A farmacêutica norte-americana Merck recebeu autorização da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) para alargar as indicações do Januvia (Sitagliptina), um medicamento utilizado no tratamento da diabetes tipo 2.
O fármaco, que já era administrado como um complemento à dieta e exercício físico em associação com a metformina, pode agora também ser combinado com uma sulfonilureia quando a utilização dessa substância por si só não proporciona um adequado controlo da glicemia.
A nova rotulagem do medicamento inclui também a utilização do Januvia enquanto terapia adjuvante para uma combinação dupla de sulfonilureia e metformina quando a terapia individual não permite o controlo adequado da glicemia.
De acordo com o laboratório, a inclusão de novas indicações obrigou também a uma actualização dos avisos e precauções do medicamento que incluem agora relatos de casos de hipersensibilidade em alguns pacientes, entre os quais anafilaxia, angiodema e pele escamada, incluindo síndrome de Stevens-Johnson.
Segundo avançou John Amatruda, vice-presidente para o desenvolvimento clínico da Merck, durante os ensaios clínicos com Januvia não foram detectados casos de síndrome de Stevens-Johnson, porém registaram-se relatos de “algumas” situações desde que o medicamento foi aprovado. “Não é possível estabelecer uma relação causal”, afirmou o responsável, uma vez que não se sabe “que outros medicamentos esses pacientes estavam a tomar”. A farmacêutica continua a monitorizar qualquer possível risco para os doentes, disse Amatruda.
O Januvia actua de forma semelhante ao Galvus (vildagliptina), da Novartis. Os dois medicamentos inibidores da dipeptidil peptidase 4 (DPP-4) foram desenvolvidos com o objectivo de aumentar a capacidade do próprio organismo para reduzir os níveis de açúcar no sangue.
Marta Bilro
Fonte: CNN Money, Business Week, Reuters, Farmacia.com.pt.
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