quarta-feira, 27 de junho de 2007

Cientistas britânicos desenvolvem pele artificial

Uma esquipa de especialistas britânicos conseguiu criar um protótipo de pele artificial capaz de cicatrizar feridas. A descoberta, divulgada no jornal “Regenerative Medicine” é encarada pelos autores como um importante avanço clínico na medicina regenerativa.

A Intercytex, empresa responsável pelo desenvolvimento do projecto, afirmou que os resultados dos testes preliminares são promissores. Os especialistas revelaram que a pele aparenta agregar-se muito melhor ao tecido real do que quaisquer outros substitutos de pele testados anteriormente. Esta poderá ser uma alternativa viável aos enxertos de pele actualmente utilizados e representar uma esperança de tratamento para as vítimas de queimaduras e ferimentos, tornando-se na primeira terapia baseada em células a ser aprovada pela regulação europeia.

De acordo com a empresa britânica, a inovação, denominada ICX-SKN, é o “primeiro excerto de pele viva a demonstrar total consistência de integração na ferida e persistência”. A ICX-SKN é criada a partir de uma matriz produzida pelas mesmas células de pele responsáveis pela cicatrização dos tecidos do corpo. Os resultados demonstram que a nova pele deu origem a uma ferida cicatrizada e cauterizada após 28 dias.

Para criar a matriz, a Intecytez utilizou uma substância produzida pela Baxter, denominada Tisseel, que resulta de uma combinação entre o fibrinogénio e a trombina, duas proteínas extraídas do organismo humano, misturando-as com fibroblastos humanos vivos retirados de pele recém-nascida. A fórmula líquida é posteriormente vertida num prato, onde a trombina reage com o fibrinogéneo para produzir fibrina, 15 minutos depois forma-se um gel.

Este gel tem um período de incubação de seis semanas e os fibroblastos que estão presos no gel separam a fibrina, ao mesmo tempo que sintetizam a matriz colagénea. No final do período de incubação, a matriz que se formou, com cerca de 1 milímetro de espessura, é removida do prato, embalada e armazenada já pronta para ser utilizada. Os cientistas acreditam que a combinação de fibroblastos humanos vivos, com a matriz humana produzida com fibroblastos “suporta a integração e aceitação da ICX-SKN por parte da pele danificada”.

Marta Bilro

Fonte: BioPharmaReporter.com, Telegraph, BBC News.

Disfunção Eréctil: Comissão Europeia aprova Cialis

Primeiro medicamento com uma única dose diária

A Comissão Europeia aprovou o uso do medicamento Cialis (tadalafil), da farmacêutica Lilly, no tratamento da disfunção eréctil, o primeiro medicamento a permitir um tratamento ininterrupto, em doses diárias de 2,5 e 5 mg.

O Cialis é um inibidor PDE5 oral, dosificado uma vez ao dia, que deve ser usado em pacientes em tratamento com este tipo de inibidores e que tenham uma actividade sexual de pelo menos dois dias por semana, ficando a sua prescrição dependente do paciente e da avaliação médica.

O tratamento da disfunção eréctil com inibidores tadalafil de 10 e 20 mg, foi aprovado em todos os países da União Europeia, em Novembro de 2002. Em Abril deste ano, o Comité de Produtos Médicos de Uso Humano (CHMP), da Agência Europeia do Medicamento, aprovou o uso do Cialis e agora, depois da luz verde da Comissão Europeia, o medicamento deverá começar a chegar a alguns países europeus.

Como realça Abbas Hussain, Director geral de Operações Europeias da Lilly, “a disfunção eréctil é uma doença crónica para alguns homens”, dai que a aprovação do Cialis represente um importante passo no tratamento da doença, pois a toma de uma única dose diária “eliminará a necessidade de planear o sexo dentro de um período de tempo limitado, como acontece com outras terapias”.

A Comissão Europeia apresentou a sua decisão depois de ter tido acesso aos resultados dos vários testes clínicos efectuados a este fármaco e que comprovavam a eficácia e simplicidade da toma diária única.

Os efeitos secundários conhecidos são moderados e transitórios, registando-se a tendência para indigestão, dores musculares e nas costas, congestão nasal e ruborização facial.

Esta é “a primeira vez que um fármaco oral contra a disfunção eréctil, de prescrição médica, está disponível para proporcional a alguns homens um tratamento ininterrupto contra a disfunção eréctil”, acrescentou Hussain.

Inês de Matos

Fonte: PM Pharma

Receitas electrónicas diminuíram erros médicos

Um estudo elaborado pela Escola de Saúde Pública da Universidade do Minnesota revelou que a escrita ilegível dos médicos e os erros de transcrição são responsáveis por 61 por cento dos erros de medicação em hospitais norte-americanos. Por outro lado, os centros hospitalares que utilizam o método da prescrição electrónica registaram uma diminuição de 66 por cento nos erros relacionados com a medicação, salientam os autores da investigação.

Mais de 25 por cento dos pacientes hospitalares já foram alvos de erros na medicação, concluiu o estudo publicado no jornal “Health Services Research”. Estas constantes imprecisões podem resultar em consequências graves para a saúde dos pacientes, motivo que está a levar alguns hospitais a aderirem aos sistemas computorizados. Os enganos não se referem apenas à ingestão da substância errada, mas também à toma de doses inadequadas, à hora errada, ou mesmo à ausência total de medicação.

“As prescrições electrónicas poderão desempenhar um papel muito importante na redução de alguns tipos de erros médicos relativos à medicação”, frisou Robert Kane, professor na Escola de Saúde Pública da Universidade do Minnesota, e co-autor do estudo. O especialista considera que esta é uma das áreas onde se poderá provocar um grande impacto com um investimento relativamente modesto. Cada vez que um médico introduz o receituário no sistema computorizado pode aceder aos registos médicos do paciente, identificar potenciais interacções perigosas entre medicamentos e confirmar doses pouco comuns, antes de o enviar para a farmácia.

“Estes lapsos na medicação são muito dolorosos, tanto para os médicos como para os pacientes. Ninguém quer cometer erros”, salientou Tatyana Shamliyan, a principal responsável pela investigação. A equipa de cientistas concluiu também que os hospitais com a maior taxa de erros de medicação, mais de 12 por cento, foram os que mostraram melhorias mais significativas depois de instituírem o sistema de prescrição de receituário electrónico. Ainda assim, embora reduza os erros na medicação a nível geral, o sistema não diminui o tipo de erro principal: a prescrição do fármaco errado.

Os investigadores analisaram 12 estudos norte-americanos que comparavam os erros de medicação em receitas manuscritas por médicos de hospitais com as receitas electrónicas. No final observaram que estas diminuíam em 66 por cento a totalidade de erros de prescrição, diminuíam os erros de dosagem em 43 por cento e reduziam em 37 por cento as ocasiões nas quais os pacientes foram lesados.

Em Portugal, a prescrição de receitas em formato electrónico é uma realidade desde o início de 2007, altura em que passou a englobar toda a rede do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que abarca 89 hospitais e 360 centros de saúde e respectivas extensões.

Marta Bilro

Fonte: Ivanhoe, Forbes, CTV, iGov.

Auto-Exame dos Testículos

Numa altura em que o auto-exame da mama, para as mulheres, é cada vez mais falado convém realçar que também existe o auto-exame dos testículos, para os homens.

O auto-exame é a forma eficaz de detectar o cancro no testículo em fase inicial, o que aumenta as hipóteses de cura. O exame deve ser feito mensalmente, sempre após um banho quente. O calor relaxa o escroto e facilita a observação de anormalidades.

Quando detectar alguma alteração no tamanho dos testículos, sensação de peso no escroto, dor no abdómen ou na virilha e dor ou desconforto no testículo ou escroto deve consultar um especialista.
Fique também, atento a alterações como sangue na urina e aumento ou sensibilidade dos mamilos.

O auto-exame consiste em examinar cada testículo com as duas mãos sem sentir dor.
Para mais informações visite o sítio:
http://www.medicoassistente.com/modules/smartsection/item.php?itemid=66

Liliana Duarte

Fonte: Portal Saúde em Movimento

Merck garante revisão prioritária para Isentress

A farmacêutica alemã Merck garantiu prioridade de revisão da Federação Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drug Administration - FDA) para o Isentress, um medicamento anti-HIV. Esta decisão deverá fazer com que a emissão do parecer sobre a substância seja antecipada para meio de Outubro.

A agência reguladora concede prioridade de revisão aos produtos que são considerados avanços potencialmente significativos sobre as terapêuticas já existentes. Os dados de candidatura do novo fármaco prevêem a utilização combinada do Isentress com outros medicamentos anti-retrovirais.

O estatuto de prioridade de revisão concedido pela FDA fará com que a decisão acerca da possível aprovação do fármaco seja divulgada dentro de seis meses, em vez dos habituais 10 a 12 meses.

Caso seja aprovado, o Isentress será o primeiro na classe dos medicamentos anti-retrovirais denominados inibidores da integrase, que bloqueiam a intromissão do ADN do HIV no ADN humano, declarou a Merck.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, Forbes.

Álcool e jogos de vídeo - Um vício com características iguais

No último congresso anual de Especialistas da Associação Médica Americana foi proposto igualar o vício dos jogos de vídeo com os problemas ligados ao álcool.

Os psicanalistas presentes pretenderam que a dependência em vídeo jogos fosse entendida como uma doença mental e faça parte da vasta lista de doenças da Associação Psiquiátrica Americana.
Prêve-se que esta mudança só aconteça em 2012, altura em que se dá a revisão do manual.

Os psiquiatras afirma ainda que, o uso ocasional não afecta a saúde e pode até contribuir em alguns casos de autismo. De qualquer forma, o uso extremo pode influenciar áreas fundamentais da vida, como trabalho, estudo e alimentação.

No entanto serão necessários mais estudos até se possa afirmar que o vício dos jogos de vídeo é semelhante ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas.


Liliana Duarte

Fonte: Portal Saúde em Movimento

Sonambulismo e Apetite Sexual

Um estudo realizado por Cientistas da Universidade de Stanford, na Califórnia (EUA), revelou que existe uma relação entre o sonambulismo e a sexomania. Os resultados foram publicados esta semana na revista Sleep.

Os estudos comprovam que existe uma espécie de parasonia que leva as pessoas a querer ter relações sexuais enquanto dormem.

Os problemas ligados ao sono são muitas vezes os causadores de transtornos psicossociais, como é o caso da síndrome de Kleine - Levin, na qual o indivíduo dorme de 16 a 24 horas e acorda com um comportamento desinibido e extremamente hipersexual.

No entanto, segundo especialistas, todos os tipos de desordens do sono podem ocasionar um risco aumentado de comportamentos sexuais inapropriados.

No entanto é de realçar que estes doentes, tem que ser tratados como doentes com distúrbios no sono e não como sexualmente pervertidos.

Liliana Duarte

Fonte: Saúde em Movimento

AVC- saiba um pouco mais

Muitas são as pessoas que sofreram um AVC. Mas o que é na realidade? O acidente vascular cerebral (AVC), ou vulgarmente chamado de "derrame cerebral ", é uma doença de início súbito, que pode ocorrer por dois motivos: isquemia ou hemorragia.

O primeiro e o mais comum e é devido à falta de irrigação sanguínea num determinado território cerebral. O segundo é menos comum e ocorre porque se dá a ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano, levando à formação de um coágulo que irá afectar determinada função cerebral.

Existem diversos factores considerados de risco entre os quais estão hipertensão arterial, doenças reumatológicas e trombose.

Dependendo da região afectada, sintomas e as sequelas são diferentes. No caso do lobo frontal, este comanda os movimentos, o parietal comanda o movimento e a sensibilidade do pescoço para baixo. O cerebelo está ligado ao equilíbrio e o tronco cerebral está ligado à respiração, aos movimentos e à sensibilidade do pescoço para cima.

O AVC é uma doença que merece muita atenção pela dependência e alteração da vida que pode causar. O melhor tratamento é a prevenção.

Actualmente, existe uma medicação, chamada trombolítico, que pode ser usada na fase aguda do AVC isquêmico, para dissolver o coágulo que causou a isquemia. Contudo, esta medicação só pode ser administrada quando o paciente chega ao hospital dentro de 3 horas.


Liliana Duarte

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/AVC

Kits de branqueamento dentário com excesso de lixívia

O Instituto de Trocas Comerciais Padrão do Reino Unido (TSI) detectou a presença de níveis elevados de uma lixívia, utilizada nas tintas de cabelo, em vários kits de branqueamento dentário. A substância pode causar doenças das gengivas ou mesmo provocar queimaduras químicas na boca.

Os testes realizados em 20 produtos revelaram que 18 deles continham peróxido de hidrogénio em quantidades superiores às permitidas por lei. Um dos kits branqueadores continha na sua composição níveis daquela substância 230 vezes superiores aos permitidos por lei. Os especialistas alertam para a utilização deste tipo de produtos e aconselham uma consulta ao dentista antes de serem utilizados estes produtos em casa.

De acordo com Ron Gainsford, director executivo do TSI, este tipo de tratamentos branqueadores é utilizado pelas pessoas com objectivo de adquirirem um “sorriso de estrela”, semelhante ao daquelas que se submetem a terapias dentárias cosméticas. O problema está nos kits branqueadores e não tem que ver com as pastas dentífricas ou pastilhas de limpeza, salientou o mesmo responsável.

Apenas dois produtos analisados passaram no teste. As autoridades estão agora a contactar os produtores dos kits com excesso de peróxido de hidrogénio para procedam à sua recolha do mercado.

Marta Bilro

Fonte: Channel 4, Life Style Extra.

Abbott e Genentech parceiras no combate ao cancro

O laboratório farmacêutico Abbott e a Genentech, segunda maior empresa mundial de biotecnologia, acordaram numa colaboração com vista ao desenvolvimento e comercialização de duas substâncias anti-cancerígenas da Abbott, o ABT-263 e o ABT-869, cujos testes ainda se encontram em fase preliminar. O objectivo é apressar a entrada dos fármacos no mercado.

A Abbott vai contribuir com um composto que restaura o processo natural de morte das células cancerígenas e de um outro que impede o fornecimento de sangue aos tumores. Por sua vez, a Genentech contribui com a sua experiência no desenvolvimento e comercialização de fármacos, revelaram as empresas num comunicado. A farmacêutica norte-americana não adiantou os detalhes financeiros do acordo. As duas substâncias, ABT-263 e ABT-869, estão actualmente a ser submetidas a ensaios clínicos de Fase I em vários tipos de tumores. Os ensaios de Fase II deverão ter início ainda este ano.

Caso seja aprovado, as empresas irão promover o fármaco em conjunto nos Estados Unidos da América, enquanto a Abbott publicitará o tratamento no exterior. A farmacêutica não possui qualquer medicamento anti-cancerígeno, destacando-se no campo do tratamento para a artrite através do Humira (adalimumab). John Leonard, vice-presidente do departamento de pesquisa e desenvolvimento da Abbott, referiu que a empresa acredita que esta cooperação ajudará o laboratório a “construir um franchise de oncologia de classe mundial”.

A Genentech, também parceira da farmacêutica suíça Roche, é a maior produtora de medicamentos anti-tumor, cujas vendas ascenderam aos 4 mil milhões de euros no ano passado. Ambas as empresas estão atentas às possibilidades oferecidas por um mercado de fármacos anti-cancerígenos que em 2010 deverá duplicar para os 49 mil milhões de euros, de acordo com previsões da IMS Health Inc., uma empresa norte-americana de estudos de mercado.

Os medicamentos estão a mais de cinco anos de poderem ser submetidos à aprovação da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drug Administration) para serem utilizados em doentes.

Marta Bilro

Fonte: Firts World, Bloomberg, Business Week, Chicago Tribune.

Dados sobre o Avandia são insuficientes para alterar prescrições

Os especialistas que participaram na reunião anual da Associação Americana da Diabetes (ADA na sigla inglesa) foram aconselhados a aguardar os resultados de uma reunião com as entidades reguladoras norte-americanas, que terá lugar em Julho, antes de decidirem prescrever ou retirar o Avandia (maleato de rosiglitazona) aos seus pacientes.

De acordo com os investigadores, os médicos deverão aguardar a apresentação de novos dados que determinarão se o tratamento com o fármaco comercializado pela GlaxoSmithKline aumenta o risco de ataques cardíacos. Um painel, composto por cinco médicos, incluindo Steven Niessen autor do estudo publicado no “New England Journal of Medicine” que levantou suspeitas acerca do medicamento para a diebetes, debateram as questões que envolvem o Avandia perante quatro mil espectadores.

“Quando vemos dados com esta consistência, acreditamos que realmente se passa alguma coisa”, salientou Niessen. O especialista que não acredita que o fármaco deva ser retirado do mercado norte-americano, mas criticou a Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drug Administration - FDA) por não estar mais atenta às primeiras preocupações de segurança e não alertar o público até ser publicada a meta-análise.

Por sua vez, Philip Home, professor de diabetes na Universidade de Newcastle, no Reino Unido, e membro do comité que dirigiu um dos estudos sobre o Avandia, criticou Niessen por usar estudos pré-existentes e sugeriu que a investigação “não responde à questão, coloca uma questão”. John Buse, próximo presidente da ADA, sugeriu que os médicos fiquem atentos ao painel de conselheiros da FDA que deverá reunir-se no dia 30 de Julho para avaliar a segurança do Avandia.

Murray Stewart, chefe do departamento de desenvolvimento clínico para os medicamentos da diabetes da GSK, afirmou que a discussão dos especialistas foi equilibrada “sem oferecer qualquer dado novo sobre o Avandia”. Segundo o mesmo responsável, para os pacientes que não têm a diabetes sob controlo, o Avandia continua a ser uma opção de tratamento eficiente.

Marta Bilro

Fonte: First World, Bloomberg, CNN Money, CNBC.

Tribunal nigeriano recusou anexar mais casos ao processo
Pfizer vence primeira batalha judicial


O tribunal encarregado do julgamento do processo interposto pelas autoridades da Nigéria contra a multinacional farmacêutica Pfizer, acusada de ter realizado testes não autorizados de um medicamento experimental em 200 crianças nigerianas, das quais 11 morreram, recusou ontem um pedido da acusação no sentido de anexar mais queixas contra a empresa.



Tal como o farmácia.com.pt oportunamente noticiou, o governo nigeriano demanda avultadas indemnizações para os familiares das crianças que foram mortas ou que acabaram por ser seriamente penalizadas na sequência da submissão aos testes do medicamento Trovan Floxacin, que segundo fontes judiciais causou a morte de 11 dos cerca de 200 menores e motivou, entre os que sobreviveram, complicações como surdez, paralisia, transtornos da fala, lesões cerebrais e cegueira.
A acusação alega que, em Abril de 1996, quando grassava no país uma epidemia de meningite bacteriana, sarampo e cólera que assombrou particularmente a região de Kano, a Pfizer terá “engendrado um esquema” para “deformar e esconder as suas principais intenções”, e usando como pretexto o desejo de ajudar no apoio às vítimas, testar os efeitos do fármaco. No documento apresentado a tribunal lê-se ainda que a empresa farmacêutica “nunca revelou que tinha intenção de realizar experiências com as vítimas vulneráveis ou qualquer teste clínico sem a aprovação das agências reguladoras da Nigéria”, afirmando sempre que “pretendia fornecer ajuda humanitária”.A Pfizer, por seu turno, rejeitou sempre, e liminarmente, qualquer alegação de erros éticos, recusando responsabilidades desde que o escândalo estourou, em 2000, e assegurando, pelo contrário, que a administração da “trovafloxacina permitiu salvar vidas”.
O laboratório garante que, “naquela altura, a trovafloxacina estava na última fase de desenvolvimento clínico” e “tinha já sido avaliada em cinco mil pacientes”, e assegura que os jovens pacientes concordaram com a realização dos testes, que foram explicados aos pais em inglês e haussá, línguas faladas na região. Uma afirmação desmentida por Hassan Sani, pai de uma menina que foi submetida aos testes, que asseverou “nunca ter suspeitado de que as crianças estavam a ser usadas numa experiência”.

Carla Teixeira
Fonte: BBC News, Jornal de Angola, Último Segundo
Angola, Namíbia e Congo contra a poliomielite
Vacinar oito milhões de crianças até 2012


Arrancou hoje, em Angola, na Namíbia e na República Democrática do Congo, a primeira fase da campanha de vacinação contra a poliomielite, que até 2012 visa imunizar oito milhões de crianças com menos de cinco anos naqueles três países, e no âmbito da qual será também ministrada vitamina A aos meninos entre os nove meses e os cinco anos de idade.

No lançamento desta fase da campanha, que decorre até à próxima sexta-feira, o ministro da Saúde e dos Serviços Sociais da Namíbia, Richard Nchabi Kamwi, foi peremptório na afirmação de que, a par de iniciativas para imunização de menores, urge dar resposta à necessidade de todas as nações desenvolverem mais esforços no sentido da erradicação da poliomielite, argumentando que, para que o objectivo seja cumprido, é necessária a colaboração, o engajamento, a vigilância e a unidade de toda a sociedade.
Quando se estima que, em todo o mundo, 11 milhões de crianças morram antes de completarem cinco anos de idade, devido a diagnósticos evitáveis como malária, doenças diarreicas, pneumonias e sida, a directora regional da Unicef, Dorethea Rozga, recordou os recentes episódios de poliomielite em Luanda e Cunene, para argumentar que eles são a prova de que é preciso fazer mais e melhor do que se tem feito no combate à disseminação de patologias no continente africano. Para a responsável, “as parcerias são a chave do sucesso”. A Unicef está “sempre pronta para, em conjunto com a Organização Mundial de Saúde, ajudar as autoridades em qualquer meio que exija uma intervenção que nos seja possível”, disse.

Carla Teixeira
Fonte: Jornal de Angola

FDA aprovou Binax Now Test

A Food and Drug Administration aprovou ontem o novo Binax Now Test, um novo teste ao sangue capaz de identificar infecções por malária em apenas 15 minutos, enaltecendo o facto de o novo método, desenvolvido por especialistas da Inverness Medical Innovations Inc., ser mais rápido e mais simples do que os convencionais, que obrigam à utilização do microscópio.

A nova análise, pelo contrário, exige apenas algumas gotas de sangue, e consegue diferenciar os casos mais graves da doença dos que são provocados por variantes menos virulentas, com uma eficácia de 95 por cento. Os resultados do novo teste deverão ser confirmados com a tradicional utilização do microscópio, defendem os especialistas. A malária foi erradicada dos Estados Unidos em 1950, mas ainda é frequente em cidadãos que viajam para os países tropicais, onde a incidência da patologia ainda não foi controlada. De acordo com a rede de centros de controlo e prevenção das doenças em solo norte-americano, em 2005 foram reportados mais de 1500 casos de malária no país, que resultaram na morte de sete pessoas. Mortes que podem ser evitadas se a doença for diagnosticada precocemente e receber tratamento adequado.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Reuters

Médicos refutam perigos das vitaminas

As vitaminas não constituem uma causa de morte. Ao contrário do que defendia um estudo recentemente publicado no «Journal of the American Medical Association», que dava conta da alegada perigosidade dos suplementos vitamínicos em forma de comprimido, e que causou o pânico entre os consumidores daqueles produtos, os médicos garantem não haver riscos significativos na sua ingestão.

Os profissionais consideram que afirmar a existência de uma ligação entre o uso de vitaminas e a morte é “irresponsável” e resulta de “má interpretação” dos dados que resultam das análises àquela classe de produtos farmacêuticos, asseverando que, se tomadas moderadamente, preventivamente e com acompanhamento médico, as vitaminas não representam no «ranking» das causas de morte nos Estados Unidos um risco superior a 0,0001 por cento, enquanto a utilização de medicamentos que foram correctamente receitados pelos médicos representa uma franja de 5,18 por cento das mortes.
A investigadora Denice Smit assegura mesmo que “os suplementos dietéticos não representam um risco maior para a vida dos que os consomem do que as picadas de insecto, o envenenamento ou outras fatalidades potencialmente causadoras de morte”. Os autores do estudo que apontou os perigos da ingestão de vitaminas são os primeiros a reconhecer que os dados que apuraram entram em conflito com os resultados de outras investigações, que dão conta dos benefícios das vitaminas, e admitem que a razão das mortes nos pacientes submetidos aos testes que fizeram poderá ter a ver com outras circunstâncias.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Xinhua

China inicia retirada do mercado do Permax

As autoridades sanitárias da China decidiram dar início ao processo de retirada do mercado do Permax, um fármaco utilizado no tratamento da doença de Parkinson, devido ao risco de doença cardíaca que ele potencia. Considerando que a retirada imediata do medicamento poderia ser perigosa, Pequim ordenou que a suspensão gradual da produção, venda e utilização do Permax até 1 de Janeiro de 2008.

Na origem desta decisão está a convicção dos peritos de que “os riscos do Permax suplantam os possíveis benefícios da sua toma, de acordo com dados resultantes de vários estudos realizados em todo o mundo. No entanto, consideram que a sua administração não deve ser interrompida abruptamente, porque isso poderia causar problemas aos doentes, preconizando antes uma gradual diminuição das doses administradas, ao mesmo tempo que os médicos assistentes procuram alternativas àquele tratamento.
Na China, onde o Permax foi aprovado em 1988 para dar resposta à sintomatologia da doença de Parkinson, os estudos publicados em Janeiro último no «The New England Journal of Medicine», que relacionavam o fármaco com a maior incidência de doenças cardíacas, suscitaram a intervenção das autoridades, enquanto outros países mantiveram a comercialização do produto. Estima-se que actualmente cerca de 1,7 milhões de cidadãos chineses sofram do mal de Parkinson.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Xinhua

Mais 36 medicamentos à venda fora das farmácias

Lista dos 36 medicamentos já está disponível

Desde o início da semana é possível adquirir fora das farmácias mais 36 medicamentos, que se juntam aos cerca de 1500 já disponíveis. Estes fármacos não estão sujeitos a receita médica (MNSRM), mas se forem prescritos por um médico são comparticipados, desde que adquiridos em farmácias, entre estes encontram-se, por exemplo, o Aspegic 500, o Betadine e o Brufen 200. Contudo, a venda livre destes medicamentos, ou seja, fora das farmácias, implica a perda dessa comparticipação.

Os MNSRM não são comparticipados, uma vez que a comparticipação obriga à apresentação de receita, porém podem ser excepcionalmente apoiados pelo Estado por "razões de saúde pública". Todavia são raros os casos em que isso acontece, apenas 36 num total de 1541. Como explica o Decreto-Lei 238/2007, que entrou em vigor, a perda de comparticipação fora das farmácias tem a ver com o facto de o sistema administrativo de gestão desse subsídio estatal ser muito complexo, o que obriga a cingi-lo às farmácias e "impossibilita, para já, o seu alargamento" às lojas de venda livre.

Dentro de dois meses cerca de 300 outros medicamentos, actualmente sujeitos a receita médica, vão mudar o estatuto para MNSRM, e irão juntar-se aos que já são comercializados fora das farmácias. Estes medicamentos deixarão de ser comparticipados, excepto se houver "razões de saúde pública que eventualmente justifiquem a manutenção" do apoio estatal. Nas farmácias e com receita médica, esses medicamentos vão manter a actual comparticipação por parte do Serviço Nacional de Saúde.

O Governo, com estas alterações, pretende "consolidar e ampliar" os resultados da venda livre. Desde Setembro de 2005, fez descer o preço dos MNSRM em 1,2 por cento (face a Agosto de 2005), sobretudo em lojas com maior poder negocial junto da indústria. Os valores mais baixos são praticados nas lojas Continente e equivalem, em média, a 95,8 por cento do preço anterior à liberalização.

Actualmente existem 432 pontos de venda livre. Representam 7,7 por cento de todo o mercado do medicamento, contra 7,5 por cento na Holanda, 17,1 por cento em França e 27,9 por cento na Polónia.

Lista dos 36 medicamentos à venda fora das farmácias

Acarilbial Solução Cutânea 277 mg/ml
Aspegic 500 Pó para solução oral 900 mg
Betadine Solução Vaginal 100 mg/ml
C'Nergil Granulado 1000 mg
Calcium Sandoz Forte Comprimido efervescente 875 mg + 1132 mg
Candid Creme 10 mg/g
Cecrisina Comprimido efervescente 1000 mg
Cobaxid Cápsula 2.5 mg
Cobaxid Cápsula 1 mg
Dioralyte(Sabor Limão) Pó para solução oral Associação
Gyno-Daktarin Creme vaginal 20 mg/g
Lisaspin 500 Pó para solução oral 900 mg
Microlax Solução rectal 450 mg/5 ml + 45 mg/5 ml
Microlax Solução rectal 270 mg/3 ml + 27 mg/3 ml
Mucodrenol Xarope 6 mg/ml
Otoceril Gotas auriculares, solução 50 mg/ml + 20 mg/ml + 20 mg/ml
Pan-Fungex Creme 10 mg/g
Panasorbe Supositório 250 mg
Panasorbe Supositório 500 mg
Panasorbe Comprimido 500 mg
Panasorbe Solução oral 32 mg/ml
Panasorbe Supositório 1000 mg
Panasorbe Supositório 125 mg
Paracetamol Farmasan Comprimido 500 mg
Pipermel Xarope 100 mg/g
Sandocal Pó para solução oral 150 mg + 3405 mg
Tosseque Xarope 0.8 mg/ml
Trifosfaneurina Comprimido 17.2 mg
Ve 150 Cápsula 150 mg
Viru-Merz Gel 10 mg/g
Vitaminac Retard Cápsula 500 mg
Voltaren Emulgel Gel 10 mg/g
Zemalex Solução para pulverização cutânea 20 mg/ml
Brufen Comprimido revestido por película 200 mg
Eugastrim 10 Cápsula gastrorresistente 10 mg
Proclor 10 mg cápsulas duras gastro-resistentes Cápsula gastrorresistente 10 mg

Isabel Marques

Fontes: Jornal de Notícias, Rádio Renascença Online

Tabaco rende ao Estado 983 milhões de euros por ano

Apesar dos gastos com consultas, internamentos e cirurgias, a receita fiscal que o Estado português arrecada anualmente atinge os 983 milhões de euros, o que faz do consumo de tabaco, um negócio financeiramente muito proveitoso para o Estado.

Durante o ano de 2006, o Estado português arrecadou 1.426 milhões de euros em impostos cobrados ao fumadores, o que representa um beneficio de 983 milhões de euro, já que os tratamentos decorrentes do consumo de tabaco custam 434 milhões de euros anuais.

De acordo com o Diário Económico, os 1.426 milhões de euros arrecadados em 2006, representam uma subida de 7,7 por cento, face à receita do ano anterior. Para 2007 é esperada uma subida ainda superior, já que o aumento anual de 15 por cento no preço dos cigarros, está previsto no programa do governo. No final da legislatura o preço dos maços de tabaco deverá ter aumentado metade do seu valor.

Os gastos dos hospitais, com medicamentos para doenças oncológicas subiu 30 por cento em 2005, atingindo os 127 milhões de euros, contudo, o número de doentes tratados apenas subiu 4,5 por cento.

Em Abril deste ano, os dados publicados pelo Infarmed indicavam já gastos na ordem dos 51 milhões de euros, o que representa 20,7 por cento do total, dai que até ao final do ano se esperem gastos que atinjam os 153 milhões de euros, em medicamentos para tratar doenças oncológicas.

Inês de Matos

Fonte: Diário Económico

ADSE custa 854,8 milhões de euros

Os custos da ADSE – Direcção-Geral de Protecção Social dos Funcionários e Agentes da Administração Pública – aumentaram 1,8 por cento, em 2006, chegando aos 854,8 milhões de euros, sendo que 46 por cento destes correspondem a cuidados prestados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Os gastos referentes aos cuidados de saúde prestados por instituições do SNS atingiram 393,9 milhões de euros no ano passado, mais 6,2 por cento que em 2005, resultado das novas tabelas, introduzidas a partir de Agosto, segundo o relatório de actividades da Direcção-Geral.

O subsistema ADSE suporta as despesas realizadas pelos beneficiários na aquisição de medicamentos e com cuidados de saúde, prestados por entidades do SNS e privadas.

As despesas efectuadas, pelos beneficiários da ADSE, com cuidados de saúde prestados pelos convencionados (acordos celebrados com prestadores com os quais se estabelece, entre outras normas, o preço e o co-financiamento do beneficiário) diminuíram 6,5 por cento, para 173,8 milhões de euros, e com a aquisição de medicamentos decresceram 1,7 por cento, para 176,1 milhões de euros.

O aumento dos encargos com o regime livre (beneficiários exercem o direito da livre escolha dos prestadores de cuidados de saúde, suportando a totalidade das despesas, sendo posteriormente reembolsados pela ADSE) não determina o crescimento dos custos totais, visto que representa somente 12 por cento, tendo atingido uma facturação de 102,4 milhões de euros, face aos 95,2 milhões de euros de 2005.

No ano passado foram processados 1.474.834 pedidos de comparticipações. Assim como se tem verificado nos dois anos anteriores, 91 por cento dos beneficiários receberam comparticipações inferiores a 500 euros e um pequeno grupo, constituido por 35 beneficiários, usufruiu de comparticipações superiores a 20 mil euros.

Isabel Marques

Fontes: Sol, Correio da Manhã, Diário Digital

EMEA aprova Rasilez no tratamento da hipertensão

O fármaco Rasilez demonstrou nos testes clínicos realizados a cerca de 7 800 mil pessoas que pode reduzir significativamente a pressão sanguínea em 24 horas. A Agência Europeia do medicamento (EMEA) aprovou a sua comercialização no espaço europeu, anunciou a farmacêutica Novartis.

Rasilez teve ainda melhores resultados quando combinado com outros medicamentos usados no tratamento da hipertensão.

Em Portugal existem perto de dois milhões de hipertensos. Apenas metade tem conhecimento que sofre de pressão arterial elevada e apenas um quarto está medicado. 16% estão controlados.

Sara pelicano

Fontes: medical news, pm farma, portal da saúde

terça-feira, 26 de junho de 2007

CE aprova comercialização de Cialis oral

A farmacêutica Lilly anunciou a autorização pela Comissão Europeia da venda no fármaco Cialis, utilizado no tratamento da disfunção eréctil. As doses vão ser de 2,5mg e 5mg uma vez ao dia, consoante a necessidade do doente.

«A disfunção eréctil é uma doença crónica e para alguns homens, o Cialis de uma só toma diária vai eliminar a necessidade de planificar num espaço de tempo a relação sexual, como acontece com outras terapias», explica o director geral de Operações Europeias da Lilly, Abbas Hussain.

A Comissão Europeia fundamentou a sua decisão através de uma revisão e avaliação dos resultados dos testes feitos para analisar a eficácia do produto numa só toma diária. No estudo, os homens que toma 2,5 mg e 5 mg de Cialis têm uma função eréctil melhor do que os doentes que tomam placebo.

A dosagem recomendada é de 5mg, é utilizada uma quantidade inferior consoante o grau de tolerância que o paciente tiver em relação ao fármaco.

Os efeitos secundários mais frequentes foram a indigestão, dor nas costas, dores musculares, ruborização facial e congestão nasal. Todos foram transitórios e moderados.

O lançamento do medicamento está previsto para o segundo semestre deste ano, anunciou a farmacêutica.

sara pelicano

fontes: 121.doc, pm farma

Bloqueio de enzima reverte autismo

O bloqueio de uma enzima chave do cérebro poderá reverter muitos dos sintomas inerentes à síndrome do X frágil (SXF), uma doença genética hereditária que causa um largo espectro de deficiência mental e que muitas vezes acompanha o autismo. Na investigação realizada com ratos portadores da doença os cientistas conseguiram reverter os sintomas de atraso mental e o autismo.

Os resultados da investigação fazem renascer a esperança de que possam vir a ser desenvolvidos medicamentos com os mesmos efeitos que ajudem a restaurar o cérebro das crianças portadoras desta doença, e possivelmente, de algumas formas de autismo, referiu Susumu Tonegawa, o orientador do estudo publicado na edição online do jornal “Proceedings of the National Academy of Sciences”.

Os cientistas do “Picower Institute for Learning and Memory” do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, manipularam geneticamente os roedores para que desenvolvessem a síndrome do X frágil, a principal causa genética-hereditária de défice cognitivo e a causa genética mais comum de autismo.

A síndroma do X frágil está inserida no conjunto das doenças genéticas associadas à expansão da repetição de um trinucleótido, no caso da SXF o trinucleótido de CGG -citosina, guanina,guanina - do gene FMR1. Quando existe uma mutação neste gene, podem surgir problemas que vão desde as dificuldades ligeiras de aprendizagem ao autismo. “O nosso estudo sugere que a inibição de uma determinada enzima no cérebro poderá funcionar como uma terapia eficiente para atacar os sintomas debilitantes da SXF nas crianças, e possivelmente, nas crianças autistas também”, afirmou Mansuo L. Hayashi, co-autor da investigação.

A PAK, enzima cerebral que foi bloqueada pelos especialistas, afecta o número, o tamanho e forma das ligações entre os neurónios e o cérebro. Sempre que a actividade da PAK era parada, as anomalias cerebrais nos ratos com SXF eram revertidas. “Incrivelmente, a inibição da PAK também restaurou a comunicação eléctrica entre os neurónios nos cérebros dos ratos com SXF, corrigindo as anomalias comportamentais no processo”, frisou Tonegawa, prémio Nobel da Medicina em 1987.

Já existem compostos químicos capazes de inibir a actividade da PAK, algo que poderá ser útil no desenvolvimento de fármacos para tratar a SXF, acrescentou o mesmo especialista.

Marta Bilro

Fonte: Forbes, Monsters & Critics, The Boston Globe, Manual Merck, Associação Portuguesa da Síndrome do X frágil.

FIL recebe segunda edição do Salão Internacional de Saúde e Bem-Estar

A segunda edição da Viver Saúde, Salão Internacional de Saúde e Bem-Estar, está agendada para os dias 28 a 30 de Setembro, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), apresentando desde logo algumas novidades.

À semelhança do que já tinha acontecido no ano passado, na primeira edição da Viver Saúde, também este ano existirá uma área dedicada à Beleza e Bem-Estar.

Mas as novidades passam pela criação de dois novos espaços, o Parafarma, integrado na área da Beleza e Bem-Estar, com exposição dos laboratórios e empresas de Dermocosmética e o Fórum Med, dedicado à Medicina , cujo acesso será restrito a profissionais, onde estarão expostos produtos, serviços, equipamentos e software.

O certame vai abordar temas como a importância de novos estilos de vida, mais saudáveis, equilibrados e cuidados, mas também a prevenção, novas formas de tratamento e sessões de esclarecimento.

De forma a dinamizar e promover eventos paralelos ao certame, nomeadamente workshops, seminários e formação profissional, será criada uma Comissão Consultiva para cada área.

Inês de Matos

Fonte: JASFarma

Estudo Norte Americano revela

Diabetes ataca maioritariamente jovens de raça branca

Um novo estudo divulgado hoje pelo Journal of the American Medical Association (JAMA), revela que a diabetes tem maior incidência em jovens de raça branca, não hispânicos, do que nos jovens dos restantes grupos étnicos dos Estados Unidos.

O estudo contou com 2.435 pacientes com idades inferiores a 20 anos, a quem a doença foi diagnosticada entre 2002 e 2003, recrutados em dez pontos distintos dos EUA, que cobriram uma população de mais de 10 milhões de pessoas.

Os resultados mostram que em todos os grupos étnicos a diabetes do tipo 1 é a mais comum em crianças com idade inferior a 10 anos, sendo também o tipo mais comum nos jovens de raça branca, onde a taxa de incidência aumenta com a idade, variando de 18.6 por cento em crianças com menos de 4 anos, a 32.9 por cento na faixa etária do 10 aos 14 anos.

Os resultados mostram que em todos os grupos étnicos a diabetes do tipo 1 é a mais comum em crianças com idade inferior a 10 anos, sendo também o tipo mais comum nos jovens de raça caucasiana. Neste grupo, a taxa de incidência de diabetes tipo 1 aumenta com a idade, variando de 18.6 por cento, em crianças com idade inferior a 4 anos, a 32.9 por cento na faixa etária dos 10 aos 14 anos.

De acordo com Dana Dabelea, do centro de ciências da saúde da Universidade do Colorado, Denver, “a elevada taxa de diabetes do tipo 1 em crianças caucasianas reflecte uma maior susceptibilidade genética à auto-imunidade”.

Os investigadores acreditam que, tal como acontece com a diabetes do tipo 2, também a diabetes do tipo 1 pode ser motivada pela obesidade, o que, segundo Dabelea, pode justificar as disparidades entre os principais grupos étnicos existentes nos EUA.

A obesidade é mesmo um dos principais factores de risco da diabetes. Até há pouco tempo os casos diagnosticados de diabetes do tipo 2 eram raros, com maior incidência em adolescentes de grupos étnicos minoritários. No entanto, a situação tem-se vindo a inverter e a obesidade é já o segundo maior factor de risco, só ultrapassada pela transmissão de mãe para filho, durante a gravidez.

A diabetes precisa ainda de mais e melhor investigação, garante Rebecca B. Lipton, da Universidade de Chicago, sendo necessário proceder a “uma aproximação coordenada, de forma a analisar a diabetes na infância”. “Somente então a sociedade pode responder eficazmente ao crescente desafio do diabetes na juventude,” conclui a médica.

A diabetes precisa ainda de mais e melhor investigação, garante Rebecca B. Lipton, da Universidade de Chicago, sendo necessário proceder a “uma abordagem coordenada, de forma a analisar a diabetes na infância”. “Somente então, a sociedade pode responder eficazmente ao crescente desafio da diabetes na juventude,” conclui a médica.

Inês de Matos

Fonte: Reuters

Roche lança OPA sobre a Ventana

A farmacêutica suíça Roche lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a Ventana Medical Systems, uma empresa de testes de diagnóstico de cancro. A proposta, que ascende aos 2,23 mil milhões de euros (três mil milhões de dólares norte-americanos), é mais um trunfo para acrescentar aos muitos que colocam a Roche na liderança mundial dos medicamentos anti-cancerígenos.

A contrapartida de 55,7 euros (75 dólares) em dinheiro, oferecidos por cada acção da empresa norte-americana especializada em histopatologia, representa um prémio de 44 por cento face ao seu valor de fecho na sessão de sexta-feira da bolsa de Nasdaq, que era de 38,57 euros (51,95 dólares), e 55 por cento acima da média da cotação destes títulos nos últimos três meses.

Entre os principais objectivos traçados pela Roche para este ano encontram-se a concretização de quatro aquisições na área do diagnóstico, permitindo-lhe alargar a sua oferta de equipamentos e consolidar o primeiro lugar entre os competidores na área de sistemas de diagnóstico in-vitro e terapias oncológica.

A OPA gerou alguma controvérsia no seio da Ventana que já tinha bloqueado as tentativas da Roche para chegar a acordo numa possível fusão. Apesar das hostilidades, o presidente da farmacêutica, Franz Humer, já afirmou estar disponível para estabelecer um “diálogo construtivo” para permitir que o negócio possa estar fechado até ao fim do ano.

"Acreditamos que a nossa proposta pela Ventana representa uma oportunidade única para ambas as empresas e para os seus accionistas. A Ventana será um complemento excepcional para o grupo Roche e acreditamos que somos o melhor parceiro estratégico para capitalizar o potencial da Ventana ", salientou ainda o responsável no documento emitido pela empresa.

Marta Bilro

Fonte: Diário Económico, Jornal de Negócios, Dinheiro Digital.

Esquece-se de tomar medicamentos?

Chip medicinal em fase de estudo foi bem sucedido em cães

Um aparelho para ser implantado no corpo humano, cujo objectivo é administrar medicamentos, está a ser testado por investigadores norte-americanos da MicroCHIPS, Inc., em Massachusetts.

Trata-se de um chip medicinal que pode ser pré-carregado com medicamentos até 100 doses e, segundo os cientistas, foi bem sucedido nos testes feitos em cães.

O aparelho - programado via wireless - poderá chegar ao mercado daqui a cinco anos, tendo sido concebido, também, para ajudar a administrar fármacos que são menos eficazes quando tomados por via oral.

Raquel Pacheco

Fonte: Nature Biotechnology/Microchips Press Release

Guarda recebe conferência sobre “Cirurgia no Século XXI”

A cidade da Guarda recebe na sexta-feira (29 de Junho), às 9h45, a conferência “Cirurgia no Século XXI”, uma iniciativa integrada no III Ciclo de Conferências “Saúde Sem Fronteiras”, que decorrerá na sala de sessões da Assembleia Municipal.

O encontro, contará com as intervenções de Francisco Castro e Sousa, catedrático de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e presidente do Conselho Directivo da mesma Faculdade, e de Jacinto Garcia, titular de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de Salamanca e cirurgião no Hospital Universitário.

Haverá ainda lugar para a apresentação de trabalhos dos alunos da Escola Superior de Saúde e de Internos de Medicina do Hospital Sousa Martins.

A coordenação científica do evento é da responsabilidade de Manuel Santos Rosa, professor da Faculdade de Medicina de Coimbra, e de José Paz Bouza, da Faculdade de Medicina da Universidade de Salamanca, e é reconhecido como “Curso de Formação Contínua” pela Universidade de Salamanca.

O projecto “Saúde Sem Fronteiras” nasceu de uma organização conjunta do Centro de Estudos Ibéricos, Ordem dos Médicos, Ordem dos Enfermeiros, Escola Superior de Saúde da Guarda, Associação Nacional de Farmácias e Ordem dos Farmacêuticos.

Os detalhes informativos sobre este ciclo de conferências estão disponíveis no portal do Centro de Estudos Ibéricos, www.cei.pt.

Marta Bilro

Fonte: Diário da Guarda

Mesa Redonda na FIL

Nos dias 12 e 13 de Julho decorrerá no centro de Congressos da FIL, em Lisboa, uma mesa redonda intitulada "Health Strategies in Europe", no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (UE).

A iniciativa pretende definir um enquadramento de referência para o desenvolvimento de uma estratégia de saúde na Europa e identificar estratégias e meios que garantam desenvolvimento estratégicos. Para além disso pretende-se discutir mecanismos de coordenação que garantam desenvolvimentos estratégicos, na Europa, baseados na evidência científica.

Para saber mais sobre o evento e o programa consulte : http://www.acs.min-saude.pt

Liliana Duarte


Fontes: Portal da Sáude

Seminário "Ambiente e Saúde"

No dia 29 decorre no Instituto Nacional de Saúde Dr.Ricardo Jorge, Lisboa o último seminário de investigação de 2007, dedicado ao tema "Ambiente e Saúde"

Com este seminário pretende-se dar a conhecer os resultados das actividades de investigação cientifica, realizadas por Paula Alvito, do Centro de Segurança Alimentar e Nutrição.

No seminário será ainda apresentado o modelo de digestão in vitro na avaliação da bioacessibilidade da Patulina.

Para mais informações consulte o sitio : http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/investigacao+e+desenvolvimento/seminarios+2007.htm



Liliana Duarte
Fonte: Portal da Saúde

UE aprova nova fórmula de Cialis

A Eli Lilly garantiu aprovação da Comissão Europeia para a comercialização da fórmula de toma diária do Cialis (tadalafil), um fármaco para tratar a disfunção eréctil. A nova dosagem permitirá que um homem impotente esteja sempre preparado para ter relações sexuais.

A farmacêutica norte-americana pretende lançar o medicamento nalguns mercados europeus durante o segundo semestre deste ano e expandir-se a toda a Europa em 2008, foi hoje avançado num comunicado da empresa. Este parecer favorável vai permitir que a Eli Lilly distancie a sua terapia de disfunção eréctil da do seu competidor directo, o Viagra, comercializado pela Pfizer, uma vez que, anteriormente, ambos os fármacos tinham que ser tomados sempre que era necessário, com alguma antecipação.

As vendas mundiais de Cialis renderam, em 2006, cerca de 725 milhões de euros, colocando o medicamento do segundo lugar da tabela dos mais vendidos, logo atrás do Viagra. O fármaco, disponível em mais de 100 países, permite que os homens mantenham relações sexuais até 36 horas após a toma do comprimido, comparativamente às 4 horas conferidas pela toma do Viagra.

A nova fórmula desenvolvida pela Eli Lilly, que deverá ser tomada continuamente, em doses mais reduzidas, mas com mais frequência, pretende eliminar a necessidade de planear com antecedência um possível encontro sexual.

Marta Bilro

Fonte: First World, Bloomberg, Indianapolis Business Journal.

Reportagem

Aspartame, um benefício artificial?

Estudo relaciona o adoçante à incidência de cancro


Um estudo que analisou a utilização de aspartame, um edulcorante artificial de baixo valor energético, voltou a levantar suspeitas acerca desta substância ao revelar que os ratos, aos quais esta foi administrada de forma regular, demonstraram riscos acrescidos de desenvolver leucemia, linfomas e cancro da mama.

O aspartame é utilizado em vários alimentos, bebidas e medicamentos em mais de 100 países. A sua utilização foi, primeiramente, aprovada pela Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drugs Administration - FDA) em 1981 para misturas em pó e edulcorantes de mesa de baixo valor energético. Em 1996, foi aprovado o seu uso em todos os alimentos e bebidas.

A investigação, conduzida pela Fundação Europeia Ramazzini de Oncologia e Ciências do Ambiente, em Itália, revelou que quando a exposição ao edulcorante começa durante a vida fetal, os potenciais efeitos cancerígenos aumentam. Os ratos foram expostos ao aspartame em níveis superiores e inferiores à dose diária máxima recomendada. Este estudo coloca “sérias questões acerca da segurança do aspartame”, afirmou Mike Jacobson, director-executivo do Centro para as Ciências de Interesse Público, uma entidade responsável pela fiscalização da saúde pública sedeada em Washington.

“Com base nos dados científicos, acreditamos que o aspartame deve ser evitado tanto quanto possível, especialmente por grávidas e crianças”, salienttou Morando Soffritti, o principal responsável pela investigação publicada no “Environmental Health Perspectives”, uma publicação com apoio governamental. Por sua vez, Michael Herndon, um porta-voz da FDA, afirmou que “nesta altura, a FDA não vê motivos para alterar as suas conclusões anteriores que indicam que o aspartame é seguro enquanto adoçante para os alimentos”.

Nos Estados Unidos da América, a dose diária recomendada de aspartame situa-se nos 50 miligramas por cada quilo do peso do corpo, enquanto que na Europa se fica pelas 40 miligramas por cada quilo do peso corporal. É uma quantidade muito elevada, alertam os especialistas, já que, numa pessoa com 68 quilos, equivale a 18 latas de refrigerante dietético por dia. Numa criança com 22 quilos, aproxima-se das seis latas diárias. Para além disso, a presença do aspartame não se fica só pelos refrigerantes. Está também na composição dos iogurtes, sobremesas dietéticas, pastilhas e medicamentos. Nesse sentido, é provável que a ingestão diária de aspartame seja muitas vezes subestimada, alerta Soffrittini.

Ao nível do consumo mundial, o edulcorante artificial representa 62 por cento do valor do mercado de adoçantes, e deverá estar presente em seis mil produtos em todo o mundo, incluindo bebidas gaseificadas, doces, adoçantes de mesa e alguns produtos farmacêuticos, tais como vitaminas e xaropes para a tosse sem adição de açúcar.

Os procedimentos da investigação

Para concretizar este estudo a equipa de investigadores separou as fêmeas grávidas em três grupos. Um dos grupos foi alimentado com uma dose elevada de aspartame (100mg/kg de peso corporal), o segundo foi alimentado com uma dose inferior (20 mg/kg de peso corporal) e o terceiro não recebeu qualquer adoçante na alimentação.

O processo teve início no 12º dia de gravidez e as mães foram mortas depois de desmamarem. Por sua vez, as crias, que receberam a mesma alimentação que as mães, viveram até falecerem por causas naturais e foram posteriormente examinadas à procura de cancro e doenças. No total foram analisados 400 ratos. Os cientistas observaram a pele, a gordura, as glândulas mamárias, o cérebro, as glândulas pituitárias e as glândulas salivares.

No final, os investigadores descobriram um aumento, estatisticamente relevante, dos tumores malignos, nos ratos que foram alimentados com o edulcorante artificial. O grupo de fêmeas alimentadas com a dose mais elevada de aspartame revelou uma percentagem de aumento dos tumores de 15 por cento, enquanto que no grupo alimentado com a dose mais reduzida o aumento dos linfomas e leucemias não se revelou significativo em ambos os sexos, nem o cancro da mama nas fémeas.

Face às conclusões, Soffrittini sublinhou que é necessário “reconsiderar urgentemente” as regulações governamentais sobre o uso de aspartame enquanto edulcorante artificial. Um estudo de 2005 tinha já alertado para os perigos de ingestão desta substância e para e existência de uma co-relação entre o aumento da incidência de linfomas e leucemias nas fêmeas de ratos e as doses de aspartame ingeridas. Na altura, Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar considerou que não existia ainda fundamento para recomendar alterações nas dietas dos consumidores, no que se referia ao aspartame, mas prometeu analisar a informação.

Marta Bilro

Fonte: Food Navigator, Journal Sentinel, Associação Portuguesa de Dietistas.

Medicamentos fora das farmácias: APED considera “processo exemplar”

Quota de venda situa-se nos 5%

“Apesar dos muitos cenários catastróficos, a venda de medicamentos sem receita médica nos espaços comerciais foi um processo exemplar”, afirmou, hoje, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).

Em defesa da sua tese, o presidente da APED argumentou que, “no primeiro trimestre deste ano, a quota de vendas de medicamentos sem receita médica fora das farmácias se situa já nos 5 por cento das vendas totais de medicamentos que, por ano, chegam aos 250 milhões de euros.”

Na opinião de Luís Vieira e Silva, “os medicamentos sem receita médica continuam a ser uma aposta e são um mercado crescente para a empresas de distribuição”, considerando que “as pessoas não passaram a comprar medicamentos exageradamente.”

Face os receios que espoletaram na altura, do início da sua comercialização, afirmou, convicto: “Nada se passou de grave.”

O responsável da APED elogiou, ainda, o recente anúncio do alargamento da lista de medicamentos sem receita médica, ou seja, que também poderão ser comercializados fora das farmácias: “É um trabalho crescente que só beneficia o consumidor, por ter mais espaços de venda e horários mais alargados” considerou.

Raquel Pacheco

Fonte: AF

Congresso Saúde e Sexo divulga programação

O programa do Congresso Saúde e Sexo, que terá lugar no Porto, durante os dias 21 e 22 de Setembro, já está concluído. Entre os principais assuntos em debate no primeiro dia destacam-se o sexo na sociedade, o negócio do sexo e os prazeres. Para o final deste dia e início do segundo estão agendados vários workshops e será debatida a temática das expressões sexuais e a química do sexo.

No quadro de especialistas presente para o tema de abertura do congresso – Sexo na Sociedade – vão comparecer Machado Caetano, António Palha, Mário de Sousa e Ana Maria Moreira. Cada um dos especialistas abordará um subtema que vai desde a educação para a sexualidade à reprodução medicamente assistida.

Para falar sobre o “Negócio do Sexo” foram convidados António Rui Leal, que irá abordar a “Prostituição nas Ruas do Porto”; Alexandra Oliveira que irá centrar-se na temática da “Prostituição, Casas de Alterne e de Striptease em Portugal”; e Jorge Martins que se debruçará sobre o tema “Prostituição e Redes de Tráfico de Mulheres”.

A discussão em torno dos “Prazeres” fica a cargo de Júlio Machado Vaz, Manuel Esteves, Mota Cardoso e Isabel Freire. “(A)normal vs. Patológico” é o assunto que marca o início do segundo dia de congresso e conta com a participação de Afonso Albuquerque, Pinto da Costa, Manuela Brito e Rui Xavier Vieira. As “Expressões Sexuais” são um assunto que ficará sob a responsabilidade de Daniel Sampaio, Fancisco Allen Gomes, João Décio Ferreira e Iris Monteiro. Para encerrar o encontro, estará em cima da mesa a “Química do Sexo” num debate com a participação de António Santinho Martins, Serafim Guimarães, Pedro Nobre e Avelino Fraga.

O painel de Workshops ainda não está encerrado sendo que, até ao momento, se encontram confirmados o de “Educação Sexual”, orientado por Vítor Ferreira; “Mitos na Sexualidade” com Joana Almeida; “Sexualidade e Deficiência Mental” a cargo de Sara Moreira; e “Transexualidade” que terá uma abordagem médica, endócrina e cirúrgica proferida por um especialista de cada área.

Os interessados poderão inscrever-se nos Workshops e obter mais informações sobre o congresso através do endereço csaudeesexo.blogspot.com/.

Marta Bilro

Fonte: Press, csaudeesexo.blogspot.com/.

Dapagliflozin mostra resultados positivos em teste de fase II

A Bristol-Myers Squibb e a AstraZeneca estão a trabalhar num novo fármaco para a diabetes, cujos resultados dos testes em fase inicial demonstraram que a substância, o dapagliflozin, permite controlar os níveis de açúcar no sangue em diabéticos do tipo 2 e parece ser segura. As conclusões da investigação foram apresentadas durante a reunião anual da Associação Americana de Diabetes.

O novo composto pertence à nova classe dos inibidores de glucose SGLT2 e revelou benefícios quando administrado sozinho ou associado a outro medicamento. Num comunicado emitido, as empresas referem que durante os ensaios clínicos não foram detectados efeitos secundários sérios.

De acordo com Bernard Komoroski, investigador da farmacêutica norte-americana Bristol-Myers Squibb, o medicamento gere os níveis de açúcar no sangue controlando a forma como o açúcar é processado nos rins, o que traz benefícios para os diabéticos que sofrem de flutuações perigosas nos níveis de açúcar no sangue. Estas substâncias controlam o nível de açúcar no sangue ajudando os rins a eliminar a glicose do organismo.

No estudo de fase II, que envolveu a participação de 74 pacientes durante duas semanas, o dapagliflozin diminuiu o açúcar no sangue em maior quantidade do que um placebo. David Albaugh, porta-voz da britânica AstraZeneca, salientou que ainda este ano deverão surgir novas descobertas sobre o fármaco a partir de estudos de maiores dimensões.

O dapagliflozin e outras substâncias similares, que estão a ser testadas pela Sanofi Aventis e pela GlaxoSmithKline, competem actualmente pela entrada no mercado, de forma a tornarem-se no primeiro fármaco inibidor da glucose SGLT2 a receber aprovação. O medicamento, que deverá receber parecer positivo em 2010, poderá gerar cerca de 223 milhões de euros por ano, previu Roopesh Patelm analista da USB Investment Research.

Marta Bilro

Fonte: First World, Bloomberg, CNN Money, Hemscott.

FDA fiscaliza produção de suplementos dietéticos

A indústria norte-americana de suplementos dietéticos passa a estar sujeita ao cumprimento de práticas de produção que pretendem garantir que as vitaminas, medicamentos herbais e outros produtos são rotulados correctamente, cumprem padrões de qualidade e não contêm impurezas ou contaminantes.

A decisão foi anunciada pela Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drug Administration - FDA) e teve origem na descoberta do último ano, segundo a qual alguns compostos medicinais destinados à disfunção eréctil foram detectados em suplementos não autorizados. “Esta regulação ajuda a assegurar a qualidade dos suplementos dietéticos para que os consumidores possam estar confiantes de que os produtos que compram contêm o que está descrito no rótulo”, explicou Andrew C. von Eschenbach, representante da FDA.

As novas regulamentações incluem todas as etapas da vida do produto, desde a sua produção, ao processo de embalamento e rotulagem até ao armazenamento. O produto final será analisado e as queixas dos consumidores serão registadas e analisadas. As novas regras abrangem ainda o manuseamento e criação de novas plantas. Para além disso, todas as situações adversas relacionadas com suplementos dietéticos terão de ser transmitidas à FDA.

A União de Consumidores aplaudiu a iniciativa mas refere que esta “ainda não garante que os suplementos sejam seguros e eficazes antes de entrarem no mercado”. Janell Mayo Duncan, representante da União de Consumidores afirma que “esta nova regra requer que os produtores de suplementos dietéticos cumpram os procedimentos para garantir que os seus produtos contêm o tipo e quantidade de ingredientes descritos no rótulo. No entanto, os consumidores não fazem ideia se tal produto funciona ou se é perigoso”.

Para restringir as infracções a FDA pode ainda pedir aos produtores para removerem um ingrediente ou para rever os rótulos e, em casos mais sérios, poderá apreender o produto, apresentar uma queixa em tribunal ou procurando responsabilização criminal. Porém, a agência não tem qualquer poder de regular a publicidade aos suplementos dietéticos. A nova regulação será introduzida gradualmente ao longo de três anos e terá início a 24 de Agosto para os pequenos produtores. Os fabricantes de larga escala têm até Junho de 2008 para cumprir o estabelecido.

Marta Bilro

Fonte: AHN, Med News

Médico descobriu o vírus da sida em 1983
Luc Montaigner no congresso da ESEI em Lisboa



O investigador francês Luc Montaigner, que em 1983, num trabalho conjunto com o norte-americano Robert Gallo, se notabilizou pela descoberta do vírus da sida, vai deslocar-se a Lisboa no final do mês de Setembro, para participar no primeiro dia de trabalhos do VI Congresso da Sociedade Europeia para Infecções Emergentes. No encontro, agendado para o Hotel Tivoli Tejo, deverão marcar presença mais de 200 destacados especialistas internacionais naquela matéria.

Luc Montaigner, médico e actual director do departamento de Sida e Retrovírus do Instituto Pasteur de Paris, membro da Academia das Ciências e de Medicina e da Unesco, será o primeiro orador do evento, depois de o director do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, José Pereira Miguel, discursar na sessão de abertura. Luc Montaigner usará da palavra durante cerca de uma hora numa conferência que intitulou de «Nano elements from pathogenic micro-organisms».
O encontro arranca a 30 de Setembro e prolonga-se até 3 de Outubro, devendo ter na assistência médicos, veterinários, biólogos, farmacêuticos e investigadores. Os interessados em fazer comunicações poderão submeter os seus trabalhos até ao próximo dia 15, bastando para isso contactar a organização. Qualquer informação adicional poderá ser obtida através do site
http://www.esei2007.com/. Fundada em 1997, a ESEI é uma organização sem fins lucrativos que tem como objectivo constituir um fórum europeu para investigação científica e troca de dados na área das infecções emergentes entre investigadores europeus nas vertentes de Saúde Humana e Veterinária.

Carla Teixeira
Fonte: Ciência.pt, ESEI

REPORTAGEM

Indústria farmacêutica privilegia males comuns em países ricos
Doenças negligenciadas sem tratamento


As chamadas doenças negligenciadas, como a doença de Chagas, a leishmaniose, a doença do sono e a malária, afectam milhares de pessoas em todo o mundo, mas colhem um interesse marginal junto da indústria farmacêutica, cuja investigação se concentra essencialmente no desenvolvimento de fármacos para as doenças mais comuns nos países do primeiro mundo. A DNDi nasceu precisamente para vencer essa tendência, trabalhando na pesquisa de medicamentos novos e acessíveis às pessoas afectadas por estas patologias.

O combate às doenças globais como cancro, doenças cardiovasculares, mentais e neurológicas, mais comuns nos países desenvolvidos onde se concentra a grande fatia do tecido industrial ligado à investigação farmacêutica e ao desenvolvimento de medicamentos, monopolizam a atenção dos especialistas, enquanto há outras patologias, convencionalmente designadas como doenças negligenciadas, em que o interesse das empresas é pouco significativo, para não dizer quase nulo. É o que acontece com a doença de Chagas, a leishmaniose, a doença do sono e a malária, cujos afectados são quase sempre pessoas pobres e de países do terceiro mundo – os dos países ricos representam uma franja muito pequena, que contrai malária em viagens ou na sequência de outros problemas de saúde, como a tuberculose –, que normalmente não têm poder de compra que justifique, aos olhos das empresas farmacêuticas, a estimulação daquele mercado.
A doença de Chagas e a leishmaniose, por outro lado, afectam somente países em desenvolvimento, onde a esmagadora maioria da população não dispõe de meios para a compra de fármacos, pelo que acaba por ficar de fora da zona de cobertura do mercado farmacêutico e dos interesses da investigação naquela área. Na figura, o rectângulo acinzentado representa a parcela do mercado farmacêutico mundial relativa aos produtos voltados para especificidades que não são eminentemente do foro médico, como a celulite, a calvície, as rugas, as dietas, o stress e as questões de adaptação a diferentes fusos horários, mas que, apesar disso, constituem um segmento de mercado altamente lucrativo nos países ricos.
Na sua intervenção no terreno, remonta a 1971 a percepção, por parte das equipas da organização internacional de ajuda humanitária Médicos Sem Fronteiras, de que a investigação de medicamentos para as doenças tropicais evolui a um ritmo muito inferior à dos outros sectores, pelo que, nos países em vias de desenvolvimento, já nessa altura era evidente uma discrepância que resultava numa premente falta de tratamentos eficazes, acessíveis e adaptados às necessidades das populações que eram injusta e impiedosamente afectadas pelas doenças negligenciadas. Os MSF, antevendo a estagnação daquele tipo de pesquisas – nos últimos 25 anos apenas um por cento do total de medicamentos desenvolvidos à escala mundial pretendeu tratar as chamadas doenças tropicais –, e percebendo que os médicos têm hoje de seguir terapias antigas, cada vez mais ineficazes devido à resistência crescente às soluções farmacológicas de há 40 anos, tomaram uma atitude.

Nobel à investigação
Galardoada com o Prémio Nobel da Paz, a organização humanitária decidiu usar a quantia recebida no estudo das necessidades médicas dos pacientes que sofriam de doenças negligenciadas, tendo para isso reunido uma equipa de especialistas internacionais, que de imediato se debruçaram sobre aquela problemática. O Grupo de Trabalho de Medicamentos para Doenças Negligenciadas, como foi designado, concentrou-se na identificação da crise no tratamento daqueles doentes e na busca de estratégias inovadoras para garantir o desenvolvimento de novos medicamentos que lhes fossem úteis, e em 2001, no culminar desse esforço, propôs a criação de uma entidade independente e sem fins lucrativos destinada a desenvolver novos fármacos ou formulações de medicamentos existentes para pacientes de doenças negligenciadas.
Era assim lançado o embrião da DNDi, sigla em inglês para Drugs for Neglected Diseases initiative (Iniciativa de Medicamentos para Doenças Negligenciadas), que viria a ser oficialmente implantada no dia 3 de Julho de 2003, com sede na Suíça e intervenção a nível planetário, preenchendo as lacunas existentes na investigação e no desenvolvimento de novos produtos farmacológicos. Contando com parcerias com entidades como os Médicos sem Fronteiras, a brasileira Fundação Oswaldo Cruz, o Conselho Indiano de Pesquisa Médica, o Ministério da Saúde da Malásia, o Instituto de Pesquisa Médica do Quénia, o Pasteur de França e o Banco Mundial, a DNDi coordena a pesquisa e o desenvolvimento de medicamentos em colaboração com a comunidade científica internacional e com a indústria farmacêutica.

Carla Teixeira
Fonte: DNDi, Organização Mundial de Saúde

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Lema vencedor: Ao clicar já está a ajudar! - Carla Teixeira

Texto vencedor: Sempre que clicar está a contribuir para fazer a diferença

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Isabel Marques

Tabaco custou 434 milhões de euros em cuidados de saúde em 2005

O Infarmed divulgou que se estima que o tabaco tenha sido responsável por custos de cerca de 434 milhões de euros em internamentos hospitalares, medicamentos, consultas e exames, em 2005.

De acordo com um estudo realizado por investigadores da Universidade Católica Portuguesa e da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, os internamentos causados pelo tabagismo custaram 126 milhões de euros, uma quantia que se junta aos mais de 308 milhões gastos em medicamentos, consultas e meios complementares de diagnóstico. Segundo o estudo, estima-se que o tabaco foi ainda responsável por 12 por cento das mortes registadas no país em 2005, alertando também para a diminuição do número de pessoas que nunca fumaram.

Se os fumadores portugueses tivessem deixado o vício, poder
ia ter-se poupado cerca de 144 milhões de euros, dos quais 64 milhões em internamentos e 80 milhões em cuidados ambulatórios.

O vício do tabaco foi responsável por 146 mil anos de vida perdidos, no que se refere a perdas de saúde, que têm em conta não só a morte prematura, mas também os níveis de incapacidade. Destes, 51 mil poderiam ter sido recuperados caso os fumadores portugueses tivessem deixado de fumar. No total, deixar o tabaco levaria a uma redução de 5,8% nas taxas de mortalidade no nosso país. Os casos de cancro nos lábios, cavidade oral e faringe, por exemplo, diminuiriam para metade nos homens portugueses, se estes deixassem de fumar, o mesmo sucedendo com o cancro da traqueia, pulmões e brônquios, cuja ocorrência apresentaria uma diminuição de 45%.

Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), actualmente, um em cada dez adultos morre devido ao fumo, prevendo-se que, caso a situação actual se mantiver, em 2020, o tabaco terá sido responsável pela morte anual de 10 milhões de pessoas. Das cerca de 650 milhões de pessoas que presentemente fumam em todo o mundo, metade acabará por morrer vítima do tabaco.

Segundo dados de 2005, em Portugal, uma em cada cinco pessoas fuma, sendo 31 por cento homens e 10,3 por cento mulheres. De acordo com o Eurobarómetro, divulgado no mês passado, cerca de metade dos fumadores portugueses quer deixar de fumar, mas só um em cada três é que realmente tenta .

Um dos professores responsáveis pelo estudo, Miguel Gouveia, sublinhou que, apesar de tudo, se registou uma ligeira redução do número de pessoas que fuma habitualmente, contudo essa diminuição tem sido feita de uma forma contraditória, já que o tabagismo tem reduzido nos homens e aumentado nas mulheres.

Isabel Marques

Diário Digital, TSF Online, SicOnline

MIT investiga enzima que provoca Síndrome de X Frágil

Estudo revela que a inibição da enzima p21 (PAK) no cérebro pode ser uma boa terapia no tratamento da Síndrome de X Frágil (SXF), causador do ao autismo, anunciaram investigadores do Picower Institute for Learning and Memory do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

A enzima p21 controla o número, o tamanho e a forma das conexões entre os neurónios no cérebro. A investigação feita em ratos com mutação genética do cromossoma X revelou a paragem da actividade da enzima inverteu a estrutura de conexões neuronais.

Esta descoberta e a medicação já existente podem possibilitar o desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento de SXF.

O professor de biologia e neurociência do MIT, Susumu Tonegawa, disse ainda que a inibição da actividade de p21 foi feita apenas algumas semanas depois dos sintomas da patologia terem surgido o que leva a crer que há possibilidade de reverter o SXF mesmo depois de diagnosticado.

O Síndrome de X Frágil é uma doença genética que provoca atraso mental e dificuldades de aprendizagem. A patologia é também associada a um conjunto de características físicas e neuro-psicológicas que afectam as pessoas suas portadoras de variadas maneiras. Os rapazes (80%) apresentam um défice cognitivo grande, nas raparigas os valores descem para 33 a 50%. Problemas emocionais e comportamentais são comuns a ambos os sexos. O SXF é hereditário.

O trabalho vai ser publicado na versão online de Proceedings of the National Academy of Sciences e foi apoiado pela FRAXA Foundation, a Simons Foundation, a Wellcome Trust e National Institutes of Health.

Sara Pelicano

Fontes: MIT, Associação Portuguesa da Síndrome do X frágil e The National Fragil X Foundation

EMEA emite opinião positiva relativamente ao Atriance

A Agência Europeia do Medicamento (EMEA) emitiu um parecer favorável recomendando que a comercialização do Atriance (nelarabina solução para infusão), da GlaxoSmithKline, seja aprovada para o tratamento de pacientes com Leucemia Linfoblástica Aguda de células T (LLA-T) e Linfoma Linfoblástico das células T (LBL-T) que sofreram uma recaída, ou que foram refractários a, pelo menos, dois tratamentos de quimioterapia anteriores.

A Leucemia Linfoblástica Aguda de células T (LLA-T) e Linfoma Linfoblástico das células T (LBL-T) são formas raras e difíceis de tratar da Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) e do Linfoma Linfoblástico (LBL). Existem só algumas centenas de casos de reincidência de LLA-T por ano na Europa. Os pacientes com LLA-T e LBL-T tendem a ter um prognóstico pior do que pacientes com doença de células B. Sendo assim, há poucas opções de tratamento para aqueles pacientes que são refractários, ou sofreram recaídas a seguir a, pelo menos, dois tratamentos de quimioterapia. A nelarabina é um progresso para este grupo de pacientes, uma vez que poderá oferecer a alguns pacientes a oportunidade de avançar para um tratamento potencialmente curativo, tal como o transplante de células estaminais.

Foi conduzida a fase II do estudo em pacientes adultos com LLA-T e LBL-T reincidentes ou refractários para avaliar a eficácia e segurança da nelarabina. 40 pacientes foram inscritos, tendo 39 pacientes recebido pelo menos uma dose de nelarabina. Um subgrupo de 28 pacientes em 39, teve recaídas ou foram refractários, a seguir a dois ou mais tratamentos anteriores de quimioterapia. Seis pacientes (21%) apresentaram uma resposta completa, com ou sem restauração dos níveis normais de células no sangue e um paciente deste grupo prosseguiu para o transplante de células estaminais. No geral, foi registada uma média de sobrevivência de 20 semanas.

A fase II do estudo também avaliou 153 pacientes pediátricos (com menos de 21 anos) com LLA-T e LBL-T reincidentes ou refractários, com o mesmo propósito de avaliar a eficácia e segurança da nelarabina. Um subgrupo de 84 pacientes foi tratado com uma dose de 650mg/m2 durante cinco dias, e 39 desses pacientes tiveram recaídas ou foram refractários, a seguir a dois ou mais tratamentos anteriores de quimioterapia. 23 por cento desses 39 pacientes apresentou uma resposta completa com ou sem restauração dos níveis normais de células do sangue, e quatro desses pacientes avançaram para um transplante de células estaminais.

A nelarabina quando administrada por via intravenosa é convertida em ara G e depois na sua forma activa, ara GTP. A acumulação de ara GTP nas células leva à inibição da síntese do ADN, que resulta na morte programada das células.

O fármaco recebeu o estatuto de medicamento órfão na Europa, em Junho de 2005, assim como nos Estados Unidos, em Dezembro de 2003, onde foi aprovado em Outubro de 2005 e é comercializado como Arranon. A nelarabina será agora ponderada para aprovação final para comercialização por parte da Comissão Europeia.

Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) e Linfoma Linfoblástico (LBL)

A LLA é um cancro das células brancas do sangue, as células que normalmente combatem as infecções. É uma doença rara e difícil de tratar que é mais comum nas crianças e progride rapidamente na ausência de uma terapia eficaz. A LLA é o tipo de cancro mais comum nas crianças, representando 23 por cento dos cancros diagnosticados em crianças com menos de 15 anos. A LLA -T representa a minoria da população que tem LLA e tem um prognóstico particularmente fraco depois de uma reincidência.

A LBL é um tipo do Linfoma de Não-Hodgkin, um cancro do sistema linfático, que ocorrre mais frequentemente em crianças do que em adultos. Os pacientes com LBL–T representam um subgrupo destas pessoas.

Isabel Marques

Fontes: FirstWord, GlaxoSmithKline, Bloomberg

Campanha de vacinação contra a pólio abrange crianças de três países africanos

Foi lançada hoje na Namíbia uma campanha de vacinação contra o vírus da poliomielite, destinada à imunização das crianças entre os zero e os cinco anos, de três países africanos, Angola, República Democrática do Congo e Namíbia.

A sincronização da campanha de vacinação, deve-se ao facto de estes três países africanos registarem elevadas taxas de infecção com o vírus da poliomielite, frequente na região, devendo as crianças ser vacinadas em simultâneo.

Entre quarta e sexta-feira, irá decorrer a primeira das duas fases que compõe a campanha, estando prevista a vacinação de 5,7 milhões de crianças de Angola e 300.000 da Namíbia.

No Congo deverão ser vacinadas apenas as crianças das regiões fronteiriças com Angola, nomeadamente Baixo Congo, Cassai Ocidental e Catanga, não sendo portanto adiantado o número de crianças a vacinar.

No caso de Angola, depois de três anos consecutivos em que não foram registados casos de infecção com poliomielite, foram este ano identificadas duas crianças com a doença, enquanto que a Namíbia registou em Maio do ano passado 19 casos, essencialmente adultos, depois de dez anos sem quaisquer registos.

O vice-ministro da Saúde angolano, José Van-Dúnen, mostrou-se satisfeito com o bom funcionamento do sistema de vigilância epidemiológico do pais, uma vez que permitiu “detectar a existência destes casos".

"É impossível interromper a circulação do vírus da pólio, devido ao grande movimento das populações entre as várias províncias e para os países vizinhos, onde o vírus continua a circular", lamenta o dirigente angolano.

A circulação do vírus continua a ser permitida devido às deficientes condições de saneamento básico, ao qual grande parte da população angolana não tem acesso, o que aliado ao debilitado estado nutricional das crianças, impede a eficiência da vacina.

José Van-Dúnen, admite que “a nossa vacinação de rotina tem níveis que não nos permite proteger as nossas crianças como desejaríamos, por isso estamos primeiro a aumentar o acesso à água potável e a melhorar o saneamento, e a fazer esforços para aumentar significativamente as coberturas de vacinação de rotina”.

Na Namíbia, tal como em Angola, os casos registados encontram-se em bairros suburbanos, derivados de condições deficitárias de higiene e alimentação.

Para o ministro da Saúde e Serviços Sociais da Namíbia, Richard Nchabi Kamwi, a tarefa de eliminar o vírus da poliomielite do continente africano será árdua, devendo passar não só pela vacinação das crianças de áreas afectadas, mas também pela imunização de todas as crianças dos países que nunca conseguiram interromper a transmissão do vírus.

"Estou convencido que nós podemos fazer com que a região da África Austral fique livre do vírus da pólio brevemente, o que deveria acontecer em todo o continente e no mundo", disse o governante.

O vírus da poliomielite é altamente contagioso e tem maior incidências nas crianças menores de cinco anos, causando paralisia permanente numa em cada 200 infecções, das quais entre cinco a dez por cento morrem.

A Nigéria poderá vir a ser o principal responsável pela expansão do vírus selvagem da poliomielite, uma vez que este ainda é um país endémico.

Inês de Matos

Fonte: Lusa

Infarmed ordena recolha do Diamicron


Gliclazida: genérico administrado para diabetes
A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) ordenou a recolha de todas as embalagens de 60 comprimidos (80mg) do medicamento Diamicron (Gliclazida) por colocarem em risco a saúde pública.

“Foi ordenada a recolha de todas as embalagens do lote n.º 49221, validade: 09/2007 do medicamento Diamicron (Gliclazida) 80 mg/ embalagem de 60 comprimidos, com registo de Autorização de Introdução no Mercado (AIM) n.º 8391318”, alertou, ontem, o Infarmed.

No comunicado emitido com carácter de “muito urgente”, Hélder Mota Filipe, membro do conselho directivo do Infarmed, justifica que a retirada do fármaco advém das análises realizadas na Direcção de Comprovação de Qualidade do Infarmed, onde “foram detectados resultados fora das especificações no que respeita ao ensaio de dissolução.”

A firma Servier Portugal - Especialidades Farmacêuticas, Lda. é a titular de AIM do medicamento. O Gliclazida 80 mg (genérico do Diamicron, do laboratório Servier) é utilizado no tratamento de diabetes em não- insulinodependentes, obesos e idosos.

Raquel Pacheco
Fonte: Infarmed

Anti-depresivos inimigos dos ossos

A ingestão de anti-depressivos pode conduzir ao enfraquecimento dos ossos, aumentando o risco de osteoporose em pessoas idosas. A conclusão resulta de dois estudos elaborados por especialistas norte-americanos publicados na edição de 25 de Junho do “Archives of Internal Medicine”.

A investigação centrou-se numa das classes de anti-depressivos, denominados inibidores selectivos da reabsorção de serotonina (SSRIs na sigla inglesa), medicamentos ingeridos por milhões de pessoas, muitas delas idosas. Nesta categoria inserem-se, por exemplo, o Prozac (Fluoxetina) da farmacêutica Eli Lilly e o Seroxat (Paroxetina) comercializado pelo laboratório britânico GlaxoSmithKline. Os estudos são ainda preliminares, advertem os autores, não devendo, por isso, influenciar a alteração da medicação dos pacientes. “No entanto, considero que a nossa descoberta sugere que esta área precisa de ser mais investigada”, salientou Susan Diem, responsável por um dos estudos.

A equipa liderada por Susan Diem, da Universidade do Minnesota, avaliou 2.722 mulheres, com uma média de idades de 78 anos, 198 das quais tomavam SSRIs. As que ingeriram os anti-depressivos registaram uma diminuição da densidade na anca de 0,82 por cento por ano, comparativamente a uma redução anual de 0,47 por cento entre as mulheres que não tomam os fármacos.

No segundo estudo, conduzido por Elizabeth Haney da Universidade de Ciências e Saúde de Oregon, em Portland, foram analisados 5.995 homens, com uma média de idades de 74 anos, entre os quais 160 que utilizavam SSRIs. Os investigadores detectaram uma diminuição da densidade da anca 3,9 por cento inferior à dos homens que não tomaram quaisquer anti-depressivos ou que ingeriram outro tipo de medicamentos para a depressão. A equipa de cientistas comparou também doentes que utilizavam de anti-depressivos tricíclicos ou trazodone com pacientes que não tomavam qualquer anti-depressivo. A análise não revelou efeitos aparentes na densidade da anca ou na espinha dorsal.


Os anti-depressivos SSRI inibem uma proteína responsável pelo transporte da serotonina, um mensageiro químico que tem influência no sono e no humor. A presença dessa mesma proteína foi detectada nos ossos, aumentando a possibilidade desses fármacos influírem no fortalecimento dos mesmos e conduzirem à osteoporose, referem os investigadores.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, Forbes, Channel 4.


Toyama e Roche criam fármaco para artrite reumatóide

T- 5224 é um fármaco que inibe inflamações e bloqueia os sintomas de artrite reumatóide, como a destruição óssea progressiva. As farmacêuticas Toyama Chemical e Roche assinaram um acordo para continuar a investigar e desenvolver o medicamento.

«Este novo fármaco oral vai juntar-se à gama de produtos desenvolvidos pela Roche na área da inflamação e artrite reumatóide. O T-5224 teve resultados prometedores nos primeiros ensaios clínicos feitos», afirmou o director de desenvolvimento farmacêutico da Roche, Jean-Jacques Garaud.

A artrite reumatóide é uma doença inflamatória, na qual há alterações dos tecidos conjuntivos do corpo. Esta patologia tem origem numa inflamação proliferativa crónica da membrana sinovial e atinge sobretudo mulheres na fase adulta (jovem) e pós-menopáusicas.


Nos termos do acordo, a empresa japonesa cede à Roche os direitos exclusivos para investigar, desenvolver e vender o T-5224 em todo o mundo, excepto no Japão, onde a Toyama Chemical mantém direitos exclusivos.

Sara Pelicano

Fontes: Roche, Pm Farma, Saúde e Segurança e Portal da Saúde