terça-feira, 26 de junho de 2007

Estudo Norte Americano revela

Diabetes ataca maioritariamente jovens de raça branca

Um novo estudo divulgado hoje pelo Journal of the American Medical Association (JAMA), revela que a diabetes tem maior incidência em jovens de raça branca, não hispânicos, do que nos jovens dos restantes grupos étnicos dos Estados Unidos.

O estudo contou com 2.435 pacientes com idades inferiores a 20 anos, a quem a doença foi diagnosticada entre 2002 e 2003, recrutados em dez pontos distintos dos EUA, que cobriram uma população de mais de 10 milhões de pessoas.

Os resultados mostram que em todos os grupos étnicos a diabetes do tipo 1 é a mais comum em crianças com idade inferior a 10 anos, sendo também o tipo mais comum nos jovens de raça branca, onde a taxa de incidência aumenta com a idade, variando de 18.6 por cento em crianças com menos de 4 anos, a 32.9 por cento na faixa etária do 10 aos 14 anos.

Os resultados mostram que em todos os grupos étnicos a diabetes do tipo 1 é a mais comum em crianças com idade inferior a 10 anos, sendo também o tipo mais comum nos jovens de raça caucasiana. Neste grupo, a taxa de incidência de diabetes tipo 1 aumenta com a idade, variando de 18.6 por cento, em crianças com idade inferior a 4 anos, a 32.9 por cento na faixa etária dos 10 aos 14 anos.

De acordo com Dana Dabelea, do centro de ciências da saúde da Universidade do Colorado, Denver, “a elevada taxa de diabetes do tipo 1 em crianças caucasianas reflecte uma maior susceptibilidade genética à auto-imunidade”.

Os investigadores acreditam que, tal como acontece com a diabetes do tipo 2, também a diabetes do tipo 1 pode ser motivada pela obesidade, o que, segundo Dabelea, pode justificar as disparidades entre os principais grupos étnicos existentes nos EUA.

A obesidade é mesmo um dos principais factores de risco da diabetes. Até há pouco tempo os casos diagnosticados de diabetes do tipo 2 eram raros, com maior incidência em adolescentes de grupos étnicos minoritários. No entanto, a situação tem-se vindo a inverter e a obesidade é já o segundo maior factor de risco, só ultrapassada pela transmissão de mãe para filho, durante a gravidez.

A diabetes precisa ainda de mais e melhor investigação, garante Rebecca B. Lipton, da Universidade de Chicago, sendo necessário proceder a “uma aproximação coordenada, de forma a analisar a diabetes na infância”. “Somente então a sociedade pode responder eficazmente ao crescente desafio do diabetes na juventude,” conclui a médica.

A diabetes precisa ainda de mais e melhor investigação, garante Rebecca B. Lipton, da Universidade de Chicago, sendo necessário proceder a “uma abordagem coordenada, de forma a analisar a diabetes na infância”. “Somente então, a sociedade pode responder eficazmente ao crescente desafio da diabetes na juventude,” conclui a médica.

Inês de Matos

Fonte: Reuters

2 comentários:

ptcp disse...

Está um pouco confuso. Neste tipo de artigos em que são muitos os dados a apresentar é necessário algum cuidado para ajudar o leitor a não "perder o fio à meada".

Neste parágrafo: "Os resultados mostram que em todos os grupos étnicos a diabetes do tipo 1 é a mais comum em crianças com idade inferior a 10 anos, sendo também o tipo mais comum nos jovens de raça branca, onde a taxa de incidência aumenta com a idade, variando de 18.6 por cento em crianças com menos de 4 anos, a 32.9 por cento na faixa etária do 10 aos 14 anos."; podía ter duas frases independentes tornando o texto mais fácil de compreender:
"Os resultados mostram que em todos os grupos étnicos a diabetes do tipo 1 é a mais comum em crianças com idade inferior a 10 anos, sendo também o tipo mais comum nos jovens de raça caucasiana. Neste grupo, a taxa de incidência de diabetes tipo 1 aumenta com a idade, variando de 18.6 por cento, em crianças com idade inferior a 4 anos, a 32.9 por cento na faixa etária dos 10 aos 14 anos."

"Raça branca" é, mais correctamente, "raça caucasiana".

De qualquer forma notamos uma melhoria relativamente ao último artigo que comentámos, do qual esperamos a reposição.

ptcp disse...

"Approach" no contexto de um estudo científico deve-se traduzir, geralmente, como "abordagem".