sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Osteoporose afecta meio milhão de portugueses

Especialistas reforçam que combate à doença começa na juventude

No âmbito do Dia Mundial da Osteoporose, que se assinala neste sábado, a Universidade do Porto (UP) divulgou um estudo nacional que dita uma realidade dramática: a osteoporose atinge meio milhão de pessoas e afecta uma em cada três mulheres, após os 50 anos de idade.

Normalmente associada à velhice, esta é uma doença que, segundo os especialistas, pode ser prevenida na juventude. “Esta patologia não é uma consequência do envelhecimento, se for prevenida precocemente. O objectivo é fortalecer os ossos enquanto somos jovens, com vista à sua preservação à medida que envelhecemos”, alertaram.

De acordo com a investigação da UP, em Portugal, ocorrem, anualmente, cerca de 3000 fracturas osteoporóticas do colo do fémur. A prevenção médica da doença passa pela administração de medicamentos adequados a cada pessoa. O objectivo é reduzir o risco de fracturas, sendo os bisfosfonatos, nomeadamente, o risedronato, os tratamentos de primeira linha a este nível.

“Nunca é demasiado cedo para prevenir a osteoporose nem demasiado tarde para tratá-la”, frisou Eugénia Simões, reumatologista do Instituto Português de Reumatologia (IPR).

Conhecida como epidemia silenciosa, devido à ausência de sintomas, é frequente que o seu diagnóstico seja feito tardiamente, na sequência de uma fractura inesperada. A osteoporose caracteriza-se pela diminuição da resistência do osso, que o torna mais frágil e susceptível de fracturar. As fracturas vertebrais podem até acontecer sem que a pessoa se aperceba.

Raquel Pacheco
Fonte: UP/IPR/Manual Merck

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