segunda-feira, 2 de julho de 2007

Consumo de Tabaco matará um bilião de pessoas no século XXI

A Organização Mundial de Saúde (OMS), fez as contas e calcula que um bilião de pessoas morrerá durante este século, vitima de doenças associadas ao consumo de tabaco.

“O tabaco é perigoso, mata metade dos seus consumidores”, o alerta foi feito por Douglas Bettcher, responsável pela iniciativa Tobacco Free da OMS, durante uma conferência internacional em Banguecoque, que tem como principais objectivos conseguir a proibição da publicidade das marcas de tabaco em eventos mundiais, como é o caso da Formula 1, e a criação de legislação contra o consumo de cigarros.

De facto, todos os anos morrem 5.4 milhões de pessoas em todo o mundo por causa do consumo de tabaco, sendo que metade destas mortes são registadas nos países desenvolvidos, o equivalente à queda de um avião jumbo por hora.

É nos países desenvolvidos que as taxas de tabagismo mais têm subido, o que tem levado também ao aumento do número de mortes relacionadas com o vicio do tabaco, nomeadamente ao nível dos adolescentes, cujo número de mortes por tabagismo deverá chegar aos 8.3 milhões, nos próximos 20 anos.

Todavia, a realidade poderá ser diferente se os países, tanto os desenvolvidos como os mais pobres, tomarem medidas rigorosas contra o consumo de tabaco, como o aumento do imposto sobre o tabaco, a proibição total do consumo de cigarros nos locais de trabalho, para além da criação de espaços completamente livres de fumo.

No entanto, o responsável da OMS manifesta-se contra a criação de espaços dentro dos estabelecimentos reservados a fumadores, “pois não existe um nível seguro de exposição ao fumo” e “está já comprovado cientificamente” que mesmo com ventilação e filtragem do ar, esta áreas são ineficazes.

Bettcher acredita que esta é “uma epidemia que pode ser prevenida”, dando o exemplo da Tailândia, Singapura e Austrália, países onde as leis contra o consumo de tabaco levaram muitos a abandonar o vicio. Se os governos tomarem medidas preventivas poderão salvar-se mais de 200 milhões de vidas até 2050.

Inês de Matos

Fonte: Reuters

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