quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Fisioterapia e anti-inflamatórios são o melhor tratamento para dor lombar

Uma revisão de estudos publicados revelou que a combinação de fisioterapia e fármacos anti-inflamatórios é o tratamento mais efectivo para a dor lombar provocada por doença sintomática lombar degenerativa do disco.

Os autores da revisão descobriram que, em 90 por cento das pessoas que sofrem de dor lombar, os sintomas desapareciam por si só em três meses e que a maioria destes pacientes recuperava em seis meses.

Estas descobertas indicam que o tratamento inicial para todos os pacientes com dor lombar, excluindo uma emergência, deve ser não invasivo.

O investigador principal, o Dr. Luke Madigan, da Clínica Ortopédica de Knoxville, no Tennessee, referiu que, recentemente, a cirurgia de substituição do disco tem sido proposta como uma cura ou tratamento para esta doença.

Contudo, o Dr. Madigan acrescentou que os resultados a longo prazo dos estudos da agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA), relativamente à substituição do disco lombar, ainda estão para ser publicados, pelo que, até lá, é aconselhada precaução.

O investigador também referiu que a cirurgia para tratar esta doença tem uma taxa de sucesso de 50 a 60 por cento.

Os investigadores concluíram, na “Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons”, que os tratamentos não invasivos apresentam um sucesso mais elevado ao ajudarem os pacientes a fortalecer a área danificada e ao prevenirem danos posteriores. Estes tratamentos incluem fisioterapia, fármacos anti-inflamatórios, exercício e a educação do paciente acerca dos mecanismos do corpo, indicando, por exemplo, que se deve flectir as pernas, em vez de se dobrar as costas, quando se quer baixar ou pegar em pesos.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_75040.html

Disfunção eréctil relacionada com risco cardíaco

Investigadores norte-americanos referiram que os homens, com idades entre os 40 e os 49 anos, que sofrem de disfunção eréctil têm uma probabilidade duas vezes maior de desenvolver doença cardíaca.

O estudo conduzido na Clínica Mayo, em Rochester, no Minnesota, descobriu que os homens que sofrem de disfunção eréctil têm um risco 80 por cento maior de desenvolverem doença cardíaca.

A Dra. Jennifer St. Sauver referiu que o risco de doença coronária era mais elevado nos homens mais jovens.

A Dra. St. Sauver sugeriu que os homens mais novos e os seus médicos poderão ter de considerar a disfunção eréctil como um indicador de um futuro risco de doença coronária e tomar as medidas apropriadas para a prevenção.

No estudo, os investigadores identificaram 1 402 homens, em 1996, que não sofriam de doença cardíaca e, a cada dois anos, durante dez anos, os homens foram avaliados relativamente à sua saúde urológica e sexual.

A prevalência de disfunção eréctil nos participantes do estudo era de 2,4 por cento nos homens entre os 40 e os 49 anos, 5,6 por cento naqueles entre os 50 e os 59 anos, 17 por cento nos homens entre os 60 e os 69 anos e 38,8 por cento entre os homens com 70 anos ou mais.

Após mais de dez anos de seguimento, os investigadores descobriram que os homens com disfunção eréctil tinham uma probabilidade 80 por cento maior de desenvolver doença coronária, em comparação com os homens que não sofriam de disfunção eréctil.

As descobertas, publicadas na “The Mayo Clinic Proceedings”, também revelaram que o risco mais elevado de nova doença cardíaca foi observado nos participantes mais jovens do estudo, aqueles com idades entre os 40 e os 49 anos, que sofriam de disfunção eréctil.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/03/Erectile_dysfunction_linked_to_heart_risk/UPI-55351233696156/

Fumar durante a gravidez reduz fluxo sanguíneo para o feto

Uma nova investigação sugere que fumar durante a gravidez reduz o fluxo sanguíneo para o feto em desenvolvimento, o que, por sua vez, retarda o seu crescimento.

A Dra Malene Rohr Andersen, do Hospital Universitário Gentoffe, na Dinamarca, referiu que se sabe, há cerca de 50 anos, que os bebés de mães que fumaram durante a gravidez têm um peso à nascença mais baixo.

A investigadora acrescentou que este estudo apresenta uma possível explicação relativamente à razão pela qual existe um fluxo sanguíneo reduzido para o feto.

A equipa de investigadores estudou 266 grávidas, das quais 182 eram não fumadoras, 43 eram fumadoras e 41 era ex-fumadoras.

De acordo com o relatório publicado na “Circulation”, os bebés cujas mães eram fumadoras pesavam menos, tinham uma cabeça mais pequena e eram mais pequenos, em comparação com os recém-nascidos cujas mães eram não fumadoras ou ex-fumadoras.

Fumar foi associado, no feto, a uma queda de 47 por cento dos níveis de uma proteína chave que ajuda os vasos sanguíneos a relaxar e o fluxo sanguíneo a aumentar, denominada síntase do óxido nítrico endotelial (eNOS).

A Dra. Andersen referiu que este estudo é um dos primeiros a demonstrar uma medida bioquímica do que se passa para provocar um peso mais baixo à nascença.

Fumar também foi associado a uma redução de 18 por cento dos níveis de bom colesterol no plasma do feto.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/03/eline/links/20090203elin028.html

Alguns analgésicos podem apresentar riscos para pacientes cardíacos

Uma nova investigação sugere que a utilização de determinados analgésicos, conhecidos como anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), por parte de pacientes com insuficiência cardíaca crónica, está associada a um aumento do risco de morte e doença cardiovascular.

O Dr. Gunnar H. Gislason, do Hospital Universitário Gentofte, na Dinamarca, referiu que a acumulação de evidências apontam para um aumento do risco cardiovascular com a utilização de anti-inflamatórios não esteróides, particularmente em pacientes com doença cardiovascular estabelecida.

No estudo actual, os investigadores avaliaram o risco de morte e admissão no hospital, devido a ataques cardíaco ou insuficiência cardíaca, associado à utilização destes fármacos em 107 092 pacientes que sobreviveram a uma primeira hospitalização devido a insuficiência cardíaca.

Entre os participantes do estudo, 36 354 pacientes (cerca de 34%) posteriormente aviaram, pelo menos, uma receita de anti-inflamatórios não esteróides. No total, 60 974 pacientes (57%) morreram durante o estudo, 8 970 (8,4%) foram hospitalizados devido a ataque cardíaco e 39 984 (37,5%) devido a insuficiência cardíaca.

A utilização de AINEs, como o Vioxx (rofecoxib) e o Celebrex (celecoxib), da Pfizer, assim como o ibuprofeno, o diclofenac e o naproxeno, foi associada a um aumento significativo do risco de morte nos participantes do estudo.

Embora o Vioxx tenha sido retirado do mercado em Portugal devido ao elevado risco de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC) em adultos, o Celebrex continua a ser comercializado.

Os investigadores relataram, na “Archives of Internal Medicine”, que existiu um aumento do risco de morte relacionado com a dosagem e um maior risco de admissão no hospital como resultado de ataque cardíaco e insuficiência cardíaca associados à utilização de AINEs.

Os investigadores concluíram que, entretanto, devido à acumulação de evidências, é necessária uma consciencialização geral entre os médicos, as autoridades de cuidados de saúde e o público em geral, relativamente ao potencial risco cardiovascular dos AINEs, em particular nos pacientes com doença cardiovascular ou com risco cardiovascular aumentado.

A insuficiência cardíaca é uma doença crónica na qual o coração perde gradualmente a capacidade de bombear o sangue de forma eficiente, deixando os órgãos com falta de oxigénio.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/03/eline/links/20090203elin029.html

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Investigadores identificam hormona relacionada com depressão pós-parto

Um estudo revelou que os níveis aumentados da hormona libertadora da corticotropina (CRH), que é produzida pela placenta, identifica as mulheres que apresentam risco de desenvolver uma depressão pós-parto.

A Dr. Ilona S. Yim, da Universidade de Califórnia, em Irvine, revelou que a elevada incidência e as graves consequências da depressão pós-parto fazem da identificação das mulheres em risco um objectivo importante de investigação.

Os investigadores salientaram que diversas evidências associam a CRH, uma hormona chave envolvida na regulação de muitas outras hormonas, a sintomas depressivos a seguir ao parto.

Os investigadores, para analisar melhor esta questão, conduziram um estudo, no qual os níveis da hormona no sangue foram medidos diversas vezes, ao longo da gravidez, em 100 mulheres, tendo iniciado na semana 15. Dezasseis mulheres desenvolveram depressão pós-parto.

Os autores relataram que o nível de CRH placentário à semana 25 era um forte indício de depressão pós-parto.

O grupo de investigadores sugeriu que fazer a detecção da CRH placentária é um meio plausível para prever uma depressão pós-parto.

Os investigadores referiram, na “Archives of General Psychiatry”, que, como tipicamente é colhido sangue para detectar a diabetes gestacional entre as semanas 24 e 28, uma possível detecção da depressão pós-parto poderá ser completada ao mesmo tempo.

Adicionalmente, os dados também sugerem que o poder indicativo da CRH placentária pode ser aumentado através da avaliação das mulheres, relativamente aos sintomas de depressão, durante o meio da gravidez.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/02/eline/links/20090202elin028.html

Cefaleia em salvas pode responder a produtos naturais à base de kudzu

Uma análise de pacientes que tomaram produtos naturais contendo extracto ou raiz de kudzu sugere que os componentes da planta poderão ser utilizados para gerir as cefaleias em salvas.

O Dr. R. Andrew Sewell, da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale, referiu à Reuters Health que os pacientes que sofrem de cefaleias em salvas, através de tentativa e erro, podem ter descoberto uma nova cura para o seu terrível problema.

O Dr. Sewell salienta, no artigo publicado na “Headache”, que entre os efeitos deste produto está um aumento do fluxo sanguíneo cerebral.

Os investigadores questionaram 235 pacientes com cefaleias em salvas via e-mail, relativamente à utilização de remédios complementares e alternativos. O kudzu foi mencionado de tal forma que se tornou um tópico de particular interesse.

No total, responderam 159 pacientes e 22 (14%) referiram auto-tratamento com kudzu. Deste grupo, 16 concordaram em participar em mais avaliações, sendo que 11 apresentavam cefaleia em salvas episódica e cinco sofriam de cefaleia em salvas crónica.

Com o tratamento com kudzu, 73 por cento do grupo com cefaleia em salvas episódica relatou uma redução da frequência dos ataques e 36 por cento apresentou uma diminuição da duração dos ataques.

Entre os que sofriam de cefaleia em salvas crónica, 60 por cento relatou uma redução da frequência e 40 por cento referiu uma diminuição da duração da enxaqueca.

O Dr. Sewell concluiu que, se estes resultados forem confirmados num ensaio clínico aleatório com extractos estandardizados, o kudzu pode comprovar ter um papel na gestão da cefaleia em salvas.

O kudzu, também denominado Pueraria montana, é uma planta originária do Japão e da China, cuja raiz é rica em isoflavonas. É utilizada na medicina tradicional chinesa para tratar securas, dores de cabeça e dores devidas a pressão sanguínea elevada.

Os extractos e as raízes da planta são actualmente comercializados como medicamentos alternativos, sendo promovidos com suplementos ou tratamentos para uma variedade de problemas, incluindo alcoolismo, enxaquecas, diarreia, obstrução intestinal, hipertensão e angina de peito.

A cefaleia em salvas é uma cefaleia, ou dor de cabeça, primária constituída por crises frequentes (até 6 vezes por dia) com dores fortes, inicialmente localizadas na cara, num olho, numa têmpora ou na testa, geralmente acompanhadas de congestão conjuntiva e nasal contralateral.

As cefaleias em salvas iniciam-se frequentemente quando a pessoa está a dormir, sendo muitas vezes acompanhadas por um sentimento de medo ou de pânico. Podem ser seguidas, ou não, por um período livre de cefaleias e podem persistir durante anos.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/02/eline/links/20090202elin027.html
www.medicoassistente.com/modules/dictionary/detail.php?id=1427

Autoridades europeias e norte-americanas alertam para riscos da sibutramina

A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) e a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) alertaram para os riscos da utilização de fármacos para emagrecer que contenham sibutramina.

Em Portugal, são comercializado diversos fármacos que contêm esta substância, como o Reductil, Zelium e as versões genéricas Sibutramina Sibulaite, Sibutramina Solufarma e Sibutramina Teva, sendo que Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) garante que está atenta à situação e que irá seguir as recomendações, mas ainda não existem ordens de retirada do mercado.

A sibutramina, uma substância controlada, pode provocar dependência, promover o abuso e apresenta riscos de provocar hipertensão arterial, taquicardia, palpitações e ataque cardíaco, podendo apresentar um risco significativo para as pessoas com história de doença cardíaca, insuficiência cardíaca, batimentos cardíacos irregulares ou acidente vascular cerebral (AVC).

Este medicamento, juntamente com o rimonabante, a bumetanida e a fenolftalaína, é um dos fármacos detectados com substâncias não-declaradas.

O Infarmed afirma que, como a sibutramina é vendida sob receita médica, "há sempre controlo clínico" do paciente e, caso ocorra um efeito adverso, será "mais facilmente detectado do que se tivesse venda livre".

A sibutramina é um medicamento para ajudar a perder peso, se o médico considerar que o paciente obeso, ou tem excesso de peso, com factores de risco relacionados com a obesidade, tais como diabetes e/ou lípidos elevados.

O médico pode prescrever o medicamento, se com dieta e exercício físico durante três meses não for perdido peso suficiente. Este medicamento faz com que o paciente se sinta cheio mais depressa, para que coma menos. Comendo menos irá perder e controlar o peso.

Este medicamento deve ser utilizado associado a uma dieta de baixo teor calórico e com aumento de actividade física.

Isabel Marques

Fontes:
www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=1038795
http://blogs.usatoday.com/betterlife/2009/01/fda-warns-again.html
www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=54403C7C-B3A2-4D3A-BE9D-9A9BF5DDE5B7&channelid=F48BA50A-0ED3-4315-AEFA-86EE9B1BEDFF

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Estudo examina eficácia e aceitabilidade de 12 antidepressivos

Dados de um estudo, publicados na “The Lancet”, sugerem que 12 antidepressivos de nova geração são igualmente efectivos, embora o Zoloft (sertralina), da Pfizer, e o Cipralex (escitalopram), da Forest e da Lundbeck, ambos comercializados em Portugal, tenham sido superiores em termos de eficácia e aceitabilidade.

Os outros 10 fármacos avaliados no estudo foram o Cymbalta (duloxetina) e o Prozac (fluoxetina), da Eli Lilly, o Dumyrox (fluvoxamina), da Solvay, o Remeron (mirtazapina), da Akzo Nobel, o Seroxat (paroxetina), da GlaxoSmithKline, o Edronax (reboxetina), da Pfizer, o Efexor (venlafaxina), da Wyeth, e o Wellbutrin XR (bupropiom), da Biovail, o Ixel (milnacipran), da Forest e da Cypress, e o citalopram, todos comercializados em Portugal.

Os investigadores analisaram 117 estudos aleatórios e controlados, que incluíram 25 928 pacientes, conduzidos entre 1991 e 2007, nos quais os antidepressivos foram avaliados no tratamento da depressão major unipolar em adultos.

As descobertas demonstraram que, enquanto o Zoloft, o Cipralex, o Remeron e o Efexor foram mais eficazes do que os outros antidepressivos, o Zoloft e o Cipralex demonstraram o melhor perfil de aceitabilidade, levando a significativamente menos casos de descontinuação do tratamento, em comparação com os outros fármacos.

Contudo, no estudo, todos os antidepressivos foram efectivos e as diferenças observadas entre eles não foram grandes. Os investigadores realçaram que, se um paciente está a tomar um fármaco e a responder bem, este não deve parar e mudar de medicamentos.

De acordo com as conclusões do estudo, o Zoloft poderá ser a melhor escolha quando se está a iniciar um tratamento para a depressão major moderada a grave em adultos, porque apresenta o equilíbrio mais favorável entre os benefícios, aceitabilidade e custos de aquisição.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=45AA1D463F0E4112A837858597F3162D

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ustekinumab aprovado na Europa para psoríase moderada a grave

A Comissão Europeia (CE) aprovou a comercialização do fármaco Stelara (ustekinumab), da Janssen-Cilag, para o tratamento da psoríase em placas moderada a grave em adultos que não responderam ou apresentam alguma contra-indicação, ou intolerância, a outras terapias sistémicas, incluindo ciclosporina, metotrexato e fotoquimioterapia (PUVA).

A aprovação baseou-se em dados de dois ensaios, que envolveram cerca de 2 mil pacientes, que avaliaram a eficácia e segurança do ustekinumab no tratamento da psoríase em placas moderada a grave.

Mais de dois terços dos pacientes alcançaram o objectivo primário, em ambos os estudos, isto é, apresentaram uma melhoria de aproximadamente 75 por cento da gravidade da psoríase na semana 12, após terem recebido apenas duas doses nas semanas zero e quatro.

Os estudos clínicos demonstraram que o tratamento com ustekinumab produz uma melhoria significativa da psoríase e da qualidade de vida dos pacientes. Esta melhoria é alcançada com apenas quatro injecções subcutâneas por ano (a cada 12 semanas), depois de duas doses iniciais nas semanas zero e quatro.

A frequência de eventos adversos graves, incluindo infecções graves, neoplasias malignas e acontecimentos cardiovasculares, foi baixa e semelhante à esperada nesta população.

As reacções adversas mais frequentes foram artralgia, tosse, cefaleia, eritema no lugar da injecção, nasofaringite e infecção das vias respiratórias superiores. A maioria destes efeitos secundários foram considerados leves e não obrigaram à suspensão do tratamento.

A psoríase é uma doença inflamatória crónica de natureza auto-imune que afecta a pele e outros órgãos. A psoríase não é contagiosa, mas é uma doença para a qual ainda não existe cura, embora algumas terapias produzam uma remissão. As lesões têm relevo, são vermelhas, cobertas por escama prateada, e surgem sobretudo nos cotovelos, joelhos, região lombar e couro cabeludo, embora possam afectar qualquer área do corpo, cobrindo, nos casos mais graves, extensas áreas do tronco e membros.

A psoríase afecta 2 a 3 por cento da população europeia e está associada a um grande impacto sobre a saúde física e emocional.

Isabel Marques

Fontes:
http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9720
www.docguide.com/news/content.nsf/news/852571020057CCF685257546005734CA

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sintomas da menopausa não respondem a terapia com medicamentos naturais

Uma revisão a uma série de medicamentos naturais à base de plantas, comummente utilizados para controlar os sintomas da menopausa, revelou poucas evidências de que estes sejam efectivos.

Os investigadores também descobriram uma falta de estandardização ou garantia de qualidade relativamente a estes preparados, segundo o relatório publicado no "Drug and Therapeutics Bulletin”.

De acordo com os editores do relatório, não existem evidências fortes que apoiem os medicamentos naturais frequentemente tomados para aliviar os sintomas incómodos da menopausa.

Esta revisão incluiu o cohosh-preto, também denominado Actea racemosa ou cimicifuga, trevo vermelho, Dong quai (angelica chinesa), óleo de prímula, ou onagra, ginseng, extracto de inhame selvagem, Agnus castus (proveniente da árvore agnocasto ou árvore-da-castidade), lúpulo, salva e kava-kava, ou kavaína.

O editor da revista, o Dr. Ike Iheanacho, referiu à Reuters Health que as descobertas levantam diversas questões para as mulheres, sendo que os problemas potenciais incluem questões de qualidade, se o produto é de facto aquilo que está anunciado na embalagem, e se será ou não o mesmo produto na embalagem seguinte, visto que existe uma falta de estandardização na preparação do produto.

O Dr. Iheanacho acrescentou que, mesmo que estes produtos sejam seguros, existe uma falta de evidências que demonstrem que aliviam os sintomas.

A mensagem que se pretende passar não é a de que as mulheres não devem utilizar estes medicamentos, mas sim que as pacientes devem informar o seu médico acerca do produto que estão a utilizar, devendo este ser investigado na medida do possível.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE50Q5OU20090127

Estudo: Cladribina reduz taxas de recaída da esclerose múltipla

Dados de uma investigação de dois anos demonstraram que o fármaco de formulação oral cladribina, da Merck KGaA, reduziu significativamente as taxas de recaída em pacientes com esclerose múltipla por surtos e remissões (recorrente/remissiva), em comparação com placebo.

O estudo CLARITY envolveu 1 326 pacientes que receberam aleatoriamente uma de duas doses de cladribina ou placebo. Após 96 semanas, os dados demonstraram que os pacientes que receberam a dose mais baixa de cladribina apresentaram uma redução relativa de 58 por cento das taxas de recaída, em comparação com placebo.

Por outro lado, os pacientes que receberam a dose mais elevada de cladribina atingiram uma redução relativa de 55 por cento das taxas de recaída, em comparação com placebo.

A Merck também declarou que o ensaio atingiu outros objectivos, relativamente à redução da actividade da lesão, proporção de sujeitos livres de recaída e progressão da incapacidade.

Adicionalmente, os resultados demonstraram que a frequência de eventos adversos entre os pacientes que receberam cladribina foi baixa e comparável ao que foi observado entre aqueles que receberam placebo. Contudo, a taxa de linfopenia foi mais elevada no grupo da cladribina, embora este efeito adverso fosse esperado dado ao provável mecanismo de acção do fármaco.

A Merck indicou que planeia apresentar o fármaco às autoridades reguladoras dos Estados Unidos e da União Europeia em meados de 2009.

A Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória crónica, desmielinizante e degenerativa, do sistema nervoso central que interfere com a capacidade do mesmo em controlar funções como a visão, a locomoção e o equilíbrio, entre outras.

Várias áreas dispersas do cérebro e medula espinal são afectadas, sendo que os sintomas podem ser leves ou severos, e aparecem e desaparecem, total ou parcialmente, de maneira imprevisível.

A forma mais comum de Esclerose Múltipla em doentes com idade inferior a 40 anos é a Esclerose Múltipla por surtos e remissões, que ocorre em 60 por cento dos casos. Os doentes sofrem "ataques", também denominados surtos ou exacerbações, seguidos por períodos de remissão com recuperação completa ou quase completa.

Isabel Marques

Fontes:

www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=D95711E75924408CA8D00FC07C183575
www.anem.org.pt/menu-anem/esclerosemultipla.htm

Doença inflamatória do intestino em crianças ligada a níveis elevados de folato

Investigadores norte-americanos descobriram que as crianças com doença inflamatória do intestino têm níveis de folato, ou ácido fólico, surpreendentemente elevados.

O Dr. Melvin Heyman e colegas, da Universidade da Califórnia, em San Francisco e em Berkeley, referiram que as crianças com casos de doença inflamatória do intestino, recentemente diagnosticados, têm concentrações mais elevadas de folato no sangue do que aquelas sem a doença.

Esta situação questiona a teoria de que os pacientes com doença inflamatória do intestino são propensos a ter deficiência de folato.

Investigações anteriores demonstraram que os adultos com doença inflamatória do intestino tendem a ter níveis de folato mais baixos do que aqueles que não sofrem da doença.

Contudo, a doença inflamatória do intestino pediátrica parece ser algo diferente da forma adulta da doença, sendo que, antes deste estudo, publicado na “American Journal of Clinical Nutrition”, pouco se sabia acerca dos níveis de folato em crianças recentemente diagnosticadas com a doença.

O Dr. Heyman referiu que este é um trabalho entusiasmante, que abre portas para investigações adicionais sobre o papel do ácido fólico e a sua base genética no desenvolvimento da doença inflamatória do intestino, especialmente em pacientes jovens.

O investigador explicou que a doença inflamatória do intestino, um termo global que se refere a doenças que provocam inflamação crónica nos intestinos, tais como colite ulcerativa e doença de Crohn, ocorre nas crianças de todos as idades e pode provocar dor abdominal, diarreia, febre, hemorragia e deficiências nutricionais.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/27/Inflamed_bowel_and_high_folate_linked/UPI-62391233118708/

Estatinas podem ajudar a tratar distúrbio dos vasos sanguíneos no cérebro

Investigadores norte-americanos descobriram que, em ratos, um distúrbio dos vasos sanguíneos no cérebro, que pode provocar um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, ataques ou paralisia, pode ser tratado com estatinas.

Os investigadores, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Utah, referiram que, se os resultados do estudo em ratos forem confirmados num ensaio piloto com humanos, as estatinas poderiam fornecer um tratamento seguro e pouco dispendioso para a malformação cavernosa cerebral, um distúrbio ainda sem terapia farmacológica conhecida.

Um dos autores do estudo, o Dr. Dean Y. Li, director do Programa de Medicina Molecular da Universidade do Utah, referiu que a cirurgia ao cérebro ou o tratamento com radiação têm sido as únicas opções para os pacientes com malformação cavernosa cerebral.

O Dr. Li acrescentou que, devido aos riscos que estas operações acarretam, os neurocirurgiões mostram-se relutantes em realizá-las, a não ser que o paciente esteja em perigo iminente.

De acordo com o investigador, o estudo propõe uma potencial estratégia para uma simples terapia farmacológica, que poderá custar somente alguns euros por mês na farmácia.

Contudo, os estudos em animais têm primeiro de ser avaliados no ensaio clínico piloto em humanos que está a ser iniciado.

A malformação cavernosa cerebral é um distúrbio no qual os vasos sanguíneos no cérebro se dilatam e enfraquecem, começando a derramar sangue, provocando AVC, dores de cabeça, ataques ou outros problemas.

Os investigadores, que publicaram as descobertas na “Nature Medicine”, suspeitam que as estatinas, tais como o Zocor (sinvastatina), o Lipitor (atorvastatina) e fármacos semelhantes, tratam a malformação cavernosa cerebral ao estabilizar os vasos sanguíneos para que estes não derramem.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/28/Statins_may_treat_blood_vessel_disorder/UPI-99241233129003/

EMEA aprova submissões da Schering-Plough, Teva e Astellas

O Comité Científico de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da EMEA aprovou três pedidos (Schering-Plough, Teva e Astellas) e deu um parecer negativo (Orphan Europe).

O CHMP aprovou o pedido de comercialização do Ribavirin Teva (ribavirina), da Teva Pharmaceutical Industries, uma versão genérica do Rebetol, fabricado pela Schering-Plough, indicada no tratamento da hepatite C, noticia a PM Farma.

Segundo a agência, foi igualmente aprovado o pedido de “consentimento informado” para o Fertavid (folitropina beta) da Schering-Plough, a versão genérica do Puregon, propriedade da empresa Organon, e validada a extensão da indicação do Protopic (tacrolimus) da companhia Astellas enquanto “tratamento de manutenção”.

O Comité teve opinião contrária relativamente à solicitação da francesa Orphan Europe, que havia submetido um pedido de comercialização do Vedrop (tocofersolano), destinado ao tratamento da deficiência de Vitamina E, devido à deficiente absorção digestiva em pacientes pediátricos diagnosticados com fibrose cística, colestase crónica congénita ou hereditária, refere a PM Farma.

O Protopic está indicado para o tratamento a curto prazo e intermitente a longo prazo da dermatite atópica, moderada a severa, em adultos.

Raquel Garcez

Fonte: http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9722

Aspirina pode ajudar a prevenir lesões no fígado

A Aspirina pode ajudar a prevenir lesões no fígado, indica um estudo norte-americano que aponta, ainda, as pessoas obesas ou com tendência para abusar do álcool como as principais beneficiadas do medicamento.

De acordo com o artigo publicado no Journal of Clinical Investigation, os testes realizados em roedores concluíram que uma dose diária de aspirina pode reduzir o número de mortes causadas por patologias relacionadas com o fígado.

Wajahat Mehal, coordenador da equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, explicou que a estratégia incidiu em “usar a aspirina numa base diária para prevenir os danos do fígado”, sublinhando que “esta descoberta pode reduzir a dor e sofrimento em pacientes com doenças de fígado, usando uma aproximação nova e muito prática”.

Segundo comprovaram estudos anteriores, a utilização diária do analgésico aparece ainda associada à redução ligeira do risco de cancro da mama nas mulheres e na prevenção ataques de coração em pessoas propícias a tal.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.fabricadeconteudos.com/?lop=artigo&op=d3d9446802a44259755d38e6d163e820&id=857bafc1c1370e2b6e482ac40e938489

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

ANF propõe receber 6% sobre venda de medicamentos

A Associação Nacional de Farmácias (ANF) propôs ao Ministério da Saúde receber uma margem de 6% sobre a venda de medicamentos para o cancro e VIH/sida. Para além da margem de comercialização, a ANF sugere um valor extra, mediante o que for exigido ao farmacêutico no momento em que dispense o medicamento.

Actualmente, estes fármacos são apenas dispensados nos hospitais, mas, em 2006, o Governo anunciou que passariam para as farmácias como forma de facilitar o acesso. Trata-se, por isso, de um dos pontos a cumprir assinado entre o Governo e a ANF há três anos.

O Ministério da Saúde justifica este atraso com negociações que continuam a decorrer. Relativamente à proposta da ANF, a tutela esclarece que esta está a ser estudada e que ainda não foi tomada nenhuma decisão.

Em 2007, o presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) referiu que estaria a ser elaborado um documento técnico para definir quais os tratamentos que poderiam passar a ser vendidos nas farmácias e que a sua passagem estaria para breve.

Para João Cordeiro, presidente da ANF, a proposta em cima da mesa “é irrecusável”, sustentando que “noutros países europeus as margens são bem mais elevadas” e que “os hospitais também têm custos para cumprir a tarefa”.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=F48BA50A-0ED3-4315-AEFA-86EE9B1BEDFF&contentid=25C7F1BF-D65A-427C-A9F4-E577BC321EB3

Farmácias vão dispor de área veterinária

Espaço Animal é o nome da área diferenciada que as farmácias vão dispor em 2009. A iniciativa resulta de um projecto-piloto, desenvolvido desde Outubro de 2007 em 50 farmácias, e que agora é alargado a um universo maior.

Vocacionada para a veterinária, saúde e bem-estar dos animais domésticos a nova área assume-se como um espaço que valoriza a Farmácia, tornando-se num estabelecimento melhor preparado, dos pontos de vista profissional e técnico, para a distribuição, informação e dispensa de medicamentos e produtos veterinários, em condições de qualidade e segurança.

A iniciativa resulta de um projecto-piloto, desenvolvido desde Outubro de 2007, em 50 farmácias, e que agora é alargado a um universo maior. As farmácias com o Espaço Animal foram especialmente preparadas nas áreas da formação do pessoal, da organização do espaço e na informação aos utentes.

Raquel Garcez

Infarmed anuncia recolha de tinta para cabelo

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) alertou, ontem, para a recolha voluntária das tintas em creme de óleo de vison, da marca Senhorinha, cujo responsável pela colocação no mercado nacional é a empresa “Armazéns Senhorinha”.

Segundo o Infarmed, os produtos 11 louro muito claro super aclarante e 77.44 vermelho cobre contêm na sua lista de ingredientes a substância 2-nitro-p-phenylenediamine, cuja utilização está proibida em produtos cosméticos e de higiene corporal. A autoridade nacional acrescenta ainda que os profissionais do sector e os consumidores devem abster-se de utilizar as tintas.

Raquel Garcez

Fonte:http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/DETALHE_ALERTA?itemid=1264228

FDA adverte sobre anestésicos de uso tópico

A Food & Drug Administration (FDA) emitiu um alerta dirigido a pacientes, consumidores e profissionais de saúde sobre os graves efeitos secundários associados à administração indevida de anestésicos de uso tópico, noticia a PM Farma.

De acordo com a agência, “estes produtos contêm substâncias como a lidocaína, a tetracaína, a benzocaína e a prilocaína que, ao serem aplicados na superfície cutânea, podem ser absorvidos de forma indevida pela corrente sanguínea.”

A PM Farma alerta para o uso inadequado destes produtos “poder provocar efeitos secundários como arritmia, ataques, dificuldades respiratórias, coma, podendo mesmo levar à morte”, garantindo ter recebido notícias sobre a morte de duas mulheres que utilizaram aqueles produtos antes de se submeterem a depilação a laser.

Estes produtos são utilizados para anular a sensibilidade das terminações nervosas, situadas na superfície cutânea, provocando, por sua vez, o adormecimento da pele.

Raquel Garcez

Fonte: http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9718

EUA: preferência por genéricos aumenta

A preferência por medicamentos genéricos em detrimento dos fármacos de prescrição originais aumentou 13% nos Estados Unidos.

Entre Outubro de 2006 e Dezembro de 2008, a proporção de adultos que optaria por genéricos subiu de 68% para 81%, noticia o Medical News Today.

Por seu turno, o número daqueles que escolhiam, por norma, medicamentos de marca, quase reduziu para metade, passando de 32% para apenas 19%. Estes são alguns dos resultados do The Harris Poll, um novo inquérito de âmbito nacional, que abrangeu 2.388 adultos norte-americanos, com idades superiores a 18 anos.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.medicalnewstoday.com/

Estudo: Fármacos para hiperactividade podem estar ligados a alucinações

Dados de um estudo, publicados na revista científica “Pediatrics”, indicaram que os fármacos utilizados para o tratamento da Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção (PHDA) podem provocar alucinações em determinadas crianças.

O estudo incluiu dados de medicamentos como o Ritalina LA (metilfenidato), da Novartis, o Concerta (metilfenidato), da Johnson & Johnson, o Strattera (atomoxetina), da Eli Lilly, comercializados em Portugal, e ainda o Focalin XR (dexmetilfenidato hidrocloreto), da Novartis, o Adderall XR (dexmetilfenidato) e o Daytrana patch (metilfenidato), da Shire, e o Metadate CD (metilfenidato), da Celltech. Foram ainda incluídos dados relativamente ao fármaco Modiodal (modafinil), da Cephalon, para a narcolepsia, também comercializado em Portugal.

Os investigadores da agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) analisaram dados de 49 estudos clínicos aleatórios de fármacos para a PHDA conduzidos pelas farmacêuticas.

As investigações da FDA revelaram resultados que sugerem que as medicações estavam associadas a sintomas psiquiátricos consistentes com psicose ou mania em alguns pacientes, incluindo pacientes sem quaisquer factores de risco evidentes.

Os investigadores declararam que o número de casos de psicose ou mania nos ensaios clínicos pediátricos foram reduzidos. Contudo, aperceberam-se de uma completa ausência de tais eventos nos tratamentos com placebo, ou seja, sem efeitos terapêuticos.

Os investigadores descobriram que todos os medicamentos para a PHDA testados estavam relacionados com sintomas psicóticos.

Isabel Marques

Fontes:

www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=3DE4F53ABC9A44EAA7D5493719B8052A

Níveis elevados de açúcar no sangue podem diminuir funções cognitivas

Um novo estudo revelou que, nas pessoas com diabetes tipo 2, níveis médios mais elevados de açúcar no sangue podem estar relacionados com uma função cerebral mais diminuída.

Os investigadores descobriram que os pacientes com níveis mais elevados de hemoglobina A1C (uma medida dos níveis médios de glicose no sangue durante 2 a 3 meses) apresentaram resultados significativamente piores na execução de tarefas cognitivas que testaram a memória, rapidez e a capacidade de gerir múltiplas tarefas ao mesmo tempo.

Os níveis mais elevados de hemoglobina A1C também foram associados a resultados mais baixos num teste de função cognitiva global.

As descobertas do estudo, denominado A Memória na Diabetes (Memory in Diabetes - MIND), que é um sub-estudo do ensaio Acção para Controlar o Risco Cardiovascular na Diabetes (Action to Control Cardiovascular Risk in Diabetes - ACCORD), foram publicadas online na “Diabetes Care”.

O investigador principal, o Dr. Tali Cukierman-Yaffe, da Universidade de Tel-Aviv, em Israel, referiu que mesmo uma ligeira deterioração da função cognitiva é uma questão de preocupação para as pessoas com diabetes tipo 2.

Contudo, os investigadores referiram que ainda não é claro se são os níveis mais elevados de açúcar no sangue que aumentam o risco de deterioração cognitiva, ou se é a deterioração cognitiva que diminui a capacidade do organismo controlar os níveis de açúcar no sangue. Contudo, esperam que esta questão seja respondida no estudo ACCORD-MIND a decorrer, que irá testar a teoria de que reduzir os níveis de hemoglobina A1C pode melhorar a função cognitiva.

Investigações anteriores descobriram que as pessoas com diabetes têm 1,5 vezes mais probabilidade de sofrerem declínio cognitivo e demência do que as pessoas que não têm diabetes.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_74355.html

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

EMEA recomenda aprovação de MabThera para leucemia linfocítica crónica

A Agência Europeia do Medicamento (EMEA) recomendou a aprovação da extensão da indicação do fármaco MabThera (rituximab), da Roche, como tratamento de primeira linha para a leucemia linfocítica crónica (LLC), em combinação com quimioterapia.

A opinião positiva emitida pelo Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP), da EMEA, baseou-se nos resultados de um estudo aleatório de última fase, que envolveu 817 pacientes com leucemia linfocítica crónica, que demonstraram que o MabThera, em combinação com quimioterapia, aumentou significativamente a sobrevivência livre de progressão, em comparação com a quimioterapia isoladamente.

As recomendações do Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP), da EMEA, são normalmente seguidas pela Comissão Europeia (CE) passados poucos meses.

Actualmente, o MabThera está aprovado na União Europeia como terapia para pacientes com linfoma não-Hodgkin, assim como para tratamento da artrite reumatóide.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=319CA1A4E11D437C98D7FC7DBF3450F2

Tratamento mais curto para a tuberculose latente é bem tolerado

Investigadores canadianos revelaram que o tratamento de quatro meses com o fármaco rifampina é mais bem tolerado para a tuberculose do que o tratamento de nove meses com o fármaco isoniazida.

O Dr. Dick Menzies, da Universidade McGill, em Montreal, referiu que os pacientes infectados com a forma latente da tuberculose não demonstram sintomas e não são contagiosos, mas apresentam um desafio maior quando se trata de controlar a doença.

Actualmente, os pacientes diagnosticados com tuberculose latente são tratados durante nove meses com doses diárias de isoniazida. Embora efectivo, este tratamento é muito longo e apresenta grandes efeitos secundários para o fígado.

O Dr. Menzies referiu que os resultados demonstram que o tratamento de quatro meses com rifampina é mais bem tolerado do que o tratamento tradicional de nove meses com isoniazida.

Os efeitos secundários com a rifampina são muito menos frequentes, especialmente a toxicidade hepática, que é o risco mais grave da terapia tradicional com isoniazida. Adicionalmente, há uma probabilidade muito maior dos pacientes completarem este tratamento, uma vez que a terapia standard de nove meses apresentava uma grande desvantagem por ser muito longo.

O estudo, publicado na “Annals of Internal Medicine”, incluiu 847 pacientes do Canadá, Brasil e Arábia Saudita, e os resultados podem ser generalizados para uma população muito ampla, segundo o investigador.

Contudo, serão necessários mais estudos aprofundados para testar a efectividade desta medicação contra a tuberculose latente, mas os investigadores deste estudo referiram que esta opção de tratamento parece promissora.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/23/New_treatment_for_latent_tuberculosis/UPI-69661232742991/

Doses mais elevadas de fármacos ajudam a tratar asma devido a constipações

Investigadores canadianos revelaram que doses elevadas de corticosteróides inaláveis são efectivas na redução da gravidade e duração dos ataques de asma despoletados pelas constipações.

A investigadora principal, a Dra. Francine Ducharme, do Centro de Investigação do Hospital Sainte-Justine e da Universidade de Montreal, descobriu que doses elevadas de corticosteróides, como a fluticasona, quando inaladas no início de uma constipação e tomadas durante 10 dias, reduzem o número de ataques de asma moderados a graves que requerem a utilização de emergência esteróides orais.

O estudo, publicado na “The New England Journal of Medicine”, referiu que a nova abordagem terapêutica foi testada em 129 crianças dos 12 meses aos seis anos. Os investigadores, ao aumentarem a dose pediátrica normal em seis vezes, durante um máximo de 10 dias, e iniciando a administração assim que as constipações começaram, notaram uma redução de 50 por cento dos ataques de asma que requerem a utilização esteróides orais em crianças.

Os investigadores revelaram que a descoberta é muito importante, uma vez que este grupo etário representa mais de metade, cerca de 60 por cento, das crianças que são levadas às urgências ou são admitidas no hospital devido a ataques de asma.

O tratamento básico para a asma, que consiste na administração de doses fracas de esteróides inaláveis, tal como fluticasona numa base diária, não demonstrou ser efectiva em crianças com asma induzida por infecção viral.


Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/23/Higher_doses_of_drug_helps_treat_asthma/UPI-80481232741229/

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Perda excessiva de peso pode estar relacionada com doença

Um investigador norte-americano sugere que os médicos não estão a fazer o suficiente para reconhecerem os problemas associados à perda de peso excessiva, uma doença chamada caquexia.

O Dr. John Morley, endocrinologista da Universidade de Saint Louis, que ajudou a delinear as recentes directrizes para diagnosticar a caquexia, referiu na “Clinical Nutrition” que a perda de peso nas pessoas doentes é um importante indicador de doença e potencialmente da aproximação da morte.

De acordo com o Dr. Morley, a caquexia é um problema extraordinário para as pessoas que estão com outros problemas de saúde, mas é algo a que muitos médicos não prestam atenção.

O Dr. Morley acrescentou ainda que a definição é importante, porque fornece aos médicos as directrizes para fazerem um diagnóstico e tratarem a doença, sendo que a definição de caquexia também faz com que seja mais fácil para os investigadores conduzirem estudos e potencialmente desenvolverem novas terapias para o problema.

Aproximadamente, metade dos pacientes hospitalizados, e entre 10 a 15 por centos das pessoas doentes que consultam um médico, sofrem de caquexia. Este problema acompanha doenças como cancro, insuficiência cardíaca congestiva, VIH, diabetes, insuficiência renal e doença pulmonar obstrutiva crónica.

Segundo o Dr. Morley, aquelas pessoas que sempre tiveram dificuldade em perder peso e que subitamente descobrem que os quilos começam a diminuir devem ter cuidado, pois podem estar doentes e podem ficar ainda piores à medida que vão ficando cada vez mais fracas.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/23/Excessive_weight_loss_tied_to_disease/UPI-77991232760031/

Infarmed: EMEA indica recomendações relativas à segurança do metilfenidato

A Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) informou que a Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) concluiu que os medicamentos que contêm metilfenidato continuam a ser adequados para o tratamento de crianças com mais de seis anos de idade e de adolescentes com Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção (PHDA).

O metilfenidato está disponível na União Europeia há vários anos e em Portugal é comercializado como Concerta, Ritalina LA e Rubifen, estando indicado no tratamento da PHDA como parte integrante de um programa que inclui medidas psicológicas, educacionais e sociais, quando outras medidas não foram suficientes.

O Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP), da EMEA, avaliou o metilfenidato por se terem identificado problemas de segurança relacionados com o risco cardiovascular (hipertensão, aumento da frequência cardíaca e arritmias) e cerebrovascular (enxaquecas, acidente vascular cerebral, trombose, enfarte cerebral, vasculite cerebral e isquémia cerebral).

Para além destes problemas, o CHMP avaliou também o risco de distúrbios psiquiátricos, o efeito do metilfenidato no crescimento e maturação sexual e os efeitos decorrentes do tratamento prolongado.

No seguimento da revisão dos dados disponíveis, o CHMP concluiu não haver necessidade de implementar uma medida urgente de segurança para os medicamentos com metilfenidato. No entanto, de forma a maximizar a utilização segura destes medicamentos, concluiu ser fundamental incluir novas recomendações no Resumo das Características do Medicamento (RCM) e no Folheto Informativo (FI), relativamente à prescrição e à monitorização dos doentes antes e durante o tratamento.

Foi igualmente recomendado que a informação relativa a este medicamento seja consistente em toda a União Europeia para que todos os pacientes, prescritores e prestadores de cuidados de saúde disponham da mesma informação, de forma a permitir que estes medicamentos sejam administrados da forma mais segura e adequada.

Assim, a informação presente no RCM e no FI dos medicamentos com metilfenidato, autorizados na União Europeia, deverá abranger os seguintes aspectos:

• Antes do início do tratamento, todos os pacientes devem ser submetidos a uma avaliação no sentido de apurar se têm distúrbios na pressão arterial ou na frequência cardíaca. Deve ainda ser analisada a história familiar de distúrbios cardiovasculares. Qualquer paciente que apresente este tipo de problemas não deve iniciar o tratamento sem avaliação de um médico especialista;

• Durante o tratamento, a pressão arterial e a frequência cardíaca devem ser monitorizadas regularmente e quaisquer problemas que surjam devem ser imediatamente investigados;

• Não existem informações suficientes sobre os efeitos do tratamento a longo prazo com metilfenidato. Relativamente aos pacientes que tomam medicamentos que contenham esta substância activa há mais de um ano, os médicos devem interromper o tratamento, pelo menos, uma vez por ano e determinar se a continuação da terapêutica com metilfenidato é necessária;

• A utilização de metilfenidato pode causar ou agravar alguns distúrbios psiquiátricos, como depressão, ideação suicida, hostilidade, psicose e mania. Todos os pacientes devem ser cuidadosamente avaliados, relativamente a este tipo de distúrbios, antes de se iniciar o tratamento e devem ser regularmente monitorizados relativamente à sintomatologia psiquiátrica durante o tratamento;

• A altura e o peso dos pacientes em tratamento com metilfenidato devem ser monitorizados durante a terapêutica.

Isabel Marques

Fontes:
www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/DETALHE_ALERTA?itemid=1259879

Infarmed alerta para restrição da utilização do Fareston em pacientes cardíacas

A Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) alertou para o facto da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) ter recomendado a restrição da utilização do fármaco Fareston (toremifeno), da Orion Pharma, em pacientes com risco de prolongamento do intervalo QT ou com outras patologias cardíacas.

O Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP), da EMEA, realizou uma revisão dos dados de segurança do Fareston, em particular dos efeitos cardíacos, devido à suspeita de que a sua utilização poderia levar ao prolongamento do intervalo QT. Os doentes com prolongamento do intervalo QT encontram-se em risco de desenvolverem arritmias ventriculares (ritmo cardíaco acelerado e irregular).

Contudo, o CHMP concluiu que os benefícios do Fareston continuam a ser superiores aos riscos, mas que a sua utilização deve ser restringida.

Assim, o CHMP recomendou que o Fareston não deve continuar a ser utilizado em doentes com intervalo QT prolongado; alterações electrolíticas, particularmente hipocaliémia (nível baixo de potássio no sangue); bradicardia clinicamente relevante (ritmo cardíaco anormalmente baixo); insuficiência cardíaca clinicamente relevante, com fracção de injecção ventricular esquerda reduzida (incapacidade em bombear o sangue para todo o corpo); história de arritmia sintomática (ritmo cardíaco alterado).

O CHMP recomendou ainda a restrição da utilização do Fareston em simultâneo com outros medicamentos que prolongam o intervalo QT.

Desta forma, os médicos deverão prescrever Fareston de acordo com a nova informação de segurança e as pacientes que se encontrem em tratamento com o Fareston, e que tenham alguma dúvida ou preocupação, deverão consultar o seu médico ou farmacêutico.

O Fareston, que está autorizado na União Europeia desde 1996, está indicado para o tratamento hormonal de primeira linha do cancro da mama metastático, hormono-dependente, nas doentes pós-menopáusicas.

Isabel Marques

Fontes:
www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/DETALHE_ALERTA?itemid=1259861

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Vidaza aprovado na UE para síndromes mielodisplásicos e leucemia mielóide aguda

A Comissão Europeia (CE) aprovou a comercialização do fármaco Vidaza (azacitidina), da Celgene Corp., o primeiro e único medicamento que demostrou um aumento significativo da sobrevivência em pacientes com síndromes mielodisplásicos de risco intermédio 2 e de alto risco e com leucemia mielóide aguda.

O Vidaza está assim indicado, na União Europeia (UE), para o tratamento de pacientes adultos, que não estão aptos para o transplante de células estaminais hematopoiéticas, que sofrem de síndromes mielodisplásicos de risco intermédio 2 e de alto risco, de leucemia mielomonocítica crónica com 10 a 29 por cento de blastos na médula óssea sem transtornos mieloproliferativos ou de leucemia mielóide aguda com 20 a 30 por cento de blastos e displasia multilinear.

A aprovação da CE reconhece o benefício que o Vidaza proporciona relativamente à sobrevivência e baseou-se nos dados de eficácia e segurança de diversos estudos clínicos, que avaliaram a sua actuação nos pacientes com estas doenças.

Além de prolongar a sobrevivência global, 45 por cento dos pacientes tratados com Vidaza conseguiram ter independência transfusional no estudo, tendo o medicamento sido bem tolerado pelos pacientes.

Os síndromes mielodisplásicos ocorrem quando os glóbulos vermelhos permanecem numa etapa imatura, ou de “blastos”, dentro da medula óssea, e nunca se convertem em células maduras capazes de levar a cabo as funções fisiológicas e necessárias. Esta doença do sangue afecta cerca de 300 mil pessoas, em todo o mundo, e que faz com que muitos pacientes necessitem de transfusões constantes.

Com o tempo, os blastos podem encher a medula óssea e suprimir o desenvolvimento das células normais. Os pacientes com esta doença de alto risco têm uma média de sobrevivência de aproximadamente 6 a 12 meses.

A leucemia mielóide aguda é um cancro do sangue que frequentemente se desenvolve a partir de síndromes mielodisplásicos, à medida que a doença progride.

Isabel Marques

Fontes:
http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9697
http://ecodiario.eleconomista.es/salud/noticias/984028/01/09/Empresas-Europea-aprueba-la-venta-de-Vidaza-Celgene-para-el-tratamiento-de-sindromes-mielodisplasicos-en-adultos.html

RoActemra aprovado na Europa para artrite reumatóide moderada a grave

A Comissão Europeia (CE) autorizou a comercialização do fármaco RoActemra (tocilizumab), da Roche, em combinação com metotrexato, para o tratamento de adultos com artrite reumatóide moderada a grave, que não respondem às terapias existentes.

O RoActemra é um anticorpo anti-receptor da interleucina-6 que actua de forma diferente relativamente aos fármacos existentes da classe classe dos anti-FNT, que bloqueiam uma proteína inflamatória, denominada factor de necrose tumoral.

A Roche acredita que o RoActemra se irá tornar numa alternativa importante aos fármacos anti-FNT, ajudando na diversidade e na redução da dependência dos medicamentos oncológicos.

A aprovação por parte da CE já era esperada, após a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) ter concedido uma opinião positiva em Novembro.

O fármaco já está disponível no Japão, mas ainda está à espera de aprovação nos Estados Unidos.

Estima-se que a artrite reumatóide, que se caracteriza pela inflamação da membrana que envolve as articulações do corpo, o que pode provocar dores, rigidez e incapacidade, afecte mais de 20 milhões de pessoas a nível mundial.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=18D46DA8AFD846DFB3516DA932EE4D19
www.guardian.co.uk/business/feedarticle/8296215

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Antidepressivo escitalopram pode ajudar a diminuir ansiedade em idosos

Um novo estudo relata que os adultos mais idosos com distúrbio de ansiedade generalizada tratados com o antidepressivo escitalopram demonstraram uma melhoria significativa dos sintomas.

O investigador principal, o Dr. Eric J. Lenze, professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, referiu que este foi o primeiro estudo em grande escala que analisou os medicamentos antidepressivos como tratamento para os distúrbios de ansiedade em adultos idosos.

De acordo com o Dr. Lenze, cerca de 7,3 por cento das pessoas mais idosas sofrem de ansiedade, e a percentagem é ainda mais elevada entre aquelas que recebem cuidados médicos. As pessoas com ansiedade generalizada podem passar até 40 horas por semana consumidas pela preocupação.

Durante muitos anos, o tratamento para a ansiedade nos idosos baseou-se na inexistência de tratamento ou em sedativos como o Valium (diazepam) ou o Xanax (alprazolam). Contudo, existem preocupações relativamente à segurança destes medicamentos para os idosos.

O escitalopram pertence à classe de antidepressivos denominada inibidores selectivos de recaptação da serotonina (ISRS), que são considerados seguros. O investigador acrescentou que estes fármacos estão aprovados para o tratamento da ansiedade.

Embora os investigadores tenham utilizado o escitalopram para este estudo, o Dr. Lenze acredita que outros medicamentos ISRS poderiam produzir o mesmo efeito benéfico.

Para este estudo, a equipa de investigadores testou a efectividade do escitalopram em 177 adultos com 60 anos ou mais, que sofriam de distúrbio de ansiedade generalizada. Os participantes receberam aleatoriamente escitalopram ou placebo durante 12 semanas.

Os resultados, publicados na edição de 21 de Janeiro da “Journal of the American Medical Association”, revelaram que 69 por cento das pessoas que tomaram escitalopram apresentaram reduções dos níveis de ansiedade, em comparação com os 51 por cento daquelas que receberam placebo.

Os participantes que tomaram escitalopram também apresentaram uma melhoria mais elevada dos sintomas como a actividade e funcionamento social.

O Dr. Lenze sublinhou que existem tratamentos efectivos para a ansiedade em idosos para além dos sedativos.

O investigador acrescentou que espera que este estudo ajude a aumentar a consciencialização de que os distúrbios de ansiedade são comuns entre as pessoas mais idosas, e que frequentemente não são detectados ou são tratados apenas com sedativos.

O Dr. Douglas Mennin, da Universidade de Yale, concorda que os médicos devem estar atentos aos problemas de ansiedade entre os seus pacientes mais idosos, referindo ainda que muitos destes enfrentam situações cada vez mais tensas, tais como a perda de amigos, de mobilidade e de trabalho, sendo a ansiedade um resultado natural.

O distúrbio de ansiedade generalizada, que é um dos distúrbios psiquiátricos mais comuns nos adultos mais idosos, inclui sintomas como preocupação e ansiedade crónicas, e outros problemas como tensão muscular, transtornos do sono e fadiga.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_74028.html

Aprovado na Europa medicamento de venda livre para combater a obesidade

A Comissão Europeia (CE) aprovou a comercialização do fármaco Alli (orlistato), um medicamento não sujeito a receita médica, da GlaxoSmithKline, para combater obesidade. O fármaco deverá estar à venda nas farmácias portuguesas ainda no primeiro trimestre deste ano e poderá custar cerca de 60 euros.

O Alli, que é o primeiro medicamento para perder peso sem receita médica no mercado europeu, é uma versão de baixa dosagem do Xenical (orlistato), da Roche, este sujeito a receita médica, e está indicado para pessoas com um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 28 kg/m.

O fármaco opera ao reduzir a quantidade de gordura que o corpo absorve da comida. O tratamento consiste em comprimidos de 60 miligramas, três vezes ao dia juntamente com as refeições. Mas tem de ser tomado conjuntamente com uma dieta baixa em calorias e em gorduras.

A gordura não digerida é eliminada através de movimentos intestinais, o que pode provocar efeitos secundários, tais como gases e outras alterações intestinais.

Contudo, a farmacêutica sublinha que o Alli não é nenhum comprimido mágico e que requer o comprometimento com o seguimento de uma dieta baixa em gorduras.

Os ensaios clínicos demonstraram que, quando associado a uma dieta baixa em calorias e com menos gordura, o orlistato 60 miligramas pode ajudar a perder 50 por cento mais de peso, em comparação com uma dieta isoladamente.

Os especialistas defendem ainda que a terapêutica farmacológica só está indicada quando as alterações do estilo de vida não resultam.

O fármaco estará disponível nos próximos meses nos 27 Estados-membros da União Europeia (UE), sendo que a aprovação por parte da CE já era esperada, após a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) ter concedido uma opinião positiva em Outubro. O fármaco já está disponível nos Estados Unidos, sem a necessidade de receita médica, desde Junho de 2007.

Isabel Marques

Fontes:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1357018
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/493229
www.reuters.com/article/rbssHealthcareNews/idUSLL23936420090121

Actividade física durante o frio previne o aumento dos transtornos das varizes

A exposição a fontes de calor intensas, como o aquecimento elevado, os focos de calor próximos ou o calor proveniente do solo, associada à inactividade física, favorece o aparecimento ou o agravamento dos transtornos relacionados com a Insuficiência Venosa Crónica em pessoas que têm varizes.

Contudo, a descida brusca das temperaturas pode ampliar a necessidade de aumentar a actividade física das pessoas de forma a gerar calor. De acordo com o Dr. Rodrigo Rial, do Capítulo Espanhol de Flebologia, esse exercício físico, associado ao frio, repercute-se de forma positiva na prevenção do aparecimento de incómodos relacionados com as varizes e a insuficiência venosa.

Assim, ainda que de forma indirecta, uma abordagem adequada à queda das temperaturas beneficia a saúde venosa.

Durante os meses de Inverno, os sintomas da insuficiência venosa e as varizes melhoram de uma forma geral, uma vez que as veias se encontram menos dilatadas. Contudo, existe a possibilidade de se fazer frente ao frio intenso de uma forma passiva, sendo que essa atitude sedentária repercute-se de modo negativo na saúde venosa.

No caso das pessoas idosas, mais propensas a adoptar esta atitude, é necessário incidir na necessidade de se movimentarem para activar a circulação e evitar complicações.

Caminhar diariamente é um factor chave na prevenção desta doença, em qualquer época do ano e em qualquer idade.

O tipo de vestuário, cuja variação também está associada às oscilações das temperaturas, apresenta-se igualmente como um componente preventivo. Os peritos recomendam a utilização de roupa cómoda, larga, suave e ventilada. As cintas e as ligas, cuja utilização aumenta nas pessoas mais idosas com a chegada do frio, dificultam a circulação, o mesmo acontecendo com as meias de compressão inadequadas.

O Capítulo Espanhol de Flebologia adverte que, nestas alturas de frio, recorrer de forma incorrecta a fontes de calor (lareiras, calor elevado, etc) favorece a dilatação venosa que, juntamente com o sedentarismo e a atitude passiva, aumenta de forma considerável os sintomas de Insuficiência Venosa.

Outra consequência, associada ao frio ambiental, é o aumento do consumo de calorias na dieta, que pode levar a um aumento de peso se não estiver associado ao exercício físico, e que deve ser evitado pelas pessoas portadoras de problemas venosos ou com edema nas pernas devido à idade.

Isabel Marques

Fontes:
http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9653

Dieta baixa em carboidratos queima mais excesso de gordura no fígado

Investigadores norte-americanos revelaram que as pessoas que seguem dietas baixas em hidratos de carbono queimam mais excesso de gordura no fígado para produzir energia, em comparação com aquelas que consomem dietas baixas em calorias.

O Dr. Jeffrey Browning, do Centro Médico Southwestern da Universidade do Texas, em Dallas, referiu que as descobertas, publicadas na “Hepatology”, podem ter implicações no tratamento da obesidade e das doenças relacionadas, como a diabetes, a resistência à insulina ou o fígado gordo não alcoólico.

O investigador referiu que, em vez de se olhar para os fármacos para combater a obesidade e as doenças que dela advêm, talvez optimizar as dietas possa não só gerir e tratar estas doenças, como também preveni-las.

Os investigadores distribuíram aleatoriamente 14 adultos obesos ou com excesso de peso por uma dieta baixa em hidratos de carbono ou por uma dieta baixa em calorias e monitorizaram sete indivíduos magros numa dieta normal.

Após duas semanas, os investigadores utilizaram técnicas avançadas de processamento de imagem para analisar os diferentes métodos, ou caminhos bioquímicos, que os participantes utilizaram para produzir glicose.

Os investigadores descobriram que os participantes do grupo da dieta baixa em hidratos de carbono produziram mais glicose a partir de aminoácidos ou de lactato do que os do grupo da dieta baixa em calorias.

As pessoas que seguiram a dieta baixa em calorias receberam cerca de 40 por cento da sua glicose a partir do glicogénio, ou seja, hidratos de carbono ingeridos e armazenados no fígado até que o organismo precise deles.

Contudo, os que seguiram a dieta baixa em hidratos de carbono retiraram apenas 20 por cento da sua glicose do glicogénio. Estes participantes queimaram gordura do fígado para produzir energia, em vez de procurarem nas suas reservas de glicogénio.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/20/Low-carb_diet_burns_more_excess_liver_fat/UPI-87671232474337/

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Reduzir o consumo de sal é benéfico não só para a hipertensão

Investigadores australianos descobriram que a redução do consumo de sal pode oferecer efeitos cardioprotectores, para além da redução da pressão sanguínea.

A investigadora Kacie Dickinson, da Universidade de Flinders, na Austrália, e colegas referiam que o estudo forneceu mais evidências relativamente à importância de diminuir a ingestão de sódio para melhorar a saúde dos vasos sanguíneos e reduzir o risco de doença cardiovascular.

O estudo, publicado na “American Journal of Clinical Nutrition”, demonstrou que a redução do consumo de sódio é benéfica para as pessoas que têm uma pressão sanguínea normal e para aqueles que têm excesso de peso ou são obesos, sendo que o benefício começa logo após algumas semanas.

A investigadora afirmou que, independentemente do peso corporal ou pressão sanguínea de uma pessoa, a redução da ingestão de sódio oferece muitos benefícios para a saúde.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/19/Reducing_salt_helpful_beyond_hypertension/UPI-61131232409695/

Medicamentos homeopáticos podem ser uma resposta eficaz contra a tosse

A tosse trata-se de um reflexo do organismo provocado pela acumulação de expectoração ou pela irritação das vias respiratórias, que pode aparecer por diversos motivos: exposição ao frio, humidade, correntes de ar, ar acondicionado, pó, pólenes, contaminação, entre outros.

A tosse pode ser mucosa ou produtiva, sendo que, neste caso, é necessário ajudar o organismo a expulsar a expectoração com medicamentos de acção mucolítica e expectorante, ou pode ser seca ou irritativa, sendo preciso acalmar e limitar a irritação. Muitas vezes, a tosse tende a ser seca no princípio, tornando-se produtiva passados dois a três dias.

O Dr. Guillermo Basauri, médico homeopata, explica que, para acabar com esta reacção incómoda do organismo, os medicamentos homeopáticos actuam sobre a tosse de duas formas: aliviando a irritação das mucosas, que produz o reflexo da tosse, e estimulando a eliminação da mucosidade das vias respiratórias.

O Dr. Basauri afirma que os medicamentos homeopáticos não apresentam efeitos secundários, como trastornos digestivos ou sonolência, e têm uma boa tolerância, inclusive em bebés e grávidas, sendo recomendados tanto para as crianças como para os adultos.

Além disso, são eficazes no alívio da dor irritativa da garganta que a tosse produz, assim como da sensação de picadas e dor muscular que, frequentemente, aparecem como sequela.

De acordo com o Dr. Basauri, devido à sua rapidez, eficácia e porque actuam ao estimular o próprio organismo do paciente, os medicamentos homeopáticos são um grande aliado para toda a família, que, além disso, desenvolve uma maior resistência perante os seguintes processos catarrais.

Estes medicamentos apresentam-se em dois formatos: o tradicional xarope e os tubos de grânulos. Os grânulos, que são a forma farmacêutica específica dos medicamentos homeopáticos, são pequenas esferas de sacarose e lactose que, graças à sua facilidade de levar para qualquer lado, facilitam o seguimento do tratamento.

Na actualidade, os antitússicos homeopáticos são, em alguns países europeus, uma das opções mais frequentes dos pacientes para o alívio da tosse. De facto, em França, o terceiro medicamento não sujeito a receita médica para a tosse é um medicamento homeopático.

Isabel Marques

Fontes:
http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9671

Médica testemunha que Seroquel aumenta risco de diabetes em 400 por cento

A Dra. Jennifer Marks, que testemunhou num julgamento contra a AstraZeneca, declarou que o antipsicótico Seroquel (quetiapina) aumenta o risco de diabetes em cerca de 400 por cento, em comparação com medicamentos de primeira geração.

Este caso, que é o primeiro a ir a julgamento nos Estados Unidos relativamente ao fármaco, envolve uma utilizadora que alega ter desenvolvido diabetes após tomar o Seroquel.

Numa audiência preliminar num tribunal federal em Orlando, na Florida, a Dra. Marks citou dados de um ensaio com 1.629 pacientes, publicado na "Psychiatric Services” em 2004, que sugeria que os homens que tomaram Seroquel durante, pelo menos, 60 dias apresentavam um maior risco de desenvolver diabetes, em comparação com aqueles que receberam uma classe de fármacos mais antiga.

No total, a Dra. Marks referiu seis estudos para suportar a opinião de que o Seroquel é um factor considerável na diabetes e aumento de peso.

O porta-voz da AstraZeneca, Tony Jewell, comentou que esta é uma selecção diminuta dos dados científicos disponíveis sobre o Seroquel, referindo que a totalidade das evidências que foram apresentadas à agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) demonstram que o Seroquel é seguro e efectivo.

Adicionalmente, a AstraZeneca argumenta que a diabetes da queixosa deriva da obesidade, historial familiar da doença e hipertensão.

A farmacêutica enfrenta aproximadamente 9 mil processos, nos Estados Unidos, relativamente a alegações que referem que este antipsicótico pode provocar diabetes e outros problemas de saúde.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=A06094581200481E9D5FB701E5EF55BC

Médicos desaconselham combinação de dois tipos de fármacos para a hipertensão

Um alerta, emitido pela Fundação do Coração e de Acidentes Vasculares Cerebrais do Canadá, avisa que combinar os inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA) e os antagonistas dos receptores da angiotensina II pode aumentar o risco de morte cardíaca súbita, doença do fígado e a probabilidade de necessidade de diálise em pacientes com hipertensão.

O porta-voz da Fundação, Sheldon Tobe, referiu que estas duas populares categorias de medicação para a hipertensão são ambas tratamentos seguros e efectivos, mas não em combinação.

As novas directrizes baseiam-se em parte dos dados de 25.620 pacientes do estudo ONTARGET, que foram publicados na edição de Abril de 2008 da “The New England Journal of Medicine”.

As descobertas demonstraram que o tratamento de combinação foi apenas marginalmente mais efectivo na melhoria da hipertensão, mas provocou mais efeitos adversos, em comparação com qualquer um dos medicamentos tomado isoladamente.

Tobe explicou que a acção combinada destes dois medicamentos é uma fonte de grande stress para os rins.

Os inibidores da enzima de conversão da angiotensina incluem o captopril, o enalapril, o lisinopril e o ramipril, enquanto os antagonistas dos receptores da angiotensina II incluem o losartan e o valsartan.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=E1C9FC118A5C4926A86BB363073F4387

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Comer a correr pode levar a uma dieta alimentar pobre

Muitas pessoas jovens referem que não têm tempo para se sentarem à mesa para uma refeição, sendo que esta situação pode fazer com que tenham escolhas alimentares pouco saudáveis.

Num inquérito a cerca de 1.700 adultos jovens, os investigadores descobriram que 35 por cento dos homens e 42 por cento das mulheres referiram não ter tempo para se sentarem à hora das refeições.

Estes constrangimentos de tempo também pareceram levá-los a consumirem mais comida de plástico e menos alimentos saudáveis, segundo as descobertas publicadas na “Journal of the American Dietetic Association”.

Os participantes que referiram que normalmente se sentavam para jantar com outras pessoas tendiam a ter melhores dietas no geral, incluindo uma ingestão mais elevada de frutas e vegetais. Contrariamente, aquelas que tinham tendência para comer a correr frequentemente optavam por “fast food” e consumiam quantidades mais elevadas de gorduras saturadas e refrigerantes.

De acordo com a Dra. Nicole I. Larson, da Universidade do Minnesota, em Minneapolis, as descobertas sugerem que é importante arranjar tempo para as refeições e, sempre que for possível, partilhá-las com amigos ou familiares.

Embora uma verdadeira refeição seja dificil de encaixar num dia preenchido, as pessoas devem arranjar tempo para as refeições, como fazem para qualquer outra actividade importante.

A Dra. Larson acrescentou que os colegas e os locais de trabalho podem fazer a sua parte ao providenciar pausas para as refeições, assim como instalações com opções de snacks saudáveis.

Quando não existe outra opção, senão comer a correr, a Dra. Larson recomenda procurar alimentos saudáveis em vez de comida de plástico. Frutos frescos ou secos, vegetais pré-lavados embalados, bolachas integrais são algumas escolhas convenientes e saudáveis.

Isabel Marques

Óleo de peixe pode prevenir a perda de peso em pacientes com Alzheimer

Um novo estudo, publicado na "Journal of the American Geriatrics Society”, demonstrou que os suplementos de óleo de peixe podem ajudar os pacientes com Doença da Alzheimer a manter um peso saudável.

As pessoas começam a perder peso nas fases iniciais da Doença da Alzheimer e vão ficando cada vez mais magras à medida que a doença avança, segundo explicou o Dr. Gerd Faxen Irving, do Hospital Universitário Karolinska, em Estocolmo.

Diversos factores podem contribuir para a perda de peso, incluindo inflamação, diminuição do paladar e do olfacto, e as características deambulatória e irrequieta da doença, que podem fazer com que as pessoas queimem mais calorias.

Dado que as pessoas com Alzheimer têm níveis baixos de ácidos gordos ómega-3, que diminuem ainda mais à medida que a doença progride, os investigadores analisaram se suplementos destes nutrientes poderiam melhorar o apetite e o peso.

Assim, distribuíram 204 homens e mulheres com Alzheimer ligeira a moderada por dois grupos, tendo um recebido 0,7 gramas de Ácido Docosahexaenóico (DHA) e 0,6 gramas de Ácido Eicosapentaenóico (EPA) e o outro placebo durante seis meses, após os quais ambos os grupos receberam os suplementos por mais seis meses.

No início do estudo, os pacientes pesavam, em média, 70 quilos. Após seis meses, o grupo que recebeu os ácidos gordos ómega-3 tinham aumentado 0,7 quilos, mas o peso médio do grupo do placebo não se tinha alterado.

Após um ano, os participantes que tinham recebido os ómega-3 durante os 12 meses tinham aumentado 1,4 quilos. Os participantes do grupo do placebo também ganharam algum peso moderado, após terem mudado para os ómega-3, que melhoraram o apetite em ambos os grupos.

Os investigadores concluíram que os suplementos de ácidos gordos ómega-3, enriquecidos com DHA, podem afectar positivamente o apetite e o peso nos pacientes com Alzheimer ligeira a moderada.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/16/eline/links/20090116elin003.html

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Gravidez: Dieta elevada em gordura prejudica o fígado dos bebés

Investigadores norte-americanos descobriam que seguir uma dieta excessivamente rica em gorduras, durante a gravidez, pode levar a doença do fígado nos recém-nascidos.

O Dr. Kevin Grove, da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon, em Portland, referiu que muitas pessoas assumem que o excesso de peso, durante a gravidez, equivale a uma situação pouco saudável para o bebé e que ser-se magra resulta numa gravidez saudável, contudo, isto não é necessariamente verdade.

De acordo com o Dr. Grove, a investigação sugere que o consumo de uma dieta rica em gorduras saturadas durante a gravidez, tanto nas mulheres obesas como nas mulheres magras, pode estar relacionado com o aumento da ocorrência de fígado gordo nas crianças.

Os investigadores alimentaram macacos com uma dieta normal saudável ou com uma dieta elevada em gorduras saturadas. Assim como nos humanos, alguns dos macacos que ingeriram a dieta elevada em gorduras saturadas desenvolveram excesso de peso, enquanto outros mantiveram o peso corporal normal.

Contudo, quando os investigadores analisaram as crias, observaram que todas as crias dos animais que consumiram a dieta rica em gordura tinham sinais de fígado gordo.

O estudo, publicado na “Journal of Clinical Investigation”, descobriu que todos os bebés da dieta rica em gordura, independentemente das progenitoras serem obesas ou magras, tinham uma gordura corporal mais elevada, em comparação com as crias dos animais que consumiram uma dieta baixa em gordura.

A investigação também demonstrou que alimentar animais obesos com uma dieta reduzida em gordura protegeu as crias de desenvolverem fígados gordos.

Isabel Marques

Estudo: Antidepressivos ajudam a aliviar dores da fibromalgia

Investigadores alemães referiram que os antidepressivos parecem aliviar as dores, as alterações do sono e outros sintomas da fibromialgia, uma doença debilitante e dolorosa que ainda não tem cura.

Os investigadores acrescentaram que uma série de antidepressivos pareceram melhorar a qualidade de vida das pessoas com esta doença, que se estima que afecte 6 por cento das pessoas na América do Norte e Europa.

O Dr. Winfried Hauser, da Klinikum Saarbrucken, na Alemanha, referiu que a fibromialgia também está associada a elevados custos, directos e indirectos, relacionados com a doença.

O Dr. Hauser e colegas analisaram 18 estudos anteriormente publicados que envolveram 1.427 participantes e descobriram fortes evidências de que os antidepressivos levaram a uma melhoria dos sintomas e da qualidade de vida.

Os antigos antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos pareceram ter um grande efeito no alívio da dor, da fadiga e das alterações do sono, enquanto os inibidores selectivos de recaptação da serotonina (ISRS), como o Prozac (fluoxetina), tiveram menos efeito no alívio da dor.

Uma nova classe de tratamentos, denominados inibidores selectivos da recaptação da serotonina e da noradrenalina (ISRSN), foi relacionada com uma redução da dor, das alterações do sono e do humor depressivo, e os inibidores da monoamina oxidase pareceram ajudar a reduzir as dores.

Embora a análise, publicada na “Journal of the American Medical Association”, sugira que os antidepressivos podem ajudar, os investigadores referiram que os médicos devem monitorizar de perto os pacientes que os utilizem, porque existe uma falta de evidências sobre os seus impacto a longo prazo.

A fibromialgia atinge principalmente as mulheres e pode provocar dores intensas e rigidez dos músculos, ligamentos e tendões. As dores de pescoço e ombros são comuns, mas algumas pessoas que sofrem desta doença também têm problemas de sono e sofrem de ansiedade e depressão.

Os médicos geralmente prescrevem exercício e técnicas de relaxamento, analgésicos ou, por vezes, antidepressivos de baixa dosagem para tratar os sintomas.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/14/eline/links/20090114elin022.html

Hepatite C aumenta risco de cancro do fígado

Um estudo alargado revelou que o risco de desenvolver uma forma rara de cancro do fígado, denominado colangiocarcinoma intra-hepático, que ocorre nos ductos biliares do fígado, é significativamente mais elevado em pessoas infectadas com o vírus da hepatite C.

As pessoas infectadas com o vírus da hepatite C também apresentam um elevado risco de desenvolver outro tipo de cancro do fígado, chamado carcinoma hepatocelular. O cancro do fígado é a terceira causa de morte devido a cancro a nível mundial.

Estas descobertas, publicadas na “Hepatology”, provêm de uma análise de 146.394 adultos infectados com o vírus da hepatite C e de 572.293 não infectados, na maioria homens, que foram seguidos durante, em média, mais de dois anos.

Quando comparados os dois grupos, o risco de carcinoma hepatocelular era 15 vezes maior para os indivíduos infectados, sendo que o risco de colangiocarcinoma intra-hepático era 2,5 vezes mais elevado. Também o risco de cancro pancreático era 23 por cento mais elevado.

O Dr. Hashem B. El-Serag, do Centro Médico de Veteranos de Houston, e colegas do Instituto Nacional de Cancro norte-americano, em Rockville, no Maryland, concluíram que, de uma perspectiva clínica, estratégias de intervenção precoces, incluindo fazer o rastreio das pessoas infectadas com o vírus da hepatite C mais cedo e de forma mais rigorosa, podem melhorar os resultados, tanto para o carcinoma hepatocelular como para o colangiocarcinoma intra-hepático.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/15/eline/links/20090115elin018.html

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Epidurais parecem ser mais seguras do que se pensava anteriormente

Investigadores britânicos referiram que estudos anteriores sobrevalorizaram os potenciais riscos de complicações graves das anestesias espinal e epidural.

O estudo, publicado na “British Journal of Anesthesia”, concluiu que o risco estimado de danos permanentes, resultantes de uma anestesia espinal ou epidural, é menor do que 1 em 20 mil e que, em muitas circunstâncias, o risco estimado é consideravelmente baixo.

Os investigadores descobriram que a probabilidade de se sofrer danos graves devido a uma anestesia espinal ou epidural é consideravelmente melhor do que 1 em 20 mil. O risco de se ficar paralisado por uma destas injecções é 2 a 3 vezes mais raro do que sofrer qualquer dano permanente.

O risco para as mulheres que necessitam de um alívio para as dores devido a uma cesariana ou a um parto é ainda mais baixo, sendo que a estimativa mais pessimista de danos permanentes é de 1 em 80 mil e, segundo os investigadores, poderá ser muito mais baixa.

O investigador principal, o Dr. Tim Cook, do Hospital Royal United, em Bath, na Inglaterra, referiu que se sabe há muito tempo que estas complicações ocorrem mais frequentemente após uma cirurgia. Possivelmente, a razão deve-se ao facto de muitos desses pacientes serem idosos com problemas médicos, sendo que o processo cirúrgico em si aumenta os riscos.

O Dr. Cook acrescentou que muitas complicações das epidurais ocorrem após uma cirurgia major em pacientes idosos e doentes. Os riscos também devem ser ponderados em relação aos benefícios comummente aceites das epidurais.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/13/Epidurals_safer_than_previously_thought/UPI-20341231895468/

Dicas de saúde: Como evitar uma intoxicação por monóxido de carbono

Passos para proteger a sua casa e a sua família

O monóxido de carbono é gás que não tem cheiro, nem cor, mas que pode levar a uma intoxicação grave e mesmo à morte, se for inalado em quantidades significativas.

As fontes potenciais incluem: aquecedores a gás ou a querosene não ventilados, fornalhas, fornos a lenha, fornos a gás, lareiras, caldeiras e esquentadores, e a exaustão dos automóveis.

Os sintomas de intoxicação por monóxido de carbono podem incluir cansaço, dores de cabeça, desorientação, náuseas e tonturas.

O Conselho Nacional de Segurança norte-americano indica as seguintes sugestões para ajudar a protegê-lo e aos seus entes queridos de uma intoxicação por monóxido de carbono:

- Assegure-se de que todos os equipamentos na sua casa estão instalados adequadamente e a funcionar correctamente;

- Tenha o cuidado de inspeccionar e limpar todos os anos a fornalha, as chaminés e os canos;

- Se utilizar a lareira assegure-se de que os canos e a chaminé estão abertos;

- Nunca aqueça a casa com equipamentos a gás;

- Assegure-se de que o forno e a fornalha ventilam para o exterior e que não existem fugas nos sistemas de exaustão. Assegure-se ainda que a fornalha recebe ar fresco suficiente;

- Nunca queime carvão dentro de portas ou em qualquer espaço fechado;

- Nunca deixe uma ferramenta que funcione a gás ou um veículo a trabalhar dentro da garagem ou numa oficina, ou em qualquer sítio interior;

- Nunca utilize aquecedores a gás ou a querosene dentro de portas.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_73765.html

Ingestão desequilibrada de sódio e potássio associada a doença cardíaca

Um novo estudo sugere que demasiado sódio e pouco potássio na dieta alimentar pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC), ataques cardíaco ou outros eventos.

Os resultados do estudo também sugerem que aumentar o consumo de potássio, juntamente com o bom-senso de reduzir a ingestão de sal, pode reverter este risco.

As descobertas, que foram publicadas na edição de 12 de Janeiro da “Archives of Internal Medicine”, basearam-se numa análise de longo prazo a cerca de 3 mil pessoas com pré-hipertensão, realizada pelo Instituto norte-americano do Coração, Pulmões e Sangue.

Os investigadores descobriram que, para as pessoas com pressão sanguínea normal alta, ou pré-hipertensão (120-139/80-89 mmHg), cada aumento de unidade na razão sódio/potássio aumentava as probabilidades de doença cardiovascular em 24 por cento.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_73729.html

Pastilhas de nicotina podem ajudar a deixar gradualmente o tabaco

Os fumadores que se querem desabituar dos cigarros progressivamente, em vez de deixarem de fumar imediatamente, podem beneficiar da utilização de pastilhas elásticas de nicotina.

A terapia de substituição de nicotina tem sido utilizada para ajudar os fumadores a deixarem o hábito, mas apenas para aqueles que estão dispostos a parar de fumar abruptamente.

O novo estudo analisou se as pastilhas de nicotina poderiam também ajudar os fumadores a deixarem de fumar gradualmente, um caminho que a maioria das pessoas preferiria seguir, segundo indicam as investigações.

Os investigadores descobriram que, entre cerca de 3.300 fumadores que queriam deixar de fumar gradualmente, aqueles que receberam aleatoriamente pastilhas de nicotina, à medida que diminuíam o consumo de cigarros, eram mais bem sucedidos do que aqueles que receberam pastilhas ou placebo, ou seja, sem efeito terapêutico.

Embora a maioria dos participantes não tenha conseguido deixar o tabaco completamente, aqueles que utilizaram as pastilhas de nicotina foram mais bem sucedidos, tendo 26 por cento atingido a abstinência total em oito semanas de tratamento, em comparação com 18 por cento do grupo do placebo.

Entre os participantes que deixaram de fumar, aqueles que utilizaram as pastilhas de nicotina tinham o dobro da probabilidade de se manterem continuamente em abstinência um mês depois, o que correspondeu a 10 por cento em relação a 4 por cento do grupo do placebo.

Os investigadores relataram, na “American Journal of Preventive Medicine”, que estes tinham igualmente melhores hipóteses de continuarem livres do tabaco durante seis meses. Seis por cento dos utilizadores de pastilhas de nicotina foram continuamente abstinentes durante seis meses, enquanto o mesmo aconteceu para 2 por centos dos participantes do grupo do placebo.

De acordo com o Dr. Saul Shiffman, da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, estas taxas de desistência de fumar parecem modestas, mas os participantes não receberam aconselhamento comportamental, nem outro tipo de ajuda para além das pastilhas de nicotina.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/12/eline/links/20090112elin001.html