sexta-feira, 8 de junho de 2007

Humira aprovado para a Doença de Crohn na Europa

A farmacêutica Abbott recebeu a aprovação da Comissão Europeia para o Humira no tratamento da forma mais grave da doença de Crohn. Depois de, em Fevereiro, a norte-americana FDA ter aprovado a sua administração para aquela patologia, e de o referido fármaco estar já a ser utilizado nos Estados Unidos e na Europa para o tratamento da artrite reumatóide, da psoríase e da espondilite anquilosante, esta é uma boa notícia para aqueles doentes crónicos.

Tal como o «Farmácia e Medicamento» tinha já noticiado, o adalimumab (princípio activo do Humira) mostrou ser capaz de reduzir em 60 por cento em apenas um ano o risco de internamento nos doentes de Crohn, renovando a esperança numa melhor qualidade de vida e sobrevivência à doença, e assumindo-se como terapia mais eficaz do que alguns dos tratamentos anteriormente disponíveis, a que alguns pacientes desenvolveram resistência. Depois de, no início de Maio, ter recebido do comité científico da Agência Europeia do Medicamento autorização para ser usado no tratamento desta doença, o Humira tornou-se o primeiro medicamento biológico auto-administrado com aquela finalidade.

A Doença de Crohn consiste numa patologia grave, que afecta mais de um milhão de pessoas só na Europa e na América do Norte. Em Portugal são registados 200 a 300 novos casos por ano. Podendo ser diagnosticada a qualquer momento da vida do paciente, surge mais comummente em adolescentes e adultos jovens, que poderão ter de ser hospitalizados em virtude de sintomas como febre, vómitos e diarreias, obstrução intestinal e infecções, que muitas vezes tornam necessária a intervenção cirúrgica. Ainda sem causa conhecida, o surgimento da Doença de Crohn poderá estar associado à alimentação e ao desenvolvimento urbano e industrial, uma vez que é mais prevalente em sociedades mais desenvolvidas.

Carla Teixeira
Fontes: Forbes, First Word, Tribuna Médica Press, PM Farma e site do Humira

1 comentário:

Rui Borges disse...

Bom artigo.

NOTA:
"comissão" em vez de "comité"
"jovens adultos" em vez de "adultos jovens"