O portal cruza as mais recentes informações médicas com os dados clínicos pessoais dos doentes de forma a gerar uma classificação. O sistema utiliza uma série de níveis de alerta que indicam aos pacientes se devem procurar mais informação ou consultar o medico. Um cinco vermelho pode, por exemplo, ser o equivalente a um atentado terrorista contra o próprio organismo, relata o portal Pharmalot.com.
“O modelo veio da indústria automóvel. A maioria dos consumidores não recebe uma chamada do farmacêutico ou do médico [a indicar informações de segurança]. Cabe-lhe a eles determinar o quanto querem procurar informação…Portanto, se repararmos, a segurança dos medicamentos nos Estados Unidos da América é uma grande questão, principalmente porque os doentes e os médicos sentem que os riscos não foram devidamente comunicados aos consumidores ou num período de tempo adequado”, afirma o criador do portal, Hugo Stephenson, cuja maior apoiante é a própria Quintiles.
Um dos exemplos avançados pelo responsável está relacionado com a informação recentemente divulgada sobre os biofosfonatos, mas que tinha sido publicada no “New England Journal of Medicine” há cerca de cinco meses. De acordo com Stephenson, isto pode levar os pacientes a questionar porque é que tal não lhes foi comunicado. Na televisão “só são apresentados os benefícios”, sublinha, acrescentando que “o desafio é que a indústria não pode falar sobre risco. Apresentar um anúncio de duas páginas numa revista em letras miudinhas não constitui uma divulgação total”.
No caso do novo portal, a informação sobre o risco dos medicamentos está a cargo de um grupo de profissionais isentos com conhecimentos em medicina, bioestatisticas, farmacovigilância e medicina baseada em provas, que funciona como uma equipa de críticos especializados, apesar de pelo menos dois fazerem também consultadoria sobre segurança de medicamentos para dois clientes anónimos. A base de dados resultante poderá ser acedida por investigadores do governo, da indústria ou académicos que pretendam elaborar estudos.
Marta Bilro
Fonte: Pharmalot.com, Clinical Trials Today, iGuard.org.
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