quinta-feira, 9 de agosto de 2007

GlaxoSmithKline pretendia melhorar tratamento da DPOC
FDA chumbou dose mais elevada de Advair


A companhia farmacêutica GlaxoSmithKline informou que a norte-americana Food and Drug Administration recusou o pedido daquele laboratório para permitir a administração de doses mais altas do Advair Diskus (fluticasone/salmeterol) no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crónica. Face às preocupações demonstradas pela FDA, que têm a ver essencialmente com o risco associado à toma de doses tão elevadas de fármacos (a GKS pretendia aumentar para o dobro a actual), a companhia contrapõe a desilusão e a surpresa...

Katharine Knobil, vice-presidente da área de desenvolvimento de novos medicamentos para a DPOC na GlaxoSmithKline, lembrou que, em Maio, um painel de 11 especialistas foi unânime na consideração de que o Advair reduz o risco daquela doença pulmonar, que pode provocar bronquite e enfizema. Normalmente a FDA acolhe os pareceres dos especialistas, mas neste caso decidiu de forma contrária, o que surpreendeu a empresa farmacêutica. A autoridade norte-americana do sector considerou que a dose proposta “não é aprovável”.
O Advair resulta de uma combinação de um esteróide com um broncodilatador, e actua através do relaxamento dos músculos nas vias respiratórias, melhorando a respiração. É usado para prevenir ataques de asma (mas só actua antes do seu início, não tendo efeito se administrado depois), e é actualmente o medicamento mais vendido pela Glaxo para o tratamento da DPOC associada à bronquite crónica, gerando lucros anuais na ordem dos 3,3 mil milhões de dólares americanos.

Carla Teixeira
Fonte: Firstword, Bloomberg, Hemscott, Houston Chronicle, Drugs.com

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