terça-feira, 26 de junho de 2007

Anti-depresivos inimigos dos ossos

A ingestão de anti-depressivos pode conduzir ao enfraquecimento dos ossos, aumentando o risco de osteoporose em pessoas idosas. A conclusão resulta de dois estudos elaborados por especialistas norte-americanos publicados na edição de 25 de Junho do “Archives of Internal Medicine”.

A investigação centrou-se numa das classes de anti-depressivos, denominados inibidores selectivos da reabsorção de serotonina (SSRIs na sigla inglesa), medicamentos ingeridos por milhões de pessoas, muitas delas idosas. Nesta categoria inserem-se, por exemplo, o Prozac (Fluoxetina) da farmacêutica Eli Lilly e o Seroxat (Paroxetina) comercializado pelo laboratório britânico GlaxoSmithKline. Os estudos são ainda preliminares, advertem os autores, não devendo, por isso, influenciar a alteração da medicação dos pacientes. “No entanto, considero que a nossa descoberta sugere que esta área precisa de ser mais investigada”, salientou Susan Diem, responsável por um dos estudos.

A equipa liderada por Susan Diem, da Universidade do Minnesota, avaliou 2.722 mulheres, com uma média de idades de 78 anos, 198 das quais tomavam SSRIs. As que ingeriram os anti-depressivos registaram uma diminuição da densidade na anca de 0,82 por cento por ano, comparativamente a uma redução anual de 0,47 por cento entre as mulheres que não tomam os fármacos.

No segundo estudo, conduzido por Elizabeth Haney da Universidade de Ciências e Saúde de Oregon, em Portland, foram analisados 5.995 homens, com uma média de idades de 74 anos, entre os quais 160 que utilizavam SSRIs. Os investigadores detectaram uma diminuição da densidade da anca 3,9 por cento inferior à dos homens que não tomaram quaisquer anti-depressivos ou que ingeriram outro tipo de medicamentos para a depressão. A equipa de cientistas comparou também doentes que utilizavam de anti-depressivos tricíclicos ou trazodone com pacientes que não tomavam qualquer anti-depressivo. A análise não revelou efeitos aparentes na densidade da anca ou na espinha dorsal.


Os anti-depressivos SSRI inibem uma proteína responsável pelo transporte da serotonina, um mensageiro químico que tem influência no sono e no humor. A presença dessa mesma proteína foi detectada nos ossos, aumentando a possibilidade desses fármacos influírem no fortalecimento dos mesmos e conduzirem à osteoporose, referem os investigadores.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, Forbes, Channel 4.


Toyama e Roche criam fármaco para artrite reumatóide

T- 5224 é um fármaco que inibe inflamações e bloqueia os sintomas de artrite reumatóide, como a destruição óssea progressiva. As farmacêuticas Toyama Chemical e Roche assinaram um acordo para continuar a investigar e desenvolver o medicamento.

«Este novo fármaco oral vai juntar-se à gama de produtos desenvolvidos pela Roche na área da inflamação e artrite reumatóide. O T-5224 teve resultados prometedores nos primeiros ensaios clínicos feitos», afirmou o director de desenvolvimento farmacêutico da Roche, Jean-Jacques Garaud.

A artrite reumatóide é uma doença inflamatória, na qual há alterações dos tecidos conjuntivos do corpo. Esta patologia tem origem numa inflamação proliferativa crónica da membrana sinovial e atinge sobretudo mulheres na fase adulta (jovem) e pós-menopáusicas.


Nos termos do acordo, a empresa japonesa cede à Roche os direitos exclusivos para investigar, desenvolver e vender o T-5224 em todo o mundo, excepto no Japão, onde a Toyama Chemical mantém direitos exclusivos.

Sara Pelicano

Fontes: Roche, Pm Farma, Saúde e Segurança e Portal da Saúde

segunda-feira, 25 de junho de 2007

FDA aprova administração de Risperdal em jovens

A Federação Norte-Americana de Alimentos e Fármacos (FDA na sigla inglesa) escreveu uma carta de aprovação para permitir a administração do medicamento Risperdal em jovens.

As solicitações da farmacêutica Johnson & Johnson Pharmaceutical Research & Development eram no sentido de administrar o fármaco no tratamento de esquizófrenia em adolescentes com idades entre os 13 e 17 anos. E também a permição de utilização em doentes bipolares de fase I, com idades compreendidas entre os 10 e os 17 anos.


O FDA não pediu nenhum estudo suplementar, pelo que a Johnson & Johnson está agora a rever a carta para finalizar o acordo.

Sara Pelicano

Fontes: Pm Farma, Johnson & Johnson

China reforça fiscalização a alimentos e fármacos

A produção, distribuição e utilização de anestésicos e psicotrópicos vai ter vigilância apertada na China. As autoridades do país pretendem criar uma rede nacional de monitorização que começou já a ser testado em 11 províncias e municípios e deverá ser alargada ao resto do país, devendo estar operacional até ao final deste ano, avançou a agência Xinhua.

De acordo com um comunicado emitido pela Administração Estatal dos Alimentos e Fármacos, entidade que fiscaliza o mercado de medicamentos chinês, a rede deverá “fornecer à entidade fiscalizadora ferramentas que lhe permitam detectar irregularidades na produção e distribuição de medicamentos anestésicos e psicotrópicos para prevenir os problemas antecipadamente”.

A entidade reguladora pediu também às autoridades locais que aumentem a fiscalização nas fábricas de medicamentos, incluindo as que criam produtos à base de cafeína e metanfetaminas.

Os meios de comunicação chineses têm relatado frequentemente casos que envolvem alimentos e fármacos falsificados e o assunto chamou a atenção internacional depois de alguns aditivos falsificados, exportados da China, terem contaminado alimentos para cães na América do Norte.

As autoridades chinesas prometeram empenhar esforços para reforçar a frágil rede de fiscalização aos alimentos e medicamentos existente no país. Em Maio o antigo responsável pela Administração Estatal dos Alimentos e Fármacos foi condenado à pena de morte sob acusações de aceitar subornos de empresas farmacêuticas e negligência.

Marta Bilro

Fonte: Reuters

Primogénitos com QI mais elevado


Realizado o maior estudo sobre relação inteligência e ordem de crescimento

Os primogénitos apresentam, em média, um coeficiente de inteligência (QI) mais elevado que os seus irmãos mais novos. Esta conclusão sai do maior estudo realizado sobre a relação entre inteligência e ordem de nascimento, publicado na revista «Science».

Segundo os cientistas da Universidade de Oslo, Noruega – que levaram a cabo a pesquisa - a explicação não está na diferença genética, mas na estimulação mais activa que os primeiros filhos recebem da família.

De acordo com a equipa norueguesa, a diferença detectada não é grande (três pontos, em média, ou seja, QI de 103, 2 nos mais velhos e de 100, 3 nos mais novos), mas é "representativa", argumentando que "pode ditar desempenhos académicos diferenciados."

Os investigadores analisaram registos de QI de mais de 241 mil jovens de 19 anos, nascidos entre 1967 e 1976, e cruzaram indicadores como o nível de educação dos pais, a idade da mãe e o tamanho da família, bem como a ordem de nascença e da comparação estabelecida de mais de 63 mil pares de irmãos, os resultados obtidos foram idênticos.

Raquel Pacheco

Fonte: Science/FarmaNews

Gripe das Aves

Novos casos de H5N1 detectados na Alemanha


As autoridades sanitárias alemãs confirmaram ontem a infecção com H5N1, de três aves encontradas mortas em Nuremberga. As análises realizadas às carcaças de várias aves deram positivas em três casos, tendo a Direcção geral de Saúde de Nuremberga procedido de imediato à recolha das carcaças dos animais infectados.

Em redor do sítio onde foram recolhidas as aves mortas foi montado um perímetro de segurança de quatro quilómetros, em conformidade com as regras estabelecidas pela União Europeia. A entrada de estranhos nos aviários locais está proibida e todas as viaturas que circulem no terreno, são imediatamente desinfectadas.

O perímetro de observação atinge os dez quilómetros e durante as próximas três semanas, está proibida a saída do local de qualquer tipo de ave de capoeira.

O H5N1 foi já detectado em vários países europeus, tendo sido recentemente encontrado numa exploração de perus na República Checa, mas também na Rússia, Grã-Bretanha e Hungria.

Esta é a variante mais mortal do vírus aviário, matando 80 a 100% dos animais infectados, em poucos dias, sendo também a mais perigosa para o ser humano.

A gripe das aves matou já 186 pessoas, essencialmente em países asiáticos, tendo sido detectadas cerca de 300 pessoas com vírus H5N1.

Inês de Matos

Fonte: Jornal de Noticias

Eutanásia: SPO defende qualidade de vida até ao fim

Helena Gervásio reage a estudo da FMUP e dá outra interpretação
A Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) reiterou a sua posição de defesa “pela qualidade de vida do doente oncológico até ao fim da vida.”

Em comunicado, a SPO reage, assim, às notícias ventiladas, recentemente, na Comunicação Social, sobre as conclusões de estudo divulgado pelo serviço de Bioética e Ética Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que indicam que 39% dos médicos oncologistas são favoráveis à legalização da eutanásia no país.

Na nota, a instituição científica - presidida por Helena Gervásio e que congrega 415 médicos oncologistas - sublinha que “não é legítimo transportar os resultados do estudo realizado pelo Serviço de Biologia e Ética Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), fruto de uma amostra aleatória de 200 oncologistas, para aquilo que pode ser entendido como a posição dos oncologistas portugueses.”

Aliás, na opinião da associação, “os cerca de 39% dos 200 inquiridos não se revelaram defensores da eutanásia, mas antes, favoráveis à legalização da mesma.”
Para a presidente da SPO, “é precisamente no sentido da defesa da qualidade de vida do doente, até ao último momento, que a Sociedade tem vindo a promover e desenvolver a formação do oncologista em cuidados paliativos.”

Raquel Pacheco

Fonte: Comunicado SPO

Benefícios no tratamento do cancro superam custos

O surgimento de novos fármacos destinados ao tratamento do cancro tem recebido fortes aplausos por parte dos especialistas, porém levantam-se, actualmente, algumas questões no que toca à relação custo-efetividade. Estudos recentes que analisaram dois medicamentos de combate ao cancro revelam agora que esperança de vida alcançada com a utilização das substâncias compensa os custos do tratamento.

A eficácia no aumento da esperança de vida demonstrada pelo inibidor de aromatase Aromasin (Exemestano) e pelo Herceptin (Trastuzumab), um anticorpo monoclonal, já foi comprovada em ensaios clínicos. O estudo, patrocinado pela Genetech, demonstrou que o custo de adicionar Herceptin ao tratamento com quimioterapia, em pacientes com cancro em fase precoce, ascende aos 19,600 euros anuais, sendo que a qualidade de vida sai beneficiada. Este montante é inferior ao que é gasto com outros medicamentos para tratamento do cancro regularmente utilizados, afirmam os investigadores.

Segundo Lou Garrison, um economista da área da saúde na Universidade de Washington e principal autor do estudo sobre o Herceptin, publicado hoje (25 de Junho) na edição online do jornal “Cancer” da Sociedade Americana de Cancro, “o Herceptin custa muito mais do que muitas das terapias crónicas utilizadas regularmente”, mas representa um bom investimento.

Estes estudos “são sempre importantes quando existe um fármaco ou um procedimento que é dispendioso em comparação com o tratamento regular”, afirmou Nicole Mittmann, uma das autoras do estudo sobre o Aromasin, cientista no “Sunnybrook Health Sciences Centre” e professora da farmacologia na Universidade de Toronto. “Os dados clínicos ainda determinam a decisão de utilizar a medicação, e esta é mais uma peça para acrescentar ao puzzle do processo das tomadas de decisão”, salientou.

Baseando-se nos resultados dos ensaios clínicos e nas taxas de sobrevivência actuais relativas ao cancro da mama, os investigadores prevêem que o Herceptin acrescentará três anos à esperança de vida dos pacientes. A relação custo-efetividade foi determinada através de um termo comum utilizado nos estudos de saúde denominado Ano de Vida ajustado Pela Qualidade (QALY). Esta medida é um ajuste à esperança média de vida baseado na qualidade de vida alcançada. Se o tratamento proporcionar ao doente mais um ano de vida saudável, esse factor contará como um QALY, exemplificam os especialistas.

Marta Bilro

Fonte: Bloomberg, Forbes.

Henrique Lecour eleito primeiro presidente da SIAI

A Sociedade Ibero-Americana de Infecciologia (SIAI), criada em Maio de 2006, elegeu hoje o seu primeiro presidente, o médico português Henrique Lecour, professor jubilado da Faculdade de Medicina do Porto e ex-director do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital S. João.

A eleição do especialista português decorreu em Salamanca, Espanha, durante a primeira Assembleia-Geral da SIAI, cujo resultado foi anunciado pela Universidade Católica Portuguesa, onde o médico é director-adjunto do Instituto de Ciências da Saúde.

Os principais objectivos da SIAI passam pela promoção da investigação e prática na área da patologia infecciosa, através da organização de congressos, nos países ibéricos e latino-americanos.

A SIAI foi já admitida condicionalmente na International Society of Chemotherapy, devendo a adesão ser formalizada em 2009, no próximo congresso desta organização internacional.

Inês de Matos

Fonte: Lusa
Encontro nacional de doentes e familiares
Ipatimup «Ao encontro da tiróide»


O Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto promove no próximo sábado, dia 30, a iniciativa «Ao encontro da tiróide – vencer e ajudar», destinado a reunir doentes e seus familiares, médicos e público em geral, numa acção que tem o apoio da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo.

Pelas 10h30 as portas do Ipatimup vão abrir-se para acolher os interessados, que terão oportunidade para partilhar conhecimentos e trocar experiências na área das doenças da tiróide com alguns dos mais reputados especialistas nacionais naquela área, como Manuel Sobrinho Simões, que dirige o Ipatimup, José Luís Medina e Francisco Carrilho, entre outros, que ao longo de cerca de três horas debaterão as diversas vertentes de uma problemática que afecta milhares de portugueses.
Actualmente estima-se que 50 por cento da população nacional tenha nódulos na tiróide, normalmente de pequenas dimensões e de carácter benigno, mas todos os anos surgem 500 novos casos. O cancro da tiróide é um dos carcinomas com maior taxa de cura, desde que seja diagnosticado precocemente e receba resposta adequada em termos de tratamento. Na União Europeia afecta hoje mais de 25 mil pessoas, provocando cerca de seis mil mortes anuais. O encontro no Ipatimup tem entrada gratuita. Para mais informações, contactar a MediaHealth Portugal através do número de telefone 218504010 ou os endereços de e-mail rpovoas@mediahealthportugal.com e jborges@mediahealthportugal.com.

Carla Teixeira
Fonte: Jasfarma

Resilez recebe parecer positivo de comité europeu

O comité europeu para produtos medicinais para o uso humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMEA) emitiu um parecer positivo que recomenda a aprovação do Rasilez (aliskiren), um fármaco da Novartis destinado ao tratamento da hipertensão. A farmacêutica suíça espera que as vendas do medicamento gerem, anualmente, cerca de 743 milhões de euros.

Caso seja aprovado, o Rasilez, o primeiro do grupo dos inibidores de renina, será o único tipo de tratamento hipertensor a ser colocando no mercado em mais de dez anos. Por norma, o parecer do CHMP é seguido pela Comissão Europeia, que deverá tomar uma decisão no espaço de três meses.

A opinião baseou-se em 44 estudos clínicos que envolveram mais de 7.800 pacientes e demonstraram que o Resilez actuava de forma eficaz na redução da pressão sanguínea durante 24 horas e, nalguns casos, durante mais tempo, avançou a Novartis. O laboratório salientou também que a eficácia do tratamento aumentava, sempre que o medicamento era administrado em conjunto com outras terapias anti-hipertensão.

O Resilez, comercializado nos Estados Unidos da América como Tekturna, foi aprovado em Março pela Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drug Administration - FDA). O medicamento foi desenvolvido em parceria com a Speedel AG, uma empresa farmacêutica suíça de pequenas dimensões e vai permitir à Novartis continuar a rechear o seu portfolio de anti-hipertensores, uma lista liderada pelo Diovan (Valsartan), o fármaco da empresa com maior número de vendas, mas cuja patente deverá expirar em 2012.

Num outro relatório, o comité da EMEA anunciou ainda uma recomendação para a autorização de comercialização do Bioncrit, um fármaco da Sandoz, filial da Novartis, para o tratamento da anemia. A substância está a ser recomendada no tratamento da anemia associada a doença renal crónica e em doentes oncológicos.

Marta Bilro

Fonte: First World, Euro2day, Morning Star, Novartis.

Doentes contaminados com Viracept
Infarmed divulgou plano de acção


O Conselho Directivo do Instituto da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) acaba de divulgar, em comunicado, o plano de acção na sequência da recolha do fármaco Viracept, da Roche Registration Limited, que foi retirado do mercado no início deste mês depois de se ter confirmado a contaminação com mesilato de etilo de alguns lotes daquele anti-retroviral, indicado para o tratamento de adultos, adolescentes e crianças com mais de três anos infectados com o vírus da sida.

À luz da nota divulgada pelo Infarmed a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) acordou ontem o plano de acção para acompanhar os doentes que foram expostos ao medicamento contaminado, depois de, no passado dia 13, uma reunião de peritos toxicológicos ter concluído que “a informação conhecida é insuficiente para estabelecer quais as doses de mesilato de etilo que poderão ser tóxicas para os seres humanos”. O Comité Científico de Medicamentos de Uso Humano já solicitou à companhia farmacêutica a realização de estudos em animais, de forma a calcular com maior exactidão os níveis tóxicos daquela substância, devendo os resultados preliminares estar disponíveis no final do ano.
Entretanto, e ainda de acordo com a nota, o comité pediu à Roche a identificação do grupo de doentes eventualmente contaminados, com vista ao seguimento e à monitorização apropriada da evolução do seu estado de saúde. O CHMP defende que deverá ser feito o seguimento dos indivíduos expostos a altos níveis de contaminante nos lotes de Viracept libertados desde Março, de todas as mulheres grávidas que alguma vez estiveram expostas ao medicamento e das crianças que alguma vez estiveram em contacto com ele, incluindo in utero.
Além desta medida, a EMEA recomendou à Comissão Europeia a suspensão da Autorização de Introdução no Mercado do Viracept, uma vez que neste momento a segurança poderá não estar garantida. Como consequência da recomendação de suspensão, o fármaco continuará a não estar disponível no mercado até que as medidas correctivas tenham sido implementadas. A actualização da informação será divulgada à medida que mais informação for ficando disponível.

Carla Teixeira
Fonte: Infarmed

Infecções estafilocócicas afectam 5% dos pacientes hospitalares

Cerca de 1,2 milhões de pacientes hospitalizados são contaminados, anualmente, com uma infecção estafilocócica resistente aos medicamentos, o que representa 5 por cento dos doentes hospitalizados e a receber cuidados de enfermaria, um número cerca de 10 vezes superior ao apresentado em estimativas anteriores. A conclusão é de um relatório da Associação de Profissionais de Controlo de Infecções e Epidemiologia.

A investigação, liderada por William Jarvis, antigo director do programa de infecções hospitalares no Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, revelou também que, anualmente, entre 48 mil e 119 mil doentes hospitalares podem estar a morrer com infecções causadas por Staphlococcus aureus meticilina-resistente, um valor que ultrapassa as últimas previsões. Em Portugal, a infecção por Staphylococcus aureus meticilina-resistente (MRSA) atingiu em 2004 cerca de metade dos doentes internados.

A descoberta surge na sequência de vários alertas públicos acerca da expansão das bactérias resistentes aos antibióticos em instalações hospitalares e unidades de cuidados intensivos. Os especialistas consideram que o aumento da incidência deste tipo de bactérias é a principal causa de várias infecções no sangue e pneumonias que se revelam fatais. A investigação, realizada nos Estados Unidos da América através de inquéritos que envolveram 1.237 hospitais e instituições de cuidados de saúde, concluiu que pelo menos 46 por cento em cada 1.000 pacientes tinha uma infecção. Desse total, cerca de 75 por cento quando se deslocaram aos hospitais e instituições de saúde já eram portadores da bactéria.

Estas infecções, designadas por "Infecção Relacionada com os Cuidados de Saúde", podem ser prevenidas principalmente através da lavagem de mãos dos profissionais de saúde e da descontaminação dos equipamentos. A utilização de luvas e batas é também, um factor importante, assim como a separação dos doentes infectados dos outros pacientes, alertam os especialistas.

Na Europa, ocorrem, anualmente, 1.300 mortes provocadas pelo Staphylococcus Aureus, com um custo associado ao problema estimado em 117 milhões de euros por ano, refere um artigo do «Department of Medicines Policy and Standards». A meticilina resistente Staphylococcus aureus foi reconhecida como a maior infecção nosocomial (adquirida em ambiente hospitalar) que causa aproximadamente 21 por cento de infecções da pele e 28 por cento de infecções cirúrgicas. Cerca de 60 por cento das infecções por staphylococcus aureus reportadas aos Centros de Controlo de Doença são meticilino resistentes (MRSA).

Marta Bilro

Fonte: Chicago Tribune, Chron.com, Seattlepi.com, Revista Brasileira de Epidemiologia, Jasfarma, Manual Merck.

Sol ajuda a tratar psoríase

A psoríase, uma doença da pele, pode ser tratada com a exposição aos raios ultravioletas. Enquanto os médicos alertam a população para os cuidados a ter com o Sol, incentivam os doentes com psoríase a apanhar Sol, visto que essa exposição pode melhorar as zonas do corpo que foram afectadas e reduzir significativamente as placas situadas na superfície do corpo.

A psoríase, uma doença da pele, pode ser tratada com a exposição a raios ultravioletas. Enquanto os médicos alertam a população em geral para os cuidados a ter com o Sol, incentivam os doentes com psoríase a apanhar Sol, visto que essa exposição pode melhorar as zonas do corpo afectadas e reduzir significativamente as placas formadas na superfície do corpo.

Mas, geralmente , quem tem a doença pouco vai à praia, por sentir vergonha em mostrar o corpo. Em Portugal, cerca de 250 mil pessoas desenvolvem esta doença crónica e algumas sentem-se rejeitadas pelos outros devido ao problema de pele que herdaram.

Em Portugal, cerca de 250 mil pessoas desenvolvem esta doença crónica e algumas sentem-se rejeitadas pelos outros devido ao problema de pele de que são portadoras.

“Todos os dias sentimos na pele estas dificuldades mas é fundamental que os doentes psoriáticos não deixem que a doença limite a sua vida ou altere as suas rotinas e actividades”, diz João Cunha, presidente da PsoPortugal, uma associação criada para promover a melhoria da qualidade de vida dos portadores de psoríase.


Psoríase


É uma doença auto-imune que se desenvolve porque o sistema imunitário acelera o crescimento das células da pele e elas são, ao mesmo tempo, rejeitadas pelo organismo. Normalmente, as células da pele regeneram-se em 28 / 30 dias mas, no caso dos doentes psoriáticos, a regeneração ocorre em apenas 3 ou 4 dias, havendo uma acumulação de células em determinadas zonas do corpo.


A psoríase apresenta-se sob a forma de manchas cobertas de escamas esbranquiçadas que podem provocar comichão, ardor ou mal-estar. Pés, mãos, braços, couro cabeludo, cara, costas e peito são as zonas do corpo mais afectadas.

Para além de ser uma doença de pele é também uma doença sistémica, ou seja, os portadores têm uma tendência maior para desenvolver doenças associadas como a diabetes, doença inflamatória intestinal, hipertensão, doença cardíaca ou depressão.


Pensa-se que cerca de três por cento da população mundial sofre de Psoríase. As primeiras manifestações surgem, principalmente, entre os 10 e os 30 anos e parte-se do princípio que o seu aparecimento está relacionado com factores genéticos, apesar das suas causas serem pouco conhecidas.

Hoje existem novas terapêuticas designadas por terapêuticas biológicas que permitem melhorar, no mínimo, 75% das lesões cutâneas em 80% dos doentes contribuindo para melhorar a sua qualidade de vida.

Fonte: Jasfarma
Imagem: Google

1º Encontro Nacional de Doentes da Tiróide e Familiares

(título em falta na notícia anterior)
O Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto será, no dia 30 de Junho, palco da iniciativa “Ao Encontro da Tiróide – Vencer e Ajudar”, cujo início está previsto para as 10h30.

O Encontro conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo (SPEDM), e junta médicos, doentes, familiares e todos os que queiram participar na partilha de conhecimentos e experiências relacionados com as doenças da tiróide.

Vão estar presentes alguns especialistas nacionais como o Prof. José Luís Medina, Dr. Francisco Carrilho e o Prof. Sobrinho Simões, que irão falar de um problema que afecta centenas de milhares de portugueses. Apesar de ser um dos tipos de cancro com maior taxa de cura, desde que diagnosticado precocemente, afecta, todos os anos, cerca de 500 portugueses e mais de 25 mil pessoas na União Europeia.

A entrada é gratuita mas deverá ser efectuada uma inscrição prévia. Para mais informações consultar www.jasfarma.com.

Fonte: Jasfarma

Byetta mais eficaz que insulina no controlo da glicose

A Amylin Pharmaceuticals e a Eli Lilly divulgaram os resultados de um estudo que associa a utilização do Byetta (Exenatido), um fármaco destinado ao tratamento da diabetes tipo 2, a melhorias no controlo dos níveis de açúcar no sangue, perda de peso e diminuição da incidência de hipoglicemia.

O ensaio clínico demonstrou que a combinação do Byetta com metformina produziu resultados estatisticamente significativos na redução dos níveis de hipoglicemia, comparativamente ao tratamento que combina a administração de insulina com a metformina.

O estudo, apresentado durante a reunião anual da Associação Americana da Diabetes, em Chicago, envolveu a participação de 114 doentes. Os resultados demonstraram que apenas 2,6 por cento dos pacientes que estavam inseridos no grupo testado com Byetta sofreram de hipoglicemia, contra 17,4 por cento de hipoglicemicos detectados no grupo testado com insulina. A diferença é significativa, afirmam os responsáveis. Por outro lado, não houve discrepância entre os doentes tratados com Byetta e insulina que ingeriram sulfonilureia, um semelhante genérico para a diabetes. O progresso dos pacientes foi calculado em dois períodos de 16 semanas.

Os doentes envolvidos sofriam de diabetes do tipo 2, aqueles cujo organismo não consegue produzir insulina suficiente ou não a consegue processar adequadamente. A insulina ajuda o organismo a converter açúcar em energia. Por norma, os doentes com diabetes de tipo 2 tomam mais do que um medicamento para controlar os níveis de açúcar no sangue.

O tratamento com Byetta permitiu que fosse controlado o nível de açúcar no sangue dos pacientes, o que não aconteceu quando lhes foi administrada a insulina glargina. Por outro lado, o tratamento combinado de Byetta com metformina resultou numa maior diminuição significativa do risco de hipoglicemia do que o tratamento que incluía a administração de insulina glargina e metformina.

Embora as empresas não tenham confirmado se a diferença é estatisticamente significativa, nos doentes tratados com Byetta registou-se também uma diminuição de peso na ordem dos 2,6 kgs, em comparação com os 0,6 kgs de aumento de peso no grupo de pacientes tratados com insulina glargina.

Marta Bilro

Fonte: The Street, CNN Money, The Star.

60 desfibrilhadores para 385 centros de saúde

Socorro de pacientes com paragem cardíaca comprometido

Existem apenas 60 desfibrilhadores referenciados na rede de cuidados primários portuguesa. Ou seja, apenas um cada seis centros de saúde (das 385 unidades centrais com respectivas extensões), dispõe deste equipamento essencial para reanimar o coração.

De acordo os dados disponibilizados pela Carta de Equipamentos da Saúde (CES), - a que o FARMÁCIA.COM.PT teve acesso - a esmagadora maioria dos centros de saúde do País não tem meios para socorrer uma pessoa com paragem cardíaca.

Segundo os dados da CEP, é a sub-região de Saúde de Faro que está melhor apetrechada, apresentando maior percentagem de centros de saúde dotados de desfibrilhadores: seis distribuídos por 16 centros de saúde.

Já na região de Lisboa e Vale do Tejo, apenas sete dos 89 centros de saúde possuem este tipo de aparelhos. E, nos 44 centros de saúde da Sub-Região de Lisboa, apenas o da Azambuja tem um desfibrilhador.

Vítor Almeida, da Associação Portuguesa de Medicina de Emergência (APME), confirmou que “muitos centros de saúde não dispõem do desfibrilhador, sustentando que “depende do investimento de cada sub-região.”

O cenário agudiza-se, considerando o disposto da Direcção Geral de Saúde para as futuras Unidades Básicas de urgência, - que vão substituir os SAP (Serviços de Atendimento Permanente) - que preconiza a obrigatoriedade de um "monitor com desfibrilhador automático".

De referir que, no início do ano, havia 271 SAP, sendo que, o ministro anunciou o encerramento de 56. Assim, o número destes equipamentos está muito abaixo do necessário para equipar os restantes serviços de atendimento urgente nos centros de saúde.

Entretanto, ao Diário de Notícias (DN), Vítor Almeida reforçou a posição da APME: "Todos os médicos deveriam dominar o suporte avançado à vida. E em qualquer sítio, onde são administrados remédios ou terapêuticas, onde acorrem doentes em grande número, deveria ter equipamentos de suporte avançado de vida, como desfibrilhadores.”

Segundo avançou o responsável, um alerta sobre a falta de equipamentos em centros de saúde já foi apresentado na Assembleia da República.

Morte por falta de um desfibrilhador
Recorde-se que, Marta Ferreira, manager do grupo Xutos e Pontapés, morreu no passado dia 7, após uma paragem cardíaca, numa casa de banho do aeroporto de Lisboa. Na Portela funciona permanentemente um gabinete da Cruz Vermelha que se encontra em ligação directa com o INEM, porém, não está equipado com um desfibrilhador. A dúvida se o equipamento lhe poderia ter salvo a vida persistirá para sempre.

Raquel Pacheco
Fonte: CES/APME/TVI
Imagem: DN

Testosterona: chave da longevidade masculina

Baixos níveis podem aumentar probabilidade de morte

Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, revelou que os baixos níveis de testosterona podem aumentar a probabilidade de morte entre homens acima dos 50 anos.

A investigação - que analisou 800 participantes entre 50 e 91 anos - estima que, os que têm baixas doses da hormona masculina têm mais 33% de hipóteses de morrer num período de 18 anos, do que, os que apresentaram os níveis normais.

O estudo, com um universo de 800 indivíduos entre os 50 e os 91 anos, mostra que homens com baixos níveis de testosterona têm mais 33% de hipóteses de morrer, num período de 18 anos, quando comparados com indivíduos com níveis normais da hormona masculina.

Segundo os investigadores, 29% dos participantes registaram níveis baixos de testosterona, hormona responsável pelo desenvolvimento das características masculinas e com significativa influência na libido.

Durante um encontro na The Endocrine Society, (onde o estudo foi apresentado), os cientistas explicaram que “a quantidade da hormona normalmente diminui com a idade, mas que um estilo de vida saudável pode ajudar a manter a testosterona em níveis altos e aumentar a longevidade.”

Ainda de acordo com o estudo, homens que apresentem factores de risco, como doenças cardiovasculares e diabetes, têm três vezes mais hipóteses de manifestar deficits na produção da hormona.

Factores de risco
Os factores de risco foram classificados pelos investigadores como "síndrome do metabolismo" e incluem obesidade, níveis elevados de colesterol, hipertensão arterial e hiperglicemia.

Na opinião da investigadora que coordenou a pesquisa, Gail Laughlin, este estudo sugere que "a associação entre os níveis de testosterona e índices de mortalidade não se deve apenas a uma determinada doença", concluindo que "a quantidade da hormona pode ser influenciada pelo estilo de vida e aumentada com diminuição da obesidade."

Richard Sharpe, da MCR Human Reproductive Sciences Unit, de Edimburgo, explicou que "ser obeso diminui o nível de testosterona o que, por sua vez, provoca a obesidade. É um ciclo vicioso", aconselhando, por isso, que "em vez de suplementos, deve-se mudar o estilo de vida, manter o corpo em forma e aproveitar o máximo da testosterona."


Tostran
Recorde-se ainda que, segundo noticiou, este mês, o FARMACIA.COM.PT, foi lançado no mercado britânico um gel (composto por testosterona sintética) destinado a suavizar os sintomas da andropausa, ou “menopausa masculina”. O fármaco chama-se Tostran, e é dirigido aos homens na faixa etária dos 40 anos que sofram de hipogonadismo, uma patologia que provoca calvície, obesidade, letargia, irritabilidade, reduz a libido e propicia a disfunção eréctil.

Raquel Pacheco

Fonte: BBC/Diário dos Açores

Origem da vulnerabilidade ao VIH pode estar na pré-história

Resistência de chimpanzés e primatas a um retrovírus

De acordo com um estudo publicado na revista científica «Science», a vulnerabilidade do homem ao vírus da sida pode ter tido origem na resistência do corpo humano a um retrovírus que infectou chimpanzés e outros primatas há três ou quatro milhões de anos.

A investigação dos cientistas do centro de pesquisa Hutchinson mostrou que, “ao longo da evolução dos primatas, a imunidade a este vírus, (chamado Pan troglodytes endogenous retrovirus ou PtERV1), “pode ter-nos tornado mais vulneráveis ao vírus da sida.”

Liderado pelo biologista Michael Emerman, o grupo de investigadores reconstituiu parte do genoma do retrovirus PtERV1, o que, revelou que a defesa antiviral humana contra este patogénio depende de um gene chamado TRIM5a.

“O TRIM5a produz uma proteína que neutraliza e destrói o PtERV1 impedindo que este consiga produzir cópias de si mesmo, apesar de não ser eficaz na defesa do organismo humano contra outros retrovírus actuais, entre eles o VIH/sida”, explicam os cientistas à «Science»

“Esta evolução tornou os humanos mais vulneráveis ao VIH/sida”, sintetizou Michael Emerman, frisando que “o gene antiviral apenas consegue combater um vírus de cada vez.”

Raquel Pacheco

Fonte: Science

Parafarmácias não têm lista de medicamentos com venda prevista para hoje

A partir de hoje está autorizada a venda de 36 medicamentos comparticipados fora das farmácias. Estes medicamentos, não sujeitos a receita médica, ainda não estão disponíveis ao público uma vez que as parafarmácias desconhecem a lista dos medicamentos.

A venda de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) fora das farmácias era autorizada num decreto-lei publicado há cerca de ano e meio. No passado mês de Abril, a venda de medicamentos comparticipados não sujeitos a receita médica fora das farmácias foi aprovada pelo Conselho de Ministros, no entanto, desprovida da ajuda do Estado, visto que a comparticipação dos MNSRM continua limitada às farmácias.

Assim sendo, os medicamentos que não são sujeitos a receita médica mas são comparticipados pelo Estado, perdem o direito a essa comparticipação quando comprados fora das farmácias. O medicamento fica totalmente ao encargo do utente, como se fosse comprado sem receita médica.

No entanto, hoje as Parafarmácias não colocaram à venda os 36 medicamentos visto que não tiveram conhecimento da lista. Cabe ao Infarmed, autoridade nacional do medicamento, publicar a lista em causa e informar os vendedores.

Entre os 36 da lista encontram-se o Aspegic 500 e o Brufen 200, que são dos medicamentos mais baratos, e o Procol, cujo valor sem comparticipação do Estado ronda os 40 euros.

Fonte: Público, DD e Infarmed

A moda do "Yoga"

Com cada vez mais stress, são muitos os portugueses, que procuram, depois de um dia agitado, um desporto que os faça relaxar, o yoga é sem dúvida, uma modalidade que tem vindo a adquirir cada vez mais adeptos.
"Há um aumento da insatisfação com o modelo social existente e as pessoas estão à procura de felicidade", afirmou ontem o presidente da Associação Lusa de Ioga, Jorge Vieira e Castro, à margem das comemorações do Dia Mundial do Ioga em Lisboa, no Estádio do Restelo.
De acordo com o mestre de ioga, tem-se verificado um "crescimento exponencial da actividade em Portugal" nos últimos anos, o que é "explicado por uma tomada de consciência da população, que quer viver mais perto da natureza e de forma mais saudável".
"O ioga envolve um treino físico intenso, mas também trabalha a energia. Depois dos exercícios temos muito mais energia, mas trabalha também as emoções", explicou o presidente sobre os beneficios deste desporto.
Paulo Nunes, um praticante recente do ioga, interessou-se apenas por uma razão: "Comecei a praticar porque queria aumentar a capacidade de concentração porque faço parapente. Já noto algumas melhorias", acrescentou.
A praticar ioga desde Outubro, Paulo Nunes assegura ainda que está "mais calmo e com uma melhor gestão do stress".
Apesar de não praticar yoga, o candidato à Câmara de Lisboa José Sá Fernandes juntou-se ás comemorações do Dia Mundial do Yoga, para mostrar o seu apreço pela modalidade, no entanto quando questionado sobre a possibilidade de vir a fazer ioga no futuro, Sá Fernandes afirmou que tem amigos que praticam e que talvez um dia" também o faça.

Juliana Pereira
Fonte: Diário Digital
Diário Digital / Lusa

Consultas excessivas sem justificação devem ser mais caras

O valor real de uma consulta, suportado pelo Sistema Nacional de Saúde (SNS) é de 30 euros e um doente paga 2,75 euros pela mesma consulta, num hospital público.
O relatório sobre a sustentabilidade financeira do SNS defende que os utentes que fizerem um uso excessivo e injustificado de consultas devem pagar mais.

O relatório, encomendado pelo Governo em Março de 2006, aconselha que o doente deverá pagar o valor total da consulta (30 euros) no lugar da actual taxa de 2,75 euros, que corresponde a 10% do valor do serviço, em caso de ausência de justificação clínica aceitável.
Doentes que não sejam crónicos ou que não precisam de tratamentos prolongados deveriam ser limitados a três consultas comparticipadas por cada seis meses. Acima das três consultas, o doente teria de pagar 75% do valor da consulta, isto é, mais 19,75 euros do que a taxa moderadora actual.

Apesar destas medidas terem sido propostas no relatório, a comissão técnica responsável pela elaboração do documento, não consegue garantir que apenas a sua aplicação seja suficiente para suportar financeiramente o SNS.
Aquilo que se sabe é que os gastos públicos com a saúde têm sofrido um aumento muito maior em Portugal do que na média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). No ano de 2004, em Portugal a média era de 7,2, perante 6,4 por cento. No entanto tem vindo a diminuir nos últimos anos, foi 2,9 por cento, de 2004 a 2006, face a 9,2 por cento, de 1995 a 2004.

Esta proposta está inserida nas 10 que se encontram no relatório do qual ainda não há divulgação oficial. A informação foi disponibilizada no blog de um jornalista da TVI.

Fonte: SOL, Lusa, Diário Digital, Público

Menos drogas nas escolas

Segundo, uma primeira análise do um estudo, no âmbito do Dia Mundial das Drogas Ilícitas, que é festejado amanhã, o consumo de droga nas escolas está a estabilizar, apesar da cocaína estar a aumentar entre os jovens adultos.
Em entrevestiva ao jornal Destak, João Goulão, presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência, o consumo de drogas leves pode estar mesmo numa fase de queda, isto porque "os adolescentes têm hoje uma maior capacidade de fazerem escolhas individuais".
Os resultados deste estudo, só serão apresentados no próximo mÊs de Setembro, no entanto sabe-se que a utilização da droga tem agora outros fins, tendo agora "uma característica mais utilitária" e como principal objectivo "mais imediato, sem ser uma dependência~".
O uso do haxixe, que nos jovens tem a vantagem de ser "inócuo e inofensivo", está a começar a ser "tão admitido como é o álcool", avança o especialista, que afirma que o consumo de heroína tem sido uma droga pouco utilizada, uma vez que é uma droga "desprestigiada" entre a juventude.
A cocaína, no entanto continua a ser associada ao mundo artístico, logo a maior parte dos jovens pensam que "não deve fazer muito mal". Uma "visão errada", avisa Goulão, uma vez que esta droga cria "uma ávida dependência" e pode provocar patologias mentais graves, como "a esquizofrenia e as psicoses".
O presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência adiantou ainda que a troca de seringas nas prisões portuguesas é um projecto "na iminência de ser aprovado" e pode vir a ter a sua aplicação "já no próximo mês".

Juliana Pereira
Fonte: Diário Digital

EMEA avalia Nexavar para tratar cancro do fígado

Depois dos ensaios clínicos terem comprovado a eficácia do Nexavar (sorafenibe), a Bayer Healthcare submeteu à Agência Europeia do Medicamento um documento para aprovação do uso do fármaco no tratamento do cancro do fígado (carcinoma hapatocelular). O Nexavar é actualmente utilizado, em mais de 50 países, para tratar o cancro de rim em fase avançada.

A Bayer HealthCare, divisão de cuidados de saúde do grupo alemão Bayer, avançou também que pretende submeter um pedido de aprovação à Federação Norte-Americana de Alimentos e Fármacos (Food and Drug Administration - FDA) para esta nova indicação terapêutica.

A actuação do fármaco no combate ao cancro do fígado foi recentemente testada por um ensaio clínico de fase III, no qual os pacientes aos quais foi administrado o Nexavar registaram um aumento da taxa de sobrevivência global de 44 por cento, quase três meses a mais do que naqueles que não receberam a substância (média de 10,7 meses contra os 7,9 meses do grupo placebo). Os resultados foram apresentados no inicio do mês de Junho, durante a reunião da American Society of Clinical Oncology (ASCO).

Todos os anos surgem 1,5 milhões de casos novos de cancro do fígado em todo o mundo. A doença ocorre especialmente entre os 55 e 80 anos de idade, em indivíduos de raça caucasiana, mas a doença é mais comum na 3ª e 4ª décadas de vida, em Africanos e Asiáticos, sendo duas a três vezes mais comum nos homens do que nas mulheres. Anualmente, morrem cerca de um milhão de pessoas em todo o mundo com cancro do fígado.

Marta Bilro

Fonte: SEGS, Saúde na Internet.

Medicamentos ao domicílio na Andaluzia

A província espanhola de Andaluzia prevê para breve o arranque de um esquema de distribuição de fármacos ao domicílio, como está contemplado num projecto de lei aprovado na passada semana pelo governo do país vizinho, que dentro de dias entrará na fase de tramitação parlamentar.

No seu artigo 4.2, o projecto de lei para o ordenamento farmacêutico da Andaluzia estabelece que “as farmácias de oficina poderão dispor de um serviço vocacionado para a distribuição ao domicílio de medicamentos e produtos de saúde”, de acordo com uma listagem de requisitos e excepções a aprovar pelas autoridades locais na área sanitária. A medida gerou controvérsia no seio da classe profissional, mas na opinião de Manuel Arenas, presidente do conselho de colégios andaluz (Cacof), o documento é “transparente e completo”.
Em causa está, segundo avançam os contestatários da medida, o facto de, à luz da lei das garantias, que proíbe expressamente a venda de produtos farmacêuticos ao domicílio, o novo projecto de lei revela-se ferido de inconstitucionalidade. Estima-se também que, a ser implementadas estas novas regras, muitas farmácias montem o seu próprio esquema de distribuição, começando a operar fora do seu perímetro de influência, o que subverte a conduta correcta em termos de concorrência.

Carla Teixeira
Fonte: Correo Farmaceutico
Medicamentos clássicos continuam a ser os mais indicados
Novo fármaco para a candidíase


O surgimento no mercado farmacêutico de um novo medicamento para tratamento da candidíase, infecção generalizada provocada por fungos, suscitou a publicação de um editorial no «The New England Journal of Medicine» em que se afirma não haver razões para abandonar as fórmulas clássicas de tratamento como terapia de eleição para a doença.

Um estudo recente assinala a eficácia do novo fármaco, produzido pelo laboratório farmacêutico Vicuron, que entretanto foi comprado pela multinacional Pfizer. Foram observadas 245 pessoas que sofriam de candidíase invasiva. A 127 participantes no estudo foi administrada a nova substância, anidulafungina, e a 118 o tradicional fluconazol (juntamente com a caspofungina, o voriconazol e a anfotericina B, é um dos tratamentos mais comuns para a candidíase). A nova terapia teve sucesso em 75 por cento dos doentes do primeiro grupo, contra apenas 60 por cento dos que foram tratados com o fármaco habitual, sendo que os efeitos secundários das duas substâncias se revelaram similares. De acordo com os autores do estudo divulgado agora, ficou demonstrado que a anidulafungina não é menos eficaz do que o fluconazol, tendo uma garantia de segurança muito semelhante.
Apesar dessa evidência, o «The New England Journal of Medicine» atesta que não há razões para fazer do novo medicamento a terapia de eleição para a candidíase, frisando que as diferenças entre os dois tipos de fármacos não são significativas. O editorial publicado na revista científica recusa abandonar a utilização do fluconazol, devido à sua “segurança, eficácia e baixo custo”, e recorda que as equinocandinas, grupo a que pertence a nova anidulafungina, continuam a ter um custo várias vezes acima do tratamento convencional.
A candidíase invasiva é uma infecção produzida por fungos da espécie Candida, que penetram no sangue e daí se disseminam por todo o organismo. Ocorre muitas vezes em bebés com baixo peso à nascença, em mulheres grávidas e em pessoas com problemas no sistema imunológico ou que por qualquer motivo se submeteram a intensos tratamentos com recurso a antibióticos.

Carla Teixeira
Fonte: El Mundo

domingo, 24 de junho de 2007

Tailandia incentiva utilização de medicamentos tradicionais

As autoridades tailandesas estão a preparar uma campanha para promover a utilização de medicamentos tradicionais em vez dos fármacos importados. A iniciativa deverá custar cerca de 53 milhões de euros mas os responsáveis acreditam que permitirá poupar aos cofres tailandeses 7 mil milhões de euros por ano.

De acordo com o Ministro dos Delegados de Saúde Pública da Tailândia, Morakot Kornkasem, o orçamento disponibilizado pretende também ajudar a impulsionar os padrões de produção relacionados com o desenvolvimento dos medicamentos tradicionais tailandeses.

O principal objectivo é diminuir a dependência do país face aos medicamentos e tecnologias importadas, estendendo a utilização de medicamentos tradicionais a 25 por cento do mercado, afirmou Morakot.

Para este responsável, os medicamentos tradicionais são uma alternativa necessária, uma vez que os fármacos desenvolvidos pelos grandes laboratórios internacionais tendem a estar protegidos por patentes de longa duração, que deverão atingir os 25 anos, mais cinco do que os actuais 20 anos e a tornar-se cada vez mais dispendiosos.

Marta Bilro

Fonte: Earth Times

Apenas um em cada dez doentes tem acompanhamento
Hiperactividade sem tratamento


Apenas uma de cada dez crianças espanholas que sofrem de desordem por défice de atenção e hiperactividade recebe tratamento psíquico e farmacológico, à luz de um alerta deixado ontem num simpósio realizado em Barcelona pelo presidente da Sociedade Catalã de Psiquiatria Infanto-Juvenil.

Na sua intervenção Jordi Sasot afirmou que “neste momento apenas uma em cada dez crianças portadoras daquela doença é correctamente avaliada e tem o devido acompanhamento em Espanha”, alertando para a gravidade da actual situação de obscurantismo face aos números reais do problema. O também coordenador da Unidade de Pedopsiquiatria do Centro Médico Teknon de Barcelona acrescentou a sua convicção de que o actual cenário resulta do facto de em Espanha a Psiquiatria Infanto-Juvenil não ser ainda reconhecida como especialidade médica, “levando a que o número de profissionais naquele sector seja claramente insuficiente para as necessidades da população”.
Neste sentido, os especialistas reunidos em Barcelona concordaram que é fulcral a maior intervenção dos psiquiatras, enquanto médicos assistentes das crianças com diagnóstico de desordem por défice de atenção e hiperactividade, na abordagem da doença, quer na altura de identificar o problema, quer no momento em que urge aconselhar os pais sobre a melhor forma de tratar os filhos. Jordi Sasot disse ainda que “a maior participação do psiquiatra no processo poderia favorecer a detecção precoce do transtorno, fundamental para prevenir o insucesso escolar da criança, por exemplo, problema que muitas vezes surge em crianças hiperactivas que não foram correctamente avaliadas e diagnosticadas.
A desordem por défice de atenção com hiperactividade começa normalmente por criar dificuldades de aprendizagem e de adaptação dos menores ao meio em que se movimentam, e na maior parte dos casos prolonga-se por toda a vida adulta. É uma perturbação do desenvolvimento que afecta o comportamento, a capacidade de atenção e o auto-controlo.

Carla Teixeira
Fonte: Europa Press, AZfarmacia
Dentro de três a cinco anos…
Tratamentos individualizados para o cancro da mama


O aperfeiçoamento dos tratamentos para o cancro da mama deverão permitir, num prazo compreendido entre três e cinco anos, a definição de esquemas terapêuticos individualizados, de acordo com as características específicas de casa tumor e de cada paciente.

A opinião foi expressa há dias por Gabriel Hortobagyi, director do Departamento de Oncologia Mamária da Clínica Anderson, na cidade norte-americana de Houston. O especialista, que falava na VII Conferência do Cancro da Mama, que teve lugar em Madrid, considerou que a melhoria sentida ao longo dos últimos anos no tratamento daquele tipo de carcinoma, consumada através dos significativos progressos feitos em matéria de aplicação de tecnologias e no desenvolvimento de novos fármacos, deverá tornar possível a análise casuística dos tumores, levando à implementação de terapias adequadas e individualizadas para cada doente.
Hortobagyi apontou ainda a eficácia dos medicamentos biológicos no combate ao cancro da mama, colocando a ênfase no facto de se tratar de produtos que não são tóxicos e que se ajustam a tratamentos individualizados, porque se dirigem de uma forma específica às causas das alterações que levam as células cancerosas a diferenciar-se das restantes e a crescer de um modo descontrolado e pernicioso. O médico garantiu que esse tipo de terapia permitiria “acompanhar o desenvolvimento do tumor ao longo do tratamento e, no caso de não funcionar, alterar a medicação a tempo, já que a detecção do problema seria imediata”.

Carla Teixeira
Fonte: Europa Press, AZfarmacia
Novartis contesta dados de um estudo
Prexige pode causar quebra da tensão arterial


A administração do anti-inflamatório inibidor selectivo de COX-2 lumiracoxib para o tratamento de doentes com artroses que também sofram de hipertensão controlada provoca uma ligeira diminuição da pressão arterial, de acordo com os resultados de um estudo apresentado esta semana no Congresso Europeu de Reumatologia, que teve lugar na cidade espanhola de Barcelona.

A administração do lumiracoxib, um anti-inflamatório não esteróide (AINE) inibidor selectivo de COX-2, para o tratamento de doentes com artroses que também sofram de hipertensão controlada provoca uma ligeira diminuição da pressão arterial. Estes resultados surgem num estudo apresentado esta semana no Congresso Europeu de Reumatologia, que teve lugar na cidade espanhola de Barcelona.

Em comunicado, a Novartis, empresa farmacêutica que distribui aquele AINE (inibidor) sob a designação comercial de Prexige, declarou que, na verdade, o medicamento influi menos na pressão arterial do que o AINE (anti-inflamatório não-esteróide) ibuprofeno, que normalmente tem o efeito de aumenta ligeiramente a pressão arterial nos doentes com o mesmo perfil. Um estudo comparativo daquelas duas substâncias, que ao longo de um período de quatro semanas acompanhou 787 pacientes de 50 anos que sofriam de artrose e hipertensão, aferiu que o Prexige e o ibuprofeno revelam sensivelmente a mesma tendência para provocar efeitos secundários adversos, a maior parte dos quais leve e sem toxicidade, sendo a reacção mais frequente em ambos os grupos de doentes a ocorrência de dores abdominais, que mesmo assim só atingiram dois por cento das pessoas analisadas.

Carla Teixeira
Fonte: Europa Press

Cientistas mais perto de evitar recaídas em doentes com leucemia

Uma equipa de investigadores da Universidade de Osaka, no Japão, descobriu um marcador molecular capaz de detectar as células-mãe da leucemia que tornam a leucemia mielóide aguda tão difícil de erradicar.

Os resultados da investigação foram publicados na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” e os cientistas acreditam que a descoberta poderá oferecer novos métodos de tratamento, uma vez que a quimioterapia, por si só, não é eficaz para tratar, de forma permanente, a leucemia mielóide aguda. “O tratamento está orientado para se conseguir a remissão precoce (destruição de todas as células leucémicas). Contudo, a leucemia mielóide aguda responde a menos medicamentos do que outros tipos de leucemia”, refere o Manual Merck.

Dentro da medula óssea, todas as células sanguíneas se originam a partir de um único tipo de célula denominada célula-mãe. Esta célula-mãe divide-se em células imaturas que se vão dividindo e amadurecendo até chegarem aos três tipos presentes no sangue. A leucemia afecta os glóbulos brancos e surge quando o processo de amadurecimento da célula-mãe, até chegar ao glóbulo branco, se distorce e produz uma alteração cancerosa. De acordo com a explicação dos especialistas as células-mãe leucémicas mantêm-se escondidas no organismo e podem crescer e dividir-se continuamente, originando o regresso do cancro.

O estudo levado a cabo pelos cientistas japoneses e dirigido por Naoki Hosen, analisou a forma como estas células diferem das outras células-mãe presentes no sangue. Este processo permitiu aos cientistas concluírem que as células-mãe leucémicas possuem uma proteína específica sobre a sua superfície denominada CD96, que não se encontra presente nas outras células-mãe saudáveis do sangue.

Para determinar se actividade das células-mãe com leucemia era influenciada pela presença da proteína, os cientistas transplantaram amostras de células de leucemia mielóide aguda, com e sem a proteína, em ratos. Os resultados demonstraram que as células com CD96 foram as únicas a ficar doentes, o que sugere que o CD96 é realmente um marcador das células cancerosas da leucemia em actividade. Este primeiro passo é promissor, salientou Hosen, agora é preciso perceber sé é possível desenvolver uma terapia de anticorpos que se unam à CD16, induzindo a citotoxicidade e permitindo que os tratamentos destruam as células cancerosas independentemente de onde se encontrem.

Marta Bilro

Fonte: AZ Prensa, correofarmaceutico.com, Yahoo Notícias, Diario Salud.

Alimentação sujeita a novo regulamento a 1 de Julho

Entra em vigor no domingo (1 de Julho) o regulamento europeu sobre as alegações nutricionais e de saúde nos alimentos, um documento que define as regras que deverão ser seguidas pela indústria alimentar para promover os seus produtos. O objectivo é garantir a segurança e rotulagem correcta dos alimentos, de forma a assegurar um nível de protecção elevada aos consumidores e facilitar as suas escolhas.

De acordo com as novas directrizes do Parlamento Europeu, apenas as alegações nutricionais e de saúde que se encontrem em conformidade com as disposições do novo regulamento serão permitidas na rotulagem. O mesmo acontece com a apresentação e publicidade de alimentos colocados no mercado comunitário e fornecidos enquanto tal ao consumidor final.

A norma europeia vem assim preencher um vazio legal existente e utilizado pela indústria alimentar para publicitar os alimentos, uma vez que o desenvolvimento tecnológico fomenta o aparecimento de novos produtos ou a alteração dos já existentes, aos quais são adicionados ou eliminados alguns componentes de forma a atribuir-lhes propriedades saudáveis. Uma das principais exigências dos deputados reside no estabelecimento de definições claras para alegações como "baixo teor em gordura", "fonte de fibra" ou "light".

As alegações das propriedades alimentares não devem, em nenhum caso, transformar-se num anúncio publicitário sem que tenham obtido autorização da União Europeia depois de uma "avaliação científica do mais elevado nível que seja possível", refere o novo texto.

Com a imposição destas normas os deputados pretendem evitar expressões ambíguas, ou a ausência frequente de informação sobre a possibilidade de existirem efeitos adversos para a saúde, derivados do consumo excessivo deste tipo de produtos. A avaliação científica ficará a cargo da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA), que avaliará os produtos para comprovar se as alegações estão em harmonia com o que foi estabelecido.

Marta Bilro

Fonte: correofarmaceutico.com, AZ Prensa, AgroNotícias.

Empresas nacionais vestiram a t-shirt da Laço na luta contra o cancro da mama

O Fashion Targets Friday realizada no passado dia 22, contou com várias mulheres, todas unidas por uma causa.

Com algumas empresas nacionais a vestirem a t-shirt «O Cancro da Mama no Alvo da Moda», a Associação Laço voltou mais uma vez a chamar a atenção de todos para este problema que afecta na maior parte mulheres.

O desafio foi lançado a várias empresas nacionais que, por sua vez contactaram as respectivas colaboradoras, que aderiram a esta iniciativa.
A Deloitte, Roche, Nokia, Weber Shandwick D&E e CTT Expresso foram algumas das empresas que convidaram as suas colaboradoras a vestirem a T-shirt e o resultado foi muito positivo.

O Fashion Targets Friday é uma das acções do Fashion Targets Breast Cancer que tem por objectivo mobilizar as mulheres portuguesas a vestirem a t-shirt e assim contribuírem para a criação de um momento de chamada de atenção e sensibilização para a luta contra o cancro da mama.

Para saber mais sobre o cancro da mama, consulte o seguinte site: www.laco.pt

Liliana Duarte

Fonte: Jasfarma

Enjoos matinais podem diminuir risco de cancro da mama

As grávidas que sofrem de enjoos matinais apresentam um risco reduzido de vir a desenvolver cancro da mama, revelou um estudo da Universidade de Buffalo, em Nova Iorque. A investigação, que envolveu três mil mulheres, revelou que as náuseas durante a gravidez reduzem em 30 por cento a probabilidade de desenvolver a doença.

Os cientistas acreditam que a explicação pode residir na alteração dos níveis hormonais que afectam o tecido mamário ao mesmo tempo que desencadeiam a sensação de enjoo. Durante os testes laboratoriais, uma hormona produzida na placenta tem revelado potencial para proteger contra o cancro. Os resultados da investigação foram divulgados durante a reunião anual da Sociedade de Pesquisa Epidemiológica, em Boston.

A equipa dirigida por Jo Freudenheim entrevistou 1001 mulheres recentemente diagnosticadas com cancro da mama, com idades entre os 35 e os 79 anos, e um grupo de controlo com 1.917 mulheres saudáveis cujas idade, raça e condado de residência correspondiam com as do primeiro grupo.

Foram avaliados vários factores relacionados com a gravidez, tais como a hipertensão, a pré-eclampsia, a diabetes gestacional e o aumento de peso, os quais não demonstraram efeitos significativos na incidência futura de desenvolver cancro da mama. Por outro lado, os enjoos e náuseas relacionadas com gravidez foram associadas a uma redução de 30 por cento do risco de cancro da mama. Quanto maior é a incidência e persistência destes sintomas menor é o risco, referem os cientistas.

Ainda assim, os responsáveis pela investigação advertem que este é um estudo epidemiológico, nesse sentido os resultados não devem ser generalizados. A confirmação destas descobertas requer ainda aplicação noutras populações, afirmou Freudenheim.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, Channel 4, HealthNewsDigest.com.

Phytopharm adquire patente de medicamento chinês anti-demência

A academia médica militar da China vai conceder autorização à farmacêutica britânica Phytopharm para utilizar a patente do seu novo fármaco anti-demência. Esta é a primeira vez que a China vende ao exterior uma patente de medicina tradicional chinesa.

Depois de 10 anos de investigações, uma equipa de especialistas da Academia de Ciências Médicas Militares do Exército de Libertação Popular deu por terminada a síntese do medicamento. Os responsáveis pela pesquisa garantem que os resultados pré-clínicos são muito promissores.

Os termos do acordo prevêem que depois de vendida a patente, o laboratório britânico proceda à realização dos ensaios clínicos necessários para promover o produto no mercado internacional, adiantou a agência Xinhua. "Esta é a primeira vez que a China vende uma patente de medicina tradicional a uma empresa estrangeira, mas isso representa um grande passo na conquista da credibilidade internacional", explicou o presidente da academia, Sun Jianzhong. Ainda assim, os valores envolvidos no acordo de venda do NJS, nome atribuído ao fármaco, não foram revelados.

As doenças que provocam demência caracterizam-se por uma deterioração progressiva das capacidades mentais. Um dos exemplos mais comuns de demência é o Alzheimer, que surge devido à morte das células cerebrais, começando por aniquilar a memória e, subsequentemente, as outras funções mentais, determinando completa ausência de autonomia.

Os países ocidentais têm uma percepção negativa da medicina tradicional chinesa, apontou o director da Phytopharm, Daryl Rees. Para o responsável, essa sensação de desconfiança resulta do facto de alguns medicamentos conterem ingredientes que não podem ser reconhecidos pelos padrões impostos aos especialistas ocidentais, fazendo com que a aprovação para a sua entrada no mercado, enquanto ervas medicinais, se torne difícil.

Marta Bilro

Fonte: Diário de Notícias, Xinhua.

Associação Médica Americana
Nancy Nielsen eleita presidente da AMA

É a segunda mulher a conquistar a liderança da Associação Médica Americana. Nancy Nielsen, uma internista natural de Buffalo e alto-quadro da farmacêutica Pfizer, acaba de ser eleita presidente da AMA, a maior e mais importante associação de médicos dos Estados Unidos.

Volvido um ano sobre a sua nomeação, Nacy Nielsen deverá assumir o gabinete da presidência da associação em Junho de 2008, transformando-se então na segunda mulher a ocupar a mais alta posição na hierarquia da AMA. Reagindo à notícia da sua nomeação, a eleita recordou que “a Associação Médica Americana assume um compromisso com a liderança, a excelência e a integridade na busca das melhores soluções práticas em termos de cuidados de saúde no nosso país”, definindo como “uma grande honra e um privilégio ser nomeada presidente-eleita de uma entidade que está empenhada em ajudar a profissão médica e os doentes que são servidos pelos seus agentes”.
Membro destacado da AMA desde 2000, Nancy Nielsen desempenhou, por quatro anos consecutivos, as funções de porta-voz da câmara de delegados, depois de ter assumido durante três anos o papel de segundo porta-voz. Ao longo desse tempo, a médica nova-iorquina tem contribuído activamente para o debate das políticas da AMA, rubricando importantes decisões nessa matéria. Actualmente, Nielsen é o rosto de várias iniciativas de grande relevância da associação, tais como um fórum nacional para a qualidade, um convénio de médicos para melhoria da performance na prestação de cuidados de saúde e a aliança para a qualidade em ambulatório.

Novo porta-voz
Durante o encontro anual da Associação Médica Americana, e na sequência da nomeação de Nancy Nielsen para a presidência, também foi nomeado para o cargo de porta-voz daquele organismo um novo nome. Jeremy A. Lazarus, um psiquiatra natural de Denver, assumirá agora competências na área da gestão de contactos institucionais da associação. O novo responsável considerou também “uma honra” a distinção de que foi alvo ontem, asseverando estar “orgulhoso por representar a posição de tantos profissionais de Medicina”. Lazarus transita das funções de segundo porta-voz, e planeia, na sua acção como representante da AMA, contribuir para a generalização dos cuidados médicos de qualidade a toda a população norte-americana, protegendo a relação entre médico e doente.

Carla Teixeira
Fonte: AMA, PR Newswire

Programa milionário contra a diabetes

A Federação Internacional de Diabetes anunciou ontem um programa de doações para financiar projectos que adaptem a Ciência para dar resposta às necessidades práticas, permitindo uma maior eficácia ao tratamento e à prevenção da doença a nível mundial. Anunciado no 19º Congresso Mundial de Diabetes, em Dezembro na cidade de Cape Town, na África do Sul, o Bridges foi lançado oficialmente na 67ª Sessão Científica da Associação Americana de Diabetes.

Sob o lema «trazer a pesquisa sobre diabetes para ambientes e sistemas globais» (a designação “Bridges” é uma sigla para a frase “bringing research in diabetes to global environments and systems), e suportado por uma verba educacional de 10 milhões de dólares fornecida pela empresa farmacêutica Eli Lilly and Company, o programa tem como objectivo o financiamento de investigações de nível internacional sobre a doença, e visa essencialmente apoiar propostas que assentem em estratégias sustentáveis e económicas passíveis de serem adoptadas no contexto real de combate global à diabetes.
Jean-Claude Mbanya, presidente eleito da IDF (sigla em inglês para International Diabetes Federation), explicou que, “apesar dos avanços tremendos ocorridos na Ciência, principalmente no que toca aos testes clínicos importantes, a diabetes continua a aumentar e a morbilidade e mortalidade a ela associadas não foram reduzidas. A investigação transnacional é necessária para criar estratégias práticas que possam melhorar a vida das pessoas que sofrem da doença”. O Bridges tem revelado elevada eficiência, proporcionando novas oportunidades a comunidades até aqui sem atendimento e com risco acrescido.
Linda Siminerio, directora-executiva do Instituto de Diabetes da norte-americana Universidade de Pittsburgh e antiga vice-presidente sénior da IDF, acrescentou que “através da pesquisa transnacional, e com ajuda de membros-chave de cada uma das comunidades contempladas no projecto, começamos a aprender a promover com eficiência estilos de vida saudáveis e a melhorar a nossa habilidade para prevenir a diabetes e as suas complicações”. Afirmando o empenho da Eli Lilly and Company no desenvolvimento de “produtos farmacêuticos revolucionários, que melhorem a vida das pessoas com diabetes”, Jose Caro, vice-presidente do sector de Resultados Globais dos Cuidados do Diabetes da empresa, reconheceu que “o sucesso não virá somente da intervenção médica. Acreditamos que o Bridges vai identificar novas e importantes maneiras de ajudar as pessoas a vencer os desafios que enfrentam todos os dias, e estamos muito contentes com isso”.

Carla Teixeira
Fonte: PR Newswire

Estudo: Bloqueadores beta e estatinas suscitam dúvidas

Os medicamentos administrados aos pacientes para prevenir complicações a nível cardíaco antes, durante e após as cirurgias estão a ser postos em causa. Um estudo publicado no “British Medical Journal” salienta que os benefícios da utilização de bloqueadores beta e de inibidores da enzima HMG-CoA redutase não são claros e podem dar origem a complicações.

Este tipo de fármacos é administrado aos pacientes que são submetidos a uma cirurgia em qualquer parte do corpo, exceptuando o coração, com o objectivo de ajudar a diminuir a pressão sanguínea. No entanto, Stephen Bolson, um anestesista e professor na Universidade de Melbourne, na Austrália, refere que cerca de 1 por cento desses pacientes correram riscos de complicações ao nível do coração, como é o caso dos ataques cardíacos e enfartes, e anualmente cerca de um em cada quatro acaba por morrer.

Os especialistas recorrem também a investigações anteriores para fundamentar estas conclusões. De acordo com estudos realizados na Dinamarca e Grã-Bretanha não foi detectada qualquer redução do número de mortes e outras complicações graves, entre as quais se inserem os ataques cardíacos, falhas cardíacas e enfartes, 30 dias depois de ter sido realizada a cirurgia em pacientes tratados com bloqueadores beta (anti-hipertensores).

Num outro estudo não se registou nenhum benefício seis meses depois da cirurgia, e um ensaio clínico que ainda decorre não deu conta, até ao momento, de quaisquer efeitos benéficos. Para além disso, as investigações detectaram taxas significativamente elevadas de efeitos secundários inerentes à utilização de bloqueadores beta, incluindo a diminuição do batimento cardíaco (braquicardia) e pressão arterial baixa (hipotensão).

A investigação dos cientistas australianos sustenta ainda que ensaios não aleatórios sugeriram que os inibidores da enzima HMG-CoA redutase (estatinas) demonstram algum benefício, porém as provas continuam a ser pouco consistentes. Para que realmente pudessem ser comprovados os benefícios e a segurança da utilização destes fármacos seria necessário um ensaio clínico, controlado aleatoriamente, que envolvesse mais de 12 mil pacientes.

Marta Bilro

Fonte: Spiritindia, Monsters and Critics, NEWS.com.au, Manual Merck.

sábado, 23 de junho de 2007

Infarmed autoriza empresa portuguesa a distribuir pílula abortiva

O mifepristone, vulgarmente conhecido como pílula abortiva, deverá passar a ser vendido aos hospitais que a solicitem, por uma empresa portuguesa, a quem o Infarmed concedeu uma autorização excepcional de venda.

O nome da empresa não foi ainda divulgado, mas tudo leva a crer que dentro de duas semanas a distribuição da pílula abortiva passará ser feita por intermédio desta empresa, de forma muito mais rápida, já que até à data, a pílula tem que ser importada de França, sendo o processo demorado.

Apesar de não estar ainda à venda em Portugal, a empresa em causa terá já recebido 12 pedidos para disponibilização do fármaco, até porque este será um dos medicamento utilizados pelos hospitais a partir de 15 de Julho, quando entrar em vigor a lei da Interrupção Voluntária da Gravidez.

Inês de Matos

Fonte: TVI

Diabetes gestacional tem riscos acrescidos para recém-nascidos

Os perigos da diabetes para a saúde das grávidas e dos fetos não são uma novidade, um novo estudo revela agora que quanto mais elevado foi o nível de açúcar no sangue da mãe, maiores são os riscos para o recém-nascido. A diabetes gestacional aumenta os riscos de ocorrerem deficiências à nascença e as probabilidades do feto vir a desenvolver diabetes na infância.

Um novo estudo apresentado durante a reunião anual da Associação Americana de Diabetes em Chicago revelou que, mesmo em níveis moderados, a hiperglicemia durante a gravidez está associada a um aumento do número de cesarianas e de bebés mais pesados, entre outras complicações. A investigação, que envolveu 23 mil grávidas de nove países, demonstrou também que os recém-nascidos são mais susceptíveis a ter níveis baixos de açúcar no sangue e níveis elevados de insulina se os níveis de açúcar presentes no sangue materno forem elevados. Um conjunto de condicionantes que, um dia mais tarde, poderão conduzir à obesidade, ao aparecimento da diabetes e a uma elevada pressão sanguínea.

Se não for devidamente controlada, através da adopção duma dieta apropriada ou da administração de insulina, grandes quantidades de glucose podem ser transmitidas ao feto através da placenta. “Estabelecemos sem qualquer dúvida que níveis de açúcar no sangue mais baixos do que os da diabetes comportam riscos”, afirmou Boyd Metzger o principal responsável pela investigação.

Actualmente, o nível de açúcar no sangue adequado para uma mulher grávida durante os últimos meses de gravidez deve situar-se abaixo dos 95 miligramas por decilitro. Os cientistas consideram que o nível adequado deveria agora estabelecer-se abaixo dos 90 miligramas por decilitro. No entanto, as conclusões da investigação ainda não devem ser seguidas como um conselho, advertiu Metzger. As novas directivas deverão surgir durante o próximo ano, depois dos especialistas internacionais reunirem e analisarem as descobertas.

A diabetes gestacional surge durante a gravidez e desaparece, habitualmente, quando concluído o período de gestação. No entanto, é fundamental que as grávidas diabéticas tomem medidas de precaução para evitar que a diabetes do tipo 2 se instale mais tarde no seu organismo. De acordo com o Portal da Saúde, uma em cada 20 grávidas pode sofrer desta forma de diabetes.

Marta Bilro

Fonte: ABC News, Chicago Tribune, Chron.com. Portal da Saúde.

Proteína artificial permite controlar actividade cerebral

Um grupo de cientistas norte-americanos da Universidade de Berkeley desenvolveu uma proteína artificial que permite manipular as actividades neurais. A proteína é activada pela luminosidade, bloqueando os reflexos normais e a resposta ao toque. Os cientistas acreditam que esta descoberta poderá fornecer pistas importantes na compreensão do funcionamento do cérebro.

O estudo, realizado pelo Laboratório Nacional Lawrence Berkeley sob a orientação do biofísico Ehud Isacoff, analisou a actuação de uma proteína artificial, activada pela luminosidade, inserida geneticamente nos neurónios de um peixe-zebra. Os investigadores observaram que quando a luz é activada dentro do peixe, com um determinado comprimento de onda, os reflexos normais são bloqueados assim como a resposta ao toque. Por sua vez, ao ser atinfido com um segundo raio luminoso, com maior comprimento de onda, os reflexos do animal são recuperados.

Os primeiros testes com o LiGluR (Light-gated Ionotropic Glutamate Receptor), nome atribuído ao dispositivo, foram executados com neurónios do hipocampo, uma região do cérebro que se situa a um nível muito profundo, à direita e à esquerda, no interior dos lobos temporais do córtex cerebral.

“Pela primeira vez, temos capacidade para atingir um tipo específico de neurónios nos circuitos neurais do cérebro para proceder a uma activação selectiva”, salientou Isacoff. A capacidade para estimular neurónios seleccionados, quer em tecidos isolados ou em animais vivos, representa “uma grande vantagem para os cientistas que procuram determinar de que forma especifica é que as células neurais contribuem para as funções e para o comportamento do cérebro”, referiu o mesmo responsável.

Isacoff acredita que a aplicação do LiGluR em ratos e outros animais deverá fornecer um controlo semelhante sobre os reflexos. Caso não surja nenhuma contradição, é provável que esta tecnologia possa também ser aplicada noutros tipos de inibidores dos receptores ionotrópicos e noutras classes de neurónios. Num futuro próximo, os cientistas pretendem utilizar o mecanismo para estudar a formação de circuitos neurais e para investigar as bases neurais de vários comportamentos.

Marta Bilro

Fonte: IDG Now, Science@Berkeley.

Um nossa avanço no cancro da próstata

Um estudo feito por Graciele Paraguaia Silveira no Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc), no Brasil, permitiu que um modelo matemático, baseado na Teoria de Conjuntos Fuzzy, diagnostique o estado patológico do cancro da próstata.

O modelo permite a interpretação dos dados gerais do desenvolvimento do tumor de uma forma muito mais próxima da realidade vivida pelo doente.

Para diagnosticar o cancro da próstata, o especialista recorre aos resultados de vários exames, tais como o toque rectal, e a biopsia. Seguidamente dá-se o cruzamento das informações, utilizando, quando necessário, modelos estatísticos para chegar à extensão da doença e, assim, decidir o tratamento mais adequado. É nesta fase que o modelo desenvolvido por Graciele é bastante útil.

Os modelos tradicionais, designados pelo nome nomogramas, só trabalham com probabilidades. A utilização das regras do Modelo Fuzzy, aumentam a possibilidade de oferecer aos doentes resultados mais concrectos, uma vez que oferece uma maior flexibilidade.

O novo modelo irá passar por uma etapa de testes até ser disponibilizado aos especialistas.

Liliana Duarte

Fontes: Saúde em Movimento
Circulação de profissionais de saúde no espaço comunitário
Nova lei europeia põe doentes em risco

A substituição das várias directivas europeias relativas à livre circulação, no espaço comunitário, de profissionais de saúde, incluindo farmacêuticos, por uma única lei está a gerar preocupação junto dos reguladores britânicos, que consideram que a medida põe em risco a salvaguarda dos interesses dos doentes.

Segundo os reguladores britânicos, os legisladores europeus colocaram a questão os direitos dos profissionais de saúde a exercerem a sua actividade em qualquer dos estados-membros da União Europeia acima da necessidade de salvaguardar os interesses dos doentes e de os proteger das más práticas profissionais. A breve trecho será possível aos farmacêuticos registados num qualquer estado-membro, mediante o registo na Royal Pharmaceutical Society, trabalhar no Reino Unido, na qualidade de visitantes, sem terem de se submeter ao processo de averiguação de competências e de boa conduta que se aplica aos farmacêuticos do país.
A Royal Pharmaceutical Society teme que essa opção, que deverá entrar em vigor no dia 20 de Outubro, venha a colocar em risco os doentes, e acrescenta ainda que o governo britânico decidiu que as exigências aplicáveis aos profissionais locais em termos de formação contínua não serão extensivas aos estrangeiros, favorecidos por uma norma interna que nem sequer surge contemplada na directiva europeia. As novas regras deverão começar a ser aplicadas em Outubro e encontram-se em fase de consulta pública até 17 de Agosto.

Carla Teixeira
Fonte: The Pharmaceutical Journal
Medicamento usado no tratamento da hepatite B
Entecavir gera resistência a fármacos contra a sida


O entecavir, um recente antiviral análogo da guanosina utilizado para o tratamento da hepatite B crónica, gera resistência cruzada com outros medicamentos, usados no combate ao vírus da sida. Um artigo agora publicado no «New England Journal of Medicine» confirma o alerta dado em Fevereiro por especialistas reunidos numa conferência promovida pela Bristol-Myers Squibb, que comercializa o fármaco, sob a designação comercial de Baraclude.

No encontro realizado em Los Angeles, a especialista em Doenças Infecciosas da Universidade John Hopkins responsável pelo estudo que levou ao alerta divulgou os resultados do estudo que levou ao primeiro alerta. Chloé Thio enviou alguns dos dados apurados à Food and Drug Administration, num procedimento que acabaria por ditar uma modificação na bula que acompanha o entecavir. Explicou ainda que “as pessoas que sofrem de hepatite viral B e que também estiverem infectadas com o vírus da sida deverão consultar o seu médico imediatamente, para considerarem outras terapias alternativas”. Lançado em 2005, o entecavir foi agora alvo de novas investigações, que aferiram que nos doentes que sofriam de hepatite B e sida a administração daquele fármaco levou ao desenvolvimento de uma variante do vírus VIH que resiste aos antivirais lamivudine and emtricitabine.

Carla Teixeira
Fonte: Medical News Today, Médicos na Internet

Fobia social comum entre idosos

Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Toronto, detectou que a maioria dos idosos sobre de fobia social, um distúrbio psiquiátrico normalmente causada quando o individuo é submetido à avaliação de outras pessoas.

O estudo feito em 12.792 idosos detectou a doença em mais de 630 idosos, o equivalente a 5%. Não foi encontrada nenhuma associação entre o aparecimento da doença psiquiátrica e o nível económico das pessoas, a sua situação conjugal e o sexo.

Esta doença que até então se sabia ser comum nos jovens e adolescentes, atinge também os idosos.

Isolamento social, estados depressivos, ansiedade e medo excessivo de humilhação em certos contextos sociais, são alguns dos factores da fobia social.

O tratamento deve ser individualizado e dependendo das características apresentadas pelo doente, pode ser necessário o uso de anti-depressivos. Um acompanhamento psiquiátrico ajuda em muitos dos casos.


Liliana Duarte

Fonte: Saúde em Movimento
ABC da Saúde
Fármaco produzido pela Alexion Pharmaceuticals Inc.
Soliris aprovado pela Comissão Europeia

A empresa farmacêutica Alexion Pharmaceuticals Inc. anunciou a aprovação, pela Comissão Europeia, do Soliris (eculizumab), anticorpo monoclonal indicado para o tratamento de doentes com hemoglobinuria paroxística nocturna (PNH), alteração sanguínea grave que destrói os glóbulos vermelhos e conduz à morte prematura. O medicamento está já autorizado nos Estados Unidos.

Segundo informações avançadas pela firma de biotecnologia norte-americana, com sede em Coneticut, o lançamento do fármaco nos principais mercados nacionais da Europa deverá ser implementado ao longo deste ano e alargado a alguns países no ano seguinte, no seguimento das negociações com as entidades competentes, que a empresa quer alavancar de imediato. O anúncio surge escassos dias depois de a Alexion ter anunciado o resultado de um estudo de fase III realizado com o fármaco em que o Soliris mostrou capacidade para reduzir significativamente a hemodiálise nos doentes de PNH, baixando a ocorrência de anemias e tromboses e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
A hemoglobinuria paroxística nocturna consiste numa rara e penalizante desordem sanguínea de origem genética que destrói os glóbulos vermelhos e afecta parte do sistema imunitário. Manifesta-se através de sintomas como anemias graves, fadiga, dores permanentes e dificuldades em respirar, acompanhadas normalmente por episódios de hipertensão pulmonar, doenças de rins e produção de urina vermelha. Estima-se que a doença afecte actualmente oito a dez mil pessoas na Europa e na América do Norte.

Carla Teixeira
Fonte: RTT News, Morningstar, Reuters, Quote.com
Cooperação do governo indonésio com a Baxter International Inc.
Vacina contra a gripe das aves quase pronta

O governo indonésio, que em conjunto com a multinacional norte-americana Baxter International Inc. está a desenvolver uma vacina contra a gripe das aves, anunciou ontem que a imunização deverá estar pronta já no mês de Julho, e advertiu que, na eventualidade do surgimento de novos casos da doença, terá lugar uma vacinação em massa.

De acordo com a ministra da Saúde indonésia, Siti Fadilah Supari, “a imunização é possível nos casos em que a presença do vírus é confirmada”, como aconteceu na pronvíncia de Karo, na Ilha de Sumatra, quando em Maio de 2006 seis pessoas da mesma família morreram na sequência da infecção, ou na região de Garut, na zona ocidental de Java, onde em Agosto do ano passado 18 pessoas foram infectadas e três acabaram mesmo por morrer. A governante confirmou a possibilidade de fazer a vacinação em massa, mas avisou que a decisão deverá caber aos especialistas, embora, na sua opinião, “em casos como os de Karo e Garut, devam ser vacinados todos os que estiveram em contacto com as vítimas ou que se encontravam num raio de pelo menos um quilómetro”.
O governo indonésio associou-se a uma equipa de investigadores da multinacional Baxter International Inc. para produzir uma vacina contra a gripe das aves e revelou agora que o medicamento já foi sujeito a todos os ensaios clínicos, sendo de prever que a vacina possa, muito brevemente, vir a ser introduzida naquele mercado, presumivelmente já no próximo mês. A Indonésia é, até agora, o país atingido de forma mais severa pelo vírus da gripe das aves, que matou pelo menos 80 pessoas no país, de entre os cerca de 100 casos diagnosticados desde 2005.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Xinhua
Irene Silveira define rumo para o seu mandato na Ordem
Liberalização da propriedade das farmácias é o dossier mais urgente


A nova bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, eleita na passada quinta-feira no âmbito de um processo renhido em que acabou por conquistar 54 por cento dos votos, definiu como prioridade máxima para o seu mandato a intervenção rápida da OF no processo de liberalização da propriedade das farmácias, que o Governo vai legislar nos próximos seis meses.

Na entrevista que, durante o período de candidatura, concedeu ao farmácia.com.pt, Irene Silveira tinha já referido que aquela seria uma das grandes prioridades do seu mandato, a par da reformulação do esquema de revalidação da carteira profissional dos farmacêuticos, considerando que, apesar de a liberalização da propriedade das farmácias ser já um dado adquirido, que dificilmente o Governo aceitará rever, deve a Ordem dos Farmacêuticos intervir rapidamente junto da tutela, assumindo uma posição de abertura ao diálogo e de capacidade de negociação.
Primeira mulher a conseguir escalar até ao topo da classe, numa profissão em que o sexo feminino predomina, Irene Silveira rende Aranda da Silva, com quem trocou alguns amargos de boca durante a campanha eleitoral, por ter criticado o silêncio e o alegado atavismo do seu antecessor na defesa dos interesses dos farmacêuticos, designadamente na questão da liberalização da propriedade dos estabelecimentos de dispensa de medicamentos, que dentro de cerca de meio ano deverão poder ser detidos por qualquer cidadão, independentemente da sua formação, e não apenas, como até aqui, por farmacêuticos.
Feita a contagem dos votos expressos na quinta-feira, e confirmando a conquista da liderança da OF, Irene Silveira mostrou-se optimista nos resultados do que disse ser a sua “grande urgência” neste momento, asseverando que pretende manter um “bom diálogo com as autoridades, com o Ministério da Saúde”, e prometendo “uma atitude diferente da que assumiu Aranda da Silva, que ontem lhe passou a gestão do organismo que representa a classe farmacêutica em Portugal. À semelhança do que defendeu durante a campanha, e conforme declarou ao farmácia.com.pt, Irene Silveira preconiza a importância da formação profissional contínua, mas também a valorização da experiência diária integrada no acto farmacêutico.
A nova bastonária é ainda crítica da venda de medicamentos não sujeitos a receita médica “sem garantia e controlo efectivo pelo farmacêutico”, considerando que a decisão do Governo de disponibilizar aqueles produtos em grandes superfícies e parafarmácias foi “mal acompanhada pela OF, que não conseguiu contrapartidas político-profissionais”. A submissão das estruturas à desregulamentação do sector da Saúde, e em particular do sector farmacêutico, é “um pesado fardo”, de acordo com a catedrática da Universidade de Coimbra, que prometeu “denunciar tudo o que ponha em causa a saúde pública” e “defender as reais capacidades do farmacêutico”.
O diálogo com os estudantes de Farmácia e os farmacêuticos mais jovens, bem como a mudança dos serviços administrativos para uma sede com mais condições são outros objectivos de Irene Silveira, que anteontem conquistou a liderança da Ordem com 1621 votos, num total de 3056 eleitores, batendo a única concorrente, Filomena Cabeça, membro da direcção nacional cessante.

Carla Teixeira
Fontes: Agência Lusa, Irene Silveira

Liraglutide apresenta resultados promissores para a diabetes

A farmacêutica Novo Nordisk, a maior produtora mundial de insulina em quantidade, anunciou que o Liraglutide, medicamento para a diabetes, apresentou resultados positivos na fase III dos estudos clínicos.

Os resultados do primeiro estudo dos cinco que compõem a fase III do Liraglutide, um análogo da hormona intestinal GLP1 de toma única diária, mostrou que este apresenta um controlo de glucose significantemente melhor que a insulina glargina.

O estudo de 26 semanas contou com 581 pacientes com diabetes tipo 2 controlados inadequadamente por dois dos medicamentos antidiabéticos orais mais utilizados: metformina (dimetilbiguanida) e glimepirida (sulfonilureia). Todos os pacientes no estudo continuaram com os dois fármacos e foram randomizados a adicionar uma injecção diária de Liraglutide, placebo ou insulina glargina.

A média do nível de HbA1c (hemoglobina glicosilada, ou seja, glucose ligada aos glóbulos vermelhos), no início do estudo, estava entre os 8% e os 8,5% e, no fim do estudo, mais de 50 por cento dos pacientes no grupo que recebeu Liraglutide tinha atingido o objectivo da Associação Americana de Diabetes de menos de 7%.

A redução de HbA1c no grupo do Liraglutide foi melhor em 0,2 pontos percentuais do que no grupo da insulina glargina, uma diferença que é estatisticamente relevante.

O Liraglutide actua ao estimular a libertação de insulina somente quando os níveis de glucose ficam demasiado elevados. Contrariamente à maioria dos tratamentos antidiabéticos, este fármaco também leva à perda de peso, em vez de provocar um aumento. O peso médio dos pacientes, no início do estudo, era de aproximadamente 85 kg. No final do estudo, a diferença de peso corporal entre os dois grupos era em média de 3,5 kg, estatisticamente favorável ao Liraglutide.

A Novo Nordisk desenvolveu o Liraglutide como alternativa à insulina. Os médicos que tratam os diabéticos afirmam que têm poucas opções antes de porem os pacientes num tratamento à base de insulina, do qual não poderão ser retirados e que pode requerer progressivamente mais injecções com o passar do tempo. O Liraglutide é uma versão manufacturada da hormona produzida naturalmente pelo corpo humano, GLP1, que estimula o pâncreas a produzir insulina.

A Novo Nordisk também está a testar o Liraglutide em pessoas obesas que não sofrem de diabetes, como um tratamento para a perda de peso. Segundo a farmacêutica, o efeito deverá ser maior do que nos diabéticos, uma vez que as pessoas com a doença tendem a ganhar algum peso à medida que a sua saúde melhora com a insulina. O fármaco experimental poderá ser utilizado em conjunto com insulina, porque reduz o peso e, consequentemente, os danos no coração provocados pela diabetes e obesidade.

A Novo Nordisk espera anunciar os resultados principais dos restantes quatro estudos durante a segunda metade de 2007 e primeiro trimestre de 2008.

Isabel Marques

Fontes: Novo Nordisk, Bloomberg, site da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal