segunda-feira, 18 de junho de 2007

GSK quer lançar cinco novos medicamentos contra o cancro até 2010

A GlaxoSmithKline (GSK), anunciou hoje em Londres, durante uma conferência destinada a analistas e investidores, que entre 2007 e 2010, espera lançar cinco novos medicamentos para o combate ao cancro.

De acordo com Moncef Slaoui , presidente da R&D, GSK “nos próximos três anos, a GSK fará a diferença para milhões de pacientes com cancro”.

Estes novos medicamentos encontram-se ainda em fase de testes, mas poderão representar um bom avanço no tratamento do cancro renal, cervical, ITP, Emesis e NHL/CLL.

A GSK encontra-se “a desenvolver medicamentos para combater 12 tipos de cancro diferentes, desde o tratamento pioneiro com o Tykerb, a vacinas para prevenção e tratamento do cancro”, afirma Slaoui.

O Tykerb, é um novo tratamento oral para o cancro da mama, da GSK, que nos Estados Unidos tem conhecido uma forte aceitação, sendo já utilizado no tratamento de 3.000 doentes, desde Março.

A GSK pretende afirmar-se, cada vez mais, na área da investigação oncológica.”Vamos lançar um número sem precedentes de produtos para tratamento, prevenção e apoio dos doentes com cancro” avisa Paolo Paoletti, do Centro de Desenvolvimento de Medicina Oncológica, da GSK.

O mercado oncológico movimenta 20 biliões de dólares e anualmente regista um crescimento na ordem dos 20%.

Medicamentos em causa

Entre os medicamentos hoje apresentados, encontra-se o Cervarix, uma nova esperança na prevenção do cancro cervical, cujos resultados têm sido animadores..

O Pazopanib, cujos resultados têm sido também muito positivos, destina-se ao tratamento do carcinoma renal e motivou já diversos estudos, no sentido de aplicar este medicamento ao tratamento de mais 11 tipos de cancro.

O Promacta, indicado para o tratamento da thrombocytopenia (ITP), revelou ser eficaz no aumento das plaquetas, reduzindo as hemorragias nos pacientes que sofrem de ITP. A sua utilização no tratamento desta doença, deverá ser aprovada ainda este ano.

O Rezonic, em combinação com o Zofran, registou resultados muito optimistas no tratamento da emesis. A combinação destes dois medicamentos foi hoje apresentada, até então apenas o Zofran era utilizado neste tratamento, mas a sua junção com o Rezonic revelou significativos progressos.

Estes cinco novos medicamentos deverão ser lançados num prazo máximo de três anos, encontrando-se ainda em fase de teste.

Inês de Matos

Fonte: PharmaLive

2 comentários:

ptcp disse...

Excelente artigo Inês.
Apenas algumas correcções: "presidente da R&D, GSK", R&D, GSK refere-se ao departamento de Research & Development que em português é identificado por "departamento de Investigação & Desenvolvimento da GSK".
"Paciente" dir-se-á, mais correctamente "doente".
Com alguma pesquisa consegue chegar à nomenclatura correcta das patologias que cita. Escreveu: "Estes novos medicamentos encontram-se ainda em fase de testes, mas poderão representar um bom avanço no tratamento do cancro renal, cervical, ITP, Emesis e NHL/CLL."; foi corrigido por: "Estes novos medicamentos encontram-se ainda em fase de testes, mas poderão representar um bom avanço no tratamento de várias patologias: carcinoma das células renais, prevenção do cancro cervical, trombocitopenia idiopática púrpura (ITP), emese, leucemia linfocítica crónica e linfoma não-Hodgkin." (emese é o termo medico-científico para vómitos)
"Thrombocytopenia" em português será "trombocitopenia".
"mas a sua junção com o Rezonic" por "mas a sua combinação", os fármacos combinam-se não se juntam.

As correcções são técnicas e como jornalista não tem de dominar os termos correctos, de qualquer forma revelam alguma falta de pesquisa relativamente à informação que cita.
Mas reconhecemos a boa qualidade geral do artigo.

Rui Borges disse...

Erro sintático

"A GlaxoSmithKline (GSK), anunciou hoje em Londres, durante uma conferência destinada a analistas e investidores, que entre 2007 e 2010, espera lançar cinco novos medicamentos para o combate ao cancro."

Separar o sujeito (GlaxoSmithKline) do predicado (anunciou) com uma virgula é um erro gravíssimo de portugês e no qual nenhum jornalista deve incorrer.

O erro torna-se ainda mais grave quando acontece diversas vezes na mesma frase: "(...) que entre 2007 e 2010, espera lançar cinco novos (...)".