sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Dispositivo evita uma média de 120 injecções por mês
Bomba de insulina disponível em Portugal


Poderá constituir-se numa verdadeira revolução na qualidade de vida dos doentes diabéticos. Já se encontra disponível em Portugal um inovador dispositivo de administração de insulina que apresenta como vantagem primacial a possibilidade de acabar com as muitas e incómodas injecções a que aqueles pacientes estão tantas vezes sujeitos. A bomba de insulina já é uma realidade no nosso país.

A principal mais-valia do novo método salta de imediato à vista: com a bomba de insulina o diabético vê abolida a necessidade da picada diária, tendo como consequência imediata uma melhor qualidade de vida e, por inerência, um mais eficaz controlo da diabetes. A terapia com base neste pequeno aparelho substitui a tradicional injecção diária por uma injecção de três em três dias, o que equivale a dizer que serão cerca de 120 menos picadas por mês, associadas a uma menor taxa de complicações. Se o facto de ser menos picado do que o estritamente necessário é algo que previsivelmente agrada a qualquer um dos cerca de 20 mil doentes diabéticos, no caso das crianças essa mais-valia ganha contornos ainda mais expressivos, como lembra Paulo Madureira, presidente da Associação de Jovens Diabéticos de Portugal.
O pequeno aparelho, com o tamanho de um “pager” e apenas 100 gramas de peso, administra as doses diárias de insulina de forma permanente durante as 24 horas do dia, e é programado de acordo com as necessidades específicas de cada doente. A bomba dispõe de um pequeno reservatório de insulina de acção rápida que, ligada a um tubo muito fino, conduz a medicação a um cateter colocado debaixo da pele, que tem, esse sim, de ser substituído a cada três dias. O dispositivo electrónico permite aos doentes diabéticos uma nova qualidade de vida, já que poderá fazer as suas refeições, levar a cabo a actividade física que entender e gerir o seu próprio stress, fazendo variar a quantidade de insulina administrada sem ter de se sujeitar a mais picadas, como explica Helena Cardoso, especialista em endocrinologia e nutrição médica do Hospital de Santo António, na cidade do Porto.
Porque “o bom controlo da diabetes é a melhor prevenção das suas complicações”, Francisco Carrilho, endocrinologista dos Hospitais da Universidade de Coimbra, atesta também que “investir no bom controlo da diabetes é também uma forma de poupar recursos, pois evita-se complicações e doenças que, além do sofrimento humano que provocam, obrigam também ao gasto de recursos profissionais e económicos muito elevados”.
Dados da Federação Internacional da Diabetes estimam em cerca de 230 milhões o número de pessoas que, à escala mundial, sofrem desta doença, prevendo-se que esse número possa atingir os 350 milhões em 2025. Diariamente, segundo a mesma fonte, são feitos aproximadamente 200 diagnósticos de diabetes de tipo I (insulino-dependente) em crianças, sendo que actualmente haverá mais de 440 mil em todo o mundo que, com menos de 14 anos de idade, já são portadoras da doença. Em Portugal a realidade também não é animadora, estimando-se uma prevalência de 650 mil diabéticos, 20 mil dos quais serão jovens com a forma mais grave da doença.

Carla Teixeira
Fonte: Hill and Knowlton

3 comentários:

ptcp disse...

A notícia é excelente e promete ser muito popular daí que o rigor das fontes seja muito importante, como deve saber até melhor que eu. Não encontrei nenhum artigo acerca deste tema na fonte que referiu. Agradecia que me enviasse a descrição pormenorizada das fontes que usou para este artigo. Faltam algumas informações no artigo que achamos importante referir, nomeadamente que empresa representa este dispositivo. E a fonte das declarações que cita, foi entrevista?

Ficamos à espera da sua resposta para breve, para que possamos publicá-la o quanto antes.

Um excelente artigo que merece toda a nossa atenção.

Carla Teixeira disse...

Caro Dr. Pedro Capão,

a fonte que usei para este artigo foi um comunicado aos mass media que me foi enviado por Andreia Garcia, da Hill and Knowlton, que reenviei para o email do farmacia-press, para que possa avaliar as informações nele constantes. Não é referido no dito comunicado, de onde retirei as citações feitas no meu artigo, o nome de qualquer empresa, pelo que não disponho dessa informação. Sem mais de momento, atenciosamente,

Carla Teixeira

ptcp disse...

Obrigado pela brevidade da resposta Carla.

Achámos que era melhor dar um rosto e um nome a este produto inovador mas na ausência dessa informação vamos publicar o artigo sem referência à empresa responsável e esperar que esta se mostre quando achar mais pertinente.

Bom trabalho Carla.