Anti-depressivos podem ser inócuos para o bebé

Julio Vallejo Ruiloba, presidente da Sociedade Española de Psiquiatria e director do serviço daquela especialidade no Hospital Universitário de Bellvitge, em Barcelona, aconselhou “muita prudência” na extrapolação das conclusões dos dois estudos, e lembrou que “às mulheres que estão em tratamento por depressão recomendamos sempre que não engravidem”. Acrescentou no entanto que, se a gravidez acontece, “diminui-se o mais possível a administração de medicamentos, até à sua exclusão se essa eventualidade for possível, sem agravamento significativo do quadro clínico da paciente”.
No final de 2005 a empresa farmacêutica britânica GlaxoSmithKline advertiu para o resultado de um estudo que apontava a detecção de maior risco de malformações congénitas nos bebés cujas mães tinham sido tratadas com paroxetina, um inibidor selectivo da recaptação da serotonina, durante os primeiros meses de gestação. A descoberta fez com que, desde essa altura, as autoridades sanitárias de diversos países tivessem promovido a alteração do prospecto daquela substância activa, de modo a que fosse indicado esse risco para as crianças.
Carla Teixeira
Fonte: El Mundo
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