sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Insuficiência cardíaca: estatina pouco eficaz em casos avançados


Novos dados sobre rosuvastatin calcium da AstraZeneca

A adição de uma estatina para optimizar o tratamento de insuficiência cardíaca não melhorou, de forma significativa, o prognóstico para doentes com insuficiência cardíaca avançada, revelaram os novos dados do estudo CORONA (Estudo Multinacional Controlado com Rosuvastatin para Insuficiência Cardíaca) apresentados, esta semana.

“Os pacientes que receberam o Crestor (rosuvastatin calcium) 10 mg da AstraZeneca apresentaram uma redução de 8 por cento (p=0,12) na finalidade principal combinada de morte cardiovascular ou enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC), que não foi estatisticamente significativa”, anunciou John Kjekshus, coordenador do estudo divulgado durante as Sessões Científicas de 2007 da Associação Americana de Cardiologia.

Segundo explicou o investigador (responsável também pelo Departamento de Cardiologia do Hospital Universitário Rikshospitalet, em Oslo, Noruega), a conclusão deu-se “porque a estatina não conseguiu reverter ou prevenir a deterioração de um coração insuficiente”, acrescentando que “a redução foi, principalmente, causada por uma diminuição dos eventos ateroscleróticos, ou seja, AVC e enfarte do miocárdio (análise post hoc p=0,05) que é onde as estatinas provaram ter benefícios.”

John Kjekshus informou ainda que, neste estudo, “a maioria das mortes foram mortes súbitas, ou por causas não-isquémicas, que parecem não ter sido afectadas pela terapia com estatina”, sublinhando que, adicionalmente, “ocorreram, de forma significativa, menos hospitalizações dos pacientes que recebiam rosuvastatin calcium comparado com placebo, quer sejam por qualquer causa (p=0,007), causas cardiovasculares (p<0,001) ou por piora da insuficiência cardíaca (p=0,01).”

Considerando que os resultados do CORONA representam “um grande avanço na pesquisa médica e na interpretação dos doentes com insuficiência cardíaca avançada, que são, claramente, diferentes dos pacientes sem insuficiência cardíaca na resposta ao tratamento com estatina", destacou o investigador norueguês.

CORONA enfatiza intervenção precoce

"Nós adicionamos uma estatina altamente eficiente a um regime de tratamento ideal. As nossas descobertas sugerem que a principal causa da morte destes pacientes, provavelmente, não está relacionada aos eventos ateroscleróticos, onde foi demonstrado o benefício com estatinas em pacientes sem insuficiência cardíaca, mas em vez disso podem ter sido causadas pela deterioração do dano irreparável ao músculo do coração insuficiente”, reforçou John Kjekshus.

De acordo com o coordenador do estudo, o CORONA “enfatiza a necessidade de intervenção precoce na progressão da aterosclerose para prevenir uma de suas piores consequências, a insuficiência cardíaca."

Opinião partilhada por Elisabeth Bjork, diretora-geral de Ciência Médica para o Crestor (rosuvastatin calcium): “com este resultado, a AstraZeneca forneceu novas informações científicas para ajudar a responder estas importantes questões", frisou.

O CORONA foi realizado em 21 países, fazendo parte do extensivo programa de testes clínicos GALAXY da AstraZeneca, que tem o objectivo de tratar de importantes questões ainda sem respostas na pesquisa com estatinas. O Crestor (rosuvastatin calcium) já recebeu aprovações regulatórias em mais de 90 países, sendo que, mais de 11 milhões de pessoas receberam prescrição do fármaco em todo o mundo.

Raquel Pacheco

Fontes: PRNewswire/ http://www.AstraZenecaPressOffice.com/ www.GalaxyProgramme.org / www.crestor.com

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