sexta-feira, 15 de junho de 2007

Falta de sangue no parto mata 125 mil mulheres por ano

Na sequência do Dia Mundial do Dador de Sangue, comemorado no passado dia 14 de Junho e subordinado ao tema “Sangue Seguro para uma Maternidade Segura”, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que existem, em todo o mundo, mais de 500.000 mortes maternas em consequência de complicações na gravidez e no parto. Cerca de 25% destas mortes são provocadas por fortes hemorragias que, muitas vezes por falta de sangue, não são tratadas convenientemente.

Este ano, a campanha do Dia Mundial do Dador de Sangue visa enaltecer o papel salvador de vidas de uma transfusão de sangue durante os cuidados maternais e perinatais. De acordo com os dados da OMS, 99% das mortes maternas ocorrem nos países pobres ou em desenvolvimento onde as transfusões de sangue são mais raras e as doações são motivadas por dinheiro. Destes óbitos, cerca de 44% sucedem em África, 31% na Ásia e mais de 21% na América Latina e nas Caraíbas, sendo atribuídas a hemorragias e ao risco de desenvolvimento de complicações. As hemorragias severas são mais frequentes em mulheres grávidas com problemas de saúde, tais como anemia, sépsis, malária, HIV/SIDA e mutilação genital feminina.

A OMS revelou igualmente que, de acordo com dados recolhidos em 172 países em 2004, houve um aumento da percentagem de doações voluntárias de sangue de 25% para 47% em países pobres ou em desenvolvimento. A organização espera que o Dia Mundial do Dador de Sangue, celebrado todos os anos desde 2004, venha a encorajar mais pessoas a tornarem-se dadores de sangue voluntariamente, evidenciando, igualmente, a importância da doação regular para prevenir falta de sangue nos bancos.

De referir que Portugal, nos últimos 15 anos, triplicou o número de doadores de sangue existindo, neste momento, cerca de 400.000 dadores.
Para doar sangue é necessário estar em bom estado de saúde, possuir hábitos de vida saudáveis, peso igual ou superior a 50kg e idade compreendida entre os 18 e os 65 anos. Para uma primeira dádiva, o limite de idade é aos 60 anos. Os homens podem dar sangue de 3 em 3 meses (4 vezes/ano) e as mulheres de 4 em 4 meses (3 vezes/ano) sem qualquer prejuízo para si próprios.


Para mais informações contacte o Serviço de Promoção da Dádiva de Sangue do Instituto Português do Sangue situado no Parque de Saúde de Lisboa, em Lisboa
Telef: 217 921 020
E-mail: dadiva@ips.min-saude.pt

Paulo Frutuoso
fontes: OMS, Instituto Português do Sangue, BBC Brasil

2 comentários:

pf disse...

Embora já tenha publicado uma noticia anterior sobre o Dia Mundial do Dador de Sangue a 14 de junho, resolvi voltar a publicar alguns dados dessa mesma noticia mas com outros moldes, com outros elementos, chamando a atenção para outro tema, por o achar pertinente. Não sei se me fiz entende.

Obrigado.

ptcp disse...

Achamos a notícia pertinente e é uma iniciativa que pode adoptar mais vezes no futuro, dar continuidade a um tema. O leitor já está sensibilizado para o tema o que aumenta a sua curiosidade e capacidade de apreensão da informação. Bom artigo Paulo.