terça-feira, 24 de julho de 2007

Nova esperança contra o paludismo

Processo inovador de identificação de proteínas contribui para a elaboração de vacinas

Uma nova abordagem científica desenvolvida por um grupo de investigadores suíços, da Universidade de Lausanne na Suiça, resultou na rápida identificação de uma dezena de moléculas de fragmentos de proteínas, susceptíveis de servirem para a elaboração de vacinas eficazes contra o paludismo, que continua a matar mais de um milhão de pessoas por ano, em todo o mundo.

O trabalho foi hoje publicado na revista PLoS One e identificou uma dezena de fragmentos de proteínas, chamadas péptidas, fáceis de reproduzir e susceptíveis de servirem como base para a formação de vacinas eficazes.

A universidade helvética anunciou que a investigação combinou os mais recentes progressos da bio-informática e da síntese química, identificando certos fragmentos particulares das proteínas, "as péptidas em forma de hélices intercaladas" que, de acordo com professor Giampietro Corradin, responsável pelo projecto, podem ser os alvos dos anticorpos protectores produzidos pelo sistema de defesa do organismo humano.

Na etapa seguinte, os investigadores sintetizaram quimicamente uma centena dessas péptidas, das quais "uma dezena revelou ser o alvo dos anticorpos capazes de inibirem o crescimento in vitro do parasita".

O processo revelou-se vantajoso e relativamente fácil, identificando os segmentos de proteínas de forma bastante rápida, permitindo "testá-las rapidamente em fase clínica e a custos reduzidos".

Os investigadores acreditam que no futuro, esta investigação será fundamental não só para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de vacinas contra o parasita responsável pelo paludismo, como também contra outros agentes patogénicos.

Inês de Matos

Fonte: Lusa

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