quarta-feira, 25 de julho de 2007

Descoberta anomalia sanguínea responsável pela perda de peso associada à doença de Huntington

A perda de peso associada à doença de Huntington é causada por uma anomalia sanguínea, que resulta numa diminuição dos ácidos aminados, componentes que formam as proteínas. A descoberta foi hoje publicada na revista PLoS One e abre um novo caminho para a compreensão desta doença neurodegenerativa, hereditária e incurável.

Este estudo "abre as vias para novas abordagens terapêuticas", afirma a equipa de Alexandra Durr, do Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica (Inserm). Os investigadores registaram uma anomalia plasmática associada à perda de peso nos doentes ainda numa fase precoce da doença e também em pessoas portadoras da anomalia genética mas que não apresentavam ainda sinais neurológicos.

No estudo estiveram em observação 32 pacientes num estado precoce da doença e também pessoas portadoras de anomalias genéticas mas que não apresentavam ainda sinais neurológicos, num estado da doença chamado de pré-sintomático, e ainda 21 indivíduos saudáveis que serviram como grupo de comparação.

Os resultados da investigação mostraram uma diminuição da taxa de ácidos aminados (ditos ramificados), ao longo do avanço da doença, o que foi ditado por exames de sangue realizados, que permitiram "seguir melhor a evolução da doença, quem sabe até detectá-la precocemente".

Os principais sintomas da doença de Huntington passam por perturbações de comportamento e movimentos anormais, seguidos de perturbações intelectuais e demência. A doença de cariz neurológico surge geralmente entre os 30 e os 50 anos de idade, não tem cura e pode mesmo ser fatal.

Inês de Matos

Fonte: RTP

1 comentário:

Rui Borges disse...

Inês,

Para esta notícia ser excelente falta uma abordagem farmacoterapêutica. Afinal somos o Portal da Farmácia e do Medicamento.