sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Cientistas portugueses criam microship para diagnosticar precocemente a espondilite anquilosante

Um grupo de investigadores nacionais encontra-se a desenvolver um microship que irá permitir diagnosticar precocemente a espondilite anquilosante, uma doença que em Portugal afecta entre 30 a 50 mil pessoas e que em média demora cerca de oito anos a ser diagnosticada.

Trata-se de um “novo sistema de classificação com relevância para o diagnóstico, prognóstico e monitorização da actividade da doença através da criação de um microship”, fazem saber os investigadores em comunicado.

Os objectivos do estudo serão apresentados no próximo dia 10, durante o XIX Encontro Nacional de Espondilíticos e seus familiares, que vai ter lugar na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril, a partir das 10:00. O evento é promovido pela Associação Nacional de Espondilite Anquilosante e vai contar com a presença do Presidente da Federação Internacional da Espondilite Anquilosante.

A iniciativa está a cargo do Hospital de Egas Moniz, em Lisboa, mas engloba todos os centros de Reumatologia a nível nacional e pretende, pela primeira vez, caracterizar uma população representativa de doentes portugueses com espondilite anquilosante no que diz respeito a dados clínicos, estado funcional e de qualidade de vida.

Por outro lado, “esta investigação irá permitir a caracterização das variantes genicas e será ainda possível estabelecer comparações entre formas familiares versus esporádicas da doença”explica o documento.

“A avaliação dos resultados do estudo poderá estabelecer a importância de diferentes alelos e genótipos na susceptibilidade para a doença e de correlações com variáveis diversas como a idade de início da doença, o tipo de envolvimento, manifestações sistémicas, actividade da doença, compromisso funcional e gravidade radiológica”, acreditam os investigadores.

A espondilite anquilosante é uma doença reumática inflamatória da coluna vertebral e das articulações sacroilíacas (situadas no final da coluna com os ossos da bacia), responsável por dores e rigidez da coluna, podendo levar à perda da mobilidade.

Inês de Matos

Fonte: Comunicado de imprensa

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