quarta-feira, 25 de julho de 2007

Exposição solar na infância diminui risco de desenvolver esclerose múltipla

As pessoas que estão sujeitas a mais tempo de exposição solar enquanto crianças têm um risco mais reduzido de desenvolver esclerose múltipla do que os que passaram pouco tempo ao sol, revela um estudo norte-americano.

Os investigadores da Escola de Medicina Keck da Unversidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, analisaram 79 pares de gémeos idênticos com o mesmo risco genético de desenvolver a doença, entre os quais apenas um dos gémeos era portador de esclerose múltipla.

Foi pedido aos gémeos que especificassem qual dos dois passava mais tempo a brincar no exterior durante os dias quentes, frios e ao longo do verão. Os cientistas quiseram também saber qual dos dois passava mais tempo a bronzear-se ao sol, qual estava mais tempo na praia e qual deles jogava desportos de equipa enquanto criança.

As conclusões do estudo, publicado na revista “Neurology”, indicaram que o gémeo portador de esclerose múltipla tinha passado menos tempo ao sol quando era criança do que o que não tinha a doença. Dependendo de cada tipo de actividade, o gémeo que gastou mais horas no exterior apresentou um risco entre 25 e 57 por cento mais reduzido de desenvolver esclerose múltipla.

Os autores acreditam, por isso, que “a exposição solar parece ter um efeito protector contra a esclerose múltipla”. Conforme explicaram Talat Islam e Thomas Mack, responsáveis pela investigação, “a exposição aos raios ultra violeta induz a protecção contra a esclerose múltipla através de mecanismos alternativos, quer seja directamente por alterar a resposta imunológica celular ou indirectamente por produzir vitamina D”.

Marta Bilro

Fonte: The Earth Times, OnMedica.net.

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