sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Governo holandês deve aprovar desenvolvimento de fármaco à base de canábis

O Governo holandês fez saber que pretende dar luz verde à empresa Echo Pharmaceuticals para o desenvolvimento de um medicamento à base de canábis, medicamentos que se encontram à venda desde 2005, desde a sua aprovação no Canadá.

Em 2003, a Holanda foi o primeiro país do mundo a aprovar a comercialização de canábis em farmácias, mediante receita médica, para tratar dores crónicas, náuseas, falta de apetite provocada pelo cancro, HIV e esclerose múltipla.

Depois da Holanda, vários foram os países que legalizaram a venda de marijuana para fins medicinais e actualmente é comercializada no Reino Unido, Canadá, Espanha, Austrália e em alguns estados dos EUA.

Em Portugal, o Infarmed declarava em Julho deste ano à agência Lusa que havia já algum tempo que alguns laboratórios nacionais se encontravam a realizar testes sobre os efeitos medicinais da marijuana, mas negou ter recebido qualquer pedido de regulação de um medicamento à base de canábis.

O Infarmed fez ainda saber que existem no mercado nacional “medicamentos contendo derivados do ópio”, explicando que para tal “a substância tem apenas que provar que é eficaz e com uma relação benefício/risco adequada à indicação terapêutica a que se destina”.

Em Itália, onde os medicamentos à base de canábis são proibidos, uma mulher doente em estado terminal com cancro do pulmão recorreu aos tribunais para que lhe fosse permitido o acesso aos fármacos e ganhou a causa, pois a juíza reconheceu-lhe o direito à saúde, decretado no artigo nº32 da Constituição, permitindo à doente o uso destes medicamentos..

Inês de Matos

Fonte: Correio da Manhã, Lusa, AidsPortugal

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