sexta-feira, 1 de junho de 2007

Café diminui desenvolvimento de gota


Quanto maior é o consumo de café, menor é o risco do desenvolvimento de gota – uma das principais inflamações reumáticas. Esta é a conclusão de um estudo realizado por cientistas de várias universidades e instituições de investigação norte-americanas e canadianas.

O grupo de cientistas - liderado por Hyon Choi, investigador da Arthritis Research Centre of Canada - indica que o estudo prospectivo teve por base uma amostra de 45,869 homens com mais de 40 anos sem história de gota no início do estudo. Após 12 anos de acompanhamento destes indivíduos, e com base em critérios do American College of Rheumatology para a gota, os cientistas documentaram 757 novos casos de indivíduos que desenvolveram a doença.
Com base nestes 757 casos, os cientistas realizaram, de quatro em quatro anos, um questionário de frequência alimentar, onde constava uma pergunta sobre a frequência de consumo de café e bebidas com cafeína como chá, cola, cacau, entre outras.
Entre as opções de resposta, os indivíduos poderiam optar por uma série de possibilidades, que iam desde “nunca” até “duas a quatro chávenas por dia” ou “seis chávenas ou mais diariamente”.
De acordo com os resultados, o risco de gota foi 40% mais baixo para os homens que bebiam quatro a cinco chávenas de café por dia e 59% para os que bebiam seis ou mais chávenas diárias, do que nos homens que nunca bebiam café.
Os investigadores analisaram ainda o consumo de chá e o consumo total de cafeína (com origem noutras bebidas) e chegaram à conclusão que não é a cafeína que influencia a diminuição do risco de gota nos indivíduos que bebem café, mas antes, outros componentes desta bebida. Entre as possibilidades está um forte antioxidante, o ácido fenol clorogénico, presente no café.
Para além do café, para despiste de risco da doença, os especialistas avaliaram ainda a influência de outros factores de risco no desenvolvimento de gota, nomeadamente, massa corporal, historia de hipertensão, consumo de álcool, dieta rica em carne vermelha e lacticínios ricos em gordura.

Raquel Pacheco
Fonte: Arthritis & Rheumatism Journal

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