quarta-feira, 25 de julho de 2007

Suíça aprova utilização de Tasigna

A Suíça aprovou a comercialização do Tasigna (nilotinib), um medicamento que segue a mesma linha do Gleevec (iminitab) enquanto tratamento revolucionário destinado aos doentes com leucemia mielóide crónica. Apesar de serem ambos produzidos pela farmacêutica Novartis, os responsáveis afirmam que o novo fármaco é mais selectivo e potente do que o seu antecessor, que é já o segundo medicamento mais vendido do laboratório.

O Tasigna destina-se aos pacientes portadores de leucemia mielóide crónica que apresentam resistência ou intolerância ao tratamento com Gleevec. A farmacêutica suíça acredita mesmo que o Tasigna venha a substituir o Gleevec e tem planos para testar a sua eficácia e segurança em doentes aos quais ainda não foi administrado o Gleevec. As vendas do Gleevec, comercializado na Europa como Glivec, atingiram os 1,86 mil milhões de euros em 2006, tornando-se no segundo fármaco mais bem sucedido da Novartis, apenas precedido pelo Diovan (valsartan).

O parecer positivo surge na sequência de uma avaliação acelerada pela autoridade de saúde suíça, com base nas descobertas positivas de um ensaio clínico intermediário principal que demonstrou taxas elevadas de resposta nesse tipo de pacientes. O medicamento é geralmente bem tolerado, refere a Novartis que actualmente aguarda a decisão das entidades reguladoras europeia e norte-americana que deverá surgir no final no ano. A Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) disse, na semana passada, que precisava de mais três meses para avaliar a substância.

O Tasigna inibe a produção de células cancerígenas que contêm um cromossoma anómalo atingindo a proteína Bcr-Abl. Esta proteína é produzida por células portadoras de uma anormalidade cromossómica, denominada cromossoma Filadélfia, o principal responsável pela superprodução de glóbulos brancos causadores de cancro em pacientes com leucemia mielóide crónica.

A leucemia mielóide crónica provocada pelo excesso de produção de glóbulos brancos não amadurecidos é um dos quatro tipos de leucemia reconhecidos, sendo responsável por cerca de 15 por cento de todos os casos de leucemia a nível mundial.

Marta Bilro

Fonte: CNN Money

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