segunda-feira, 18 de junho de 2007

Teleassistência a idosos: alarme com botão de pânico

50% com mais de 80 anos sofrem quedas

O envelhecimento da população portuguesa coloca enormes desafios à sociedade. Em 2004, cerca de 17 por cento da população tinha 65 ou mais anos. De acordo com estudos do INE (Instituto Nacional de Estatística), esta percentagem irá duplicar para 32 por cento, em 2050.

Os números constatam ainda que, cerca de 30% dos indivíduos com 65 ou mais anos sofrem quedas em casa. Um valor que sobe para 50% no grupo dos indivíduos com 80 ou mais anos, aumentando, também, a gravidade das consequências destes acidentes.

No sentido de dar resposta a esta problemática e para ajudar os idosos em situações de emergência dentro das suas casas (quedas, mal-estar, dor, entre outras), foi criado um dispositivo inovador: Primus Care Alarme - um sistema de alarme por teleassistência direccionado para os idosos que necessitem de cuidados e apoio continuados.

Enfermeiros e médicos respondem

Segundo o mentor do dispositivo, João Zorro Gonçalves, “a avaliação inicial será feita por uma equipa de profissionais (enfermeiros, médicos e fisioterapeutas) que decidirá com o cliente e família, o período e apoio necessários em função dos diagnósticos médico e de enfermagem, tendo sempre em consideração as necessidades individuais e familiares do cliente.”
O responsável explicou que “o alarme é accionado através de um botão de pânico, que pode ser utilizado no pescoço ou no pulso e faz uma ligação ao centro de atendimento telefónico através de uma unidade central montada em casa da pessoa.”

Em situação de emergência, mesmo a distâncias consideráveis do aparelho, João Gonçalves esclareceu que o idoso poderá falar com o operador para que este avalie a situação e accione a resposta necessária.
“Nos casos em que o idoso não possa falar, de imediato são efectuados os contactos necessários (familiares, vizinhos ou ambulância) para o socorro. O sistema pode ainda incluir outros acessórios, como detectores de gás ou de água”, frisou.

O representante do produto inovador considera que “a vida autónoma e condigna dos seniores nas suas casas é um factor primordial para o desenvolvimento da sociedade portuguesa, uma vez que esta está envelhecida”, reforçando que, deste modo, “é urgente criar condições que sustentem a manutenção, ou mesmo, o aumento da qualidade de vida dos idosos.”

Raquel Pacheco
Fonte: Hospital do Futuro/Fórum Enfermagem