domingo, 10 de junho de 2007

Jornal acusado de prestar “mau serviço” aos doentes
Amgen desmente notícia do «The New York Times»


Uma notícia de primeira página e um editorial, publicados em edições diferentes do jornal «The New York Times» no passado mês de Maio, suscitaram um desmentido da farmacêutica Amgen, com sede na Califórnia, que acusa aquele diário de ter prestado um mau serviço às pessoas que sofrem de anemia e aos profissionais que tratam desses doentes.

Em causa está, segundo a Amgen, a publicação daqueles conteúdos, nas edições de 9 e 14 de Maio, em que se afirmava que os descontos e o sistema de reembolso aplicado aos medicamentos contra a anemia levaria os médicos e os farmacêuticos a prescrevê-los em quantidade abusiva e desnecessária. De acordo com a Amgen, a notícia difunde ideias erradas e perniciosas acerca do sistema de administração daqueles fármacos, induzindo os leitores a acreditar que o sistema de saúde estará a ganhar dinheiro às custas dos doentes anémicos.
A Amgen explica que o sistema é legal, estando a ser aplicado a largas dezenas de medicamentos, produzidos por diversas empresas do sector farmacêutico, e reitera a ideia de que o «The New York Times» não procurou aferir a verdade, limitando-se antes a lançar o anátema da corrupção sobre os médicos e os laboratórios. Porque o sistema de “compra e cobrança” em vigor consiste na compra, pelos prestadores de cuidados de saúde, de medicamentos complexos, como o Anaresp® da Amgen, aos fornecedores, e pela sua cobrança à Medicare e às companhias de seguros só no momento em que aqueles produtos são administrados.
Por este motivo, a multinacional assegura que, ao contrário do que refere a notícia, as clínicas e os hospitais podem até perder dinheiro, e frisa que, mesmo nos casos em que consigam comprar os medicamentos a um preço inferior ao do retorno das seguradoras, esse lucro pode ser usado no pagamento do pessoal e em despesas correntes dos serviços, ou mesmo no apoio a doentes que não tenham cobertura do seguro, não constituindo em si um acto de corrupção.
A Amgen assegura que o sistema não penaliza os doentes, e diz mesmo que mais perniciosos terão sido os efeitos da notícia e do editorial publicados, que poderão ter disseminado a ideia de que os medicamentos indicados para o tratamento da anemia estão a ser prescritos em doses excessivas nos Estados Unidos.

Carla Teixeira
Fonte: Amgen

Sem comentários: