segunda-feira, 2 de julho de 2007

“Dietas milagrosas” na mira do governo espanhol

As chamadas “dietas milagrosas” estão a partir de hoje na mira do governo espanhol, que lançou uma campanha de esclarecimento, a cargo da Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutrição (AESAN), do Ministério da Saúde, por considerar que estas dietas estão "no limite da publicidade enganosa", representando mesmo graves riscos para a saúde pública.

No Verão, as campanhas publicitárias sobre dietas milagrosas tendem a aumentar, dai que o governo espanhol tenha decidido agora disponibilizar informação "verdadeira, comparada e de qualidade", sobre os riscos para a saúde das chamadas "dietas milagrosas”, justificou em conferência de imprensa, Elena Salgado, ministra da saúde espanhola.

Os conteúdos que estarão disponíveis on-line, serão preparados por profissionais de nutrição e de endocrinologia, de forma a garantir aos cidadãos a confiabilidade da informação, esclarecendo também sobre a forma mais saudável de perder peso.

De acordo com a ministra, a campanha agora lançada pretende fornecer um "instrumento eficaz" ao consumidor para que "comprove" as recomendações das dietas divulgadas nos meios de comunicação e que, em muitos casos, "carecem de rigor científico ou de supervisão médica".

Numa primeira fase o governo espanhol não avançará com outras medidas para controlar a proliferação destas mensagens publicitárias, já que os alimentos propostos "são legais" e a falsidade das promessas é "difícil de provar", esclareceu a ministra.

A publicidade garante resultados rápidos e fáceis, passando a mensagem de que a dieta se pode "cumprir sem esforços" e que é "completamente segura e sem riscos para a saúde".

Mas a realidade é outra, o que deixa Elena Salgado "especialmente preocupada", pois estas dietas podem ter um impacto desastroso na saúde dos jovens e adolescentes, abrindo a porta a transtornos alimentares como a bulimia e a anorexia, sendo por isso recomendável falar com o médico de família antes de qualquer dieta.

Inês de Matos

Fonte: Lusa

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