sexta-feira, 1 de junho de 2007

IX Congresso Técnico de Anatomia Patológica

IX Congresso Técnico de Anatomia Patológica
Futuro da profissão em debate

Arranca amanhã no Porto, sob a égide da Associação Portuguesa de Técnicos de Anatomia Patológica, o IX Congresso Técnico de Anatomia Patológica, que termina no domingo na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, que tem o objectivo de promover o intercâmbio de experiências e a actualização de conhecimentos, num momento de incerteza quanto ao futuro.

Quando se equaciona no seio da classe a alteração da designação da profissão, de técnicos de Anatomia Patológica para biopatologistas, no seio da associação ainda há alguma clivagem face àquele ponto, sendo que alguns dos membros concordam com a mudança que abrevia e simplifica o cargo, enquanto outros entendem que é como técnicos superiores que devem ser chamados.
Líder da comissão organizadora do congresso, Sara Ricardo disse ao FARMÁCIA E MEDICAMENTO que o encontro, embora correspondendo a uma iniciativa anual da APTAP, é este ano particularmente relevante, porque está pendente a aplicação das regras de Bolonha ao curso que dá acesso à profissão, até aqui com a duração de quatro anos, mas que poderá doravante passar a ter apenas três, valendo como licenciatura, ou três mais dois para conclusão do mestrado. De acordo com aquela responsável, a classe está “a lutar para ter uma licenciatura de quatro anos (sendo o último de estágio), mais um para obter o grau de mestre.
O congresso acontece também numa altura em que a possibilidade de ser decidida a aplicação da vacina ao vírus do papiloma humano poderá fazer “esvaziar de conteúdo” a profissão, já que os técnicos de Anatomia Patológica são responsáveis pelo rastreio do cancro do colo do útero que assim, diz Sara Ricardo, “perde algum sentido”. No congresso os associados deverão debater o futuro da profissão, que tem poucos efectivos e “pouca voz”, e reflectir sobre as palestras de oradores como Fernando Schmitt (IPATIMUP), Adhemar Longatto (Universidade do Minho), Ângela Pista (Instituto Ricardo Jorge), Cristina Carvalho (Hospital Geral de Santo António), Paula Leite (Unidade Local de Saúde de Matosinhos), Paula Silva (Universidade do Porto e IPATIMUP), Isabel Vitó e Patrícia Pontes (Hospital de São João) e Hugo Lourenço (IPO de Lisboa), entre outros.

Carla Teixeira
Fonte: contacto telefónico

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