O consentimento dado pela GlaxoSmithKline (GSK), detentora dos direitos de patente de duas moléculas presentes na composição dos medicamentos, vai permitir criar um antiretroviral para o tratamento dos 250 mil pacientes infectados com HIV, no Ruanda. De acordo com o director executivo da empresa, Paul Lucas, esta decisão insere-se no compromisso da empresa de combater a crise mundial relacionada com a Sida.
O programa “Acesso a Medicamentos 2004” dá luz verde ao governo para autorizar a produção de determinados medicamentos patenteados, com o objectivo de os exportar para países onde a escassez de medicamentos abunda, de forma a ajudar a controlar a pandemia. Porém, a iniciativa tem vindo a ser alvo de críticas por alguns activistas, uma vez que, desde a sua implementação, há três anos, ainda não foi exportado um único comprimido.
A farmacêutica britânica concordou em abdicar dos royalties do produto já que a Apotex vai fornecer o medicamento sem obter qualquer lucro. Caso se concretize, este acordo vai permitir que sejam enviadas 15 a 16 mil comprimidos do antiretroviral produzido pela Apotex, o suficiente para tratar 21 mil ruandeses durante um ano ou 200 mil durante um mês, afirmou Elie Betito, director do departamento de assuntos públicos e governamentais da empresa.
No entanto, o responsável adverte que é ainda necessário chegar a acordo com um outro grupo que detém os direitos de patente sobre a nevirapina, fármaco que também está incluído na terapia de tripla combinação anti-HIV.
Marta Bilro
Fonte: CTV.ca, The Globe and Mail.
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