quarta-feira, 25 de julho de 2007

Nigéria apresenta queixa-crime contra Pfizer

Arguidos da farmacêutica norte-americana faltaram ao julgamento

O governo da Nigéria apresentou, hoje, uma queixa-crime contra a farmacêutica norte-americana Pfizer. Na origem desta acção está um teste com um medicamento realizado, em 1996, no Estado de Kano, e no qual 11 crianças morreram.

Segundo a Reuters Brasil, o governo nigeriano exigiu já o pagamento de 6,5 bilhões de dólares numa acção civil que decorre em simultâneo. A Nigéria acusa a Pfizer de ter enganado as autoridades sobre os testes efectuados com o fármaco (antibiótico Trovan) e de ter provocado a morte de 11 crianças.

A agência avança ainda que, os governantes do Estado de Kano (onde ocorreu o episódio) pedem como indemnização à Pfizer de dois bilhões de dólares e terão, também, apresentado uma queixa-crime.

As acusações formais surgiram em Maio. Hoje, estava previsto o caso ser julgado em tribunal, contudo, foi adiado para 29 de Outubro na sequência da ausência dos elementos da Pfizer acusados no processo. De referir que, segundo as leis nigerianas, os arguidos envolvidos em processos criminais precisam de comparecer a julgamento.

Dois dos nove acusados estarão detidos

O advogado do governo da Nigéria, Babatunde Irukera, considerou que "há vários procedimentos que o governo deve adoptar, especialmente se há arguidos estrangeiros."

No entanto, um membro do ministério da Justiça nigeriano afirmou que duas das novas pessoas acusadas já haviam sido detidas, porém, a identidade deles não foi divulgada.

Recorde-se que, o caso gira em torno de 200 crianças que receberam medicamentos da farmacêutica Pfizer durante um surto de meningite surgido em 1996. Até hoje, a Pfizer refuta as acusações e declara-se inocente.

Raquel Pacheco
Fonte: Reuters Brasil

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