sexta-feira, 15 de junho de 2007

Prescrição electrónica bem implantada em Espanha
Farmácia Hospitalar de vanguarda


O grau de implantação da prescrição electrónica assistida nos principais hospitais de Espanha é mais elevado do que nos Estados Unidos, projectando a Farmácia Hospitalar do país vizinho para um nível de charneira no que respeita ao capítulo da utilização das novas tecnologias na Saúde.

Ainda que muito continue por fazer no domínio da salvaguarda da segurança e da eficácia no manuseamento e na administração dos medicamentos em Espanha, o sector da Farmácia Hospitalar daquele país começa a evidenciar-se como área de vanguarda na aplicação das novas tecnologias com vista a cumprir esse objectivo. Um estudo realizado pelo Grupo Tecno, uma equipa de trabalho constituída para a avaliação das novas tecnologias na área da Saúde pela Sociedade Espanhola de Farmácia Hospitalar, analisou o grau de implantação e desenvolvimento de várias ferramentas informáticas de gestão relacionadas com a prescrição e a dispensa de medicamentos em 82 hospitais, que representam cerca de 40 por cento do tecido farmacêutico hospitalar em Espanha.
Teresa Bermejo, responsável pelo Serviço de Farmácia do Hospital Ramón e Cajal e coordenadora do Grupo Tecno, disse ao «Correo Farmaceutico» que “não existe um estudo similar a este a nível nacional, nem sequer a nível europeu”, já que só a área da prescrição electrónica assistida foi explorada em anteriores investigações, que deram conta justamente do elevado grau de implantação daquela medida nos hospitais espanhóis, informação que este estudo vem agora confirmar. De acordo com a pesquisa agora divulgada, 22,7 por cento das unidades de saúde analisadas funciona com prescrição electrónica, havendo ainda uma percentagem de 6,6 por cento que trabalha com a prescrição electrónica integrando a história clínica dos pacientes que trata.
A responsável sublinha que, “à luz destes dados, a informatização em Espanha é actualmente muito maior do que nos Estados Unidos, onde em 2004 a implantação da prescrição electrónica era de apenas 4,2 por cento”, evidenciando o facto de o país vizinho estar a “trabalhar bastante bem” uma tecnologia que é ainda recente. Reconhece, contudo, que a primazia espanhola na área da prescrição electrónica não se espelha noutros sectores da gestão hospitalar, onde o modelo vigente nos Estados Unidos continua, claramente, a ser mais eficaz.

Carla Teixeira
Fonte: Correo Farmaceutico

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