No estudo “Women's Health Initiative”, 36.282 participantes receberam aleatoriamente 1.000 miligramas de cálcio mais 400 unidades internacionais (UI) de vitamina D ou placebo diariamente, durante sete anos, para determinar os efeitos destes suplementos nas fracturas de anca. O efeito dos suplementos no cancro da mama invasivo foi o objectivo secundário do estudo. Foram realizados exames e mamografias regularmente durante o período de seguimento.
O número de pacientes que desenvolveu cancro da mama invasivo no grupo dos suplementos não foi significativamente diferente do número do grupo do placebo: 528 versus 546.
Os investigadores analisaram os níveis iniciais de 25-hidroxivitamina D em 1.067 mulheres que desenvolveram cancro da mama e em 1.067 que não desenvolveram a doença, de modo a analisar o impacto dos níveis de 25-hidroxivitamina D, a medida mais precisa dos níveis de vitamina D no organismo.
Entre as mulheres que desenvolveram cancro da mama invasivo, os níveis de 25-hidroxivitamina D eram semelhantes, assim como no grupo de controlo. Após os dados terem sido ajustados para variações de peso e níveis de actividade física, os autores não descobriram qualquer correlação entre os níveis de 25-hidroxivitamina D e o risco de cancro da mama.
De acordo com o investigador principal, o Dr. Rowan T. Chlebowski, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, as descobertas de estudos observacionais têm relacionado níveis elevados de cálcio e vitamina D a um menor risco de cancro da mama, mas até agora este tópico ainda não tinha sido abordado num tipo de ensaio diferente.
Isabel Marques
Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE4AB06A20081112