quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Alergias urbanas não contribuem para o agravamento da asma nos adultos

Grande parte da população asmática adulta, residente no centro das áreas urbanas, sofre de alergias diversas típicas destas zonas, ao pó e a animais por exemplo. No entanto, de acordo com um novo estudo norte americano esta sensibilidade parece não contribuir para o agravamento do estado asmático.

Juan P. Wisnivesky, responsável pela investigação, adiantou que as conclusões do estudo não corresponderam às expectativas que a equipa tinha à partida, pois esperavam encontrar um relação entre as alergias e os tipos mais graves de asma, como acontece nas crianças, o que não sucedeu.

Os investigadores observaram 245 indivíduos adultos, habitantes no centro de uma área urbana, na sua maioria mulheres, que sofriam de asma persistente. Foram realizados diversos testes para avaliar a sensibilidade a algumas alergias típicas das áreas urbanas, a baratas, aos ácaros do pó, gatos e ratos. Os resultados mostraram que 152 indivíduos, (62 por cento) apresentaram um resultado positivo em pelo menos uma destas alergias.

Todavia, os resultados de um questionário destinado a avaliar a gravidade da asma mostraram que a doença não atinge um estado significantemente avançado nos indivíduos que apresentaram uma reacção alérgica num ambiente tipicamente urbano.

Apesar dos resultados, os investigadores avisam que estas alergias representam sempre um forte contributo para o aparecimento da asma. “O facto é que estes factores podem ser mais relevantes para as crianças do que para os adultos”, adianta Wisnivesky.

Na opinião do investigador, este estudo representa um importante passo para que se passe a prestar maior atenção a outros factores, para além do meio ambiente em que os pacientes estão inseridos, como a forma de inalação dos corticosteroides, concedendo mais informação, de forma a que os paciente compreendam que a asma é uma doença crónica.

Inês de Matos

Fonte: Reuters

Sem comentários: