cerebral

O tratamento com sulfato de magnésio, entre as mulheres que estão em risco de parto prematuro, reduz o risco de paralisia cerebral nos recém-nascidos, pois estabiliza os vasos sanguíneos e protege contra os danos provocados pelo corte de oxigénio.

A Dra. Caroline Crowther, da Universidade de Adelaide, na Austrália, referiu que, para os bebés que nascem muito prematuros, existe um elevado risco de paralisia cerebral. A investigadora referiu que esta revisão, publicada na “The Cochrane Library”, demonstra que agora existem evidências para suportar a administração de uma terapia com sulfato de magnésio, às mulheres em risco de ter um parto prematuro, para aumentar as hipóteses de sobrevivência dos bebés, livre de paralisia cerebral.

Os investigadores descobriram, utilizando dados de cinco ensaios clínicos que envolveram 6 145 bebés que receberam aleatoriamente tratamento com sulfato de magnésio ou placebo, por volta da altura do parto, que o sulfato de magnésio diminuiu o risco de paralisia cerebral em 32 por cento. Além disso, o tratamento também foi relacionado a uma queda de 39 por cento da taxa de incapacidades de movimento.

Os autores calculam que 63 mulheres necessitariam de ser tratadas para prevenir um caso de paralisia cerebral. A terapia com sulfato de magnésio não afectou a mortalidade, nem o desenvolvimento de outras incapacidade neurológicas nos primeiros anos de vida.

Foram mais frequentes uma pressão sanguínea baixa e batimentos cardíacos rápidos nas mães que receberam sulfato de magnésio do que nas que receberam placebo. Contudo, a terapia com sulfato de magnésio não foi associada a quaisquer complicações graves.

Isabel Marques

Aminoácido presente nalguns alimentos pode ser chave na perda de peso

Investigadores norte-americanos revelaram que um aminoácido descoberto no sumo de melancia, nalguns frutos secos e noutros alimentos pode ajudar a combater a obesidade.

O estudo, publicado na “Journal of Nutrition”, descobriu que ratos de laboratório que foram alimentados com dietas baixas ou elevadas em gorduras complementadas com o aminoácido arginina, durante um período de 12 semanas, diminuiram a gordura corporal em cerca de 60 por cento.

O investigador principal, o Dr. Guoyao Wu, da Universidade A&M do Texas, em College Station, referiu que esta descoberta pode ser directamente trasladada para o combate à obesidade em humanos. Neste momento, a arginina ainda não foi incorporada na nossa comida, mas poderá ser no futuro.

O Dr. Wu acrescentou ainda que, dada a actual epidemia de obesidade nos Estados Unidos e a nível mundial, as descobertas são muito importantes.

O investigador revelou que a pesquisa em porcos sugere que os suplementos alimentares de arginina reduzem o crescimento da gordura, enquanto aumentam o ganho muscular sem afectar o peso corporal.

Adicionalmente, a investigação demonstrou que outros benefícios metabólicos da arginina podem estar relacionados com capacidade de estimular o processo bioquímico da síntese de proteína muscular e de reduzir as concentrações séricas de aminoácidos de cadeia ramificada. Os níveis elevados de aminoácidos de cadeia ramificada estão relacionados com a resistência à insulina.

Outros alimentos ricos em arginina incluem mariscos, sementes, algas, carnes, concentrado de proteína de arroz e proteína isolada de soja.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/06/Watermelon_juice_may_be_key_to_weight_loss/UPI-99801233957336/

FDA revela fármacos sob revisão devido a possíveis questões de segurança

A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) revelou uma lista de fármacos que estão actualmente sob revisão devido a potenciais questões de segurança.

De acordo com a informação disponível no site da agência, a FDA está a rever, entre outros compostos, a segurança do Xenical (orlistato), da Roche, para a perda de peso, devido a preocupações relacionadas com o risco de hemorragia rectal nos pacientes a tomar o fármaco. O tratamento antifúngico Lamisil (terbinafina), da Novartis, está a ser revisto devido à potencial associação a eventos psiquiátricos e o Diovan (valsartan), também da Novartis, para a hipertensão, está a ser examinado devido a preocupações relacionadas com anemia hemolítica.

Além disso, a FDA está a investigar o risco de anomalias congénitas, também chamadas defeitos de nascimento, nos bebés de mulheres que receberam antidepressivos e também está a examinar o Abilify (aripiprazol), da Bristol-Myers Squibb, para a esquizofrenia, relativamente a potenciais preocupações sobre a toxicidade hepática.

A agência especificou que o facto de um fármaco aparecer na lista significa apenas que a FDA identificou uma potencial questão de segurança, mas isso não quer dizer que foi identificada uma relação causal entre o fármaco e o referido risco.

Isabel Marques

Fontes:

www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=AE4EA7AB7202473B8DC3548A74AA4F57

Bebidas energéticas não são aconselháveis para crianças

Uma investigadora canadiana referiu que as bebidas energéticas são o café da nova geração, mas que contêm demasiado açúcar e cafeína, podendo ter um impacto negativo na saúde.

A nutricionista Stephanie Cote, do Centro de nutrição Extenso, da Universidade de Montreal, revelou que não é pouco comum os estudantes consumirem bebidas energéticas para aumentar a concentração enquanto estudam durante a noite.

Um relatório de 2008 do Ministério da Agricultura do Canadá descobriu que, em 2004, foram vendidas, nos Estados Unidos, 1,5 mil milhões de latas de Red Bull, sendo que o consumo no Canadá é comparável e é uma tendência crescente nos jovens entre os 18 e os 24 anos.

Contudo, este segmento de mercado está-se a alargar, uma vez que as crianças estão a começar a consumir estas bebidas antes de realizarem uma actividade física.

A nutricionista referiu que estas bebidas não são recomendáveis nem para atletas, nem para crianças com menos de 12 anos, visto que as bebidas energéticas não hidratam suficientemente o corpo. Estas têm demasiado açúcar e a cafeína não melhora necessariamente a performance física, sendo que em quantidades elevadas pode aumentar os riscos de fadiga e desidratação.

Diversos estudos têm demonstrado que doses elevadas de cafeína podem aumentar a hipertensão, causar palpitações, provocar irritabilidade e ansiedade e causar dores de cabeça e insónia.

As autoridades de saúde do Canadá não recomendam o consumo de mais de duas latas destas bebidas por dia.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/06/Energy_drinks_not_for_children/UPI-18591233982120/

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Vitamina D ligada a melhor força muscular

Investigadores britânicos descobriram que as raparigas adolescentes com níveis de vitamina D mais elevados podem ser capazes de saltar mais alto e mais depressa do que os seus pares com níveis mais baixos.

A investigadora principal, a Dra. Kate Ward, da Universidade de Manchester, referiu que a vitamina D não actua apenas com o cálcio para manter os ossos fortes, mas os investigadores agora acreditam que as raparigas adolescentes com níveis mais elevados da vitamina podem conseguir saltar mais alto e mais depressa do que as raparigas com níveis mais baixos.

Os investigadores recolheram dados sobre os níveis de vitamina D de 99 raparigas, com idades entre os 12 e os 14 anos. Para testar a função muscular das raparigas, estas foram instruídas para saltarem o mais alto que conseguissem, enquanto os investigadores utilizaram um instrumento delineado para medir a força e a performance.

O estudo, publicado na “Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism”, descobriu que, após considerar as diferenças de peso corporal das raparigas, aquelas que tinham os níveis mais elevados de vitamina D apresentavam os registos de velocidade de salto, de altura de salto, de poder e de força mais elevados.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/05/Vitamin_D_linked_to_better_muscle_power/UPI-60931233816551/

Risco de cancro da mama diminui após final de terapia de substituição hormonal

Investigadores norte-americanos descobriram que as mulheres na pós-menopausa que pararam a terapia de substituição hormonal, com estrogénio mais progestina, apresentaram um declínio no risco de cancro da mama.

Um estudo da Iniciativa Saúde da Mulher (Women's Health Initiative), liderado pelo Dr. Rowan T. Chlebowski do Instituto de Investigação Biomédica de Los Angeles, suporta a hipótese de que a recente redução da incidência do cancro da mama nos Estados Unidos está principalmente relacionada com uma diminuição da utilização combinada de estrogénio e progestina

Os investigadores utilizaram dados de um ensaio aleatório e de um estudo observacional de mulheres na pós-menopausa a receberem terapia hormonal combinada de estrogénio e progestina.

O estudo, publicado na “The New England Journal of Medicine”, descobriu que a utilização continuada de estrogénio mais progestina, após cinco anos, aproximadamente duplica o risco subsequente de cancro da mama por cada ano.

O Dr. Chlebowski referiu que as mulheres na pós-menopausa e os seus médicos devem considerar estas descobertas na ponderação dos riscos e benefícios da utilização combinada de estrogénio e progestina, especialmente se as mulheres planeiam tomar a medicação durante mais de cinco anos.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/05/Breast_cancer_risk_drops_after_ending_HRT/UPI-46491233812381/

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Chá verde torna o fármaco oncológico Velcade ineficaz

Investigadores norte-americanos descobriram que o amplamente utilizado extracto de chá verde torna um fármaco oncológico Velcade (bortezomib), para o tratamento de mielomas e linfomas, completamente ineficaz.

Os investigadores da Universidade do Sul da Califórnia descobriram que um componente do extracto de chá verde, denominado epigalocatequina galato (EGCG), uma catequina presente no extracto, destrói qualquer actividade anticancerígena do fármaco Velcade em ratos com tumores.

O Dr. Axel H. Schonthal, da Faculdade de Medicina de Keck, da Universidade do Sul da Califórnia, referiu que as descobertas de que o extracto de chá verde, ou a EGCG, bloqueia a acção terapêutica do Velcade foram completamente inesperadas.

A hipótese dos investigadores era a de que o extracto de chá verde iria aumentar os efeitos anti-tumorais do Velcade e que a combinação do extracto, ou da EGCG, com o fármaco iria revelar-se como um tratamento superior contra o cancro, em comparação com o tratamento com Velcade isoladamente.

Os medicamentos naturais, incluindo o chá verde, tornaram-se numa medicação popular para os pacientes com cancro que têm de lidar com os efeitos secundários da quimioterapia. Contudo, estes suplementos não são regulados e, para a maioria, os seus benefícios e/ou efeitos prejudiciais ainda não foram qualificados através de investigação.

Os investigadores, que utilizaram modelos pré-clínicos e ratos com tumores, descobriram que o incomum bloqueio da actividade terapêutica do Velcade baseou-se na interacção química entre as moléculas. A molécula da EGCG e a molécula do Velcade foram capazes de formar ligações químicas, o que significou que a molécula do Velcade já não conseguia ligar-se ao seu alvo planeado no interior das células cancerígenas.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/04/Green_tea_makes_cancer_drug_ineffective/UPI-94311233775606/

Terapia anti-TNF para a artrite reumatóide pode desencadear psoríase

Investigadores relataram que continuam a acumular-se evidências de que os fármacos bloqueadores do factor de necrose tumoral (TNF), utilizados para tratar a artrite reumatóide, podem desencadear a psoríase.

O último estudo, conduzido por investigadores do Reino Unido, acrescentou dados aos relatos de casos individuais de psoríase que ocorreram em pacientes com artrite reumatóide tratados com bloqueadores do TNF.

A Dra. Kimme L. Hyrich, da Universidade de Manchester, referiu à Reuters Health que os investigadores observaram 25 novos casos de psoríase no grupo de cerca de 10 mil pacientes com artrite reumatóide a receberem terapia com bloqueadores do TNF. Comparativamente, não foi observado nenhum caso de psoríase no grupo de controlo.

Os investigadores relataram, na “Annals of the Rheumatic Diseases”, que estudaram dados de 9 826 pacientes tratados com bloqueadores do TNF e de 2 880 pacientes tratados com fármacos modificadores da doença reumática (DMARDs).

Os investigadores, baseando-se nos 25 casos de psoríase, calcularam que a taxa de incidência para o aparecimento de psoríase foi de 1,04 para mil pessoas por ano no grupo dos bloqueadores do TNF.

A incidência foi significativamente mais elevada nos pacientes tratados com Humira (adalimumab) do que naqueles que receberam Enbrel (etanercept) ou Remicade (infliximab).

A Dra. Hyrich salientou que estas descobertas apresentam um paradoxo interessante, uma vez que as terapias com bloqueadores do TNF são muito efectivas no tratamento da psoríase grave e da artrite psoriática. A explicação por detrás destes casos permanece amplamente desconhecida.

A investigadora referiu que é necessária mais investigação para perceber as suas causas, antes que se possam tirar quaisquer conclusões definitivas, relativamente à associação entre as terapias anti-TNF e a psoríase, ou que sejam emitidas directrizes para o tratamento específico.

Isabel Marques

Fontes:

www.reutershealth.com/archive/2009/02/03/eline/links/20090203elin027.html

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Fisioterapia e anti-inflamatórios são o melhor tratamento para dor lombar

Uma revisão de estudos publicados revelou que a combinação de fisioterapia e fármacos anti-inflamatórios é o tratamento mais efectivo para a dor lombar provocada por doença sintomática lombar degenerativa do disco.

Os autores da revisão descobriram que, em 90 por cento das pessoas que sofrem de dor lombar, os sintomas desapareciam por si só em três meses e que a maioria destes pacientes recuperava em seis meses.

Estas descobertas indicam que o tratamento inicial para todos os pacientes com dor lombar, excluindo uma emergência, deve ser não invasivo.

O investigador principal, o Dr. Luke Madigan, da Clínica Ortopédica de Knoxville, no Tennessee, referiu que, recentemente, a cirurgia de substituição do disco tem sido proposta como uma cura ou tratamento para esta doença.

Contudo, o Dr. Madigan acrescentou que os resultados a longo prazo dos estudos da agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA), relativamente à substituição do disco lombar, ainda estão para ser publicados, pelo que, até lá, é aconselhada precaução.

O investigador também referiu que a cirurgia para tratar esta doença tem uma taxa de sucesso de 50 a 60 por cento.

Os investigadores concluíram, na “Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons”, que os tratamentos não invasivos apresentam um sucesso mais elevado ao ajudarem os pacientes a fortalecer a área danificada e ao prevenirem danos posteriores. Estes tratamentos incluem fisioterapia, fármacos anti-inflamatórios, exercício e a educação do paciente acerca dos mecanismos do corpo, indicando, por exemplo, que se deve flectir as pernas, em vez de se dobrar as costas, quando se quer baixar ou pegar em pesos.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_75040.html

Disfunção eréctil relacionada com risco cardíaco

Investigadores norte-americanos referiram que os homens, com idades entre os 40 e os 49 anos, que sofrem de disfunção eréctil têm uma probabilidade duas vezes maior de desenvolver doença cardíaca.

O estudo conduzido na Clínica Mayo, em Rochester, no Minnesota, descobriu que os homens que sofrem de disfunção eréctil têm um risco 80 por cento maior de desenvolverem doença cardíaca.

A Dra. Jennifer St. Sauver referiu que o risco de doença coronária era mais elevado nos homens mais jovens.

A Dra. St. Sauver sugeriu que os homens mais novos e os seus médicos poderão ter de considerar a disfunção eréctil como um indicador de um futuro risco de doença coronária e tomar as medidas apropriadas para a prevenção.

No estudo, os investigadores identificaram 1 402 homens, em 1996, que não sofriam de doença cardíaca e, a cada dois anos, durante dez anos, os homens foram avaliados relativamente à sua saúde urológica e sexual.

A prevalência de disfunção eréctil nos participantes do estudo era de 2,4 por cento nos homens entre os 40 e os 49 anos, 5,6 por cento naqueles entre os 50 e os 59 anos, 17 por cento nos homens entre os 60 e os 69 anos e 38,8 por cento entre os homens com 70 anos ou mais.

Após mais de dez anos de seguimento, os investigadores descobriram que os homens com disfunção eréctil tinham uma probabilidade 80 por cento maior de desenvolver doença coronária, em comparação com os homens que não sofriam de disfunção eréctil.

As descobertas, publicadas na “The Mayo Clinic Proceedings”, também revelaram que o risco mais elevado de nova doença cardíaca foi observado nos participantes mais jovens do estudo, aqueles com idades entre os 40 e os 49 anos, que sofriam de disfunção eréctil.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/03/Erectile_dysfunction_linked_to_heart_risk/UPI-55351233696156/

Fumar durante a gravidez reduz fluxo sanguíneo para o feto

Uma nova investigação sugere que fumar durante a gravidez reduz o fluxo sanguíneo para o feto em desenvolvimento, o que, por sua vez, retarda o seu crescimento.

A Dra Malene Rohr Andersen, do Hospital Universitário Gentoffe, na Dinamarca, referiu que se sabe, há cerca de 50 anos, que os bebés de mães que fumaram durante a gravidez têm um peso à nascença mais baixo.

A investigadora acrescentou que este estudo apresenta uma possível explicação relativamente à razão pela qual existe um fluxo sanguíneo reduzido para o feto.

A equipa de investigadores estudou 266 grávidas, das quais 182 eram não fumadoras, 43 eram fumadoras e 41 era ex-fumadoras.

De acordo com o relatório publicado na “Circulation”, os bebés cujas mães eram fumadoras pesavam menos, tinham uma cabeça mais pequena e eram mais pequenos, em comparação com os recém-nascidos cujas mães eram não fumadoras ou ex-fumadoras.

Fumar foi associado, no feto, a uma queda de 47 por cento dos níveis de uma proteína chave que ajuda os vasos sanguíneos a relaxar e o fluxo sanguíneo a aumentar, denominada síntase do óxido nítrico endotelial (eNOS).

A Dra. Andersen referiu que este estudo é um dos primeiros a demonstrar uma medida bioquímica do que se passa para provocar um peso mais baixo à nascença.

Fumar também foi associado a uma redução de 18 por cento dos níveis de bom colesterol no plasma do feto.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/03/eline/links/20090203elin028.html

Alguns analgésicos podem apresentar riscos para pacientes cardíacos

Uma nova investigação sugere que a utilização de determinados analgésicos, conhecidos como anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), por parte de pacientes com insuficiência cardíaca crónica, está associada a um aumento do risco de morte e doença cardiovascular.

O Dr. Gunnar H. Gislason, do Hospital Universitário Gentofte, na Dinamarca, referiu que a acumulação de evidências apontam para um aumento do risco cardiovascular com a utilização de anti-inflamatórios não esteróides, particularmente em pacientes com doença cardiovascular estabelecida.

No estudo actual, os investigadores avaliaram o risco de morte e admissão no hospital, devido a ataques cardíaco ou insuficiência cardíaca, associado à utilização destes fármacos em 107 092 pacientes que sobreviveram a uma primeira hospitalização devido a insuficiência cardíaca.

Entre os participantes do estudo, 36 354 pacientes (cerca de 34%) posteriormente aviaram, pelo menos, uma receita de anti-inflamatórios não esteróides. No total, 60 974 pacientes (57%) morreram durante o estudo, 8 970 (8,4%) foram hospitalizados devido a ataque cardíaco e 39 984 (37,5%) devido a insuficiência cardíaca.

A utilização de AINEs, como o Vioxx (rofecoxib) e o Celebrex (celecoxib), da Pfizer, assim como o ibuprofeno, o diclofenac e o naproxeno, foi associada a um aumento significativo do risco de morte nos participantes do estudo.

Embora o Vioxx tenha sido retirado do mercado em Portugal devido ao elevado risco de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC) em adultos, o Celebrex continua a ser comercializado.

Os investigadores relataram, na “Archives of Internal Medicine”, que existiu um aumento do risco de morte relacionado com a dosagem e um maior risco de admissão no hospital como resultado de ataque cardíaco e insuficiência cardíaca associados à utilização de AINEs.

Os investigadores concluíram que, entretanto, devido à acumulação de evidências, é necessária uma consciencialização geral entre os médicos, as autoridades de cuidados de saúde e o público em geral, relativamente ao potencial risco cardiovascular dos AINEs, em particular nos pacientes com doença cardiovascular ou com risco cardiovascular aumentado.

A insuficiência cardíaca é uma doença crónica na qual o coração perde gradualmente a capacidade de bombear o sangue de forma eficiente, deixando os órgãos com falta de oxigénio.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/03/eline/links/20090203elin029.html

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Investigadores identificam hormona relacionada com depressão pós-parto

Um estudo revelou que os níveis aumentados da hormona libertadora da corticotropina (CRH), que é produzida pela placenta, identifica as mulheres que apresentam risco de desenvolver uma depressão pós-parto.

A Dr. Ilona S. Yim, da Universidade de Califórnia, em Irvine, revelou que a elevada incidência e as graves consequências da depressão pós-parto fazem da identificação das mulheres em risco um objectivo importante de investigação.

Os investigadores salientaram que diversas evidências associam a CRH, uma hormona chave envolvida na regulação de muitas outras hormonas, a sintomas depressivos a seguir ao parto.

Os investigadores, para analisar melhor esta questão, conduziram um estudo, no qual os níveis da hormona no sangue foram medidos diversas vezes, ao longo da gravidez, em 100 mulheres, tendo iniciado na semana 15. Dezasseis mulheres desenvolveram depressão pós-parto.

Os autores relataram que o nível de CRH placentário à semana 25 era um forte indício de depressão pós-parto.

O grupo de investigadores sugeriu que fazer a detecção da CRH placentária é um meio plausível para prever uma depressão pós-parto.

Os investigadores referiram, na “Archives of General Psychiatry”, que, como tipicamente é colhido sangue para detectar a diabetes gestacional entre as semanas 24 e 28, uma possível detecção da depressão pós-parto poderá ser completada ao mesmo tempo.

Adicionalmente, os dados também sugerem que o poder indicativo da CRH placentária pode ser aumentado através da avaliação das mulheres, relativamente aos sintomas de depressão, durante o meio da gravidez.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/02/eline/links/20090202elin028.html

Cefaleia em salvas pode responder a produtos naturais à base de kudzu

Uma análise de pacientes que tomaram produtos naturais contendo extracto ou raiz de kudzu sugere que os componentes da planta poderão ser utilizados para gerir as cefaleias em salvas.

O Dr. R. Andrew Sewell, da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale, referiu à Reuters Health que os pacientes que sofrem de cefaleias em salvas, através de tentativa e erro, podem ter descoberto uma nova cura para o seu terrível problema.

O Dr. Sewell salienta, no artigo publicado na “Headache”, que entre os efeitos deste produto está um aumento do fluxo sanguíneo cerebral.

Os investigadores questionaram 235 pacientes com cefaleias em salvas via e-mail, relativamente à utilização de remédios complementares e alternativos. O kudzu foi mencionado de tal forma que se tornou um tópico de particular interesse.

No total, responderam 159 pacientes e 22 (14%) referiram auto-tratamento com kudzu. Deste grupo, 16 concordaram em participar em mais avaliações, sendo que 11 apresentavam cefaleia em salvas episódica e cinco sofriam de cefaleia em salvas crónica.

Com o tratamento com kudzu, 73 por cento do grupo com cefaleia em salvas episódica relatou uma redução da frequência dos ataques e 36 por cento apresentou uma diminuição da duração dos ataques.

Entre os que sofriam de cefaleia em salvas crónica, 60 por cento relatou uma redução da frequência e 40 por cento referiu uma diminuição da duração da enxaqueca.

O Dr. Sewell concluiu que, se estes resultados forem confirmados num ensaio clínico aleatório com extractos estandardizados, o kudzu pode comprovar ter um papel na gestão da cefaleia em salvas.

O kudzu, também denominado Pueraria montana, é uma planta originária do Japão e da China, cuja raiz é rica em isoflavonas. É utilizada na medicina tradicional chinesa para tratar securas, dores de cabeça e dores devidas a pressão sanguínea elevada.

Os extractos e as raízes da planta são actualmente comercializados como medicamentos alternativos, sendo promovidos com suplementos ou tratamentos para uma variedade de problemas, incluindo alcoolismo, enxaquecas, diarreia, obstrução intestinal, hipertensão e angina de peito.

A cefaleia em salvas é uma cefaleia, ou dor de cabeça, primária constituída por crises frequentes (até 6 vezes por dia) com dores fortes, inicialmente localizadas na cara, num olho, numa têmpora ou na testa, geralmente acompanhadas de congestão conjuntiva e nasal contralateral.

As cefaleias em salvas iniciam-se frequentemente quando a pessoa está a dormir, sendo muitas vezes acompanhadas por um sentimento de medo ou de pânico. Podem ser seguidas, ou não, por um período livre de cefaleias e podem persistir durante anos.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/02/eline/links/20090202elin027.html
www.medicoassistente.com/modules/dictionary/detail.php?id=1427

Autoridades europeias e norte-americanas alertam para riscos da sibutramina

A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) e a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) alertaram para os riscos da utilização de fármacos para emagrecer que contenham sibutramina.

Em Portugal, são comercializado diversos fármacos que contêm esta substância, como o Reductil, Zelium e as versões genéricas Sibutramina Sibulaite, Sibutramina Solufarma e Sibutramina Teva, sendo que Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) garante que está atenta à situação e que irá seguir as recomendações, mas ainda não existem ordens de retirada do mercado.

A sibutramina, uma substância controlada, pode provocar dependência, promover o abuso e apresenta riscos de provocar hipertensão arterial, taquicardia, palpitações e ataque cardíaco, podendo apresentar um risco significativo para as pessoas com história de doença cardíaca, insuficiência cardíaca, batimentos cardíacos irregulares ou acidente vascular cerebral (AVC).

Este medicamento, juntamente com o rimonabante, a bumetanida e a fenolftalaína, é um dos fármacos detectados com substâncias não-declaradas.

O Infarmed afirma que, como a sibutramina é vendida sob receita médica, "há sempre controlo clínico" do paciente e, caso ocorra um efeito adverso, será "mais facilmente detectado do que se tivesse venda livre".

A sibutramina é um medicamento para ajudar a perder peso, se o médico considerar que o paciente obeso, ou tem excesso de peso, com factores de risco relacionados com a obesidade, tais como diabetes e/ou lípidos elevados.

O médico pode prescrever o medicamento, se com dieta e exercício físico durante três meses não for perdido peso suficiente. Este medicamento faz com que o paciente se sinta cheio mais depressa, para que coma menos. Comendo menos irá perder e controlar o peso.

Este medicamento deve ser utilizado associado a uma dieta de baixo teor calórico e com aumento de actividade física.

Isabel Marques

Fontes:
www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=1038795
http://blogs.usatoday.com/betterlife/2009/01/fda-warns-again.html
www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=54403C7C-B3A2-4D3A-BE9D-9A9BF5DDE5B7&channelid=F48BA50A-0ED3-4315-AEFA-86EE9B1BEDFF

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Estudo examina eficácia e aceitabilidade de 12 antidepressivos

Dados de um estudo, publicados na “The Lancet”, sugerem que 12 antidepressivos de nova geração são igualmente efectivos, embora o Zoloft (sertralina), da Pfizer, e o Cipralex (escitalopram), da Forest e da Lundbeck, ambos comercializados em Portugal, tenham sido superiores em termos de eficácia e aceitabilidade.

Os outros 10 fármacos avaliados no estudo foram o Cymbalta (duloxetina) e o Prozac (fluoxetina), da Eli Lilly, o Dumyrox (fluvoxamina), da Solvay, o Remeron (mirtazapina), da Akzo Nobel, o Seroxat (paroxetina), da GlaxoSmithKline, o Edronax (reboxetina), da Pfizer, o Efexor (venlafaxina), da Wyeth, e o Wellbutrin XR (bupropiom), da Biovail, o Ixel (milnacipran), da Forest e da Cypress, e o citalopram, todos comercializados em Portugal.

Os investigadores analisaram 117 estudos aleatórios e controlados, que incluíram 25 928 pacientes, conduzidos entre 1991 e 2007, nos quais os antidepressivos foram avaliados no tratamento da depressão major unipolar em adultos.

As descobertas demonstraram que, enquanto o Zoloft, o Cipralex, o Remeron e o Efexor foram mais eficazes do que os outros antidepressivos, o Zoloft e o Cipralex demonstraram o melhor perfil de aceitabilidade, levando a significativamente menos casos de descontinuação do tratamento, em comparação com os outros fármacos.

Contudo, no estudo, todos os antidepressivos foram efectivos e as diferenças observadas entre eles não foram grandes. Os investigadores realçaram que, se um paciente está a tomar um fármaco e a responder bem, este não deve parar e mudar de medicamentos.

De acordo com as conclusões do estudo, o Zoloft poderá ser a melhor escolha quando se está a iniciar um tratamento para a depressão major moderada a grave em adultos, porque apresenta o equilíbrio mais favorável entre os benefícios, aceitabilidade e custos de aquisição.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=45AA1D463F0E4112A837858597F3162D

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ustekinumab aprovado na Europa para psoríase moderada a grave

A Comissão Europeia (CE) aprovou a comercialização do fármaco Stelara (ustekinumab), da Janssen-Cilag, para o tratamento da psoríase em placas moderada a grave em adultos que não responderam ou apresentam alguma contra-indicação, ou intolerância, a outras terapias sistémicas, incluindo ciclosporina, metotrexato e fotoquimioterapia (PUVA).

A aprovação baseou-se em dados de dois ensaios, que envolveram cerca de 2 mil pacientes, que avaliaram a eficácia e segurança do ustekinumab no tratamento da psoríase em placas moderada a grave.

Mais de dois terços dos pacientes alcançaram o objectivo primário, em ambos os estudos, isto é, apresentaram uma melhoria de aproximadamente 75 por cento da gravidade da psoríase na semana 12, após terem recebido apenas duas doses nas semanas zero e quatro.

Os estudos clínicos demonstraram que o tratamento com ustekinumab produz uma melhoria significativa da psoríase e da qualidade de vida dos pacientes. Esta melhoria é alcançada com apenas quatro injecções subcutâneas por ano (a cada 12 semanas), depois de duas doses iniciais nas semanas zero e quatro.

A frequência de eventos adversos graves, incluindo infecções graves, neoplasias malignas e acontecimentos cardiovasculares, foi baixa e semelhante à esperada nesta população.

As reacções adversas mais frequentes foram artralgia, tosse, cefaleia, eritema no lugar da injecção, nasofaringite e infecção das vias respiratórias superiores. A maioria destes efeitos secundários foram considerados leves e não obrigaram à suspensão do tratamento.

A psoríase é uma doença inflamatória crónica de natureza auto-imune que afecta a pele e outros órgãos. A psoríase não é contagiosa, mas é uma doença para a qual ainda não existe cura, embora algumas terapias produzam uma remissão. As lesões têm relevo, são vermelhas, cobertas por escama prateada, e surgem sobretudo nos cotovelos, joelhos, região lombar e couro cabeludo, embora possam afectar qualquer área do corpo, cobrindo, nos casos mais graves, extensas áreas do tronco e membros.

A psoríase afecta 2 a 3 por cento da população europeia e está associada a um grande impacto sobre a saúde física e emocional.

Isabel Marques

Fontes:
http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9720
www.docguide.com/news/content.nsf/news/852571020057CCF685257546005734CA

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sintomas da menopausa não respondem a terapia com medicamentos naturais

Uma revisão a uma série de medicamentos naturais à base de plantas, comummente utilizados para controlar os sintomas da menopausa, revelou poucas evidências de que estes sejam efectivos.

Os investigadores também descobriram uma falta de estandardização ou garantia de qualidade relativamente a estes preparados, segundo o relatório publicado no "Drug and Therapeutics Bulletin”.

De acordo com os editores do relatório, não existem evidências fortes que apoiem os medicamentos naturais frequentemente tomados para aliviar os sintomas incómodos da menopausa.

Esta revisão incluiu o cohosh-preto, também denominado Actea racemosa ou cimicifuga, trevo vermelho, Dong quai (angelica chinesa), óleo de prímula, ou onagra, ginseng, extracto de inhame selvagem, Agnus castus (proveniente da árvore agnocasto ou árvore-da-castidade), lúpulo, salva e kava-kava, ou kavaína.

O editor da revista, o Dr. Ike Iheanacho, referiu à Reuters Health que as descobertas levantam diversas questões para as mulheres, sendo que os problemas potenciais incluem questões de qualidade, se o produto é de facto aquilo que está anunciado na embalagem, e se será ou não o mesmo produto na embalagem seguinte, visto que existe uma falta de estandardização na preparação do produto.

O Dr. Iheanacho acrescentou que, mesmo que estes produtos sejam seguros, existe uma falta de evidências que demonstrem que aliviam os sintomas.

A mensagem que se pretende passar não é a de que as mulheres não devem utilizar estes medicamentos, mas sim que as pacientes devem informar o seu médico acerca do produto que estão a utilizar, devendo este ser investigado na medida do possível.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE50Q5OU20090127

Estudo: Cladribina reduz taxas de recaída da esclerose múltipla

Dados de uma investigação de dois anos demonstraram que o fármaco de formulação oral cladribina, da Merck KGaA, reduziu significativamente as taxas de recaída em pacientes com esclerose múltipla por surtos e remissões (recorrente/remissiva), em comparação com placebo.

O estudo CLARITY envolveu 1 326 pacientes que receberam aleatoriamente uma de duas doses de cladribina ou placebo. Após 96 semanas, os dados demonstraram que os pacientes que receberam a dose mais baixa de cladribina apresentaram uma redução relativa de 58 por cento das taxas de recaída, em comparação com placebo.

Por outro lado, os pacientes que receberam a dose mais elevada de cladribina atingiram uma redução relativa de 55 por cento das taxas de recaída, em comparação com placebo.

A Merck também declarou que o ensaio atingiu outros objectivos, relativamente à redução da actividade da lesão, proporção de sujeitos livres de recaída e progressão da incapacidade.

Adicionalmente, os resultados demonstraram que a frequência de eventos adversos entre os pacientes que receberam cladribina foi baixa e comparável ao que foi observado entre aqueles que receberam placebo. Contudo, a taxa de linfopenia foi mais elevada no grupo da cladribina, embora este efeito adverso fosse esperado dado ao provável mecanismo de acção do fármaco.

A Merck indicou que planeia apresentar o fármaco às autoridades reguladoras dos Estados Unidos e da União Europeia em meados de 2009.

A Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória crónica, desmielinizante e degenerativa, do sistema nervoso central que interfere com a capacidade do mesmo em controlar funções como a visão, a locomoção e o equilíbrio, entre outras.

Várias áreas dispersas do cérebro e medula espinal são afectadas, sendo que os sintomas podem ser leves ou severos, e aparecem e desaparecem, total ou parcialmente, de maneira imprevisível.

A forma mais comum de Esclerose Múltipla em doentes com idade inferior a 40 anos é a Esclerose Múltipla por surtos e remissões, que ocorre em 60 por cento dos casos. Os doentes sofrem "ataques", também denominados surtos ou exacerbações, seguidos por períodos de remissão com recuperação completa ou quase completa.

Isabel Marques

Fontes:

www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=D95711E75924408CA8D00FC07C183575
www.anem.org.pt/menu-anem/esclerosemultipla.htm

Doença inflamatória do intestino em crianças ligada a níveis elevados de folato

Investigadores norte-americanos descobriram que as crianças com doença inflamatória do intestino têm níveis de folato, ou ácido fólico, surpreendentemente elevados.

O Dr. Melvin Heyman e colegas, da Universidade da Califórnia, em San Francisco e em Berkeley, referiram que as crianças com casos de doença inflamatória do intestino, recentemente diagnosticados, têm concentrações mais elevadas de folato no sangue do que aquelas sem a doença.

Esta situação questiona a teoria de que os pacientes com doença inflamatória do intestino são propensos a ter deficiência de folato.

Investigações anteriores demonstraram que os adultos com doença inflamatória do intestino tendem a ter níveis de folato mais baixos do que aqueles que não sofrem da doença.

Contudo, a doença inflamatória do intestino pediátrica parece ser algo diferente da forma adulta da doença, sendo que, antes deste estudo, publicado na “American Journal of Clinical Nutrition”, pouco se sabia acerca dos níveis de folato em crianças recentemente diagnosticadas com a doença.

O Dr. Heyman referiu que este é um trabalho entusiasmante, que abre portas para investigações adicionais sobre o papel do ácido fólico e a sua base genética no desenvolvimento da doença inflamatória do intestino, especialmente em pacientes jovens.

O investigador explicou que a doença inflamatória do intestino, um termo global que se refere a doenças que provocam inflamação crónica nos intestinos, tais como colite ulcerativa e doença de Crohn, ocorre nas crianças de todos as idades e pode provocar dor abdominal, diarreia, febre, hemorragia e deficiências nutricionais.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/27/Inflamed_bowel_and_high_folate_linked/UPI-62391233118708/

Estatinas podem ajudar a tratar distúrbio dos vasos sanguíneos no cérebro

Investigadores norte-americanos descobriram que, em ratos, um distúrbio dos vasos sanguíneos no cérebro, que pode provocar um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, ataques ou paralisia, pode ser tratado com estatinas.

Os investigadores, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Utah, referiram que, se os resultados do estudo em ratos forem confirmados num ensaio piloto com humanos, as estatinas poderiam fornecer um tratamento seguro e pouco dispendioso para a malformação cavernosa cerebral, um distúrbio ainda sem terapia farmacológica conhecida.

Um dos autores do estudo, o Dr. Dean Y. Li, director do Programa de Medicina Molecular da Universidade do Utah, referiu que a cirurgia ao cérebro ou o tratamento com radiação têm sido as únicas opções para os pacientes com malformação cavernosa cerebral.

O Dr. Li acrescentou que, devido aos riscos que estas operações acarretam, os neurocirurgiões mostram-se relutantes em realizá-las, a não ser que o paciente esteja em perigo iminente.

De acordo com o investigador, o estudo propõe uma potencial estratégia para uma simples terapia farmacológica, que poderá custar somente alguns euros por mês na farmácia.

Contudo, os estudos em animais têm primeiro de ser avaliados no ensaio clínico piloto em humanos que está a ser iniciado.

A malformação cavernosa cerebral é um distúrbio no qual os vasos sanguíneos no cérebro se dilatam e enfraquecem, começando a derramar sangue, provocando AVC, dores de cabeça, ataques ou outros problemas.

Os investigadores, que publicaram as descobertas na “Nature Medicine”, suspeitam que as estatinas, tais como o Zocor (sinvastatina), o Lipitor (atorvastatina) e fármacos semelhantes, tratam a malformação cavernosa cerebral ao estabilizar os vasos sanguíneos para que estes não derramem.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/28/Statins_may_treat_blood_vessel_disorder/UPI-99241233129003/

EMEA aprova submissões da Schering-Plough, Teva e Astellas

O Comité Científico de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da EMEA aprovou três pedidos (Schering-Plough, Teva e Astellas) e deu um parecer negativo (Orphan Europe).

O CHMP aprovou o pedido de comercialização do Ribavirin Teva (ribavirina), da Teva Pharmaceutical Industries, uma versão genérica do Rebetol, fabricado pela Schering-Plough, indicada no tratamento da hepatite C, noticia a PM Farma.

Segundo a agência, foi igualmente aprovado o pedido de “consentimento informado” para o Fertavid (folitropina beta) da Schering-Plough, a versão genérica do Puregon, propriedade da empresa Organon, e validada a extensão da indicação do Protopic (tacrolimus) da companhia Astellas enquanto “tratamento de manutenção”.

O Comité teve opinião contrária relativamente à solicitação da francesa Orphan Europe, que havia submetido um pedido de comercialização do Vedrop (tocofersolano), destinado ao tratamento da deficiência de Vitamina E, devido à deficiente absorção digestiva em pacientes pediátricos diagnosticados com fibrose cística, colestase crónica congénita ou hereditária, refere a PM Farma.

O Protopic está indicado para o tratamento a curto prazo e intermitente a longo prazo da dermatite atópica, moderada a severa, em adultos.

Raquel Garcez

Fonte: http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9722

Aspirina pode ajudar a prevenir lesões no fígado

A Aspirina pode ajudar a prevenir lesões no fígado, indica um estudo norte-americano que aponta, ainda, as pessoas obesas ou com tendência para abusar do álcool como as principais beneficiadas do medicamento.

De acordo com o artigo publicado no Journal of Clinical Investigation, os testes realizados em roedores concluíram que uma dose diária de aspirina pode reduzir o número de mortes causadas por patologias relacionadas com o fígado.

Wajahat Mehal, coordenador da equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, explicou que a estratégia incidiu em “usar a aspirina numa base diária para prevenir os danos do fígado”, sublinhando que “esta descoberta pode reduzir a dor e sofrimento em pacientes com doenças de fígado, usando uma aproximação nova e muito prática”.

Segundo comprovaram estudos anteriores, a utilização diária do analgésico aparece ainda associada à redução ligeira do risco de cancro da mama nas mulheres e na prevenção ataques de coração em pessoas propícias a tal.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.fabricadeconteudos.com/?lop=artigo&op=d3d9446802a44259755d38e6d163e820&id=857bafc1c1370e2b6e482ac40e938489