terça-feira, 10 de julho de 2007

Analistas defendem mais investimento em investigação
Medicamentos: um negócio saudável


A mina de diamantes representada outrora pela indústria farmacêutica já não é o que era. No momento em que as patentes de muitos medicamentos blockbuster estão a caducar, há um florescente negócio de pirataria internacional – com força particular nos continentes africano e asiático – que impede o normal crescimento dos mercados.

A pressão dos governos para controlar, dentro no possível diminuindo, os custos de venda dos medicamentos também tem provocado alguma erosão nas contas da indústria farmacêutica, embora, de acordo com os a generalidade dos grandes analistas daqueles mercados, o negócio dos fármacos continue a ser “saudável” e ainda altamente rentável, sendo apenas de lamentar que os saltos qualitativos de grande monta sejam frequentemente obstaculizados porque o investimento que deveria ser preferencialmente canalizado para a investigação está afinal a ser desviado para o marketing.
Em Portugal as maiores empresas do sector farmacêutico – todas estrangeiras – representam um bolo de mil milhões de euros todos os anos, dos quais a Merck Sharp & Domne assume 6,4 por cento de quota: 154 milhões. Especialistas na análise económica citados pelo «Diário Económico» atestam que as empresas farmacêuticas a operar no nosso país não necessitam de Prozac para sentirem qualquer tipo de reanimação, que dependerá mais do aumento do investimento na área da investigação e desenvolvimento de novos fármacos e menos em acções de marketing.

Carla Teixeira
Fonte: Diário Económico

1 comentário:

Rui Borges disse...

Excelente artigo!! Apesar de sintético mereceu a posição de destaque.