terça-feira, 17 de março de 2009

Fármaco para cancro eficaz em doentes com lúpus

Um estudo inglês sugere que um fármaco indicado para tratar o cancro - o Rituxan (Rituximab) - pode tornar-se no primeiro medicamento aprovado em 50 anos para o tratamento da nefrite do lúpus.

A investigação realizada ao longo de 22 meses por cientistas do Colégio Imperial de Londres envolveu 20 pessoas portadoras deste problema renal causado pelo lúpus eritematoso sistémico, revela a Reuters UK.

Segundo a equipa de investigadores ingleses, os resultados permitiram concluir que o Rituxan (Rituximab) tem como alvo de acção as células B hiperactivas que contribuem para a inflamação dos rins em pessoas diagnosticadas com lúpus. “Após o tratamento com Rituxan, 60% dos doentes demonstraram fortes sinais de melhoria”, afirmaram.

Caso os resultados deste estudo sejam comprovados em ensaios clínicos mais alargados, o fármaco pode ser aprovado para o tratamento desta doença auto-imune e tornar-se, assim, na primeira cura farmacológica.

De referir que, o medicamento não surtiu qualquer efeito em doentes com ascendentes africanos ou naqueles que apresentavam baixos níveis de albumina no sangue.

Raquel Garcez

Fonte: http://uk.reuters.com/article/governmentFilingsNews/idUKL436729920090304
http://www.medicalnewstoday.com/articles/142191.php

Benefícios da aspirina na prevenção de ataques cardíacos e AVC diferem consoante o paciente

Uma força de intervenção norte-americana referiu que a utilização da aspirina para prevenir ataques cardíacos ou acidente vascular cerebral (AVC) pode apresentar diferentes benefícios e desvantagens para homens e mulheres.

As novas recomendações da Força de Intervenção de Serviços Preventivos norte-americana, um painel independente de peritos, não se aplicam às pessoas que já sofreram um ataque cardíaco ou AVC.

As recomendações, publicadas na “Annals of Internal Medicine”, referem os pacientes e os médicos devem considerar os factores de risco, incluindo idade, sexo, diabetes, pressão sanguínea, níveis de colesterol, fumar e risco de hemorragia gastrointestinal, antes de decidirem relativamente à utilização ou não da aspirina.

Os peritos reviram as evidências do Estudo de Saúde das Mulheres do Instituto Nacional de Saúde norte-americano publicadas desde que a última força de intervenção reviu este tópico em 2002.

Os peritos encontraram evidências de que a aspirina diminui o primeiro ataque cardíaco nos homens e o primeiro AVC nas mulheres. Quanto mais factores de risco as pessoas apresentarem, mais probabilidade têm de retirarem benefícios da aspirina.

Os peritos recomendam que os homens com idades entre os 45 e os 79 anos devem utilizar a aspirina para reduzir o risco de ataques cardíacos, quando os benefícios superam os potenciais riscos de hemorragia gastrointestinal. As mulheres entre os 55 e os 79 anos devem utilizar a aspirina para reduzir o risco de AVC isquémico, quando os benefícios superam os potenciais riscos de hemorragia gastrointestinal.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/03/17/Risks_of_using_aspirin_differ_by_gender/UPI-75811237263754/

Um inibidor da secretase apresenta-se como possível opção para a Alzheimer

Um fármaco experimental, um inibidor da secretase, reduziu a produção da proteína beta-amilóide em ratos, o que poderá pressupor uma nova via para reduzir as lesões cerebrais características da Doença de Alzheimer.

Os resultados do estudo, liderado pelo Dr. Mark Burns, da Universidade de Georgetown, em Washington, revelaram que uma classe de fármacos para a Alzheimer, que se encontra em fase de ensaios clínicos, parece reduzir os danos produzidos pelas lesões cerebrais em animais.

As gama e beta-secretases são duas enzimas necessárias para a produção da proteína beta-amilóide. É esta proteína que forma as placas no cérebro, que ocorrem na doença de Alzheimer. O aumento do risco desta doença está associado a níveis elevados de fragmentos de beta amilóide no sangue.

Se estas enzimas forem bloqueadas, pode-se reduzir os défices de movimento, as alterações de comportamento e a perda neuronal que se produz depois de uma lesão cerebral. Assim, os investigadores propõem que as duas secretases sejam um objectivo prioritário para tratar as lesões cerebrais próprias da Alzheimer.


Para analisar o papel da proteína amilóide na lesão cerebral, os investigadores utilizaram duas formas de bloquear a activação das vias que produzem os péptidos amilóides. Desta forma, utilizaram um grupo de ratos geneticamente alterados incapazes de produzir secretases e, por isso, sem possibilidade de gerar amilóide.

Os investigadores também trataram ratos normais com uma molécula experimental, a DAPT, um dos primeiros inibidores da gama-secretase desenvolvidos e cuja eficácia está a ser avaliada para a Alzheimer.

No modelo observou-se uma redução da produção de péptidos amilóides neste grupo. No grupo de controlo comprovou-se que a lesão cerebral produzia mais péptidos amilóides e que o hipocampo era a região mais afectada, igual ao que se passa na Alzheimer.

Após três semanas da lesão inicial, os dois grupos foram capazes de efectuar as provas de memória de forma semelhante.

Contudo, as imagens de ressonância mostraram que as lesões no hipocampo desses grupos de ratos eram diferentes das do grupo de controlo. O estudo, publicado na “Nature Medicine”, demonstrou que a DAPT reduz a produção de beta-amilóide.

Isabel Marques

Fontes:
www.dmedicina.com/edicion/diario_medico/dmedicina/enfermedades/neurologicas/es/desarrollo/1200911.html

Estudo: Acrilamido não está associado ao risco de cancro do endométrio

Há sete anos foi lançado um alerta relativamente ao facto do acrilamido, um composto encontrado nos alimentos aquecidos a altas temperaturas, poder provocar cancro. Contudo, estudos não descobriram associações ao cancro do cólon ou da mama, e agora um estudo sueco indica que a ingestão a longo prazo de acrilamido não aumenta o risco de cancro do endométrio.

De acordo com o relatório publicado na "International Journal of Cancer”, os dados de estudos com animais têm suportado o efeito causador de cancro do acrilamido. Na realidade, em 2005 a Organização Mundial de Saúde (OMS) requereu a diminuição dos níveis de acrilamido nos alimentos.

Por outro lado, segundo a Dr. Susanna C. Larson, do Instituto Karolinska, em Estocolmo, as evidências baseadas na população têm refutado amplamente a existência de um risco significativo de cancro devido à ingestão de acrilamido

Uma excepção é um estudo holandês, relatado há dois anos, no qual a ingestão de acrilamido estava associada a cancros do endométrio e dos ovários nas mulheres na pós-menopausa que nunca tinham fumado.

Para estudar esta situação, a equipa de investigadores analisaram dados de 61 mil mulheres. Estas completaram questionários alimentares quando se registaram entre 1987 e 1990 e depois novamente em 1997.

Durante um período de seguimento médio de 17 anos, 687 mulheres desenvolveram cancro do endométrio. Contrariamente ao estudo holandês, os investigadores suecos não encontraram qualquer evidência de que a ingestão de acrilamido influencie o risco da doença, quer as mulheres fumem ou não.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/16/eline/links/20090316elin018.html

Topiramato seguro e eficaz na prevenção da enxaqueca em adolescentes

Um relatório publicado na revista cientifica “Pediatrics” revelou que o topiramato é seguro e efectivo na prevenção da enxaqueca em pacientes entre os 12 e os 17 anos.

Embora o topiramato esteja indicado para a profilaxia da enxaqueca, em adultos, os autores explicaram que não existem fármacos aprovados para o tratamento profiláctico da enxaqueca em pacientes pediátricos.

O Dr. Donald Lewis, da Faculdade de Medicina de Eastern Virginia, em Norfolk, e colegas avaliaram a eficácia e segurança do topiramato (50 miligramas/dia e 100 miligramas/dia) como profilaxia da enxaqueca em 106 pacientes entre os 12 e os 17 anos.

A dose mais elevada de topiramato reduziu significativamente a taxa de incidência mensal de enxaqueca de uma média de 4,3 ataques para 1,3, enquanto a dose mais baixa não diferiu do placebo (os ataques reduziram de uma média de 4,1 para 2,3 em ambos os grupos).

Nas últimas quarto semanas do estudo, mais de metade dos participantes que receberam 100 miligramas/dia de topiramato permaneceram sem enxaquecas.

A taxa de resposta foi de 83 por cento para o grupo dos 100 miligramas/dia, mas apenas de 46 por cento no grupo 50 miligramas/dia e de 45 por cento para o grupo do placebo.

Cerca de três quartos dos participantes que receberam topiramato experimentaram efeitos adversos, em comparação com menos de metade dos que receberam placebo, tendo os primeiros experienciado mais infecções do tracto respiratório superior, parestesia e tonturas.

Os investigadores concluíram que as análises de segurança não revelaram descobertas inesperadas. Os resultados deste ensaio demonstraram a eficácia dos 100 miligramas/dia de topiramato na prevenção da enxaqueca em pacientes pediátricos.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/13/eline/links/20090313elin008.html

segunda-feira, 16 de março de 2009

Prucaloprida efectiva para obstipação crónica

Investigadores belgas revelaram, na revista científica “Gut”, que o fármaco prucaloprida melhora significativa e consistentemente a função intestinal dos pacientes com obstipação crónica e grave.

O investigador principal, o Dr. Jan Tack, do Hospital Universitário de Leuven, na Bélgica, referiu à Reuters Health que o actual estudo, que envolveu pacientes com obstipação crónica que não apresentavam uma resposta satisfatória aos laxantes, demonstrou excelente eficácia e perfil de segurança da prucaloprida.

Os investigadores estudaram pacientes que receberam aleatoriamente um tratamento diário com prucaloprida 2 miligramas (mg) ou 4 mg, ou com placebo.

Nos 713 pacientes avaliados, 19,5 por cento dos que receberam a dose de 2 mg e 23,6 por cento dos que receberam a dose de 4 mg tiveram três ou mais movimentos intestinais espontâneos por semana. Estas proporções foram significativamente maiores do que os 9,6 por cento observados no grupo do placebo.

Ambas as dosagens foram bem toleradas e a maioria dos efeitos secundários foram ligeiros ou moderados e passageiros. Os efeitos adversos mais comuns foram dores de cabeça e diarreia.

O Dr. Tack concluiu que o fármaco apresenta o potencial de aliviar uma grande necessidade não atendida na prática clínica, tanto ao nível dos especialistas como ao nível dos médicos de cuidados primários.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/13/eline/links/20090313elin021.html

domingo, 15 de março de 2009

Suplementos de vitamina B benéficos para pacientes celíacos

Um estudo holandês revelou que os suplementos de vitamina B reduzem o risco de desenvolvimento de níveis muito elevados de homocisteína nos pacientes com doença celíaca, devendo ser considerados na gestão da doença.

O Dr. Muhammed Hadithi, do Centro Médico da Universidade de Vrije, em Amesterdão, explicou que a doença celíaca aumenta o risco de deficiência de folato e vitamina B12, o que pode contribuir para o desenvolvimento de níveis excessivos de homocisteína, um amino ácido, e a associação a doença vascular.

Os investigadores estudaram o efeito de suplementos de vitamina B6, folato e vitamina B12 diariamente (com uma dieta sem glúten) nos níveis da homocisteína em 51 adultos com doença celíaca e 50 adultos saudáveis com as mesmas idades e sexo para o controlo. A média de idades dos pacientes celíacos era de 56 anos e 40 por cento eram homens.

Vinte e cinco dos pacientes (49%) utilizaram suplementos de vitamina B. A dose diária de vitamina B6 foi de 1 a 6 miligramas, folato de 100 a 400 microgramas e vitamina B12 de 0,5 a 18 microgramas.

Como esperado, os pacientes celíacos que tomaram suplementos de vitamina B apresentaram níveis significativamente mais elevados de vitamina B6, folato e vitamina B12, em comparação com os pacientes celíacos que não receberam vitamina B e os controlos saudáveis.

Os pacientes celíacos que estavam a tomar vitaminas B também apresentaram níveis totais mais baixos de homocisteína (7,1 micromoles por litro - µmol/L) do que os pacientes que não receberam vitaminas B (11,0 µmol/L) e os controlos saudáveis (9,7 µmol/L).

De acordo os investigadores, os suplementos de vitamina B podem normalizar o estado de B6, folato e B12 e os níveis totais de homocisteína.

Os investigadores concluíram na “World Journal of Gastroenterology” que, mesmo que o benefício de baixar a homocisteína seja discutível, a deficiência de vitamina B a longo prazo deve ser evitada. Isto implica uma monitorização de rotina dos pacientes celíacos ou tratamento standard com doses moderadas de suplementos de vitamina B.

A doença celíaca, que pode afectar crianças e adultos, é uma intolerância a uma proteína do trigo, o glúten, provocando alterações no intestino que acarretam uma má absorção, que podem resultar em sintomas como diarreia frequente e perda de peso extrema.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/13/eline/links/20090313elin020.html

Mulheres apresentam maior taxa de mortalidade devido a AVC

Investigadores norte-americanos referiram que morrem mais mulheres do que homens devido a acidente vascular cerebral (AVC) todos os anos, mas muitas mulheres pensam que o AVC é uma doença de homens.

O investigador Jan Flewelling, do Instituto Neurológico Metodista, em Houston, referiu que o AVC mata duas vezes mais mulheres do que o cancro da mama, mas muitas pensam que esta é uma doença de homens. Além disso, as mulheres têm menos probabilidade de apresentarem os sintomas clássicos de AVC do que os homens.

O investigador realçou que, enquanto as mulheres necessitam prestar atenção aos factores de risco comuns, tais como pressão sanguínea elevada, diabetes e colesterol elevado, alguns riscos específicos do género podem também alterar as probabilidades de uma mulher sofrer um AVC.

Estes incluem enxaquecas com aura visual, aneurismas cerebrais, doenças auto-imunes, incluindo diabetes e lúpus, utilização de contraceptivo orais, que estão associados a um aumentos de coágulos sanguíneos, e alterações hormonais durante a menopausa.

Entre os sintomas atípicos de AVC encontrados nas mulheres estão os desmaios, convulsões, confusão, dores no peito, falta de ar e palpitações. Contudo, Flewelling alerta que, embora estes sintomas atípicos estejam bem documentados, a maioria dos pacientes de ambos os sexos que sofrem um AVC apresenta sintomas tradicionais, como fraqueza ou entorpecimento súbito de um lado do corpo ou dificuldades na fala.

O investigador relatou que é vital que as mulheres sejam mais vigilantes em relação à sua saúde e que a educação e a consciencialização são chave para ajudar a reduzir a incidência de AVC nas mulheres.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/03/13/Women_can_have_atypical_stroke_symptoms/UPI-59801237001354/

sexta-feira, 13 de março de 2009

Estudo: Sutent eficaz contra cancro pancreático raro

Um estudo do fármaco Sutent (sunitinib), da Pfizer Inc, revelou que o medicamento retardou a progressão de uma forma rara de cancro pancreático, que afecta milhares de pessoas a nível global, tendo por isso sido terminado mais cedo.

Uma comissão independente de segurança, que monitorizou o estudo de última fase, recomendou a sua terminação, após concluir que os pacientes tratados com Sutent permaneceram livres da progressão da doença durante mais tempo do que aqueles que receberam placebo mais cuidados de suporte.

Os pacientes do estudo sofriam de tumores avançados das células das ilhotas pancreáticas, também conhecidos como tumores neuroendócrinos. Estes tumores ocorrem em células especializadas do pâncreas que segregam uma variedade de hormonas, incluindo insulina e enzimas envolvidas na digestão.

Outros tipos de cancros pancreáticos ocorrem nos ductos do pâncreas, pequenos tubos que transportam as enzimas digestivas produzidas no pâncreas para o intestino delgado.

Esta forma de cancro pancreático do estudo refere-se a apenas cerca de 5 por cento de todos os casos de cancro do pâncreas, mas cresce e espalha-se mais lentamente do que outros tipos de cancro pancreático.

Contudo, quando a cirurgia para a remoção do cancro não é possível, ou quando o cancro volta após a cirurgia, a esperança de vida é apenas de alguns anos e os pacientes podem experienciar sintomas difíceis, tais como níveis elevados de insulina potencialmente fatais e úlceras do estômago.

O Sutent actualmente está aprovado para o tratamento do cancro renal avançado e para tumores do tracto gastrointestinal.

Dada a tendência claramente favorável, os pacientes que receberam Sutent no ensaio vão continuar a receber o fármaco e aqueles que receberam placebo terão agora a opção de receberem o fármaco.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/12/eline/links/20090312elin010.html

quinta-feira, 12 de março de 2009

Suplementos de ácido fólico podem aumentar risco de cancro da próstata

Novas investigações publicadas na “Journal of the National Cancer Institute” demonstram que demasiado ácido fólico aumenta o risco de cancro da próstata.

A Dra. Jane C. Figueiredo, da Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, referiu que os homens que tomam 1 miligrama de ácido folico têm uma probabilidade três vezes maior de desenvolver cancro da próstata, durante um período de 10 anos, em comparação com os homens que receberam placebo.

A Dra. Figueiredo relatou à Reuters Health que é provável que o folato seja benéfico para muitas questões de saúde, mas em demasia pode não ser tão benéfico.

A Dra. Figueiredo e os colegas têm estado a investigar se administrar aspirina ou ácido fólico poderá ajudar a prevenir o desenvolvimento de lesões pré-cancerígenas no cólon e recto, tendo descoberto que o ácido fólico na realidade aumenta a probabilidade das pessoas desenvolverem estas lesões.

Os investigadores conduziram então uma análise secundária para determinar se o ácido fólico e a aspirina poderiam afectar o risco de cancro da próstata.

Enquanto a aspirina não teve qualquer efeito, os investigadores descobriram que 9,7 por cento dos 327 homens que tomaram ácido fólico desenvolveram cancro da próstata durante o estudo, em comparação com 3,3 por cento dos 316 homens a receber placebo. Isto traduziu-se num risco 2,63 vezes maior de desenvolver a doença.

O ácido fólico tem um papel essencial no crescimento celular e divisão das células, por isso um excesso de fornecimento pode acelerar o crescimento de tumores. O organismo absorve mais rapidamente o ácido fólico do que o folato.

O ácido fólico é a forma sintética do folato, uma vitamina B encontrada nos vegetais de folha verde e outros alimentos.

A Dra. Figueiredo referiu que se pode conseguir mais folato se se ingerir suplementos de ácido fólico, em comparação à ingestão apenas de fontes naturais, sendo que este facto pode ser relevante. Tomar ácido fólico em comprimidos pode não ser tão bom como consumi-lo através de fontes alimentares.

Os investigadores, quando observaram as quantidades de folato que os homens consumiam através da dieta, descobriram que uma maior ingestão estava associada a um menor risco de cancro da próstata, embora a relação não tenha sido estatisticamente significativa.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/10/eline/links/20090310elin017.html

Fármacos para Parkinson podem despoletar sintomas de dependência

Os pacientes a receber tratamento para a Doença de Parkinson podem algumas vezes desenvolver comportamentos de dependência, como jogo patológico, devido ao excesso de utilização de agonistas da dopamina, o principal tipo de fármaco utilizado para tratar esta doença neurológica.

Os agonistas da dopamina, agentes que activam os receptores da dopamina no cérebro, incluem fármacos como o pramipexol, ropinirol, pergolida e bromocriptina, normalmente utilizados para a Doença de Parkinson e síndrome das pernas inquietas.

Contudo, o Dr. Alain Dagher, da Universidade McGill, em Montreal, no Canadá, referiu à Reuters Health que estes fármacos apresentam um risco muito definido de provocar distúrbios de controlo de impulsos e dependência, sendo que os médicos devem estar conscientes destes efeitos secundários e alertar explicitamente os pacientes que iniciam estes fármacos.

O Dr. Dagher e o Dr. Trevor W. Robbins, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, reviram as associações entre a dopamina e os distúrbios de personalidade dependente à luz dos modelos actuais de aprendizagem e dependência.

Os factores de risco destes distúrbios para os doentes com Parkinson incluem ser do sexo masculino, ser jovem na altura do diagnóstico, ter historial de abuso de álcool ou drogas, depressão e resultados elevados na categoria de personalidade que procura novidade, todos factores que também aumentam o risco de dependência na população geral.

Embora se tenha questionado inicialmente se os agonistas da dopamina realmente provocavam jogo patológico, existem agora evidências de que as terapias com dopaminérgicos no geral, e os agonistas da dopamina em particular, são os despoletadores de jogo patológico e outros distúrbios de controlo de impulsos na Doença de Parkinson.

Níveis de dopamina cronicamente baixos nos pacientes com Parkinson não tratada levam a uma personalidade com baixa procura de novidade e uma incidência de dependência reduzida. Por outro lado, o tratamento de substituição com dopaminérgicos aumenta a vulnerabilidade à dependência e aos distúrbios de controlo de impulsos.

O Dr. Dagher concluiu que, no que diz respeito aos pacientes com Parkinson, a resposta é simples: descontinuar o tratamento com agonistas da dopamina se o paciente desenvolver dependência.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/10/eline/links/20090310elin028.html

SMD: Azacitidina aumenta esperança de vida

O fármaco azacitidina demonstrou um prolongamento significativo da esperança de vida global nos casos de síndrome mielodisplásica (SMD) de risco intermédio-2 e de alto risco, avançou o “Lancet Oncology”.

Segundo o artigo, a investigação permitiu conluir que a esperança média de vida foi de 24,5 meses nos doentes tratados com azacitidina - quando comparados com os doentes em regimes terapêuticos convencionais -, que tinham uma esperança média de vida de apenas 15 meses.

O estudo demonstrou ainda que as taxas de esperança média de vida aos dois anos quase duplicaram, com 50,8% para os doentes medicados com azacitidina e 26,2% para os doentes sujeitos às terapêuticas convencionais.

Outro benefício significativo registado com a toma do fármaco foi o aumento de 34% da esperança de vida em doentes com leucemia mielóide aguda.

A SMD é um grupo heterogéneo de doenças da célula hematopoiética pluripotencial caracterizadas por displasia, hematopoiese ineficaz e potencial risco de evolução para Leucemia Mieloblástica Aguda (LMA).

Raquel Garcez

Fonte: http://209.85.229.132/search?q=cache:3UXfXsWRyTsJ:www.alert-online.com/%3Fkey%3D680B3D50093A6A202E42140A321A2A5C0B683E0A7607517A635A72+Lancet+Oncology+Azacitidina&hl=pt-PT&ct=clnk&cd=1&gl=pt

Fármaco inovador para asma severa

O tratamento da asma severa, sem recurso a corticóides, poderá ser possível através de um novo fármaco (Mepolizumab), indica um estudo publicado na revista «New England Journal of Medicine».

De acordo como líder da investigação, Ian Pavord, da University of Leicester, Reino Unido, o Mepolizumab conseguiu reduzir em 50% a intensidade dos ataques de asma.

O estudo analisou, durante seis meses, 20 doentes com asma severa que, durante nove anos, tinham sido medicados com corticóides. Nove dos 20 doentes receberam Mepolizumab e os outros 11, um placebo, sem que nenhum soubesse a que grupo pertencia.

Segundo a equipa de investigadores, a toma do novo fármaco permitiu "reduzir de maneira muito considerável a dose utilizada de corticóide, dado as pessoas não mostrarem necessidade da substância para aliviar os ataques de asma.”

Raquel Garcez

Fonte: http://www.alert-online.com/?key=680B3D50093A6A202E42140A321A2A5C0B683E0A7607517A635873

quarta-feira, 11 de março de 2009

Químicos presentes no arando ajudam a prevenir infecções urinárias

Investigadores norte-americanos revelaram que químicos presentes nos arandos ajudam a prevenir que as bactérias que provocam infecções se unam às células que envolvem o tracto urinário.

Os investigadores do Instituto Politécnico de Worcester, no Massachusetts, expuseram E. coli desenvolvidos em cultura a um cocktail de sumo de arando ou a proantocianidinas de arando, químicos encontrados nos produtos de arando, e mediram as forças de aderência entre as bactérias e uma superfície de silicone, utilizando um microscópio de força atómica.

O estudo demonstrou que quanto mais tempo as bactérias fossem expostas ao sumo de arando ou às proantocianidinas, maior era a diminuição da aderência bacteriana.

Os autores do estudo, Paola Pinzon-Arango, Yatao Liu e Terri Camesano, notaram que o efeito era reversível, uma vez que as bactérias, num ambiente sem sumo de arando ou proantocianidinas, voltavam a crescer recuperando a capacidade de aderência à superfície do modelo.

O Dr. Sheldon S. Hendler, co-editor da “Journal of Medicinal Food” e da Universidade da Califórnia, em San Diego, referiu que os arandos têm uma longa história de utilização medicinal dos alimentos. Os nativo-americanos utilizavam este fruto para o tratamento de doenças da bexiga e dos rins há centenas de anos atrás.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/03/10/Cranberry_chemicals_prevent_infections/UPI-64871236729252/

terça-feira, 10 de março de 2009

Combinação de tramadol e paracetamol eficaz para a dor moderada

Especialistas de diversas sociedades científicas estão em consenso relativamente à utilidade terapêutica da combinação em doses fixas de dois analgésicos, o tramadol e o paracetamol, sendo que o tratamento se revela eficaz para a dor moderada, reduzindo ainda a incidência de reacções adversas.

Contudo, em muitos casos esta combinação de fármacos não é utilizada suficientemente. O Professor Juan Tamargo, catedrático de Farmacologia da Faculdade de Medicina da Universidade Complutense de Madrid, referiu que se fosse administrada uma combinação destes fármacos, desde o início, se poderia reduzir a dor e tudo o que esta acarreta, sobretudo tendo em conta que se trata de uma combinação farmacológica muito útil e recomendada pelos guias clínicos internacionais.

De acordo com o Professor Tamargo, a publicação deste consenso deve-se à necessidade de planear a utilidade da combinação de tramadol e paracetamol no tratamento da dor moderada, principalmente, porque a dor moderada é muito frequente na sociedade actual.

A vantagem que a combinação de tramadol e paracetamol apresenta é o facto de se tratar de compostos com mecanismos de acção complementares, que permitem atacar a dor por múltiplas vias, demonstram mais eficácia e reduzem a dose de cada fármaco (325 mg de paracetamol e 37,5 mg de tramadol), conseguindo ainda uma menor incidência de efeitos adversos, que não serão mais graves do que aqueles que possam ser provocados por cada fármaco isoladamente.

A todas estas vantagens pode-se acrescentar que as combinações em doses fixas têm uma vantagem adicional, isto é, a redução do número de fármacos que, juntamente com uma melhor tolerabilidade, permite aumentar a percentagem de pacientes que seque o tratamento prescrito.

Para alcançar estes objectivos é necessário associar fármacos que apresentem mecanismos complementares e cujas propriedades farmacológicas e terapêuticas tenham sido amplamente avaliadas em ensaios clínicos controlados.

Neste caso, graças a um estudo de associação medicamentosa, determinou-se uma sinergia de potenciação, ou seja, que a administração destes dois fármacos, em conjunto e no mesmo momento, resulta num maior grau de diminuição da dor do que a simples soma dos efeitos analgésicos de cada um dos fármacos em separado.

Isabel Marques

Fontes:
http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9894

Estudo: Insónia é frequentemente um problema crónico e persistente

Resultados de um estudo de longo prazo indicam que, ao contrário do que se pensa, a insónia é frequentemente um problema crónico e não desaparece necessariamente por si só, sendo isto especialmente verdade para as pessoas cuja insónia é grave desde o início.

O Dr. Charles M. Morin, Director do Centro de Investigação do Sono, da Universidade de Laval, na cidade do Quebec, revelou à Reuters Health que, embora as pessoas que sofrem de insónias em algumas noites não precisem de se preocupar com isso, quando o problema persiste durante algum tempo (durante mais de um mês) não devem desvalorizar e devem procurar tratamento, porque o problema pode não desaparecer sozinho.

Durante três anos, o Dr. Morin e colegas estudaram a história natural da insónia em 388 pessoas com graus variados de insónia no início do estudo.

Os investigadores relataram na “Archives of Internal Medicine” que, embora o curso da insónia possa flutuar com o tempo, com períodos de remissão e recaída, o curso mais comum foi a insónia persistente.

Os investigadores revelaram que cerca de metade da amostra (46%) relatou insónia persistente em todos os pontos, durante o estudo de três anos, e 74 por cento relatou insónia persistente durante, pelo menos, um ano.

A insónia crónica não tratada tem sido associada a custos mais elevados dos cuidados de saúde, perda de dias de trabalho, incapacidade, assim como pressão sanguínea elevada, depressão e abuso de drogas e álcool. Com esta doença, existe também um risco acrescido de utilização crónica de medicamentos para dormir, ou hipnóticos.

O Dr. Morin referiu ainda que, mesmo assim, a maioria das pessoas que sofre de insónias nunca fala deste problemas com o médico. O investigador acrescentou que isto é um erro, pois estas pessoas devem falar com o médico sobre o problema e os médicos não devem ignorar as queixas relativamente às insónias, mesmo que não seja a principal queixa, nem assumir que o problema se irá resolver com o tempo.

O investigador também enfatizou que o tratamento da insónia não tem necessariamente de envolver medicamentos, podendo simplesmente requerer recomendações comportamentais sobre horários de dormir e uma melhor higiene de sono.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/09/eline/links/20090309elin005.html

Combinação de antibióticos eficaz no combate à tuberculose resistente

A combinação de dois antibióticos bloqueia o crescimento de 13 estirpes de tuberculose extremamente resistentes aos medicamentos, revela um estudo norte-americano. A descoberta pode abrir caminho à simplificação do tratamento contra todas as estirpes de tuberculose.

A bactéria causadora da tuberculose,“Mycobacterium tuberculosis”, contém enzimas que neutralizam a acção dos antibióticos, provocando a resistência aos fármacos. Contudo, avança a Reuters AlertNet, investigadores da Albert Einstein College of Medicine, em Nova Iorque, nos EUA, constataram que existem antibióticos, denominados beta-lactâmicos, que são capazes de bloquear estas enzimas.

De acordo com o estudo publicado na revista Science, a equipa verificou que, ao utilizar o ácido clavulânico para neutralizar a acção das enzimas, combinado com o meropenem, foi possível combater as estirpes mais resistentes.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.alertnet.org/thenews/newsdesk/scidev/123636381513.htm

Infarmed vai multar farmacêuticos que alterem prescrições

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) anunciou que vai passar a multar os farmacêuticos que alterarem as receitas. Segundo alertou a entidade, a infracção da lei estará ainda sujeita a uma participação na Ordem dos Farmacêuticos.

Alterar o receituário dará origem a uma multa que pode ir dos 5 aos 50 mil euros, revela o Infarmed em comunicado citado pelo semanário Sol.

A nota surge como reacção às medidas defendidas pelo presidente da ANF, João Cordeiro, no âmbito da campanha eleitoral para um novo mandato à frente desta organização.

Alegando que o “compromisso para saúde” não foi cumprido pelo Governo no que diz respeit à prescrição de medicamentos apenas pela designação comum internacional (DCI) - sem indicar o nome comercial do medicamento – o presidente da ANF advoga que “a partir de 1 de Abril os doentes deveriam ser informados o genérico mais barato, fosse qual fosse a prescrição do médico”.

O certo é que, esta alteração faria com que os farmacêuticos tivessem o poder de indicar aos doentes qual o medicamento que estes deveriam comprar. Medida esta que, posta em prática, implica a violação da lei, porém, a lista de João Cordeiro garante o “apoio operacional, jurídico e económico”, assegurando o pagamento às farmácias.

O possível cenário de infracção da lei também gerou a reprovação do bastonário da Ordem dos Médicos. Pedro Nunes avisa que a concretizar-se essa situação, a OM vai fazer queixa à comissão europeia por violação da lei de concorrência: “a ANF e os seus associados têm uma posição dominante no nosso mercado e ameaçam vender apenas alguns medicamentos. Isto contraria, claramente, os princípios comunitários da concorrência”.

Raquel Garcez

Fonte: Sol

Vitamina C pode diminuir risco de Gota nos homens

Uma nova investigação sugere que a utilização de suplementos de vitamina C pode ajudar a reduzir o risco de Gota nos homens.

Um relatório publicado na “Archives of Internal Medicine” indica que a ingestão de, pelo menos, 1 500 miligramas de vitamina C por dia reduz em 45 por cento a probabilidade de desenvolver Gota, em comparação com uma ingestão abaixo dos 250 miligramas por dia.

Investigações anteriores demonstraram uma associação inversa entre a vitamina C e os níveis de ácido úrico no sangue, mas era incerto se as concentrações mais elevadas reduziam o risco de Gota, segundo o autor principal, o Dr. Hyon K. Choi, da Universidade de British Columbia, em Vancouver, no Canadá.

As recentes descobertas são provenientes de um estudo que envolveu 46 994 homens que foram seguidos entre 1986 e 2006. Nenhum dos participantes tinha historial de Gota quando o estudo começou. A ingestão de vitamina C foi avaliada através de questionários a cada quatro anos e a existência de Gota foi determinada utilizando os critérios do Colégio Americanos de Reumatologia.

Os investigadores revelaram que, durante o seguimento, 1 317 homens desenvolveram Gota e, como suspeitavam, quando os níveis de vitamina C aumentaram, o risco de Gota diminuía. Para cada aumento de 500 miligramas na ingestão diária de vitamina C, o risco de Gota caiu 17 por cento.

Os resultados indicam que os níveis elevados de vitamina C estão fortemente associados a um risco mais reduzido de Gota e que o aumento da ingestão desta vitamina pode prevenir o desenvolvimento de Gota.

Os investigadores acrescentaram que é necessária mais investigação para determinar como estas descobertas se aplicam às mulheres e para investigar possíveis interacções com as hormonas femininas.

A Gota é um distúrbio do metabolismo do ácido úrico através do qual este se deposita em vários tecidos do organismo, tais como articulações e tendões, na forma de cristais de urato de sódio, provocando inflamação.

Mais de 90 por cento dos pacientes que desenvolvem Gota primária são homens. Com maior incidência entre os 40 e os 50 anos de idade, principalmente em obesos com vida sedentária e em consumidores de bebidas alcoólicas e bebidas gasosas, como a cerveja. As mulheres raramente desenvolvem Gota antes da menopausa e geralmente têm mais de 60 anos de idade quando a desenvolvem. A manifestação da Gota é muito rara em crianças e em mulheres com menos de 30 anos.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/09/eline/links/20090309elin023.html
www.msd.pt/content/patients/sua_saude/reumaticas/gota/gota1.html

Dieta alimentar pode fazer parte do tratamento da esquizofrenia

Um investigador canadiano sugere que algumas pessoas com esquizofrenia podem ser ajudadas através da análise da bioquímica individual, deficiência de nutrientes, dieta e alergias.

O Dr. Abram Hoffer, um psiquiatra de Toronto, referiu que alguns estudos demonstraram que a predisposição para a esquizofrenia é herdada e, embora pouco se possa fazer em relação aos factores genéticos que podem levar ao início da esquizofrenia, as modificações nutricionais podem ajudar a melhorar a qualidade de vida e a retardar a progressão da doença.

O investigador referiu que muitas pessoas que sofrem de esquizofrenia têm níveis baixos de açúcar no sangue, isto é, hipoglicemia, e alergias. As alergias alimentares mais comuns encontradas nas pessoas com esquizofrenia são aos açúcares, produtos lácteos e trigo.

O Dr. Hoffer revelou ainda que acredita que o tratamento ortomolecular, que significa as moléculas exactas na quantidade certa, é efectivo em 80 por cento ou mais dos pacientes com esquizofrenia e que este é o melhor tratamento desenvolvido até agora.

Para corrigir as moléculas do corpo é necessário oferecer ao corpo as peças com as quais ele próprio é feito. A medicina ortomolecular caracteriza-se por administrar, como terapêutica, vitaminas, minerais, aminoácidos, ácidos gordos essenciais, enzimas, pré e próbióticos e hormonas.

O Dr. Jonathan Prousky, médico naturopata e conselheiro de saúde ortomolecular, referiu que os especialistas em medicina ortomolecular utilizam planos de nutrição adaptados às necessidades de saúde dos indivíduos, de modo a garantir uma dieta que tem as quantidades apropriadas de vitaminas e nutrientes, necessários para prevenir o início da doença ou para tratar uma doença existente e desequilíbrios.

No tratamento da esquizofrenia, um especialista em medicina ortomolecular irá normalmente prescrever uma dieta especial juntamente com vitaminas e minerais, particularmente vitamina B3, de acordo com as necessidades individuais do paciente.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/03/09/Diet_may_be_part_of_schizophrenia_therapy/UPI-20841236625015/

segunda-feira, 9 de março de 2009

Infarmed: Maioria dos medicamentos à venda na Internet é falsa

Uma investigação desenvolvida pelo Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde), em 2008, revelou que 93 por cento dos medicamentos adquiridos pelos portugueses na Internet, e analisados por este organismo, eram falsificados.

Foram analisadas 80 amostras de produtos comprados em sites não autorizados de venda de medicamentos, sendo que os fármacos contrafeitos analisados não continham, nalguns casos, a substância activa que deveriam ter e, quando esta estava presente, existia em quantidades inferiores às estipuladas para o fármaco.

O presidente do Infarmed, Vasco Maria, referiu que “nalguns casos havia impurezas que podem colocar em causa a vida das pessoas".

Os medicamentos em causa são principalmente os de combate à impotência sexual, emagrecimento, oncologia, cardiologia e neurologia. De acordo com os dados fornecidos pelo Infarmed, aproximadamente mais de 50 por cento dos medicamentos adquiridos na Internet, fora dos circuitos legais, são contrafeitos.

O presidente do Infarmed afirmou que este é um problema grave cujo combate é dificultado, porque é um negócio extremamente rentável, o que motiva a actividade das redes de falsificadores.

A ministra da Saúde, Ana Jorge, salientou que "é preciso ter atenção sobre a venda e uso de alguns medicamentos comprados pela Internet e sensibilizar para que isto é um problema real”.

Isabel Marques

Fontes:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1368075&idCanal=62
http://dn.sapo.pt/2009/03/07/sociedade/90_remedios_a_venda_net_falsos.html

FDA: Fármacos com metoclopramida devem incluir alertas mais fortes

A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) alertou que os fármacos que contêm metoclopramida, para tratar distúrbios disgestivos, necessitam de avisos mais sérios relativamente ao risco de movimentos repetitivos involuntários em diversas partes do corpo, observado com a utilização a longo prazo ou em elevadas dosagens.

A utilização crónica destes fármacos, que estão disponíveis em diversas formas, como comprimidos, injecções e xarope, tem sido relacionada com discinesia tardia, o que provoca movimentos involuntários das extremidades, movimentos incontroláveis da língua, face, boca ou maxilar (protusão da língua, movimentos de mastigação), movimentos rápidos dos olhos e pestanejar. Os sintomas raramente são reversíveis, mas podem ser atenuados ou resolvidos após se terminar o tratamento com metoclopramida.

A FDA ordenou o acrescento de caixas pretas (black box) de alerta, o mais forte disponível, e o desenvolvimento de um guia amigo do paciente para explicar o risco.

A FDA recomenda que o tratamento não exceda os três meses, porque o risco do distúrbio de movimentos foi directamente relacionado com a duração do tratamento com metoclopramida e com o número de doses tomadas. A agência acrescentou que os idosos, especialmente as mulheres, apresentam maiores riscos.

A directora do Centro de Avaliação e Investigação da FDA, Janet Woodcock, referiu que a utilização crónica da terapia com metoclopramida deve ser evitada no geral, excepto nos casos raros em que os benefícios superem os riscos.

Em Portugal, os fármacos à base de metoclopramida são comercializados como Metoclopramida Labesfal, Metoclopramida Medinfar e Primperan. Estes fármacos estão indicados para náuseas e vómitos, gastroenterites, intolerâncias alimentares e medicamentosas, síndrome vertiginoso, perturbações da motilidade digestiva, dispepsia-eructações, soluços, pirose, dores epigástricas, esvaziamento gástrico retardado, refluxo gastro-esofágico.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/governmentFilingsNews/idUSN2629346520090226

sexta-feira, 6 de março de 2009

MabThera pode diminuir inflamação renal em pacientes com lúpus

Investigadores revelaram que o fármaco oncológico MabThera (rituximab), da Roche, pode reduzir significativamente a inflamação renal em algumas pessoas com lúpus que não respondem à terapia convencional.

O Dr. Fadi Fakhouri, do Imperial College London, referiu que, após cerca de dois anos, o rituximab ajudou 12 de 20 pacientes com lúpus com sérios riscos de desenvolverem insuficiência renal.

Os investigadores revelaram na “Clinical Journal of the American Society Nephrology” que os estudos prospectivos avaliando a eficiência do rituximab na nefrite lúpica são justificáveis, pois as terapias existentes, envolvendo uma variedade de fármacos imunossupressores e quimioterapia, são geralmente consideradas inadequadas.

Os investigadores estudaram 20 voluntários com distúrbio renal grave, devido ao lúpus, em risco de desenvolver insuficiência renal. Estas pessoas recebem frequentemente quimioterapia ou fármacos corticosteróides para reduzir a inflamação renal.

Contudo, como muitos pacientes não respondem aos fármacos ou experienciam efeitos tóxicos quando os tomam, os investigadores testaram o rituximab, que está delineado para reduzir as células B do sistema imunitário, de modo a observarem se este poderia ajudar.

Os investigadores utilizaram o fármaco para atingir as células B hiperactivas, que parecem ajudar a provocar a inflamação renal nas pessoas com lúpus.

Após 22 meses, os investigadores observaram melhorias renais em 60 por cento dos pacientes e descobriram uma forte associação entre a redução das células B, após um mês, e o sucesso do tratamento.

Contudo, nem todas as pessoas responderam ao fármaco. Os pacientes com níveis muito baixos da proteína albumina no sangue e voluntários com ascendência africana não experimentaram a redução benéfica das células B.

O lúpus é uma doença auto-imune caracterizada pela inflamação das articulações, pele, principais órgãos e sistema nervosa central, à medida que o sistema imunitário ataca os tecidos e células saudáveis. A doença tende a ter surtos de agravamento dos sintomas e períodos de acalmia com a ausência de sintomas, tornando difícil avaliar a efectividade de qualquer tratamento.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/05/eline/links/20090305elin026.html

Combinação de Plavix e fármacos para a azia pode aumentar risco cardíaco

Investigadores revelaram que as pessoas que sofreram um ataque cardíaco têm aproximadamente o dobro do risco de sofrer outro se estiverem a tomar o anticoagulante Plavix (clopidogrel), da Sanofi-Aventis e da Bristol-Myers Squibb Co, juntamente com um fármaco para a azia, como o omeprazol.

O Plavix e a aspirina são frequentemente utilizados para diminuir a coagulação do sangue do paciente após um ataque cardíaco. Os médicos também costumam prescrever um inibidor da "bomba de protões" como o omeprazol, comercializado em diversas versões de marca e genéricas, para diminuir o risco de hemorragia gastrointestinal provocada pelos anticoagulantes.

O estudo, publicado na “Journal of the American Medical Association”, analisou 8 205 pacientes dos Estados Unidos que foram tratados devido a um ataque cardíaco ou dor no peito, conhecida como angina instável, e que receberam Plavix e aspirina.

Dois terços destes pacientes também receberam um inibidor da "bomba de protões", principalmente omeprazol, e apresentaram cerca do dobro do risco de sofrerem outro ataque cardíaco ou um episódio da angina instável, em comparação com aqueles que não tomaram um inibidor da "bomba de protões".

O investigador principal, o Dr. Michael Ho, do Centro Médico para Veteranos de Denver, referiu que esta combinação de fármacos pode ser responsável por milhares de repetições de ataques cardíacos.

O Dr. Ho referiu que o estudo sublinha a potencial interacção entre o clopidogrel e os medicamentos inibidores da "bomba de protões", sendo que sugere que talvez estes medicamentos não devam ser prescritos habitualmente ou profilaticamente, isto é, preventivamente, a pacientes que estão a tomar aspirina e clopidogrel.

Contudo, alguns médicos aconselham cautela relativamente a estas descobertas. O Dr. Kirk Garratt, do Hospital Lenox Hill, em Nova Iorque, referiu que é necessário ter muito cuidado com este estudo, pois se os médicos deixarem de prescrever inibidores da "bomba de protões" a estes pacientes, poder-se-ão observar mais complicações hemorrágicas. O Dr. Garratt acrescentou que uma grande hemorragia num paciente com doença das artérias coronárias significativa pode facilmente tornar-se fatal.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE52278420090303

quinta-feira, 5 de março de 2009

Dados sugerem que Intrinsa não é efectivo para distúrbio sexual feminino

Descobertas de uma revisão de ensaios clínicos sugerem que o adesivo transdérmico de testosterona Intrinsa, da Procter & Gamble, pode ser ineficaz a aumentar a libido da mulher e que a sua segurança a longo prazo é incerta.

O Intrinsa é utilizado para o tratamento de mulheres, a quem o útero e os dois ovários foram retirados, quando registam ausência de pensamentos sexuais e desejo sexual, o que lhes causa sofrimento. É utilizado em doentes que já se encontram a tomar um estrogénio (uma hormona sexual feminina).

Os investigadores, que reviram os estudos de avaliação do Intrinsa que envolveram cerca de 4 mil mulheres, levantaram questões relativamente aos critérios de selecção das participantes para o ensaio, sendo que algumas foram diagnosticadas com distúrbio do desejo sexual hipoactivo com base em questionários não verificados.

Os investigadores referiram na “Drug and Therapeutics Bulletin” que ensaios chave envolveram mulheres cuja menopausa foi despoletada por uma histerectomia e que não foram considerados casos envolvendo outras doenças físicas e mentais, que podem contribuir para um baixo desejo sexual.

Os investigadores descobriram também que, enquanto foram relatadas pequenas melhorias do desejo sexual em algumas participantes, um número significativo de mulheres que tomaram placebos também relataram melhoras.

O editor da “Drug and Therapeutics Bulletin”, Ike Iheanacho, comentou que as evidências publicadas até agora são baseadas em mulheres altamente seleccionadas e apenas demonstram pequenas melhorias nos parâmetros sexuais e amplas respostas ao placebo.

Adicionalmente, a maioria dos ensaios do Intrinsa duraram menos de seis meses, com taxas de efeitos secundários de cerca de 75 por cento em dois dos maiores ensaios. A segurança a longo prazo do tratamento é desconhecida, sendo que, por todas estas razões, os investigadores não podem recomendar o Intrinsa para mulheres com esta disfunção sexual.

A Procter & Gamble declarou que o adesivo foi estudado em ensaios envolvendo mais de mil mulheres com menopausa cirúrgica com desejo sexual baixo, o que lhes provoca sofrimento. O Intrinsa demonstrou aumentar significativamente a actividade sexual satisfatória, aumentar o desejo sexual e reduzir o sofrimento associado.

O fabricante declarou ainda que estes resultados foram estatisticamente significativos, em comparação com as mulheres tratadas com placebo, acrescentando que o fármaco foi bem tolerado nos ensaios.

A substância activa do Intrinsa, a testosterona, é uma hormona sexual natural que é produzida nos homens e, em menor extensão, nas mulheres. Níveis baixos de testosterona têm sido associados a um desejo sexual baixo, bem como a pensamentos e excitação sexuais reduzidos.

Nas mulheres cujo útero e ovários foram retirados, a quantidade de testosterona produzida desce para metade. O Intrinsa liberta testosterona através da pele, que entra na circulação sanguínea e assegura níveis de testosterona equiparáveis aos registados antes de o útero e os ovários terem sido retirados.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=CF112490CD064FE8B938A9EB62388495
www.emea.europa.eu/humandocs/PDFs/EPAR/intrinsa/063406pt1.pdf

quarta-feira, 4 de março de 2009

Vitamina B12 pode prevenir defeitos congénitos graves

Investigadores norte-americanos referiram que as mulheres, antes de engravidarem, necessitam de tomar vitamina B12 suficiente, juntamente com ácido fólico, para diminuírem o risco de terem um bebé com defeitos congénitos graves do cérebro e da medula espinal.

Os investigadores relataram na “Pediatrics” que as mulheres com os níveis mais baixos de vitamina B12 apresentavam uma probabilidade cinco vezes maior de terem um bebé com um defeito do tubo neural do que aquelas com os níveis mais elevados.

Os defeitos do tubo neural podem levar a uma incapacidade para toda a vida ou à morte. Os dois defeitos mais comuns são a espinha bífida, na qual a medula espinal e os ossos da coluna não se formam correctamente, e a anencefalia, uma doença fatal na qual o cérebro e os ossos do crânio não se desenvolvem normalmente.

O Dr. James Mills, do Instituto Nacional de Saúde dos Estado Unidos, referiu que o estudo demonstrou que a deficiência de vitamina B12 é um factor de risco de defeitos do tubo neural, independentemente do ácido fólico, outra vitamina B.

Agora muitas mulheres sabem a importância do ácido fólico e tem havido uma diminuição dos defeitos do tubo neural, tendo o Dr. Mills referido que espera que a consciencialização do papel semelhante da vitamina B12 possa reduzir ainda mais os defeitos do tubo neural.

A vitamina B12 é essencial para manter as células nervosas e os glóbulos vermelhos saudáveis. É encontrada na carne, produtos lácteos, ovos, peixe, marisco e cereais fortificados. Também pode ser tomada como um suplemento individual ou multivitamínico.

O Dr. Mills acrescentou ainda que é um ponto absolutamente crucial que as mulheres tenham isto em consideração antes de engravidarem, porque depois de estarem grávidas é possível que seja demasiado tarde.

O desenvolvimento dos eventos envolvidos nestes defeitos congénitos, também chamados defeitos de nascimento, ocorre nas primeiras quatro semanas de gravidez.

O Dr. Mills salientou que as mulheres que não comem carne ou produtos lácteos devem estar particularmente conscientes da necessidade de tomar vitamina B12 suficiente.

O investigador lançou um alerta semelhante para as mulheres com distúrbios intestinais, como doença inflamatória do intestino, que podem impedir a absorção de quantidades suficientes da vitamina.

Os investigadores recomendam que as mulheres tenham os níveis de vitamina B12 acima dos 300 nanogramas por litro antes de engravidarem.

O estudo envolveu cerca de 1 200 mulheres na Irlanda que disponibilizaram amostras de sangue durante o início da gravidez, que foram analisadas para determinar os níveis de vitamina B12.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/02/eline/links/20090302elin008.html

Probióticos podem ajudar algumas pessoas com fadiga crónica

Investigadores suecos relataram que os suplementos que contêm bactérias boas podem ajudar algumas pessoas que sofrem de síndrome de fadiga crónica a sentirem-se melhor, mas podem também fazer com que outras se sintam pior.

A co-autora do estudo, a Dra. Birgitta Evengard, do Instituto Karolinska, em Estocolmo, referiu à Reuters Health que vale a pena tentar. A Dra. Evengard referiu que recomenda aos seus pacientes com síndrome de fadiga crónica que experimentem tomar os probióticos testados no estudo e que parem se se começarem a sentir pior, mas que tentem tomá-los durante três semanas se se sentirem melhor ou se não notarem um efeito imediato.

As evidências apontam cada vez mais para a necessidade de um tratamento individualizado para a síndrome de fadiga crónica. A causa desta doença, caracterizada por fadiga debilitante que não melhora com descanso e pode piorar com actividade física e mental, continua desconhecida, apesar de existirem evidências de que possa estar envolvida uma disfunção no sistema neuro-hormonal ou no sistema imunitário.

Dado que existe uma ligação próxima entre os intestinos e o sistema imunitário, assim como o sistema nervoso central, os investigadores decidiram testar se os probióticos, que podem restaurar o equilíbrio normal das bactérias no sistema digestivo, podem ajudar os pacientes com síndrome de fadiga crónica.

Os investigadores primeiro observaram 10 mulheres e cinco homens com síndrome de fadiga crónica que não foram tratados durante duas semanas. Posteriormente, os participantes tomaram dois decilitros de Iogurte Natural Cultura Dophilus, duas vezes por dia, durante quatro semanas, sendo depois seguidos durante mais quatro semanas.

O estudo, publicado na “Nutrition Journal”, revelou que seis dos pacientes relataram melhorias dos sintomas, enquanto um paciente referiu que os sintomas pioraram. Quatro das mulheres relataram uma melhoria da sua saúde física e duas referiram que a saúde mental tinham melhorado no final do estudo. Um homem relatou melhoras da saúde física e outro homem referiu melhoras da saúde mental.

A Dra. Evengard referiu que para alguns pacientes foi uma diferença dramática, acrescentando que o desafio para o futuro será descobrir quem irá ou não beneficiar da utilização de probióticos.

Os probióticos são bactérias amigáveis que fortalecem o maior sistema de defesa do corpo humano, os intestinos, contra reacções inflamatórias, diarreia, stress, doenças infecciosas e acção dos antibióticos. Os probióticos são organismos vivos que, quando ingeridos em concentrações adequadas, são benéficos para a saúde do consumidor.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/27/eline/links/20090227elin025.html

Amamentação pode reduzir o risco de síndrome de morte súbita infantil

Um estudo alemão refere que as mulheres que amamentam reduzem evidentemente a probabilidade do bebé poder morrer devido à síndrome de morte súbita infantil (SMSI).

O estudo, publicado na “Pediatrics”, incluiu 333 bebés que morreram devido à síndrome de morte súbita infantil e 998 bebés de controlo da mesma idade. O objectivo do estudo actual era confirmar que a amamentação está, de facto, relacionada com uma redução do risco de síndrome de morte súbita infantil.

Às duas semanas de vida, 83 por cento dos controlos estavam a ser amamentados, em comparação com apenas 50 por cento dos bebés que sofreram de síndrome de morte súbita infantil. Ao primeiro mês de vida, as taxas correspondentes eram de 72 por cento versus 40 por cento.

A amamentação exclusiva no primeiro mês de vida reduziu o risco de síndrome de morte súbita infantil para metade. A amamentação parcial, neste ponto, também foi associada a uma redução do risco, embora esta possa ter sido uma descoberta casual.

O Dr. M. M. Vennemann, da Universidade de Munique, e colegas revelaram que estes resultados acrescentam evidências que demonstram que a amamentação reduz o risco de síndrome de morte súbita infantil e que esta protecção continua enquanto o bebé for amamentado.

Os investigadores recomendam assim que as mensagens de saúde pública, que se dirigem à redução do risco da síndrome de morte súbita infantil, devem encorajar as mulheres a amamentarem os seus bebés até aos seis meses.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE5214KG20090302

Parkinson: estrogénio natural protege contra doença

O estrogénio, produzido pelo corpo humano, ajuda a proteger contra a doença de Parkinson, sugere um estudo do Colégio de Medicina Albert Einstein.

Segundo a investigação norte-americana, quanto maior for o período reprodutor da mulher, menor o risco que esta corre de ser diagnosticada com esta doença neurológica.

Rachel Saunders-Pullman, autora do estudo, afirma que os resultados da investigação “sugerem que a exposição prolongada às hormonas endógenas ajuda a proteger as células cerebrais afectadas pela doença de Parkinson”, rematando que a Terapia Hormonal de Substituição “não revelou ter qualquer efeito protector”.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.buenasalud.com/news/index.cfm?news_id=24356&mode=browse&fromhome=y

Infarmed retira produto de higiene corporal do mercado

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) ordenou a suspensão imediata da comercialização e a retirada do mercado nacional de todos os lotes do produto Pil-Food, shampoo pH 6, com extracto de milhete, que contenham o conservante “Methyldibromo glutaronitrile”.

Na notificação de carácter urgente, o Infarmed sublinha que é proibido o uso desta substância na formulação de produtos de cosmética e de higiene corporal.

“Advertem-se os consumidores que tenham adquirido ou que estejam a utilizar o produto referido, para se absterem da sua utilização ou a suspenderem e que, caso o detectem no mercado nacional, comuniquem essa situação ao Infarmed”, lê-se no alerta.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/DETALHE_ALERTA?itemid=1309254

Terapia de combinação ajuda a aliviar sintomas da fibromialgia

Investigadores alemães relataram que uma revisão de resultados de ensaios clínicos demonstraram que uma abordagem multifacetada pode ser efectiva no tratamento da fibromialgia.

O Dr. Winfried Häuser, da Clínica Saarbrücken, relatou à Reuters Health que as directrizes alemãs recomendam um tratamento multidimensional para a fibromialgia composto por, pelo menos, dois componentes: educação do paciente ou terapia psicológica e exercício, como terapia de segunda linha, para os pacientes cujos sintomas e restrições na vida quotidiana não são suficientemente reduzidos por uma única terapia, tal como medicação.

Os investigadores, para estudarem a eficácia desta estratégia, examinaram evidências de nove ensaios clínicos de terapia multidimensional envolvendo mais de 1 100 pacientes.

As descobertas, publicadas na “Arthritis and Rheumatism”, demonstraram que o tratamento multidimensional foi superior ao tratamento monodimensional no alívio da dor, humor depressivo e fadiga e na melhoria da condição física.

Contudo, os investigadores descobriram que existem fortes evidências de que os efeitos positivos de uma terapia multidimensional nos sintomas chave da fibromialgia declinam com o tempo.

O seguimento mais prolongado durou 15 meses. Os investigadores concluíram que as estratégias para manter os benefícios do tratamento multidimensional, a longo prazo, necessitam ainda de ser desenvolvidas.

A fibromialgia caracteriza-se por dores, fadiga e dificuldade em dormir. É ainda uma doença algo misteriosa, sem se conhecer uma causa concreta.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/03/eline/links/20090303elin024.html

terça-feira, 3 de março de 2009

EMEA autoriza comercialização de micro injecção para gripe sazonal

A Sanofi-Aventis anunciou ter recebido autorização de comercialização da Agência Europeia do Medicamento (EMEA) para comercialização da sua nova micro vacina contra a gripe sazonal – a Intanza.

Trata-se da primeira micro injecção intradérmica contra a gripe e foi desenvolvida em colaboração com a Becton Dickinson, empresa especializada em tecnologia de injectáveis.

O produto está aprovado para uso em adultos com 60 e mais anos de idade, especialmente naqueles que correm um risco aumentado de complicações associadas à infecção pelo vírus Influenza, noticia a Reuters.

A vacinação intradérmica envolve a administração de um antigénio na camada de derme da pele, a qual tem uma elevada concentração de células imunitárias especializadas.

Raquel Garcez

Fonte: http://uk.reuters.com/article/rbssHealthcareNews/idUKLQ37345520090226

segunda-feira, 2 de março de 2009

Antidepressivos e terapias psicológicas podem acalmar cólon irritável

Antidepressivos e terapias psicológicas, particularmente a terapia cognitivo-comportamental, parecem proporcionar um alívio dos sintomas da síndrome do cólon irritável, pelo menos, a curto prazo.

Os investigadores relataram, na revista científica “Gut”, que os antidepressivos parecem ajudar a acalmar o cólon irritável independentemente de qualquer melhoria numa depressão coexistente.

O Dr. Alex C. Ford, do Centro Médico da Universidade McMaster, em Hamilton, no Canadá, referiu à Reuters Health que os médicos devem considerar a utilização de antidepressivos para as pessoas que não responderam às outras terapias de primeira linha para a síndrome do cólon irritável, que pode incluir cãibras abdominais, diarreia ou obstipação.

As causas da síndrome do cólon irritável não são claras e tem-se debatido se se deve principalmente a factores psicológicos ou a despoletadores biológicos, ou talvez a uma combinação de ambos.

A equipa de investigadores analisou dados de 32 estudos publicados, sendo que 19 compararam terapias psicológicas, tais como terapia cognitivo-comportamental, terapia de relaxamento e hipnoterapia, a terapia de controlo ou cuidado habitual; 12 compararam antidepressivos a placebo e um comparou conjuntamente terapia psicológica e antidepressivos a placebo.

Os ensaios incluiriam cerca de 800 pacientes com cólon irritável tratados com antidepressivos versus placebo e cerca de 1 300 em terapias psicológicas versus terapias de controlo ou cuidado habitual.

Os investigadores descobriram que o risco dos sintomas de cólon irritável persistirem com uma terapia com antidepressivos foi reduzido em 34 por cento, em comparação com placebo.

As terapias psicológicas também reduziram semelhantemente o risco de sintomas de cólon irritável persistentes. O Dr. Ford revelou que os dados foram mais robustos com os antidepressivos.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/27/eline/links/20090227elin008.html

Espanha aprova nova apresentação do Plavix 300mg para Síndrome Coronária Aguda

A Agência Espanhola do Medicamento e Produtos Sanitários (AEMPS) aprovou a comercialização da nova apresentação do Plavix 300mg para uso hospitalar, anunciou a Sanofi-Aventis.

A recomendação da aprovação do Plavix (clopidogrel) 300mg como dose inicial de tratamento em doentes com Síndrome Coronária Aguda (SCA) já havia sido feita quer pela autoridade do medicamento europeia (EMEA), quer norte-americana (FDA).

De acordo com a farmacêutica francesa, “o início precoce do tratamento com 300mg produz uma mais rápida acção do medicamento, resultando numa recuperação do fluxo sanguíneo na artéria ocluída.”

Segundo as diretrizes europeias, o uso de clopidogrel 300mg está indicado para todos os pacientes com síndrome coronária aguda com supradesnivelamento do segmento ST (SCASEST), e síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST (SCAEST) seguido por dose de manutenção de 75mg por dia.

Raquel Garcez

Fonte: http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9859

Oito medicamentos novos chegam a Portugal em 2009

O mercado nacional do medicamento vai contar com novos fármacos em 2009. Ao todo, são oito tratamentos inovadores em áreas distintas que, vão desde a obesidade à ejaculação precoce, e que vão beneficiar milhões de portugueses, avança o Diário de Notícias.

Uma das novidades esperadas para o primeiro trimestre destina-se a combater o excesso de peso. O orlistato, da GlaxoSmithKline, é o primeiro medicamento para o efeito aprovado na Comissão Europeia. O fármaco reduz a absorção de gordura dos alimentos e poderá beneficiar cerca de quatro milhões de portugueses.

Para o segundo trimestre, está prevista a comercialização de um medicamento para combater a ejaculação precoce. A dapoxetina, da Janssen Cilag, actua como um anti-depressivo, travando a recaptação pelas células nervosas de um neurotransmissor designado serotonina. O objectivo é aumentar o tempo que medeia entre o início da relação sexual e a ejaculação, devendo ser tomado 30 minutos antes.

Aprovado recentemente pela Autoridade Europeia do Medicamento (EMEA), destaca-se um novo anti-depressivo, a agomelatina (Servier). Trata-se de mais uma alternativa para tratar depressões e, em particular, dos casos em que, também, há perturbações do sono.

Outra novidade é o bazedoxifeno, da Wyeth, também aprovado a EMEA e que tem eficácia comprovadan a redução de fracturas em mulheres após a menopausa. A autorização de utilização especial está prevista para Abril.

Para fazer subir o colesterol bom (HDL) e reduzir o mau (LDL) bem como os triglicéridos chega, em breve, ao mercado uma combinação de ácido nicotínico com laropiprant, trata a dislipidemia e é da Merck Sharp & Dohme.

No âmbito das infecções VIH/Sida o protagonista é o maraviroc, da Pfizer, com efeitos muito positivos. Aplica-se, para já, aos casos de VIH multi-resistentes, mas está em estudo o seu alargamento às fases precoces da doença. Este fármaco actua bloqueando um dos receptores de entrada do vírus nas células.

Para fazer frente ao surto da gripe das aves (H5N1) chega-nos a vacina pré-pandémica da GlaxoSmithKline aprovada, em 2008, pela Comissão Europeia. A vacina da irá proteger a população antes de um surto, imunizando contra várias estirpes. A chegada ao País depende de uma decisão de criar uma reserva estratégica.

De referir que, introdução recente no mercado teve um fármaco para a diabetes tipo II - a vildagliptina com cloridrato de metformina já é comparticipada e destina-se a doentes insuficientemente controlados.


Raquel Garcez

Fonte: http://dn.sapo.pt/2009/03/02/centrais/produto_novo_trata_ejaculacao_precoc.html

Descobertas bactérias marinhas que produzem antibióticos inovadores

Pela primeira vez, investigadores noruegueses conseguiram produzir antibióticos completamente novos a partir de bactérias encontradas no mar.

Foram identificadas 11 espécies de bactérias que criam substâncias que aniquilam células cancerígenas e outras três que produzem novos antibióticos, avança o site AlphaGalileo que cita um comunicado conjunto da equipa de cientistas composta por elementos da Norwegian University of Science and Technology (NTNU) e da SINTEF (Foundation for Scientific and Industrial Research at the Norwegian Institute of Technology).

Segundo esclarecem, atrás deste sucesso “reside um longo e penoso processo de rastreio, cultura, isolamento e testes” no entanto, ressalvam, “ainda levará algum tempo para se poder ter a certeza de que o processo vai prosseguir com as fases de produção e comercialização.”


Raquel Garcez

Fonte: http://209.85.229.132/search?q=cache:3Crqlbe-5CIJ:www.alphagalileo.org/ViewItem.aspx%3FItemId%3D55563%26CultureCode%3Den+Marine+bacteria+produce+antibiotics+-+AlphaGalileo&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1

Farmacêuticos pedem saída da bastonária

Existe uma guerra aberta na Ordem dos Farmacêuticos e são vários os dirigentes a pedir a saída da bastonária, Elisabete Faria, adianta o Jornal de Notícias.


Um clima de crispação interna instalou-se na Ordem dos Farmacêuticos. A direcção nacional é acusada pelos dirigentes de Coimbra e do Porto de aprovar decisões de forma ilegítma, revela o jornal.

A destituição da bastonária é requerida por vários dirigentes, por considerarem que não está legitimada democraticamente e que a direcção nacional tem aprovado ilegalmente uma série de medidas. Direcção esta que, denunciam, se resume a metade dos elementos que os estatutos definem.

Alterações estatutárias, mudanças no regime da carteira profissional, venda da sede nacional e o aumento de quotas são algumas das decisões que têm vindo a ser tomadas na OF e que geram o discórdia.

Batel Marques, dirigente de Coimbra, fala em "situação calamitosa" na OF, que se encontra "sem estratégia política". É "inadmissível", diz, tendo em conta que se trata de "uma instituição de utilidade pública, com poderes delegados pelo Estado de regulação da classe".

Elisabete Faria disse desconhecer as cartas pedindo eleições e escusou-se a comentar "questões internas" da Ordem.

Raquel Garcez

Fonte: Jornal de Notícias

Sprays nasais podem despoletar enxaquecas

As pessoas que sofrem de febre dos fenos, ou rinite alérgica, podem ficar com enxaquecas após utilizarem um spray nasal esteróide para o alívio do nariz entupido.

A Dr. Jitka Pokladnikova, da Universidade Charles, em Praga, e colegas reviram a base de dados global da Organização Mundial de Saúde (OMS), e outras fontes, e descobriram um grupo inesperado de 38 casos de enxaquecas suspeitas de estarem relacionadas com a utilização de corticosteróides intranasais.

Os corticosteróides intranasais sob suspeita incluem seis fármacos diferentes: fluticasona, beclometasona, budesonida, mometasona, flunisolida e triancinolona. Os investigadores relataram, na “Cephalalgia”, que em 24 casos o corticosteróide intranasal foi o único fármaco utilizado.

A reexposição ao corticosteróide intranasal levou a uma reincidência da enxaqueca em oito pacientes. Nenhum dos fármacos excedeu a dose máxima diária recomendada em qualquer caso relatado.

Nos 16 relatórios onde o tempo até ao despoletar foi registado, a enxaqueca desenvolveu-se no início do tratamento com corticosteróide intranasal em 12 casos, à volta dos quatro primeiros dias.

Uma associação entre a rinite alérgica e a enxaqueca já tinha sido estabelecida, mas as novas descobertas sugerem que, adicionalmente, os corticosteróides intranasais podem provocar ou pior a enxaqueca ou as dores de cabeça.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/03/02/eline/links/20090302elin025.html

Grávidas não devem comer por dois

A gravidez tem sido considerada como um período em que as mulheres algumas vezes cedem à tentação de comer por dois, mas investigadores norte-americanos referem que isto pode contribuir para a obesidade infantil.

O Dr. Robert Kushner, do Centro de Obesidade de Northwestern e da Universidade de Northwestern, referiu que as mulheres grávidas têm sempre estado fora de alcance, pois as pessoas têm tido sempre receio de intervir na gravidez, porque temem causar danos. Os investigadores estão a descobrir que ao não se fazer nada, provavelmente está-se a fazer ainda pior.

O Dr. Alan Peaceman, co-director do programa sobre obesidade na gravidez, salientou que novas evidências indicam que o ganho excessivo de peso durante a gravidez afecta o ambiente intra-uterino e activa determinados genes no feto, o que pode resultar em obesidade infantil e diabetes.

O Dr. Peaceman referiu que não é só o facto das crianças ganharem peso por adquirirem os hábitos alimentares dos pais, mas também porque o seu risco de obesidade é programado antes de nascerem.

A maioria das mulheres não têm aconselhamento nutricional durante a gravidez e, caso tenham, é relativamente superficial. O objectivo não é tentar que as grávidas percam peso, mas sim tentar que ganhem peso apropriadamente. Algumas mulheres que têm excesso de peso não precisam sequer de ganhar qualquer peso.

O aumento excessivo de peso também compromete a saúde da mãe, aumentando o seu risco de diabetes e doença cardiovascular.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/03/02/Moms-to-be_dont_have_to_eat_for_two/UPI-75531236014976/

Novas considerações relativas à pressão sanguínea e ao risco cardiovascular

Investigadores norte-americanos revelaram que as pessoas com uma pressão sanguínea diastólica inferior a 70 mmHg associada a uma pressão sanguínea sistólica elevada podem ter um maior risco de ataque cardíaco.

O estudo, publicado na “Circulation”, descobriu que as pessoas com uma pressão sanguínea diastólica inferior a 70 mmHg juntamente com uma pressão sanguínea sistólica elevada apresentam um maior risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC), em relação ao indicado por valores elevados da pressão sanguínea sistólica isoladamente.

O Dr. Stanley Franklin e colegas do Programa de Prevenção de Doenças Cardíacas da Universidade da Califórnia, em Irvine, trabalhando em conjunto com investigadores do Estudo do Coração de Framingham, reviram dados relativos à pressão sanguínea de 9 657 participantes deste estudo que não receberam medicação para a pressão sanguínea.

O Dr. Franklin explicou que o risco associado à pressão sanguínea diastólica baixa apenas ocorre quando a pressão sistólica está elevada. Esta combinação pode indicar um aumento do endurecimento das artérias, um forte factor de risco cardiovascular.

O investigador salientou que um valor da pressão diastólica abaixo de 70 mmHg combinado com um valor da pressão sistólica inferior a 120 mmHg indica valores normais, sem a existência de risco cardiovascular acrescido.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/26/New_blood_pressure_consideration_advised/UPI-86221235681104/

Estrogénio natural pode ajudar a proteger o cérebro

Investigadores norte-americanos referiram que as mulheres com uma vida fértil mais prolongada, ou seja, o tempo entre a primeira menstruação e a menopausa, apresentam um risco mais reduzido de desenvolver Doença de Parkinson.

O estudo descobriu que as mulheres com uma vida fértil de mais de 39 anos tinham um risco 25 por cento menor de desenvolver Parkinson do que as mulheres com uma vida fértil abaixo de 33 anos.

Contudo, a autora principal, a Dra. Rachel Saunders-Pullman, da Faculdade de Medicina Albert Einstein, da Universidade Yeshiva, em Nova Iorque, referiu que os investigadores salientaram que apenas a exposição prolongada às hormonas produzidas pelo próprio organismo da mulher estava possivelmente a proteger as células cerebrais afectadas pela Doença de Parkinson.

A Dra. Saunders-Pullman referiu que, no geral, as descobertas poderiam levar a que se assuma que uma terapia hormonal faria sentido como agente neuroprotector. Contudo, os investigadores também descobriram que as mulheres que estavam a tomar terapia hormonal não apresentaram um risco mais reduzido de desenvolver Parkinson.

Assim, os dados não apoiam um tratamento com hormonas exógenas, ou seja, hormonas que têm origem fora do organismo, para prevenir a Doença de Parkinson.

A análise dos registos de saúde, de um estudo da Iniciativa para Saúde das Mulheres, de 73 973 mulheres a passarem por uma menopausa natural também descobriu que as mulheres que tiveram quatro ou mais gravidezes tinham uma probabilidade 20 por cento maior de desenvolver Parkinson do que aquelas que estiveram grávidas três ou menos vezes.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/26/Natural_estrogen_may_protect_brain/UPI-23301235692613/

domingo, 1 de março de 2009

Novo fármaco pode melhorar locomoção de pacientes com esclerose múltipla

Resultados de um novo estudo sugerem que um fármaco experimental, denominado fampridina, é um tratamento seguro que pode melhorar a capacidade de andar de alguns pacientes com esclerose múltipla.

O Dr. Andrew D. Goodman, do Centro Médico da Universidade de Rochester, em Nova Iorque, concluiu que a melhoria funcional observada com a fampridina foi associada a uma redução da incapacidade de andar relatada pelos pacientes, sendo um benefício terapêutico clinicamente significativo.

O estudo, publicado na “The Lancet”, incluiu 301 pacientes, com qualquer forma de esclerose múltipla, que receberam aleatoriamente fampridina ou placebo diariamente durante 14 semanas. O estudo focou-se principalmente no tempo que os pacientes demoravam a caminhar cerca de 8 metros.

Trinta e cinco por cento dos pacientes que receberam fampridina caminharam mais depressa após terem recebido o fármaco do que antes do tratamento. Em contraste, apenas 8 por cento dos participantes no grupo do placebo demonstraram uma melhoria no tempo de caminhar.

Além disso, entre aqueles que apresentaram progressos, a média de melhoria na velocidade de andamento foi maior com a fampridina do que com o placebo: 25, 2 por cento contra 4,7 por cento.

Foram observados oito possíveis efeitos secundários relacionados com o tratamento com fampridina. Pensa-se que dois efeitos graves, convulsões e ansiedade severa, possam estar relacionados com o fármaco, embora investigações posteriores tenham sugerido que estes problemas podem ser resolvidos através de uma redução da dosagem.

A esclerose múltipla é uma doença do sistema nervoso provocada pela danificação do revestimento que protege as células nervosas. A doença afecta 2,5 milhões de pessoas globalmente e pode provocar queixas ligeiras em algumas pessoas e incapacidade permanente noutras. Os sintomas incluem entorpecimento ou fraqueza dos membros, perda de visão e uma dificuldades de locomoção.

Os estudos epidemiológicos apontam para a existência de 450 mil pessoas com esclerose múltipla só na Europa, sendo a incidência maior nos países nórdicos. Estima-se que o número de doentes em Portugal seja da ordem dos 5 mil.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/27/eline/links/20090227elin007.html

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Risco de coágulos sanguíneos ligados a voos de longa duração

A Sociedade Europeia de Cardiologia (SEC) referiu que mesmo as pessoas saudáveis podem desenvolver problemas trombóticos, ou seja, coágulos sanguíneos, num voo de quatro horas ou mais.

O Dr. Steen Kristensen, vice-presidente da SEC, referiu que os voos de longa distância estão associados a um aumento da trombose venosa profunda, que em alguns casos pode levar a uma embolia pulmonar (coágulos nos pulmões).

As pessoas que estão imobilizadas, grávidas, a tomar contraceptivos orais ou já tiveram uma trombose venosa no passado estão particularmente em risco. Para minimizar este risco é importante beber muitas bebidas não alcoólicas e andar, ou fazer algum exercício, antes e durante o voo. A utilização de meias de compressão é uma forma importante para alguns viajantes prevenirem a trombose venosa profunda.

Uma revisão da revista médica “The Lancet” sugere que o risco de tromboembolismo venoso aumenta quando a duração do voo excede as quatro horas. Este risco acrescido está relacionado com a imobilidade, desidratação e oxigénio reduzido na cabine, assim como a factores de risco individuais, tais como obesidade, cirurgia recente e predisposições para trombose.

O porta-voz da SEC, Kurt Huber, referiu que as pessoas com tendência para risco tromboembólico são aquelas com historial de trombose ou embolismo pulmonar, assim como aquelas com historial de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, fibrilhação auricular e imobilização física.

As pessoas saudáveis que podem desenvolver problemas trombóticos em voos de longa distancia são as mulheres grávidas, as mulheres que tomam contraceptivos orais e os idosos.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/25/Blood_clot_risk_linked_to_long-haul_flight/UPI-84701235615350/

Reduzir a pressão sanguínea beneficia pacientes em diálise

Investigadores australianos referiram que baixar a pressão sanguínea protege os pacientes em diálise contra eventos cardiovasculares major e morte.

O estudo, publicado na “The Lancet”, também revelou que o tratamento com fármacos para baixar a pressão sanguínea deve ser considerado regularmente para os pacientes que se submetem a diálise.

O Dr. Vlado Perkovic, do Instituto George para Saúde Internacional em Sidney, na Austrália, referiu que as pessoas que se submetem a diálise, devido a doença renal crónica, estão em elevado risco de eventos cardiovasculares e morte.

Todos os anos entre 10 e 20 por cento dos pacientes em diálise morrem, sendo que cerca de metade destas mortes se deve a causas cardiovasculares.

O Dr. Perkovic e colegas reviram sistematicamente oito ensaios aleatórios que avaliaram o efeito de baixar a pressão sanguínea em 1 679 pacientes adultos em diálise e que envolveram 495 eventos cardiovasculares.

No geral, as descobertas demonstraram que o tratamento com fármacos para baixar a pressão sanguínea foi associado a uma redução do risco das complicações cardiovasculares, da mortalidade por todas as causas e das mortes cardiovasculares, em comparação com os pacientes de controlo.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/26/Low_blood_pressure_aids_dialysis_patients/UPI-12721235625712/

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Fármaco para náusea ajuda a combater sintomas de abstinência de opióides

Investigadores norte-americanos concluíram que o tratamento com o fármaco ondansetrom – indicado para amenizar a naúsea decorrente da quimioterapia - pode ajudar a diminuir os sintomas de abstinência nos dependentes de morfina, oxicodona e outros fármacos opióides.

A equipa analisou, em ratos e em humanos, de que forma o ondansetrom poderia aliviar os sintomas de abstinência associada aos opiáceos.

Segundo revela o estudo publicado na revista «Pharmacogenetics and Genomics», e divulgado pela Reuters Health, os resultados indicaram que o tratamento com fármacos como o ondansetrom "pode fornecer parte da solução para problemas de saúde pública significativos associados à utilização de opióides".

Na análise que envolveu humanos, os investigadores constataram que oito voluntários saudáveis do sexo masculino - pré-tratados com placebo ou ondansetrom antes de receberem morfina, seguida de naloxona - os sintomas de abstinência foram significativamente reduzidos nos participantes que receberam ondansetrom.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.reutershealth.com/en/index.html

http://www.buenasalud.com/news/index.cfm?news_id=24311&mode=browse

http://www.sciencedaily.com/releases/2009/02/090217212255.htm

EMEA recomenda nova contra-indicação para aliscireno

Fármaco Razilez® encontra-se comercializado no mercado português

A Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) recomendou a inclusão de uma nova contra-indicação no folheto informativo dos medicamentos que contêm aliscireno, adverte o Infarmed em circular informativa.

A EMEA determina que esta substância não deve ser utilizada em doentes que tenham tido angioedema (inchaço dos tecidos subcutâneos), aquando de administrações anteriores de aliscireno.

O aliscireno está autorizado na União Europeia desde Agosto de 2007 para o tratamento de hipertensão arterial essencial (pressão arterial elevada sem causa identificável), sob a denominação de Rasilez®, Enviage®, Sprimeo®, Tekturna® e Riprazo®. O fármaco Razilez® encontra-se comercializado no mercado português.

A agência europeia recomenda, também, a inclusão de uma advertência relativa à necessidade de interromper o tratamento e procurar aconselhamento médico, caso os doentes desenvolvam sinais de angioedema.

De acordo com a nota do Infarmed, na sequência da notificação de casos de angioedema ou reacções semelhantes com medicamentos contendo aliscireno, o Comité de Medicamentos para Uso Humano da EMEA (CHMP) concluiu, após avaliação dos dados disponíveis, que o benefício dos medicamentos com aliscireno no tratamento da hipertensão essencial continua a suplantar os riscos, embora o angioedema possa ocorrer como um efeito secundário raro e grave associado a estes medicamentos.

O aliscireno está também autorizado em associação com a hidroclorotiazida, com a denominação de Rasilez HCT. Esta contra-indicação e advertência já estão contempladas no RCM e no FI deste medicamento.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/DETALHE_ALERTA?itemid=1300918

CE analisa dossier sobre farmácias privadas nos hospitais

A Comissão Europeia (CE) compromete-se a enviar uma resposta “no prazo de seis semanas” às dúvidas levantadas pela Ordem dos Farmacêuticos (OF) em relação à abertura de farmácias privadas nos hospitais.

A OF defende que a abertura de farmácias nos hospitais “coloca em causa a viabilidade económico-financeira das restantes farmácias comunitárias, correndo-se o risco de se verificar um encerramento forçado de centenas destas unidades.”

A carta enviada pela OF ao presidente da CE, José Manuel Durão Barroso, “levanta questões que requerem um exame pormenorizado actualmente em curso”, esclarece a Ordem no seu site.

Na opinião da OF, a abertura de farmácias privadas nos hospitais “coloca em causa a viabilidade económico-financeira das restantes farmácias comunitárias, correndo-se o risco de se verificar um encerramento forçado de centenas destas unidades.”

Raquel Garcez


Fonte:
http://www.ordemfarmaceuticos.pt/scid/ofWebInst/defaultArticleViewOne.asp?categoryID=1492&articleID=2641

Farmacêuticos entre os profissionais que os portugueses mais confiam

Os farmacêuticos estão entre as profissões que os portugueses mais confiam, revela o estudo “European Trusted Brands” realizado pela revista Reader´s Digest. A classe é apenas superada pelos bombeiros e pilotos de aviação.

Nove em cada dez pessoas inquiridas apontou o farmacêutico como o profissional de preferência, avança o site da Ordem dos Médicos com base no estudo efectuado anualmente pela revista Reader´s Digest aos seus 10.500 assinantes.


Numa lista de 20 profissões, sobressaem como “as mais confiáveis” as ligadas à área da Saúde, assumindo os farmacêuticos, enfermeiros e médicos, a terceira, quarta e quinta posições, respectivamente.


O inquérito – realizado desde 2000 - avalia as marcas e profissões em que as populações de 16 países europeus mais confiam e tem uma margem de erro de 3,4%.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.ordemfarmaceuticos.pt/scid/ofWebInst/defaultArticleViewOne.asp?categoryID=1492&articleID=2640

Vitaminas B reduzem risco de Degenerescência Macular da Idade

Investigadores norte-americanos referiram que tomar uma combinação de vitaminas B6 e B12 juntamente com ácido fólico parece reduzir o risco de Degenerescência Macular relacionada com a Idade (DMI) nas mulheres.

O Dr. William G. Christen, do Hospital Brigham e de Mulheres e da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, em Boston, e colegas conduziram um ensaio clínico aleatório envolvendo 5 442 mulheres com 40 anos ou mais que já sofriam de doença cardíaca ou, pelo menos, apresentavam três factores de risco.

Do total de mulheres, 5 205 não sofriam de DMI no início do estudo. Em Abril de 1998, estas mulheres receberam aleatoriamente placebo ou uma combinação de ácido fólico (2,5 miligramas por dia), hidrocloreto de piridoxina, ou seja, vitamina B6 (50 miligramas por dia), e cianocobalamina, uma forma sintética de vitamina B12 (1 miligrama por dia).

As participantes continuaram a terapia até Julho de 2005 e foram seguidas relativamente ao desenvolvimento da DMI até Novembro de 2005.

Durante uma média de 7,3 anos de tratamento e seguimento, foram documentados 137 novos casos de DMI, incluindo 70 casos que foram visualmente significativos, resultando numa acuidade visual de 20/30 ou pior.

As mulheres que tomaram os suplementos apresentaram um risco 34 por cento menor de qualquer Degenerescência Macular relacionada com a Idade e um risco 41 por cento menor de DMI visualmente significativa.

Os autores do estudo referiram que o efeito benéfico do tratamento começou a emergir aproximadamente após dois anos e persistiu ao longo do estudo.

A DMI é uma doença degenerativa da retina que afecta a mácula, a parte central da retina, responsável pela visão nítida e focada das formas e das cores. Como o próprio nome indica, está relacionada com a idade e começa a surgir depois dos 50 anos.

Em Portugal, estima-se que cerca de 45 mil pessoas entre os 50 e os 59 anos tenham DMI. Este número sobe para perto de 100 mil afectados entre os 60 e os 69 anos e para quase 300 mil acima dos 70 anos.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/25/B_vitamins_reduce_macular_degeneration/UPI-62671235539499/
http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/2/cnt_id/859/