quarta-feira, 4 de julho de 2007

Organon e Meiji Seika Kaisha procuram aprovação para a mirtazapina no Japão

A Organon e a Meiji Seika Kaisha anunciaram o pedido de aprovação do novo antidepressor mirtazapina (Remeron) às autoridades de saúde japonesas.

A mirtazapina – Antidepressor Noradrenérgico e Específico Serotoninérgico. (NaSSA) – tem um mecanismo diferente de acção e tem-se revelado seguro e eficaz no tratamento de depressões graves em mais de 80 países em todo o mundo. A Nippon Organon e a Meiji Seika Kaisha têm estado a desenvolver conjuntamente os comprimidos de mirtazapina para a depressão desde 2004. O fármaco já está disponível noutros países desde 1994.

A mirtazapina tem um início de acção mais rápido e tem demonstrado ser bem tolerada. A fase IIb dos ensaios na população japonesa demonstrou a eficácia dos comprimidos de mirtazapina em relação ao placebo. Estes resultados juntamente com os resultados iniciais da fase III (comparação da mirtazapina com a fluvoxamina nos pacientes japoneses) mostraram que os comprimidos de mirtazapina poderão ser uma opção de primeira linha para o tratamento da depressão no Japão.

A mirtazapina, investigada pela Organon, é um antidepressor que actua no aumento dos níveis das principais substâncias químicas que se julgam estar envolvidas na origem dos quadros depressivos e ansiosos: noradrenalina e serotonina (neurotransmissores). A mirtazapina, além de elevar os níveis destas substâncias, também é selectiva quanto aos locais de acção, conseguindo assim aliar à potência antidepressiva um óptimo e único perfil no que diz respeito a efeitos indesejáveis. Estes factos revelam a sua eficiência, pois actua logo a partir do 1º dia, melhorando a qualidade do sono e a ansiedade, sem interferir na vida sexual, preservando assim a qualidade de vida dos pacientes. A mirtazapina apresenta ainda uma baixa incidência dos efeitos indesejáveis habitualmente observados com outras substâncias, tais como, disfunção sexual, insónias, irritabilidade, náusea, sintomas ansiosos, entre outros.

A depressão é uma doença mental comum e grave, na qual os pacientes experimentam um estado de espírito depressivo, perda de interesse ou de prazer, sentimentos de culpa ou baixa auto-estima, distúrbios do sono ou do apetite, pouca energia, e falta de concentração. Estes sintomas podem ser crónicos ou recorrentes e reduzir bastante a capacidade de um indivíduo em gerir a sua vida quotidiana. Estima-se que a incidência da depressão no Japão é de cerca de 6,5 por cento, indicando que cerca de sete milhões de pessoas sofrem de depressão. Nos casos mais graves a depressão pode levar ao suicídio.

Isabel Marques

Fontes: Pharmalive, www.organon.pt