sábado, 7 de julho de 2007

Vacina oral polivalente para a toxina botulínica, BT-VACC™, recebeu Patente Europeia

A DOR BioPharma, Inc. anunciou que a Organização Europeia de Patentes (OEP) concedeu uma patente, EP 1024827 B1, com reivindicações relacionadas com a vacinação oral utilizando formas mutadas não-tóxicas da neurotoxina botulínica, como vacina para prevenir a exposição à toxina botulínica.

A Patente Europeia segue a atribuição de uma patente nos Estados Unidos, U.S. 6,051,239, que foi concedida em Abril de 2000, e que contém reivindicações semelhantes para a vacinação oral.
Tanto a Patente Europeia, emitida recentemente, como a anterior emitida nos Estados Unidos têm origem no trabalho do Dr. Lance Simpson, da Universidade Thomas Jefferson, que demonstra que formas mutadas da toxina botulínica podem ser administradas oralmente para induzir imunidade protectora à exposição natural à toxina. As reivindicações na Patente Europeia fornecem protecção para o uso de certos mutantes não-tóxicos da toxina botulínica que são capazes de transitar dos intestinos para a circulação geral, por via de uma vacina oral.

O Presidente da DOR, Christopher J. Schaber, disse que na companhia se acredita que a vacinação oral irá fornecer vantagens em relação a vacinas injectáveis de botulínica, devido à facilidade de administração e rápida distribuição, que pode facilitar inoculações em massa, caso seja necessário. Acrescentou ainda que esperam fornecer a vacina tanto para uso civil como militar.

A DOR anunciou recentemente a publicação dos resultados chave da BT-VACC™ que demonstram que a imunização mucosa, com uma versão polivalente da vacina, induz uma resposta imune robusta que resulta na protecção contra os diversos serotipos naturais da toxina botulínica. A BT-VACC™ é constituída por um componente da cadeia pesada de cada um que dos serotipos A, B e E da toxina botulínica. O componente da cadeia pesada não tem a região da toxina que é responsável por bloquear as funções neurotransmissoras. As subunidades podem ligar-se avidamente aos receptores na superfície das células mucosas e atravessar o tecido pulmonar e gastrointestinal para estimular a imunidade. Como as subunidades de ligação não contêm a parte tóxica da molécula, a vacina é segura e estimula os anticorpos, não só do sangue, mas também aqueles que revestem as superfícies mucosas. São esses anticorpos, que estão presentes nas secreções pulmonares e gastrointestinais, que irão bloquear a toxina antes destas entrarem na corrente sanguínea e chegarem aos nervos periféricos.

A toxina botulínica
A toxina botulínica é uma neurotoxina extremamente potente, de origem bacteriológica, que inibe a função dos nervos periféricos, causando paralisia flácida muscular descendente grave e frequentemente fatal. O botulismo natural resultante da ingestão da toxina através de alimentos contaminados é muito raro, mas artificialmente o botulismo pode também resultar de bioterrorismo ou de armas biológicas. Visto que quantidades extremamente pequenas da toxina podem causar efeitos neurológicos, é categorizada como ameaça biológica de categoria A pelo Centro de Controlo de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A toxina pode entrar no organismo muito eficazmente pelo tecido pulmonar e pelo tracto gastrointestinal, fazendo da ameaça de contaminação alimentar propositada, com a toxina botulínica, uma possibilidade real como arma biológica.

Vacinas da toxina botulínica
A vacinação é considerada como sendo a melhor opção na prevenção de efeitos neurológicos da exposição à toxina. Devido à raridade da doença de forma natural, a vacina não seria utilizada em programas de imunização da população em massa, a não ser que houvesse uma ameaça significativa. Nesse caso, a vacina teria de ser tornada disponível para disseminação abrangente, para uma rápida e conveniente vacinação de uma população vasta. A única vacina disponível é uma vacina experimental, baseada na desactivação de uma mistura de serotipos da toxina natural, que é administrada através de uma injecção, contudo não está licenciada pela FDA e não pode ser utilizada para imunização difundida. Novas vacinas polivalentes baseadas em subunidades não-tóxicas estão a ser desenvolvidas, incluindo a BT-VACC™.

Isabel Marques

Fontes: Pharmalive

Hospital Universitário de Coimbra realiza centésimo transplante cardíaco

O Centro de Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) anunciou hoje a realização do centésimo transplante cardíaco efectuado nesta unidade, desde o final de 2004, altura em que aí teve inicio o serviço de transplantação cardíaca.

O centro, dirigido pelo cirurgião e professor catedrático, Manuel Antunes, efectua já cerca de dois terços das transplantações cardíacas nacionais, representando um importante recurso para suprir “as necessidades do país nesta área de actividade, anteriormente extremamente deficitária”.

O centésimo transplante cardíaco foi realizado na passada quarta-feira, num jornalista lisboeta que, garante Manuel Antunes, se encontra já “em franca recuperação, tendo já iniciado a sua convalescença física”.

Para o professor, o número de transplantes realizados constitui “um feito notável, que coloca o Centro também numa posição de destaque entre os centros de transplantação mais activos da Europa”.

Até à data, os resultados têm sido excelentes, “com uma taxa de sucesso imediato de 97% e uma sobrevivência superior a 89% aos três anos, comparam-se favoravelmente aos da maior parte dos centros de transplantação cardíaca mundiais”.

O centro de transplantação cardíaca de Coimbra recebeu, ao longo destes dois anos e meio, pacientes oriundos de todo o pais, “o que significa que o Centro se tornou num serviço de referência nacional também neste tipo de intervenções”, acrescenta o cirurgião.

Para a próxima segunda-feira está marcada um conferência de imprensa, onde serão divulgados mais dados sobre a actividade do Centro de Cirurgia Cardiotorácica de Coimbra.

Inês de Matos

Fonte: Sol

Tailândia pretende comprar dois milhões de doses do genérico do Plavix

O governo tailandês anunciou que planeia adquirir, na Índia, dois milhões de doses do genérico do Plavix (clopidogrel) da Bristol-Myers Squibb e da Sanofi-Aventis. O governo da Tailândia aprovou, em Janeiro, licenças compulsivas para as versões genéricas do medicamento.

O Presidente da Organização Farmacêutica Governamental Tailandesa, Vichai Chokevivat, revelou que cerca de quatro companhias indianas estão a fazer ofertas pelo contrato, e o governo tenciona pagar entre 5 bahts (16 cêntimos) e 5,50 bahts por comprimido. O abastecimento irá ajudar a responder às necessidades da Tailândia de cerca de quatro milhões a cinco milhões de comprimidos de Plavix por ano e cortar nas despesas dos tratamentos dos pacientes mais pobres com doenças cardíacas.

Segundo o que foi comunicado, a Sanofi-Aventis propôs, em Março, vender o Plavix a 27 bahts o comprimido, e fornecer 3,4 milhões de comprimidos ao preço de um milhão. Acerca do que foi divulgado nas notícias, o porta-voz da Sanofi-Aventis, Jean-Marc Podvin, referiu que a companhia não chegou a receber uma resposta formal à sua oferta de vender o fármaco com desconto. A farmacêutica propôs um programa que iria permitir ao Ministério da Saúde Pública tailandês fornecer o Plavix sem custos adicionais. Contudo, o Ministério concentrou-se somente no preço e insistiu em encontrar genéricos do Plavix de qualidade desconhecida.

O Plavix, o terceiro medicamento mais vendido, com 6,1 mil milhões de dólares de receitas, está protegido por uma patente. A Tailândia está a utilizar uma cláusula da Organização Mundial do Comércio que permite aos governos autorizar a produção de fármacos genéricos sem o consentimento dos donos das patentes, em alguns casos.

A Tailândia está actualmente a comprar a versão genérica do fármaco para o VIH, efavirenz, comercializado pela Merck & Co. como Stocrin e pela Bristol-Myers Squibb como Sustiva, a uma unidade indiana da Mylan Laboratories Inc. Para além disso, o governo está ainda em processo de encomendar outros genéricos de medicamentos para a SIDA: o Kaletra, da Matrix, e a sua versão actualizada, o Aluvia, da Abbott Laboratories.

O governo da Tailândia afirma que copiar os fármacos irá permitir que se forneça medicamentos gratuitamente a uma grande parte dos cidadãos mais pobres do país, incluindo os 220 000 infectados com VIH.

Isabel Marques

Fontes: Firstword, Bloomberg

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Ixabepilona demonstra resultados positivos ensaio clínico de Fase II


A farmacêutica norte-americana Bristol-Myers Squibb revelou que a ixabepilona, um fármaco experimental contra o cancro da mama, demonstrou actividade em doentes portadores da doença que se mostraram resistentes a três tipos comuns de quimioterapia.

Os resultados do ensaio clínico de Fase II mostraram que a substância obteve resultados positivos em doentes que previamente tinham sido tratados com quimioterapia, incluindo antraciclina, taxane e capecitabina. As conclusões do estudo, que envolveu 126 pacientes, deverão ser publicados em Agosto no “Journal of Clinical Oncology”, avançou o laboratório.

A Bristol-Myers Squibb garantiu recentemente uma revisão prioritária por parte da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drugs Administration - FDA) para a ixabepilona. A entidade reguladora deverá emitir um parecer acerca do medicamento no final de Outubro.

O objectivo da farmacêutica é utilizar a substância no tratamento de doentes com cancro da mama em fase avançada que não reagiram ao tratamento prévio com quimioterapia.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, CNN Money, Forbes.

Eli Lilly cede direitos do Distaclor à Pharmalink

A Eli Lilly & Company, divisão Indiana da farmacêutica norte-americana Eli Lilly, cedeu os direitos de comercialização do seu primeiro antibiótico de amplo espectro, o Distaclor (Cefaclor) à Pharmalink, uma subsidiária da Quintiles International.

O medicamento, utilizado no tratamento de otites, infecções na pele, bronquite e infecções do trato respiratório, é comercializado na Índia, pela Eli Lilly, desde 1993. O novo acordo é valido apenas para a Índia e o Nepal.

“Esta acção está completamente alinhada na nossa estratégia global de introduzir produtos novos e inovadores da forte linha da investigação da Lilly”, afirmou Sandeep Gupts, representante da empresa indiana.

Pertencente à família do Cefaclor, o Distaclor é uma cefalosporina, um fármaco que interfere na síntese da parede celular do peptidoglicano via inibição de enzimas envolvidas no processo de transpeptidação.

Marta Bilro

Fonte: The Financial Express, PharmaAsia.

Pfizer e Novartis chegam a acordo no caso do Zithromax

A Pfizer chegou a acordo num processo judicial instituído contra a farmacêutica suíça Novartis por alegada violação da patente norte-americana do Zithromax (Azitromicina), um antibiótico utilizado no tratamento de infecções respiratórias, otites e infecções genitais.

O laboratório norte-americano processou a Novartis e a Sandoz, a sua unidade norte-americana de genéricos, em Fevereiro de 2006, referindo que estaria a ser “irreparavelmente prejudicada” pela utilização de fórmulas da sua invenção de azitromicina por parte das empresas rivais. De acordo com o tribunal, as empresas “chegaram a acordo em todas as alegações” relacionadas com a patente do medicamento.

No espaço de um ano a Pfizer contabiliza já dois acordos relativos à patente do Zithromax. Em Novembro de 2006, o laboratório israelita Teva Pharmaceutical Industries disponibilizou-se a pagar à Pfizer cerca de 51 milhões de euros para adquirir os direitos de produzir medicamentos semelhantes ao Zithromax e ao Idamycin.

Depois do término da patente norte-americana da azitromicina, em 2005, a Pfizer deparou-se com uma quebra vertiginosa nas vendas do Zithromax, uma vez que várias farmacêuticas colocaram no mercado versões semelhantes do produto. Em 2005 a Pfizer arrecadou cerca de 1,5 mil milhões de euros com as vendas do Zithromax, as quais não ultrapassaram os 468 milhões de euros no ano passado.

Marta Bilro

Fonte: STLtoday, Medical Marketing & Media.

Medicamentos abortivos: mulheres ainda compram em Espanha

Citotec é vendido no país vizinho sem receita médica e ao preço de 12 euros



Há mulheres portuguesas que ainda recorrem a Espanha para comprar medicamentos abortivos. Esta situação acontece devido à recusa de alguns hospitais em praticar a interrupção voluntária da gravidez (IVG). Outro motivo apontado é o factor preço.


A nova regulamentação da lei da IVG entra em vigor dia 15 de julho, no entanto, o hospital de Matosinhos (Porto) e o São Francisco Xavier ( Lisboa), já informaram que não vão praticar a IVG pelo facto de todos os médicos terem invocado objecção de consciência. Hoje, o Hospital de São Bernardo ( Setúbal) também afimou “discordar da nova legislação.”

Segundo informou uma funcionária daquela unidade de saúde, o hospital discorda “da nova legislação”, regendo-se, por isso, ainda “pela lei antiga.”

A afirmação surgiu numa reacção espoletada com base nas de declarações de várias mulheres à Agência Lusa. As mulheres revelavam ter recorrido ao país vizinho para comprar o Citotec, (fármaco abortivo vendido em Espanha sem receita médica).

O Citotec tem um custo de 12 euros (em Espanha). Argumento, também, usado por uma das mulheres que, confidenciou à mesma fonte (Lusa), ter-se dirigido a uma clínica da região, mas que perante o valor de 475 euros, recuou de imediato: “Com esse dinheiro, dá para ir a Espanha comprar o medicamento e voltar e ainda sobra bastante”, sustentou.

Confrontado com as situações vividas pelas mulheres e denunciadas pelo Movimento Democrático de Mulheres, o Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) clarificou somente que o serviço de ginecologia e obstetrícia da estrutura “tem respondido às necessidades da legislação anterior relativa à Interrupção Voluntária da Gravidez ainda em vigor.”


IVG em três hospitais

Até ao momento, os hospitais de Portimão, Garcia de Orta, em Almada, e a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, são as únicas unidades de saúde portuguesas a praticar abortos a pedido da mulher.

De acordo com o presidente da Comissão de Saúde Materna, Jorge Branco, estas unidades deverão juntar-se a 12 hospitais da Administração Regional de Saúde do Norte que, a partir de segunda-feira (dia 9), começam a realizar abortos a pedido da mulher até às dez semanas.

Raquel Pacheco

Fonte: Lusa/Fábrica de Conteúdos/Sol

Tolevamer ineficaz no tratamento de diarreia causada por antibióticos

A Genzyme, empresa líder no mercado mundial de biotecnologia, anunciou que a última fase de ensaios clínicos do Tolevamer não indicou quaisquer benefícios extra relativamente a outro antibiótico comum com a mesma indicação terapêutica. O novo fármaco destinava-se ao tratamento da diarreia relacionada com o Clostridium difficile, uma infecção que produz duas toxinas que podem danificar a mucosa do intestino grosso.

O objectivo dos ensaios clínicos era demonstrar que o Tolevamer era mais eficaz do que a vancomicina no tratamento de 1.100 pacientes que sofriam de diarreia associada à infecção por Clostridium difficile. Apesar de ser segura, bem tolerada e das infecções recorrentes serem raras, o medicamento não demonstrou eficácia suficiente, afirmou a Genzyme. A divulgação destas conclusões resultou numa quebra de 5 por cento nas acções da empresa.

O novo fármaco era já considerado um dos mais promissores na sua linha de acção. No entanto, as novas conclusões vieram contrastar com as descobertas da Fase II de ensaios clínicos que davam conta de uma fórmula oral sólida de Tolevamer que cumpria o seu objectivo primário de não ser inferior quando comparado com a vancomicina. “Estes são resultados decepcionantes que alteram as nossas expectativas acerca do potencial de comercialização do Tolevamer num futuro próximo”, afirmou Henri Termeer, director executivo da Genzyme.

O Tolevamer pretendia ser o primeiro medicamento não-antibiótico para o tratamento deste tipo de diarreia causada por uma bactéria que se pode desenvolver e provocar uma infecção intestinal, frequentemente originada pela toma de antibióticos. A Genzyme adiantou que o Tolevamer líquido está a ser alvo de um segundo ensaio em fase final, cujos resultados deverão ser revelados ainda este ano. Os analistas da Cowen & Co. previam que o pico de vendas do novo medicamento pudesse atingir os 147 milhões de euros caso fosse demonstrada a sua eficácia na prevenção do reaparecimento desta infecção.

De acordo com o portal Ciência Hoje, o Clostridium difficile é a principal razão dos casos de diarreia infecciosa contraídos nos hospitais, podendo provocar colite aguda, que pode ter como consequência a remoção de parte do intestino ou até a morte. Contrariamente a outras bactérias, que podem ganhar resistência aos medicamentos utilizados para as eliminar, a Clostridium difficile desenvolve uma reacção peculiar aos antibióticos utilizados para doenças como a pneumonia. Os sintomas começam habitualmente enquanto a pessoa está a tomar os antibióticos. No entanto, em 75 por cento dos pacientes os sintomas surgem entre 1 e 10 dias depois da suspensão do tratamento e em algumas pessoas até depois de 6 semanas.

Marta Bilro

Fonte: The Earth Times, CNN Money, Forbes, Reuters, Manual Merck, Ciência Hoje.

Porque não deve tomar o mesmo medicamento do seu vizinho ou amigo?

Duas pessoas não reagem da mesma forma ao tomar o mesmo medicamento. Desta maneira deve sempre consultar o seu médico ou farmacêutico, antes de ingerir qualquer medicamento.

A acção esperada dos medicamentos pode variar de uma pessoa para a pessoa. Umas reagem melhor e outras nem tanto.

Isso acontece devido a vários factores. Os principais estão relacionados com o próprio doente, como o ambiente em que ele vive, a reacção aos medicamentos, condições genéticas, factores ambientais e alimentação.

Depois existem outros factores, ligados com a admistração do medicamento. Quando um remédio é para ser tomado de 6 em 6 horas, não deve ser tomado passado 8h. Quando um comprimido é para ser engolido não deve ser trincado. Quando um comprimido é para tomar antes das refeições não deve ser tomado após.

Todos estes procedimentos, incorrectos, podem levar a efeitos não desejáveis por parte do paciente.

Liliana Duarte

Fonte: Portal da Saúde Brasil

Saúde Oral- Gengivite

A higiene oral, em Portugal, continua a ser um ponto da saúde a apostar. Os individuos não vão com regularidade ao dentista e muitas vezes quando vão já não conseguem resolver a tempo os problemas.

Quando ao lavar os dentes, ocorre sangramento gengival, pode ser um sinal de gengivite, uma inflamação da gengiva, causada pela presença de placa bacteriana e tártato nos dentes.

Os principais sintomas são: gengiva avermelhada e inchada e ocorre sangramento ao escovar normalmente os dentes. O sangramento é o melhor sinal da gengivite, mostrando ao indivíduo que aquele local necessita de maiores cuidados durante a lavagem.

O tratamento passa por uma ida ao dentista e na redução da frequencia de ingestão de açúcares, assim como, ter por hábito lavar os dentes sempre após as refeições.

Desta forma dá-se a redução da formação da placa bacteriana e consequentemente da gengivite.

Liliana Duarte

Fonte: Portal Saúde

Veropharm na rota de interesses da GlaxoSmithKline

A GlaxoSmithKline poderá estar interessada em adquirir os 36,6 por cento disponíveis da Veropharm, uma empresa russa produtora de medicamentos genéricos. As negociações não foram confirmadas por nenhuma das partes, porém, fontes não oficiais avançam que a corretora Troyka Dialog está a fornecer aconselhamento acerca da possível aquisição.

Esta transacção permitiria ao laboratório britânico aumentar a sua quota de mercado mas também agradar aos produtores locais que têm preferências por vários programas sociais estatais sobre provisões de medicamentos.

No caso da Veropharm, a venda desta fatia da empresa representa uma ajuda para fazer frente à dívida actual, que ascende aos 195 milhões de euros. A Veropharm é uma produtora farmacêutica líder no mercado russo e a mais bem sucedida ao nível das vendas no ramo da oncologia e de emplastros.

De acordo com os analistas da Pharmexpert, a Veropharm foi considerada, em 2005, a empresa em maior expansão no âmbito oncológico, com uma quota de mercado de 60,9 por cento entre os produtores russos.

Marta Bilro

Fonte: PMR Business, Veropharm.ru

Cataratas

Em cada etapa da vida, as pessoas têm maior probabilidade de desenvolver determinados tipos de doenças.

A catarata é uma dessas doenças. Quando a origem é o envelhecimento, designa-se de catarata senil e costuma desenvolver-se por volta, ou a partir dos 50 anos.

A catarata pode ter várias causas. Para que seja tratada adequadamente e não cause sustos desnecessários, é muito importante ter conhecimento sobre a doença e procurar ajuda médica, logo que os primeiros sintomas apareçam.

A catarata é caracterizada pela opacidade do cristalino, uma estrutura transparente, cuja função é servir de lente para o olho.

O primeiro sintoma da catarata é a diminuição da acuidade visual. O paciente também pode ver manchas escuras no campo de visão. A catarata não provoca dores ou avermelhamento dos olhos.

Geralmente, é possível ver uma opacidade branca no olho. Além disso, a visão também fica alterada conforme a quantidade de luz.

O diagnóstico da doença é feito pela observação da opacidade branca no olho e também por aparelhos oftalmológicos .

Há vários tipos de intervenções cirúrgicas que impedem a progressão da doença. Várias técnicas podem ser utilizadas, como é o caso do laser.

Para prevenir a doença deve-se consultar um oftalmologista uma vez por ano, independentemente do facto de apresentar sintomas ou não. Dessa forma, o médico pode acompanhar alterações com exames mais precisos e diagnosticar problemas com maior antecedência, preservando, assim, a vida do doente.


Liliana Duarte

Fonte: Portal Saúde Brasil Net

GlaxoSmithKline perto da vacina para a dengue

A farmacêutica GlaxoSmithKline deverá estar a um passo de desenvolver a primeira vacina contra a dengue, revela um relatório recentemente divulgado. Esta infecção causada por arbovírus aparece esporadicamente em Portugal, no entanto, alguns países nos trópicos e subtrópicos enfrentam, frequentemente, surtos graves da doença.

De acordo com Jean Stephenne, presidente da GlaxoSmithKline Biologicals, os ensaios clínicos de Fase II deverão começar na Tailândia, no início do próximo ano, e envolvem mais de 3.000 pessoas. “Temos estado a trabalhar na vacina da dengue em conjunto com o Exército dos Estados Unidos da América há cerca de 10 anos”, afirmou o responsável em declarações ao The Straits Times.

De acordo com Stephenne, durante a primeira parte do processo, a vacina foi testada em 200 pessoas nos EUA, tendo demonstrado segurança e eficácia. Logo que os ensaios de Fase II sejam concluídos, a substância deverá passar à última fase de ensaios clínicos, de modo a testar a sua eficácia em outras partes do mundo, incluindo Singapura que, desde o inicio do ano já registou 3.597 casos da doença, três dos quais acabaram por ser fatais.

“Temos que comprovar que a vacina será segura para todos, o que significa que o seja tanto em crianças como adultos”, referiu Spethenne, salientando que deverão ser gastos entre 368 e 736 milhões de euros nos procedimentos de pesquisa e desenvolvimento. A farmacêutica britânica acredita que a vacina poderá estar disponível no mercado dentro de cinco anos.

Transmitida por mosquitos, a dengue manifesta-se por febre, inflamação dos gânglios linfáticos e hemorragia. Causa dores articulares e musculares intensas, pelo que recebe o nome de febre «quebra-ossos», podendo ser mortal. Costuma afectar crianças com menos de 10 anos e, nos anos seguintes, são frequentes as infecções recorrentes por diferentes tipos de vírus. O mosquito Aedes aegypti é o principal vector da doença que não é transmissível de pessoa a pessoa.

Marta Bilro

Fonte: The Earth Times, Manual Merck

Buenos Aires recebe Jornadas e Congresso sobre Alergia, Asma e Imunologia

A capital da Argentina recebe, entre os dias 16 e 18 de Agosto, as Jornadas Anuais e o Congresso do Cone Sul da Sociedade Latino-americana de Alergia, Asma e Imunologia. O evento deverá concentrar-se em aspectos práticos sobre a prevenção e tratamento da asma, da rinite e das alergias dermatológicas.

Face ao aumento da prevalência das alergias e do seu impacto na qualidade de vida da população, os especialistas consideram que é também importante incidir sobre a discussão da intervenção precoce. Para que essa intervenção seja possível é necessário um diagnóstico atempado, tema que também estará em foco durante o encontro.

Organizado pela Associação Argentina e Alergia e Imunologia Clínica e pela Sociedade Latino-Americana de Alergia, Asma e Imunologia, o programa deste acontecimento científico conta com a realização de várias conferências, simpósios plenários e cursos teórico-práticos, onde se incluem cursos de actualização para médicos de família, um programa especial para médicos em formação e sessões de comunicação livres.

No âmbito da temática “Alergia, Asma e Imunologia 2007” serão apresentados em Buenos Aires resumos clínicos sobre relatórios de casos, estudos de observação e experiencias clínicas. Por sua vez, os cursos teórico-práticos vão debruçar-se sobre a pesquisa bibliográfica e os registos electrónicos ou a anafilaxia e a reanimação cardiorespiratória.

Entre os temas principais deste encontro destacam-se a discussão sobre epidemiologia e alergia na América Latina e no mundo, sobre os mecanismos de sensibilização a alergenos ou acerca de como controlar a evolução da asma. Os detalhes do programa, assim como todas as informações sobre as inscrições e os principais intervenientes estão disponíveis no portal www.alergia.org.ar/jornadas/.

Marta Bilro

Fonte: Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, www.alergia.org.ar/jornadas.

Convicção da directora da Agência Espanhola do Medicamento
“É difícil avaliar a inovação nos fármacos”


A directora da Agência Espanhola do Medicamento e Produtos de Saúde (AEMPS), Cristina Avendaño, considerou ontem que actualmente é “muito difícil” estabelecer os critérios à luz dos quais um novo fármaco é tido como inovador, explicando que essa convicção resulta da avaliação de características como qualidade, segurança e eficácia que se espera dos produtos farmacêuticos, mas também do “interesse terapêutico que ele aporta”.

No âmbito dos cursos de Verão da Universidade Complutense de Madrid, Cristina Avendaño preconizou a ideia de que “qualquer novo medicamento deve incorporar um valor terapêutico acrescido”, apontando a ocorrência de casos em que, mesmo revelando uma menor eficácia, novos fármacos conseguem ser mais bem tolerados por uma maior franja da população a que são administrados. A responsável crê que a aprovação de novos medicamentos deixou de ter em conta esse aspecto, que só é valorizado na altura de fixar o preço de venda e o tipo de comparticipação pelas autoridades sanitárias do país.

Carla Teixeira
Fonte: Europa Press, PortalPharma

Lesão em enzima pode estar na origem de Parkinson

Uma equipa de investigadores canadianos acredita que a lesão de uma enzima celular chave pode estar na origem da doença de Parkinson, uma doença crónica que afecta o sistema motor e que, em Portugal, atinge cerca de 12 mil pessoas.

Na maioria dos doentes, esta patologia ocorre devido a alguns factores externos que desencadeiam a morte dos neurónios produtores de dopamina, um neurotransmissor que ajuda a enviar mensagens entre as diversas áreas do cérebro que controlam o movimento corporal, permitindo ao organismo movimentar-se com uma coordenação estável. Quando a morte de neurónios produtores de dopamina atinge os 80 por cento, surgem os primeiros sintomas da doença.

O novo estudo permitiu que os cientistas percebessem o mecanismo que está por detrás da morte desses neurónios, factor que consideram muito relevante para desenvolver novos tratamentos. A equipa de cientistas do Instituto de Pesquisa de Saúde de Ottawa observou que a morte dos neurónios ocorre quando a enzima celular Prx2 é danificada. Esta enzima desempenha um papel fulcral na eliminação de produtos potencialmente perigosos para a mitocôndria, que é a fonte de energia das células. Na ausência desta enzima, as substâncias desenvolvem-se e ameaçam a célula.

Para realizar esta pesquisa os investigadores analisaram ratos nos quais uma toxina prejudicial para a mitocôndria foi utilizada para criar uma patologia semelhante à da doença de Parkinson. Os investigadores detectaram uma sequência de eventos nos quais a toxina acciona um interruptor celular que desactiva a Prx2. Ao reverter esta cadeia de acontecimentos, os cientistas conseguiram reactivar a enzima Prx2 nos ratos que tinham sido tratados e, desta forma, prevenir a perda dos neurónios produtores de dopamina.

Na mesma investigação, os especialistas observaram também uma diminuição no tecido cerebral humano sempre que a actividade da enzima Prx2 era inferior ao normal. De acordo com os especialistas, isto significa que o controlo da actividade da Prx2 poderá revelar-se um dos caminhos viáveis para o tratamento da doença de Parkinson.

Marta Bilro

Fonte: The Washington Post, Science Daily.

Purificação Tavares agraciada com o Prémio Dona Antónia Adelaide Ferreira
Montante será aplicado no estudo da leucemia

Maria da Purificação Tavares, investigadora, catedrática da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto e actual directora clínica do Centro de Genética Clínica, foi distinguida com o Prémio Dona Antónia Adelaide Ferreira 2006, criado em 1989 para premiar anualmente uma figura feminina que se tenha destacado no seu empreendedorismo e na gestão e organização.

Depois de receber o prémio das mãos da actriz Eunice Muñoz, numa cerimónia em que também participou Artur Santos Silva, em representação da Sogrape (empresa que detém as Caves Ferreira), Purificação Tavares anunciou que, na sequência da atribuição deste galardão, o Centro de Genética Clínica passará a incluir, como um complemento aos painéis de diagnóstico em doentes com leucemias, um teste molecular novo (mutações no exão 12 do gene JAK2), importante para seguir estes pacientes, pelo qual não cobrará qualquer valor.

A vencedora da edição deste ano do Prémio Dona Antónia Adelaide Ferreira conta com um longo e preenchido percurso académico e profissional na área da Genética Médica: licenciada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, iniciou a sua carreira docente na mesma faculdade, dando aulas de Genética Medica, tendo depois leccionado em diversos estabelecimentos de Ensino Superior internacionais. Foi consultora de genética do Beekman Downtown Hospital, onde iniciou uma tese de doutoramento sobre «O abortamento de repetição em Genética Médica», que foi aprovada por unanimidade, com distinção e louvor, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Directora clínica do CGC desde 1992, Maria da Purificação Tavares é actualmente professora catedrática de Genética Médica e de Genética Orofacial na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto.

Carla Teixeira
Fonte: Ciência Hoje, Expresso
Descoberta científica abre caminho à cura
Mutação de um gene responsável pela surdez


Uma equipa de investigadores liderada pela israelita Karen Avraham, especialista da Universidade de Telavive com laboratório próprio, descobriu a mutação de um gene que provoca surdez, possibilitando o desenvolvimento e aplicação de vários implantes na parte interna do ouvido em doentes a partir dos oito meses de idade.

A descoberta foi apresentada em Paris, numa conferência que tinha o objectivo de divulgar os principais resultados do projecto EuroHear, que envolve 26 parceiros, de 12 países do Velho Continente. O gene otoferlin é responsável pela neuropatia auditiva, doença que impede a conversão dos estímulos sonoros em eléctricos, e por essa via inviabiliza a sua leitura pelo cérebro. Antes da descoberta da mutação desse gene, os cientistas acreditavam que os implantes não eram eficazes no caso de existirem lesões no ouvido interno do paciente, mas o estudo agora apresentado aferiu que os implantes precoces impedem que as crianças que sofrem de mutação genética de transmissão recessiva fiquem surdas. A técnica poderá ser igualmente aplicada nos casos de mutação do gene conniexin26.
Na Europa há 40 milhões de pessoas que sofrem de problemas auditivos e cerca de dois milhões que são surdos profundos. Portugal é um dos países de incidência daquela que é actualmente a segunda doença profissional no país. A deficiência auditiva afecta um em mil recém-nascidos ou crianças pequenas e está na origem de despesas na ordem dos 90 mil milhões por ano em educação especial, terapia da fala e aparelhos auditivos. O projecto Eurohear, criado em Dezembro de 2004, tem um custo de 15,8 milhões de euros por cada cinco anos e conta com um investimento da Comissão Europeia de 12,5 milhões.

Carla Teixeira
Fonte: Ciência Hoje, EuroHear
Em crianças e jovens que sofrem de alteração genética
Nova terapia poderá evitar cegueira


Uma nova terapia genética, cujos primeiros ensaios clínicos tiveram lugar no último mês de Fevereiro em Inglaterra, poderá ser a resposta para prevenir, em crianças e jovens, a cegueira provocada por mutações no gene RPE65. Uma descoberta feita ao abrigo do projecto europeu Evi-Genoret, iniciativa que integra o Six Framework Programme (FP6) da União Europeia, que terminou em termos de financiamentos, ainda que continue a decorrer a pesquisa e implementação dos projectos apoiados. Entre 2007 e 2013 vigora o programa europeu de investigação FP7.

Não obstante os grandes avanços clínicos e terapêuticos conseguidos ao longo dos últimos anos na área da Oftalmologia, o número de pessoas que sofrem de graves lesões e incapacidades visuais continua a aumentar, pelo que urge encontrar meios para reparar os danos passíveis de recuperação. É que 90 por cento da informação que o nosso cérebro processa chega até ele através da visão. Também por isso, os resultados que vão sendo obtidos na investigação da deficiência visual assumem a maior importância. É esse o caso de um estudo recente do Instituto de Oftalmologia de Londres que reclama ter definido uma terapia para evitar a cegueira em crianças e jovens afectados pela mutação do gene RPE65.
Num encontro promovido há dias pela Comissão Europeia em Paris, o investigador Robin Ali explicou que a experiência pioneira do instituto que representa consistiu na injecção daquele gene nos pacientes que não o tinham e que, por sofrerem de uma alteração genética de transmissão hereditária recessiva – os pais transmitem aos filhos uma doença de que não padecem –, tinham apenas visão central, sendo desprovidos de visão periférica e nocturna. Sem intervenção clínica, estes doentes perdem irremediavelmente a visão por volta dos 20 anos de idade. Os primeiros resultados dos ensaios clínicos agora realizados pelos especialistas do Instituto de Oftalmologia de Londres só deverão ser divulgados publicamente no prazo de 12 a 18 meses.
No entanto, Robin Ali informou que, até ao momento, não houve quaisquer efeitos secundários da terapia experimental, realizada ao cabo de 13 anos de investigação da mutação genética na origem da degradação progressiva da visão nos pacientes acompanhados pelo estudo. O especialista prevê, contudo, que os novos avanços na investigação daquela patologia aconteçam mais rapidamente, uma vez que já foram construídas as bases que, segundo estimou, deverão permitir a definição de um tratamento efectivo e rotineiro para a doença, que se estenderá a outras causas de cegueira, como a idade ou a diabetes. A cegueira provocada por problemas relacionados com o gene RPE65 afecta uma pessoa em cada 100 mil.

Carla Teixeira
Fonte: Ciência Hoje, Evi-Genoret, CORDIS – Sixth Framework Programme
Rocephin interage com o cálcio…
Medicamento perigoso para os bebés


A entidade reguladora do sector de medicamentos nos Estados Unidos advertiu a classe médica do país para os riscos da combinação, em bebés recém-nascidos, do antibiótico Rocephin (ceftriaxone), da Roche, com outros tratamentos. Segundo a FDA, os perigos dessa combinação incluem a morte da criança.

Na sequência de um número não especificado de casos de reacções adversas fatais para os pulmões e rins dos bebés, a Food and Drug Administration entendeu que a injecção de Rocephin não deverá ser combinada com a utilização de cálcio ou de quaisquer produtos farmacêuticos que na sua composição incluam aquele mineral. O aviso foi divulgado ontem no site da FDA, acompanhado de uma carta dirigida aos médicos em que se actualiza toda a informação relativa à prescrição do fármaco da empresa suíça, que não se mostrou disponível para comentar o caso. O Rocephin é indicado para o tratamento de infecções respiratórias, doenças do tracto urinário e gonorreia.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Reuters
Combinação de fármacos experimentais com bons resultados
Uma nova esperança no combate à sida


A combinação de dois medicamentos experimentais para tratamento da síndrome da imunodeficiência adquirida (sida) pode ajudar a controlar a doença nas pessoas infectadas com as variantes mais resistentes do vírus, de acordo com uma equipa de investigadores de um instituto norte-americano. Os dois fármacos – etravirine ou TMC125 e darunavir ou TMC114 – estão em fase de desenvolvimento pela Tibotec Pharmaceuticals, uma divisão da Johnson & Johnson.

Um estudo que incidiu no acompanhamento de doentes em 18 países demonstrou a viabilidade da hipótese de a combinação daquelas duas substâncias poder vir a tornar-se uma nova arma no combate à sida nas pessoas infectadas com o vírus na sua forma mais resistente aos fármacos convencionais. Num artigo publicado na revista científica «The Lancet», os autores do estudo consideram que esta poderá ser “uma das investigações de maior relevância em todo o mundo na busca de novas soluções para o tratamento da sida, considerando que a combinação destes compostos “evidenciou boas probabilidades de conseguirmos um controlo efectivo da evolução da doença em pacientes infectados com o VIH em estado avançado e resistente aos fármacos actuais”.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Reuters
GlaxoSmithKline está a desenvolver quatro projectos
Novos tratamentos para a malária


O departamento de doenças dos países em desenvolvimento da GlaxoSmithKline, com sede na cidade espanhola de Madrid – o primeiro centro de investigação em Espanha e um dos poucos do mundo que se dedica ao estudo e desenvolvimento de novos tratamentos para a malária e a tuberculose –, tem actualmente em mãos quatro projectos para novos fármacos, devendo o mais avançado entrar na fase de ensaio clínico em Junho do próximo ano.

Federico Gómez de las Heras, director do centro, informou que a empresa espera, com este avanço na investigação, produzir e apresentar “um medicamento positivo” para a doença, explicando que o novo fármaco deverá ser eficaz no tratamento das variantes mais resistentes do vírus responsável pela malária, que normalmente são mais fortes que a medicação já existente no mercado. Disse ainda que o fármaco em desenvolvimento em Espanha deverá ser “acessível em termos de preço”, e a sua utilização, em combinação com outros medicamentos, segura para as crianças.
De acordo com a mesma fonte, o novo fármaco deverá ser também “muito estável” do ponto de vista industrial, resistindo às altas temperaturas e à humidade, que são características dos países em que aquela doença é mais prevalente. No que toca à investigação de novas soluções para o tratamento da tuberculose, o centro madrileno da GlaxoSmithKline tem como objectivo “desenvolver compostos eficazes contra a tuberculose microbacteriana, incluindo as variantes resistentes”, e sobretudo “encurtar para metade o tempo médio de tratamento, que actualmente é de cerca de seis meses”.

Carla Teixeira
Fonte: Correo Farmaceutico
Anúncios a medicamentos reformulados
Médicos britânicos recusam boicotar publicidade


Representantes da Associação Médica Britânica reunidos no seu encontro anual na Turquia rejeitaram uma solicitação apresentada dias antes por um membro daquele organismo profissional, que ia no sentido de o «British Medical Journal» boicotar a publicação de artigos publicitários a medicamentos que as empresas farmacêuticas reformularam e voltaram a promover para evitar perder a patente.

Stuart Blake, da divisão de Lothian (Escócia) da Associação Médica Britânica, autor da moção que pedia a exclusão dos anúncios, disse não ter objecções à estratégia de marketing de alguns laboratórios farmacêuticos de substituir os medicamentos que estão prestes a perder as patentes por novas formulações, mas definiu como “um acto repreensível” o facto comum de a antiga versão do fármaco ser retirada do mercado, considerando que a “repromoção” de medicamentos antigos não serve os interesses dos médicos nem dos doentes”, tendo como único propósito a garantia da manutenção dos lucros para as empresas farmacêuticas envolvidas.

Carla Teixeira
Fonte: British Medical Journal

Portugueses aderem cada vez mais à saúde na Internet

A Universidade de Aveiro divulgou ontem um estudo de cariz europeu que mostra que os portugueses recorrem cada vez mais à Internet por razões de saúde, registando-se um aumento de 18 por cento nos últimos dois anos, ainda que os conteúdos de qualidade em português continuem a ser escassos.

O estudo, denominado "WHO/European survey on health consumer trends", foi coordenado pelo Centro Norueguês de Telemedicina, sedeado em Tromso, na Noruega e surgiu da parceria de seis instituições europeias, entre as quais a Universidade de Aveiro. Para além de Portugal, o estudo analisou também a realidade ao nível da utilização da Internet com fins terapêuticos na Noruega, na Alemanha, na Dinamarca, na Grécia, na Letónia e na Polónia.

A coordenadora do projecto na Universidade de Aveiro, Silvina Santana, adianta que tipicamente eram os homens quem mais utilizava a Internet por questões de saúde ou doença, contudo esta é cada vez mais uma "tendência que se está a esbater", pois actualmente as mulheres têm-se afirmado como utilizadoras regulares da Internet.

Quanto ao perfil do cidadão europeu consumidor de serviços de saúde pela Internet, cada vez mais se assume como um indivíduo jovem, do sexo feminino e com formação superior. Para Silvina Santana existe “uma grande apetência das pessoas, mas são ainda poucos os conteúdos em português e não há farmácias on-line, nem outros serviços”, comparativamente com a Dinamarca, por exemplo, onde já é possível obter uma consulta médica por e-mail ou ser informado por SMS da alteração de uma consulta.

As principais vantagens apontadas para a utilização da Internet por razões de saúde residem no facto de este ser um serviço de fácil acesso, sem custos nem horários, onde existe a possibilidade de contactar o médico por e-mail, de pedir uma receita pela Internet ou de consultar a página pessoal do médico.

Inês de Matos

Fonte: Jornal de Noticias

Dafnegil retirada do mercado por falta de eficácia

A pomada vaginal Dafnegil foi retirada, na semana passada, do mercado por ordem do Infarmed. A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde explicou que a sua decisão está relacionada com a pouca eficácia do medicamento e não por falta de segurança.


Em comunicado, o infarmed esclarece que testes realizados ao último lote da pomada vaginal revelaram que a sua composição continha, em relação aos valores descritos na sua especificação, uma quantidade inferior da substância nistatina.

sara pelicano

fontes: infarmed, saude na internet

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Diabetes: pâncreas artificial pode controlar a doença

Os cientistas tentam descobrir através da matemática a quantidade de insulina que o corpo necessita para fazer face aos níveis de glicose que tem. Ao chegar a este valor será possível desenvolver um pâncreas artificial que liberta dose de insulina que o diabético necessita.


«O pâncreas artificial pode evitar complicações associadas aos diabéticos, tais como, deficiências cardíacas e cegueira. Pode assim melhor significativamente a vida dos doentes», explica o chefe executivo da Juvenile Diabetes Research Campaign, Karen Addington.

A dificuldade dos investigadores reside em saber a quantidade exacta de insulina que o pâncreas liberta quando o nível de açúcar no sangue sobe. Para esclarecer a situação, a equipa está a fazer teste a um rapaz diabético internado no hospital Addenbrookes.

O pâncreas artificial vai trabalhar em conjunto com um sensor colocado debaixo da pele. Este mede a glicose do sangue e o novo órgão reconhece os valores e liberta a insulina que o doente necessita.

Com este processo, os diabéticos deixam de ter de usar os medidores de sangue e as agulhas com a dose necessária da hormona que controla o açúcar no sangue.

sara pelicano

fontes: BBB

Governo aprova decreto que prevê liberalização das farmácias

O Governo anunciou hoje a aprovação do decreto de lei que prevê a liberalização da propriedade das farmácias, um ano depois de ter chegado a acordo com Associação Nacional de Farmácias, sobre o denominado “Compromisso com a Saúde”.

A aprovação do diploma foi anunciada no final do Concelho de Ministros e para além do novo regime que permite o acesso de não farmacêuticos à propriedade de farmácias, o decreto impõe ainda a exigência de a direcção técnica ser assegurada, “em permanência e exclusividade”, por uma farmacêutico sujeito a regras deontológicas, visado “garantir e promover a qualidade e melhoria dos serviços prestados aos utentes”.

Deste modo, passa a existir a possibilidade de as farmácias poderem prestar serviços farmacêuticos, que deverão ser definidos por portaria do Ministério da Saúde, tornando desta forma possível que as farmácias, “a par da dispensa de medicamentos, desempenhem outras funções de relevante interesse público na promoção da saúde e do bem-estar dos utentes”.

No diploma encontram-se ainda regulamentadas as incompatibilidades na propriedade da farmácia, já que o decreto estipula a “impossibilidade de cada proprietário deter mais de quatro farmácias”.

Com a aprovação do decreto de lei, abre-se assim a possibilidade de as farmácias serem livremente transferidas dentro de um mesmo município e de os medicamentos poderem ser vendidos através da Internet, caindo por terra a proibição das farmácias lançarem concursos para a aquisição de medicamentos.

Inês de Matos

Fonte: Sol

GlaxoSmithKline planeia entrar no mercado de vacinas japonês

A GlaxoSmithKline Plc. quer entrar no mercado de vacinas do Japão com o Cervarix, para o cancro cervical, e está a desenvolver mais três inoculações para possível comercialização no país.

A Glaxo está a conduzir ensaios clínicos do Cervarix no Japão, com o objectivo de comercializar o fármaco no país, caso seja aprovado. O presidente da unidade de vacinas da Glaxo, Jean Stephenne, revelou que a farmacêutica também poderá lançar ensaios de vacinas para a gripe, doença pneumocócica e rotavírus, no Japão.

Para além disso, a Glaxo está a negociar com o governo japonês a possibilidade de fornecer o país com vacinas sazonais da gripe e pré-pandémicas. Se o governo pretender armazenar a vacina, como protecção contra uma pandemia provocada pela gripe das aves, a Glaxo irá procurar parceiros locais.

Os regulamentos que requerem que as vacinas sejam testadas em pacientes japoneses, antes que possam ser comercializadas no país, atrasam frequentemente a sua introdução. Segundo Stephenne, a população do Japão não beneficia tão rapidamente com as vacinas como as pessoas que vivem na América do Norte ou na Europa.

O mercado de vacinas japonês, no ano passado, estava avaliado em cerca de 64,7 mil milhões de ienes (529 milhões de dólares), de acordo com a unidade japonesa da IMS Health Inc., uma companhia que segue as tendências da indústria farmacêutica global.

As vacinas pré-pandémicas, juntamente com as vacinas para o cancro cervical, rotavírus e doença pneumocócica, estão na terceira e última fase de estudos necessários para a aprovação nos Estados Unidos.

O Cervarix, que recebeu autorização para ser comercializado pelos reguladores australianos em Maio, no Japão está na segunda fase de um processo de três. Este fármaco tem o potencial de gerar cerca de 1,5 mil milhões de dólares por ano para a Glaxo até 2010 e 5 mil milhões por ano enquanto estiver no seu auge, de acordo com dados de uma pesquisa, datada de 15 de Maio do analista Navid Malik da Collins Stewart, em Londres.

A Glaxo não deu indicações acerca de quando irão começar os estudos no Japão para as outras três vacinas.

Informações mais detalhadas acerca do Cervarix podem ser consultadas no farmacia.com.pt, no artigo “Cervarix protege contra lesões pré-cancerígenas”, publicado no dia 29 de Junho.

Isabel Marques

Fontes: Firstword, Bloomberg

Juntas Médicas: Governo pede sugestões ao Bastonário da Ordem dos Médicos

O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, foi hoje convidado pelo ministro das Finanças e pelo secretário de Estado da Saúde a apresentar sugestões para aperfeiçoar o modelo de apreciação dos pedidos de aposentação antecipada, por motivo de incapacidade.

O convite foi feito através de uma carta conjunta do ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, e do secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, enviada ao bastonário, mas a divulgação da iniciativa apenas aconteceu algumas horas depois de Pedro Nunes ter sugerido que as juntas médicas deveriam ser integradas apenas por profissionais de saúde, que deverão receber formação específica em medicina da segurança social e seguros.

Os dois ministérios recusam que na base da carta esteja “qualquer juízo negativo sobre o rigor de apreciação da situação clínica” realizada pela junta médica da Caixa Geral de Aposentações (CGA), que está na base da decisão tomada por este organismo relativamente aos pedidos de aposentação antecipada por motivo de incapacidade.

No comunicado de divulgação da carta consta ainda que “nesta matéria, nunca o Governo poderia ter outra postura, nem fornecer quaisquer orientações, seja de que natureza for, à junta médica da CGA, dado que tais pareceres, que são técnicos, têm que ser orientados apenas por critérios de ordem médica".

Na opinião dos governantes, é a Ordem do Médicos (OM) "quem está em melhores condições de apreciar os juízos técnicos emitidos por profissionais inscritos na OM, bem como analisar os elementos documentais do foro clínico, legalmente acessíveis apenas aos profissionais", uma vez que "é fundamental restaurar a confiança dos utentes da CGA na referida junta médica".

Em declarações à Lusa, o bastonário da OM considerou "inaceitável" a presença de não médicos nas juntas, uma situação comum nas juntas médicas da polícia e dos militares e, até há algum tempo, na Assistência na Doença aos Servidores do Estado (ADSE). Pedro Nunes defende a necessidade de ser criada “uma competência, uma área específica de saber com critérios uniformes para os médicos que integram as juntas médicas, porque até aqui qualquer médico pode ser contratado para uma junta médica", prometendo que a OM vai continuar a lutar pela alteração da legislação sobre esta matéria.

A Ordem dos Médicos anunciou a sua posição depois de terem vindo a publico casos de professores doentes com leucemia e cancro na laringe, que as juntas médicas consideraram aptos para trabalhar, o que os obrigou a voltar às escolas onde leccionavam, acabando por morrer no activo.

Inês de Matos

Fonte: Lusa
Medida defendida pelos médicos espanhóis
Pílula do dia seguinte sem receita médica


Os ginecologistas e obstetras espanhóis estão convencidos de que a dispensa da pílula do dia seguinte sem a exigência de apresentação de receita médica poderá travar o crescente número de intervenções de interrupção voluntária da gravidez no país. Frisando que se trata de um método contraceptivo, sem efeitos secundários assinaláveis, e não de um medicamento abortivo, os médicos entendem que o seu uso mais generalizado poderia ser positivo.

Apontando como exemplos os Estados Unidos, a França ou o Reino Unido, países onde a comercialização da pílula do dia seguinte não pressupõe a obrigatoriedade de apresentação de receituário, os profissionais de saúde do país vizinho pedem que a população seja mais bem informada sobre contracepção e o uso adequado da chamada pílula abortiva, e que a mesma seja dispensada sem necessidade de receita, preconizando também uma maior aposta na sua distribuição, de forma a torná-la acessível junto de comunidades onde até agora não tem sido, sobretudo ao fim-de-semana, a altura em que é mais requisitada.
A pílula do dia seguinte, cuja utilização Espanha aprovou em Março de 2001, tem obrigatoriamente de ser administrada no intervalo de 72 horas depois da relação sexual desprotegida. Só no primeiro ano de utilização autorizada foram distribuídas no país vizinho cerca de 160 mil unidades. Em 2005 já foram consumidas 560 mil. Uma subida muito significativa, mas que de acordo com os médicos espanhóis não tem sido suficiente para travar o recurso ao aborto (91 mil em 2005), uma vez que a população não está devidamente informada sobre o uso da pílula do dia seguinte e tem sérias dificuldades em encontrá-la no mercado.

Carla Teixeira
Fonte: El Pais, PortalFarma

Elevado consumo de Cocaína em Espanha preocupa ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU) está preocupada com o forte aumento do consumo de cocaína em Espanha, que no ano passado ultrapassou os Estados Unidos no consumo desta droga. O consumo duplicou desde 1999 e cerca de 3 por cento da população espanhola, entre os 15 e os 64 anos, consumiu cocaína durante o ano passado, o que representa um consumo quatro vezes superior à média europeia.

O Comunicado Mundial sobre as Drogas 2007, da ONU, apresentado no âmbito das comemorações do Dia Mundial Contra as Drogas, celebrado no passado dia 26 de Junho, lança um alerta ao governo espanhol para que encare o elevado consumo de cocaína como uma epidemia, com sérios riscos para a saúde e que causa diversos conflitos sociais.

Como reacção ao alerta lançado na semana passada pela ONU, o governo espanhol lançou de imediato um programa de actuação contra a cocaína, com um financiamento de sete milhões de euros e duração até 2010, que pretende prevenir, reduzir o consumo e consciencializar a população de que o consumo de cocaína multiplica o risco de enfarte e de psicopatologias.

A ministra da saúde, Elena Salgado, aproveitou a apresentação do programa para dizer que a cocaína “não é uma substância nova, nem o seu consumo está relacionado com o prestigio social ou com o êxito profissional, não sendo também inócua”.

O programa do governo espanhol prevê a realização de novas campanhas de sensibilização e acções de formação e informação sobre o consumo deste estupefaciente, apoiando-se numa base multidisciplinar pedagógica e sanitária.

A campanha pretende chegar também até aos mais jovens através do envio de mensagens de e-mail ou SMS’s, para além da criação de fóruns e chats na Internet, onde o tema estará em debate.

Inês de Matos

Fonte: correofarmaceutico.com

FDA estende aprovação GRAS ao Listex para todos os produtos alimentares

Listex também pode ser utilizado na União Europeia

A agência norte-americana que regula os medicamentos e os alimentos, FDA, e o Departamento Norte-Americano de Agricultura, USDA, anunciaram que concederam a aprovação ao Listex P100, o produto bacteriófago natural contra a Listeria, como Reconhecido Geralmente Como Seguro (GRAS), para todos os produtos alimentares.

Na luta contra a Listeria, um dos mais perigosos patogénios alimentares, as companhias de processamento de alimentos norte-americanas podem agora utilizar uma ferramenta nova, mas contudo natural: o bacteriófago Listex. A FDA e a USDA aprovaram este produto, desenvolvido na Holanda, como GRAS, baseado nos extensivos dados de segurança e eficácia e nos testes organolépticos que confirmam que o Listex é seguro e tem qualquer impacto no sabor, cheiro, cor e outras propriedades físicas dos produtos tratados.

Os bacteriófagos (fagos) são os microorganismos mais abundantes na terra. A água doce e a água do mar podem conter até mil milhões de fagos por mililitro, enquanto que na carne, fresca e processada, e nos produtos de carne, mais de 100 milhões de fagos viáveis estão frequentemente presentes por grama. Os fagos são inofensivos para os humanos, animais e plantas, e têm como alvo somente as células bacterianas. São extremamente específicos em relação às bactérias que reconhecem. Os bacteriófagos do Listex têm como alvo somente a bactéria Listeria (deixando as bactérias benéficas intactas), e são fáceis de aplicar nos processos de produção.

Em Outubro de 2006, a FDA já tinha anunciado o Listex como GRAS contra a Listeria em queijos. A extensão para todos os produtos susceptíveis à Listeria abre a possibilidade para a indústria de carne e peixe para a aplicação do Listex. No início deste mês, agência holandesa dedicada à inspecção, a SKAL, confirmou o estatuto “orgânico” do Listex, de acordo com a lei da União Europeia (UE) e, como resultado, pode ser utilizado na UE em produtos regulares e orgânicos.

O Presidente da EBI Food Safety, Mark Offerhaus, afirmou que a segurança dos alimentos é agora a questão principal da agenda das companhias de processamento de alimentos e dos consumidores nos Estados Unidos, que insistem em soluções “verdes”, em vez de produtos químicos. Os bacteriófagos naturais comprovam ser uma solução única, onde a segurança reforçada não afecta as características do produto. As companhias de processamento de alimentos dos Estados Unidos podem agora beneficiar com o Listex, como seus análogos europeus.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Listeriose, a doença causada pela Listeria monocitogenes, é uma das mais graves infecções causadas pela comida, com uma taxa de mortalidade de 30 por cento. Depois da exposição pode levar semanas até que a infecção se manifeste. O Serviço de Inspecção e Segurança Alimentar dos Estados Unidos mantém uma política de tolerância zero para a bactéria, que cresce em temperatura de refrigeração e é omnipresente. Os grupos de risco incluem os jovens, os idosos, os indivíduos com imunidade comprometida e as grávidas.

Mais informações acerca da Listeriose e suas implicações podem ser consultadas no farmácia.com.pt, no artigo “Listeriose motiva projecto de sensibilização” publicado no dia 3 de Julho.

Isabel Marques

Fontes: PRNewswire

Alteração genética na base do desenvolvimento de asma

Uma equipa de cientistas identificou uma alteração genética que aumenta o risco de desenvolvimento de asma na infância, segundo revela um estudo publicado na revista científica britânica “Nature”. A descoberta poderá abrir portas a novos tratamentos contra uma doença que afecta perto de 150 milhões de pessoas em todo o mundo e mais de 600 mil em Portugal.

“É comum pensarmos em asma como algo relacionado com as alergias”, afirmou William Cookson, investigador do Instituto Nacional de Coração e Pulmões do Colégio Imperial de Londres e coordenador do estudo multinacional. Porém, “este gene não está relacionado com as alergias, ele sugere que há outras coisas por detrás das alergias que conduzem o processo da doença”, frisou o responsável.

A investigação, que analisou as diferenças de ADN em cerca de 1.000 crianças com asma e 1.200 que não sofriam da doença, revelou que a grande diferença entre elas se encontrava no cromossoma 17. Segundo explicou Cookson, as variações genéticas nesse cromossoma são responsáveis pelo aumento da actividade de um gene denominado ORMDL3, nas células sanguíneas das crianças com asma, e que aumenta em 60 por cento o risco de desenvolver a doença. Esta observação “abre caminhos para possíveis tratamentos” afirmou Cookson, já que, “o gene pode ser um alvo para os medicamentos.”

O especialista lembrou que alguns estudos anteriores já tinham detectado uma relação entre as condições genéticas e a asma, porém esta investigação fornece evidências mais concretas acerca da forma como os factores genéticos provocam esta condição nas crianças. “É uma questão complexa”, salientou Cookson, acrescentando que este é um passo para a resolução do problema mas não a solução total.

O especialista acredita que este avanço poderá conduzir a novas terapias uma vez que aponta numa direcção molecular biológica específica. “Depois de compreendermos a causa biológica e conhecermos as variáveis envolvidas é possível combatê-las com medicamentos especificamente direccionados”, concluiu.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, CTV.ca. Portal da Saúde.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Chocolate amigo do coração

Diminui a tensão arterial e reduz o risco de ataque cardíaco

Um grupo de investigadores do Hospital Universitário de Colónia desenvolveu um estudo acerca dos efeitos do consumo de chocolate e descobriu que este pode ser eficaz para diminuir a tensão arterial e reduzir o risco de ataque cardíaco.

O estudo, publicado no Journal of American Medicine (JAMA), contou com a participação de 44 indivíduos com tensão arterial elevada, entre os 56 e os 73 anos, e revelou que a ingestão diária de 30 calorias de chocolate negro contribui para baixar, ainda que ligeiramente, a pressão arterial.

Os cientistas dividiram os participantes em dois grupos, sendo que o primeiro grupo teve um consumo diário de seis gramas de chocolate negro, enquanto que o segundo grupo consumiu a mesma quantidade de chocolate branco.

Os resultados revelaram que o chocolate negro tem algum efeito minimizador da pressão arterial, contribuindo também para a redução do risco de ataque cardíaco. O chocolate branco, por sua vez, não apresentou qualquer alteração, já que os níveis de tensão arterial dos indivíduos continuaram altos.

Os cientistas acreditam que apesar de os resultados terem mostrado apenas um ligeiro contributo do chocolate na diminuição da pressão arterial, já foi dado um importante passo, pois será o suficiente para reduzir o risco de morte por ataque cardíaco em 8 por cento.

Como consequência da baixa de 3mm na pressão arterial, consegue-se também reduzir o risco de doenças das artérias coronárias em 5 por cento e todas as causas de mortalidade em 4 por cento.

Apesar dos seus benefícios, a Fundação Britânica do Coração relembra que o chocolate é rico em gordura e sugere o consumo de frutas e vegetais como a melhor forma de proteger o coração.

Inês de Matos

Fonte: Sol


UE exige maior rigor na rotulagem dos alimentos benéficos para a saúde

O Instituto Becel promoveu hoje um seminário explicativo, de forma a esclarecer as novas regras da União Europeia, relativamente às alegações nutricionais e de saúde dos produtos alimentares com efeitos benéficos para o organismo. As regras, em vigor desde 1 de Julho, prevêem que estes produtos alimentares passem a ser sujeitos a uma rotulagem harmonizada e a constar numa lista comunitária que comprova os seus efeitos.

O objectivo é assegurar um elevado nível de protecção dos consumidores e fornecer as informações necessárias para efectuarem as suas escolhas, pois a partir da entrada em vigor das novas regras, para fazerem uma alegação, as marcas têm de assegurar que os ingredientes activos ou os alimentos em que estes se incorporam produzem um efeito nutricional ou fisiológico benéfico.

A nutricionista e presidente do Instituto Becel, Helena Cid, explicou que “as menções nutricionais (alto ou baixo teor, rico ou pobre em determinada substância) já tinham de estar sustentadas cientificamente, mas passam agora a estar incluídas numa lista que define o que é light, valor calórico, entre outras. Existe uma lista que as marcas vão ter de consultar para saber se podem colocar determinada rotulagem”.

No que respeita às alegações de saúde, como as que sugerem que o cálcio fortalece os ossos ou a de que o ómega 3 é benéfico para o coração, existe agora também a obrigatoriedade de constarem numa lista positiva que comprova os seus efeitos e qual a quantidade que é necessário ingerir para os alcançar.

“Se for adicionado determinado ingrediente que não conste nesta lista, os seus alegados benefícios para a saúde vão ter de ser avaliados por um comité científico. Só depois de aprovada, será possível incluir esta alegação na rotulagem do produto, sendo então acrescentada à lista”, garante a nutricionista.

No entanto, para serem incluídos nos rótulos, estes benefícios deverão focar a importância de um regime alimentar equilibrado e de um modo de vida saudável, onde deverá também constar a quantidade e o modo de consumo necessários para obter o alegado efeito benéfico.

A lista única comum deverá estar concluída em 2009, sendo que a partir de então, as alegações para a saúde aprovadas terão de ser idênticas para todos os estados membros e para todos os produtos.

Mas a restrições vão mais além, as marcas não podem mencionar, por exemplo, que determinados produtos curam, previnem ou tratam doenças, existindo ainda restrições relativas a benefícios que façam alusão a recomendações médicas ou de profissionais de saúde e de outras associações.

Os alimentos que tenham sido rotulados ou colocados no mercado antes da data de aplicação do regulamento, podem ser vendidos até ao final do seu prazo de validade, maa a sua venda apenas está autorizada até 31 de Julho de 2009.

Inês de Matos

Fonte: Sol, Lusa

Identificada molécula que pode ajudar a tratar cancro do pâncreas

Distinguir tumor do tecido não canceroso

Um estudo publicado no «Journal of the American Medical Association» (JAMA) revela que cientistas norte-americanos identificaram uma molécula que poderá ajudar a diagnosticar e tratar melhor o cancro do pâncreas.

A descoberta - feita por investigadores da Ohio University (EUA) - incide em diferenciar o cancro pancreático (um dos mais mortais) do tecido não canceroso e assinalar os pacientes com possibilidades de sobreviverem mais de dois anos.

Segundo o JAMA, foram examinadas amostras de tumores de 65 pacientes com Adenocarcinoma do Pâncreas, a forma mais comum do cancro do pâncreas.

Durante o estudo foram analisadas células do cancro pancreático para identificar no seu interior as moléculas denominadas microRNA (miRNA). De acordo com os investigadores, aparentemente, certos níveis destas moléculas podem ajudar a distinguir o cancro do pâncreas do tecido vizinho não canceroso e do tecido pancreático inflamado.

Raquel Pacheco

Fontes: JAMA

Kaletra vai custar menos 30% no Brasil

A farmacêutica norte-americana Abbott vai reduzir o preço do Kaletra (Lopinavir + Ritonavir), no Brasil, em 29,5 por cento, anunciou o Ministério da Saúde daquele país.

O medicamento, indicado no tratamento de adultos e crianças com mais de 2 anos de idade com infecção pelo VIH-1, em combinação com outros anti-retrovirais, é distribuído gratuitamente pelo programa nacional brasileiro de tratamento e prevenção do HIV/Sida.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a luta contra o vírus da Sida como uma prioridade ao nível da saúde. Face ao aumento exponencial do número de casos de seropositivos no país o presidente brasileiro resolveu recentemente quebrar a patente do Efavirenz, o fármaco mais utilizado no Brasil para tratar o vírus, fazendo parte da medicação de cerca de 70 mil pacientes portadores de HIV, quase metade de todos os doentes em tratamento.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, JB Online.

Organon e Meiji Seika Kaisha procuram aprovação para a mirtazapina no Japão

A Organon e a Meiji Seika Kaisha anunciaram o pedido de aprovação do novo antidepressor mirtazapina (Remeron) às autoridades de saúde japonesas.

A mirtazapina – Antidepressor Noradrenérgico e Específico Serotoninérgico. (NaSSA) – tem um mecanismo diferente de acção e tem-se revelado seguro e eficaz no tratamento de depressões graves em mais de 80 países em todo o mundo. A Nippon Organon e a Meiji Seika Kaisha têm estado a desenvolver conjuntamente os comprimidos de mirtazapina para a depressão desde 2004. O fármaco já está disponível noutros países desde 1994.

A mirtazapina tem um início de acção mais rápido e tem demonstrado ser bem tolerada. A fase IIb dos ensaios na população japonesa demonstrou a eficácia dos comprimidos de mirtazapina em relação ao placebo. Estes resultados juntamente com os resultados iniciais da fase III (comparação da mirtazapina com a fluvoxamina nos pacientes japoneses) mostraram que os comprimidos de mirtazapina poderão ser uma opção de primeira linha para o tratamento da depressão no Japão.

A mirtazapina, investigada pela Organon, é um antidepressor que actua no aumento dos níveis das principais substâncias químicas que se julgam estar envolvidas na origem dos quadros depressivos e ansiosos: noradrenalina e serotonina (neurotransmissores). A mirtazapina, além de elevar os níveis destas substâncias, também é selectiva quanto aos locais de acção, conseguindo assim aliar à potência antidepressiva um óptimo e único perfil no que diz respeito a efeitos indesejáveis. Estes factos revelam a sua eficiência, pois actua logo a partir do 1º dia, melhorando a qualidade do sono e a ansiedade, sem interferir na vida sexual, preservando assim a qualidade de vida dos pacientes. A mirtazapina apresenta ainda uma baixa incidência dos efeitos indesejáveis habitualmente observados com outras substâncias, tais como, disfunção sexual, insónias, irritabilidade, náusea, sintomas ansiosos, entre outros.

A depressão é uma doença mental comum e grave, na qual os pacientes experimentam um estado de espírito depressivo, perda de interesse ou de prazer, sentimentos de culpa ou baixa auto-estima, distúrbios do sono ou do apetite, pouca energia, e falta de concentração. Estes sintomas podem ser crónicos ou recorrentes e reduzir bastante a capacidade de um indivíduo em gerir a sua vida quotidiana. Estima-se que a incidência da depressão no Japão é de cerca de 6,5 por cento, indicando que cerca de sete milhões de pessoas sofrem de depressão. Nos casos mais graves a depressão pode levar ao suicídio.

Isabel Marques

Fontes: Pharmalive, www.organon.pt

TMN promove novo serviço do Ministério da Saúde

“Em caso de doença, ligue 808 24 24 24 (chamada local). Atendimento especializado disponibilizado pelo Ministério Saúde para um melhor acesso à saúde”. Este é o texto que será enviado, via SMS, aos utilizadores da TMN e que marca o inicio de uma cooperação entre a operadora de telefones móveis e a Direcção-Geral de Saúde (DGS).

A colaboração pretende divulgar e promover o Centro de Atendimento do Serviço Nacional de Saúde (CASNS), o mais recente projecto do Ministério da Saúde. A parceria vai permitir que mais de 1,7 milhões de clientes da TMN recebam, durante as próximas semanas, o texto com informações sobre o CASNS.

O serviço está orientado para receber contactos de utentes via telefone, fax, e-mail e web, incluindo, chats.

Marta Bilro

Fonte: Diário Digital

2º Curso Pós-Graduado sobre Endocrinologia & Andrologia Clínicas

Nos próximos dias 5, 6 e 7 de Julho irá decorrer o 2º Curso Pós-Graduado sobre Endocrinologia & Andrologia Clínicas, no Grande Auditório do Edifício Egas Moniz da Faculdade de Medicina de Lisboa, no Hospital de Santa Maria, organizado pelo Núcleo de Endocrinologia, Diabetes e Obesidade (NEDO).

Os principais objectivos do curso são dar a conhecer, de maneira mais pormenorizada, doenças e síndromes associadas à Endocrinologia e Andrologia, e ainda alertar para a importância do diagnóstico precoce.

Alguns temas em destaque são a “Síndrome Metabólica”, “Ver e diagnosticar a Acromegália”, “Descobrir o Hipogonadismo Masculino e Tratar” e “DSE – Estado da Arte: Do Diagnóstico à Terapêutica”.

Os temas que serão abordados no primeiro dia, quinta-feira, versarão sobre “A Hormona Tiroideia na Prática Clínica”; “Novas Perspectivas do Tratamento da Osteoporose”; “Tumores Neuroendócrinos do Tubo Digestivo” e “Doença da Tiroideia”. No dia 6, sexta-feira, as questões a debater serão “Síndrome Metabólica”; “Ver e Diagnosticar a Acromegália”; “Descobrir o Hipogonadismo Masculino e Tratar” e “DSE – Estado da Arte: Do Diagnóstico à Terapêutica”. No último dia, estarão em discussão questões relacionadas com “O Que Fazer Perante um Hirsutismo e Bifosfato” e “Evolução no Tratamento da Osteoporose Pós-menopausa”.

Esta iniciativa é patrocinada pela Ordem dos Médicos, Instituto de Clínica Geral, Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade e Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo.

As inscrições para o curso poderão ser realizadas no NEDO, através do e-mail
nedo.saude@gmail.com, contacto telefónico através do número 21 381 2350 ou fax: 21 381 2358.

Isabel Marques

Fontes:
www.jasfarma.pt, www.indice.pt

Listeriose: informar para prevenir

A Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, está a tentar dar corpo a um projecto denominado “Listeriose: informar para prevenir”. Esse projcto encaixa-se no Programa Saúde XXI.

O projecto pretende a sensibilização dos profissionais de saúde para a necessidade de informação, prevenção, diagnóstico e registo de casos de Listeriose.

O projecto consta de várias fases, sendo que uma primeira concentra-se na recolha de informação.

O estudo pretende dar origem a textos de apoio para a prevenção e diagnóstico da doença junto dos profissionais de saúde e, também, materiais para a sensibilização e informação dos consumidores (particularmente para indivíduos pertencentes a grupos de risco) sobre Listeria monocytogenes e Listeriose.

Esta doença é causada pela infecção por Listeria monocytogenes e frequenteente causa uma infecção generalizada como por exemplo a meningite.

A infecção contraída no início da gravidez geralmente produz um aborto espontâneo. As infecções contraídas em fases mais adiantadas da gravidez podem resultar no nascimento de natimortos ou de bebês que morrem algumas horas após o nascimento.

Fonte: Saúde na Internet
http://www.biobras.com.br/


Liliana Duarte

Rastreios Gratuitos no GaiaShopping

O GaiaShopping recebe desde ontem até 31 de Julho, o projecto “Saúde no Centro”, composto por um stand devidamente identificado, patente ao público diariamente, na Praça Central, situada no piso 0.

No local, técnicos de saúde irão auxiliar todos os interessados a efectuar os rastreios e a esclarecer todas as dúvidas que possam ter acerca das várias patologias, que vão desde Doenças Respiratórias, Oncologia, Diabetes e Sensibilização para a importância da dádiva de Sangue.

Esta iniciativa da Sonae Sierra em conjunto com instituições de saúde, pretende proporcionar aos visitantes do Centro, um serviço de utilidade pública.

Desta forma, até 31 de Julho a Saúde estará no GaiaShopping. Nos próximos meses vai ainda passar pelo ArrábidaShopping e CoimbraShopping.

Calendário de Rastreios no GaiaShopping:- 04 de Julho a 09 de Julho – Espirometrias e rastreio à asma- 10 de Julho a 16 de Julho – Acções formativas e informativas no âmbito da Oncologia- 17 de Julho a 23 de Julho – Rastreios à Diabetes- 24 de Julho a 31 de Julho – Sensibilização para a importância de doar sangue


Liliana Duarte

Fonte: Infarmed

ABC das Varizes

Associada a pessoas com mais idade, as varizes afectam também os mais novos. Cansaço, desconforto, e peso nas pernas são alguns dos sintomas apresentados.

O problema afecta mais de 25 milhões de pessoas no mundo. A pesquisa realizada pela organização mundial de saúde afirma que em cada 5 adultos, 1 sofre desta inflamação nas veias.

Existem dois tipos de varizes, as primárias que são hereditárias e atingem as duas pernas, e as secundárias, normalmente associadas ao uso da pílula e ao tabaco. Segundo os especialistas, as varizes são o resultado que o ser humano paga por andar sobre os pés, uma vez que o nosso sistema venoso não está dimensionado para ficar muitas horas em pé.

Quando mais cedo detectar os primeiros sinais, mais fácil é tratar esta inflamação.
O tratamento é definido conforme o estado da doença. Nos casos mais simples, é indicada a micro-cirurgia. Quando são atingidas as veias profundas, é necessária uma intervenção cirúrgica mais complexa. No entanto, em todos os tratamentos, é aconselhado o uso de uma meia elástica.
Os casos mais graves costumam evoluir para flebites (inflamação nas paredes das veias) e tromboflebites (flebite associada à trombose do vaso). Geralmente a pessoa que sofre de um desses processos apresenta outros sintomas como dor na sola dos pés e falta de firmeza nas pernas. Para estes casos o tratamento é diferente e designa-se de escleroterapia, que consiste na aplicação de injecções de glicose hipertônica.

As mulheres que se encontram grávidas, devem usar meias elásticas durante toda a gravidez, como forma de prevenção.

Fonte: Portal da Saúde

Lilina Duarte

Utilização do Avandia representa ameaça para os ossos

Um novo estudo volta a pôr em causa o Avandia (Rosiglitazona), um medicamento da GlaxoSmithKline destinado ao tratamento da diabetes tipo II. Depois de uma investigação ter indicado que o medicamento aumenta em 43 por cento o risco de ataque cardíaco, desta vez os especialistas alegam que os efeitos secundários inerentes à toma do medicamento aumentam as probabilidades de desencadear fracturas ósseas.

Duas análises anteriores já tinham relacionado o Avandia com o surgimento de fracturas de ossos em mulheres. Um novo ensaio publicado no “Diabets Care” revelou que os homens tratados com tiazolidinediona, durante uma média de 16 meses, registaram uma diminuição da densidade mineral óssea na coluna e ancas. A tiazolidinediona lidera uma família de fármacos adequados para aumentar a sensibilidade à insulina, na qual se inclui a rosiglitazona.

Os resultados sugerem “que o tratamento com tiazolidinedionas representa um factor de risco e pode contribuir para um excesso de incidência de fracturas na diabetes”, salientam os investigadores do Centro Médico VA e da Universidade Estatal do Luisiana, em Shreveport e autores do estudo recém-publicado. Face a esta nova investigação a farmacêutica britânica limitou-se a afirmar que as conclusões são “limitadas” e que a relevância clínica é desconhecida.

Para Mike Ward, analista da NomuraCode, “as preocupações globais que recaem sobre o Avandia e os seus efeitos secundários são significativos, como ficou comprovado pela quebra do preço das acções da empresa”. O Avandia encontra-se no centro das atenções dos especialistas, o que tem sujeitado a Glaxo a “tempos difíceis”, frisou o especialista, acrescentando que é preciso “considerar que há uma possibilidade de serem processados”.

Por sua vez, Andrew Baum, analista da Morgan Stanley, considera que “é quase certo” que o Avandia seja obrigado a incluir uma nova contra-indicação relativa ao risco das fracturas ósseas em mulheres. A Glaxo enfrenta actualmente um processo em tribunal por alegadamente não ter divulgado de forma conveniente os riscos inerentes à toma do medicamento, na sequência de um ataque cardíaco que causou a morte a um doente que estava a ser tratado com Avandia. Desde então as vendas daquele que era o segundo fármaco mais bem sucedido da Glaxo não têm parado de cair, atingindo já uma descida de 45 por cento, relativamente ao seu competidor directo, o Baum da Takeda Pharmaceutical.

Marta Bilro

Fonte: Times Online, Bloomberg, Thisismoney.com.uk.

Desenvolvimento de vacinas estimula parceria entre Novartis e Intercell

A farmacêutica suíça Novartis estabeleceu uma aliança com a empresa de biotecnologia Intercell com vista ao desenvolvimento conjunto de vacinas contra a gripe. A Novartis deverá pagar à empresa austríaca 270 milhões de euros, o que lhe permitirá aceder a mais de 10 projectos de vacinas da Intercel que se encontram ainda em fase preliminar.

O montante definido no acordo assinado entre as duas empresas aumenta o investimento da Novartis na Intercell dos 6,1 para os 16,1 por cento. Em troca, o laboratório suíço garante os direitos de opção exclusivos em qualquer projecto de vacina que esteja a ser desenvolvido pela Intercell depois da Fase II de ensaios clínicos estar concluída, e caso não exista uma parceria prévia com outra empresa. A Novartis fica responsável pela última fase de desenvolvimento, produção e comercialização de qualquer substância candidata a vacina, que seja seleccionada como parte do acordo.

Com esta operação a Novartis obtém um novo trunfo para acrescentar aos esforços que tem levado a cabo para desenvolver uma vasta gama de vacinas que previnam os vírus que ameaçam a vida e as doenças bacterianas, ao mesmo tempo que reforça o seu potencial no que diz respeito às vacinas contra a gripe. Entre os principais candidatos à partilha de tecnologias entre as duas empresas encontram-se o IC47, destinado à prevenção de infecções hospitalares por pseudomonas, e o IC47, que previne infecções pneumónicas.

O acordo permite também à Novartis obter o direito de exclusividade para desenvolver o novo IC31, um suplemento para as vacinas da gripe cujos ensaios preliminares de utilização numa vacina tiveram inicio do mês de Junho. Joerg Reinhardt, o principal responsável pela unidade de vacinas da farmacêutica, acredita que o potencial de vários candidatos a vacinas da Intercell vai ser impulsionado pela experiência de investigação, desenvolvimento e comercialização dos especialistas da Novartis.

“Estamos satisfeitos por termos chegado a acordo com a Intercell, que partilha da nossa visão da ciência no âmbito das vacinas e que é amplamente respeitada por ter uma das linhas de investigação mais inovadoras”, frisou Reinhardt.

Marta Bilro

Fonte: First Word, Bloomberg, Forbes.

Sanofi Pasteur e HHS investem 57 milhões de euros em novos equipamentos

A Sanofi Pasteus, divisão de vacinas do grupo francês Sanofi-Aventis, estabeleceu um contrato com o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos da América (HHS, na sigla inglesa) para equipar as suas instalações para a produção de vacinas contra a gripe. O negócio envolveu cerca de 57 milhões de euros (77,4 milhões de dólares norte-americanos).

No âmbito do projecto total, a contribuição da Sanofi Pasteur deverá rondar os 1,8 milhões de euros (2,5 milhões de dólares). No contrato estão incluídos os custos do projecto, dos aparelhos e a manutenção das instalações, de forma que a empresa tenha capacidade para proceder à produção de vacinas contra a gripe pandémica sempre que tal seja solicitado pelo HHS.

As actuais instalações, que sofreram várias alterações ao longo dos anos, têm actualmente capacidade para produzir 50 milhões de vacinas para o mercado norte-americano durante a época de gripe. Depois de concluídas as novas instalações, a Sanofi Pasteur deverá ter uma capacidade de produção três vezes superior à actual.

Marta Bilro

Fonte: JB Online

Galapagos e GlaxoSmithKline expandem aliança contra a osteoartrose

A Galapagos, empresa belga de biotecnologia, e a farmacêutica GlaxoSmithKline alargaram a sua aliança no âmbito do desenvolvimento de medicamentos para a osteoartrose. Segundo os termos da revisão do acordo, o laboratório britânico deverá contribuir com, pelo menos, um programa de descoberta de um fármaco e investir 4,4 milhões de euros.

Como parte do novo acordo, a Galapagos ficará responsável por transferir o fármaco candidato do programa adicional para a conclusão dos ensaios clínicos de Fase IIa, enquanto a GSK será responsável pelo desenvolvimento da última fase e pela comercialização da substância. Segundo os termos de expansão do acordo, a farmacêutica pode também optar por acrescentar à aliança um segundo programa de descoberta de medicamentos adicionais.

Esta começa a ser uma manobra cada vez mais comum por parte das farmacêuticas que se desdobram em parcerias para desenvolver novos medicamentos, de forma a reduzir os custos de investigação e os riscos financeiros associados aos fármacos experimentais. A Galapagos, que trabalha também com a Boehringer Ingelheim e a AstraZeneca, planeia estabelecer duas novas parcerias em 2009.

Em alianças como esta, o insucesso significa que não há pagamento”, afirmou Kenn Curt Daniel, analista da Fortis, em Amesterdão. No entanto, “isto demonstra que a GlaxoSmithKline confia nas capacidades da Galapgos”, acrescentou. Em consequência desta operação, as acções da Galapagos registaram o maior aumento das últimas quatro semanas, com uma subida de 10 cêntimos, ou 1,2 por cento, para os 8,60 euros na bolsa de Bruxelas. “

A osteoartrose, também conhecida como osteoartrite, artrose, artrite degenerativa e doença articular degenerativa, é uma doença reumática que incide principalmente nas articulações dos joelhos, coluna, anca, mãos e dedos e acontece quando o organismo deixa de conseguir reparar as múltiplas agressões e lesões sofridas pelas articulações. Ocorre tanto em homens como em mulheres e é a mais comum das doenças reumáticas. A osteoartose é pouco comum em pessoas abaixo dos 40 anos, sendo mais frequente após os 60 anos.

Marta Bilro

Fonte: First Word, Bloomberg, Hemscott, Pfizer, Portal da Saúde.

Seguindo uma indicação de Fevereiro da FDA…
Genentech alterou rotulagem do Xolair


A farmacêutica Genentech Inc., fabricante e distribuidora do Xolair (omalizumab), incluiu na rotulagem daquele medicamento para o tratamento da asma uma nova advertência, que chama a atenção para o risco de a sua administração ter como efeito secundário a ocorrência de choque anafilático. A medida foi anunciada pela FDA, que já em Fevereiro tinha solicitado essa alteração.

As novas embalagens de Xolair contêm igualmente um novo guia de utilização do fármaco, sugerido pela FDA na sequência de inúmeras queixas apresentadas por pacientes sujeitos àquele tratamento e desenvolvido pela empresa fabricante com o objectivo de sensibilizar os doentes para a necessidade de a sua administração ser sempre feita sob supervisão médica, sugerindo a observação clínica periódica entre injecções. O choque anafilático, que terá ocorrido em vários doentes logo depois da primeira inoculação com o Xolair, enquanto noutros pacientes se verificou mais de um ano depois do início da toma do medicamento, é uma reacção alérgica grave e repentina, potencialmente fatal, cuja sintomatologia inclui dificuldade em respirar, tensão no peito, enjoos, desmaios, comichão, urticária e inflamações na boca e na garganta.
Apresentado na forma de um pó liofilizado de cor branca, solvente para solução injectável, o Xolair é especificamente indicado no âmbito da terapia complementar para melhorar os sintomas da asma alérgica grave e persistente em adolescentes e adultos cujo teste cutâneo revele positivo ou que desenvolvam reactividade in vitro ao aeroalergeno perenial, que tenham a função pulmonar reduzida e sintomatologia frequente diurna, além de despertares nocturnos, e com exacerbações asmáticas documentadas, mesmo medicados com doses diárias elevadas de corticosteróides inalados e beta2-agonistas de longa duração inalados.

Carla Teixeira
Fonte: FDA News, Emory Healthcare, Alergias.med.br
Doentes tendem a não cumprir prescrições
Preço dos medicamentos põe em causa tratamentos


O aumento do preço dos medicamentos sujeitos a prescrição médica pode levar os doentes ao não aviamento da receita na farmácia, o que poderá ter consequências adversas para a sua saúde. A conclusão é de um estudo divulgado hoje por uma equipa de investigadores norte-americanos.

Na investigação desenvolvida pela Rand Corporation, com sede em Santa Monica, na Califórnia, os cientistas referem que situações como o aumento dos preços ou a imposição de limites à quantidade de produtos que cada cidadão pode comprar têm normalmente como efeito “menores taxas de tratamento com recurso aos fármacos e piores níveis de adesão às terapias, que mais facilmente são descontinuadas”. O estudo aferiu ainda que “por cada 10 por cento de aumento no custo de venda dos medicamentos sujeitos a receita médica há um decréscimo de dois a seis por cento na sua disponibilização, dependendo a variação do tipo de fármacos em causa e da condição financeira do doente.
Este estudo, publicado no «Journal of the American Medical Association», envolveu uma revisão de 132 outros estudos, realizados entre 1985 e 2006, e pretende fazer com que as políticas públicas e privadas de saúde tenham em conta a necessidade de sensibilizar os doentes para os preços dos produtos farmacêuticos, mas de um modo que não potencie o abandono de tratamentos que podem ser essenciais. De acordo com o relatório, no que diz respeito a prognósticos como colesterol elevado, diabetes, esquizofrenia, doenças cardíacas e asma, o aumento do custo de venda dos medicamentos «empurra» normalmente os doentes para uma situação em que descuram os tratamentos farmacológicos, optando, nos casos de maior gravidade, por uma maior procura dos serviços médicos de urgência.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Reuters

GaiaShopping disponibiliza rastreios gratuitos até ao fim do mês

O centro comercial GaiaShopping recebe até ao final do mês o projecto “Saúde no Centro”, que pretende proporcionar aos clientes do centro a realização de rastreios diversos e de acções formativas acerca das várias patologias que estarão em destaque a cada semana.

O projecto é uma iniciativa da Sonae Sierra, em parceria com algumas instituições de saúde e pretende prestar um serviço de utilidade pública, uma vez que permitirá a todos os visitantes, bem como à comunidade local da área de influência, efectuar uma multiplicidade de rastreios.

O stand do projecto “Saúde no Centro” encontra-se desde ontem instalado no piso 0 do centro comercial, contando com a presença de diversos técnicos de saúde que vão auxiliar todos os interessados a efectuar os rastreios. No stand é também possível encontrar informação sobre as diversas doenças que serão abordadas até dia 31, como as doenças respiratórias, oncológicas e a diabetes.

A Sonae Sierra cumpre deste modo a sua politica de Responsabilidade Corporativa, procurando ser sensível às comunidades locais onde opera, dai que tenha vindo a investir na qualidade de vida dos seus visitantes, através do apoio que tem prestado a algumas instituições sociais de saúde.

O projecto deverá estender-se a outros centros comerciais nos próximos meses, como é o caso do ArrábidaShopping e do CoimbraShopping.

Inês de Matos

Fonte: Jasfarma

EUA fornecem coração artificial para doentes terminais

A Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA, na sigla inglesa) autorizou o uso de corações artificiais em deontes que não tenham mais de um mês de vida e que estejam inaptos para o transpalnte.

O coração custa cerca de 195 mil euros e aumentam a esperança de vida, em média cinco meses. A empresa Abiomed produz o coração que pesa um kilo, tem o tamanho de uma toragem e é feito com titânio e plástico.

Em 2005, o FDA rejeitou o uso desta técnica, agora, apesar do seu sucesso limitado, considera que é um avanço médico significativo.

Sara Pelicano

Fontes: Público, Saúde na Internet

História da Medicina na Arrábida

«The United Nations and International and Global Health» é o título do simpósio organizado pela Fundação Oriente. O objectivo é compreender melhor a história das instituições ligadas à saúde e traçar novos rumos para o futuro. O encontro vai ter lugar de 10 a 12 de Julho no Covento da Arrábida.

Os Encontros da Arrábida 2007 vão juntar em debate especialistas em História de Medicina e funcionários da Organização Mundial de Saúde. A entrada só é possível com convite, excepto dia 12.

Ainda durante este ciclo anual de conferências de nível académico e científico vão ser apesentados dois livros. «Global Health: a History of the World Health Organization« e «The Third Ten Years of the World Health Organization, 1968-1978» t~em lançamento previsto para breve.

Sara Pelicano

Fontes: Saúde na Internet, ICS