segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Diabetes: Níveis de açúcar elevados podem afectar a memória

Resultados de um estudo revelaram que um aumento dos níveis de açúcar no sangue, nas pessoas com diabetes tipo 2, provoca uma pior função cerebral.

Os participantes do estudo, cerca de 3 mil pessoas com 55 anos ou mais do Canadá e dos Estados Unidos, submeteram-se a testes cognitivos delineados para medir diversos aspectos do funcionamento da memória.

Os investigadores descobriram que um aumento de 1 por cento dos níveis de hemoglobina A1C (uma medida dos níveis médios de glicose no sangue durante 2 a 3 meses) foi associado a resultados ligeiramente menores nos testes de rapidez psicomotora, função cognitiva global, memória e realização de tarefas múltiplas.

Contudo, não foi encontrada qualquer ligação entre os resultados dos testes e os níveis diários de glicose no sangue, que são medidos através de um teste de glicose em jejum.

O investigador principal, o Dr. Jeff Williamson, do Centro Médico Baptista da Universidade de Wake Forest, referiu que uma das complicações pouco conhecidas da diabetes tipo 2 é o declínio da memória que leva à demência, particularmente à Doença Alzheimer.

Este estudo, publicado na “Diabetes Care”, acrescenta evidências de que um mau controlo da glicose no sangue está fortemente associado a um pior funcionamento da memória e que estas associações podem ser detectadas bem antes da pessoa desenvolver uma perda de memória grave.

Investigações anteriores demonstraram que as pessoas com diabetes têm uma probabilidade 1,5 vezes maior de experienciar um declínio cognitivo e desenvolver demência do que aquelas que não sofrem de diabetes.

O Dr. Williamson salientou que as pessoas com diabetes devem estar abertas à possibilidade de terem um familiar que se certifique periodicamente que estão a gerir bem a diabetes através de monitorização, dieta, exercício e medicação.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_80766.html

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Fármaco pode ajudar a melhorar memória nos idosos

Investigadores espanhóis referiram que num estudo um fármaco utilizado para um tipo de distúrbio metabólico hereditário melhorou a memória de animais de laboratório com Doença de Alzheimer.

Os investigadores do Centro de Investigação Médica Aplicada da Universidade de Navarra, em Pamplona, demonstraram que o fármaco fenilbutirato de sódio, actualmente prescrito para pacientes com perturbações no ciclo da ureia, facilita a fusão de proteínas responsáveis pelas ligações entre os neurónios, assim aumentando a capacidade de aprendizagem do rato envolvido.

A Dra. Ana Garcia-Osta referiu que estas descobertas, publicadas na “Neuropsychopharmacology”, oferecem perspectivas novas e promissoras para o tratamento da Doença de Alzheimer e outras demências relacionadas.

A investigadora referiu que o déficit cognitivo está associado a uma perda de ligações entre os neurónios. Para a memória se desenvolver é necessário que sejam activados uma série de mecanismos celulares e moleculares, sendo que a interrupção destes processos afecta a capacidade de assimilar e armazenar novas memórias.

A equipa de investigadores referiu que está actualmente focada em tentar descobrir o mecanismo de acção deste fármaco. A Dra. Garcia-Osta referiu que este fármaco está agora clinicamente disponível e é bem tolerado, sendo que a confirmação do seu valor terapêutico em humanos poderá ser aplicada à Doença de Alzheimer num período de tempo mais curto do que outros fármacos que estão a ser estudados.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/19/A_drug_may_improve_memory_in_elderly/UPI-29871235068180/

Dengue: vacina da Sanofi inicia ensaios clínicos na Tailândia

A divisão de vacinas da Sanofi-Aventis, Sanofi Pasteur, anunciou em comunicado que a sua candidata a vacina tetravalente em estudo para o dengue vai entrar num ensaio clínico pediátrico na Tailândia.


O objectivo desta fase é feterminar a sua eficácia na protecção de crianças contra aquela que é a doença tropical mais alastrada no mundo a seguir à malária é o objectivo desta fase.

A candidata a vacina tetravalente da Sanofi Pasteur é a primeira a alcançar este estágio de desenvolvimento clínico.


Raquel Garcez

Fonte: http://www.sanofipasteur.com/sanofi-pasteur2/sp-media/SP_CORP/EN/54/635/Dengue%20Thailand%20180209%20ENG.pdf?siteCode=SP_CORP

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Cancro: portuguesas descobrem mutação responsável pela progressão

Uma mutação genética responsável pela progressão do cancro foi identificada por investigadoras portuguesas. A descoberta pode abrir caminho ao desenvolvimento de novos tratamentos contra o cancro.

Publicado na última edição da revista Nature Genetics, o estudo – feito em colaboração com colegas de outros países – baseou-se na análise de amostras de tumores enviadas de vários países.

Em declarações à Agência Lusa, uma das autoras do artigo, Sónia Melo, esclareceu que "as colaborações internacionais surgiram depois de encontrarmos a mutação, de desenvolvermos alguns estudos funcionais e de descobrirmos que a mutação era biologicamente bastante relevante".

A investigadora revelou que, “o mais interessante no estudo é que a mutação descrita tem como consequência que nos cancros estudados a produção de pequenas moléculas de RNA (ácido ribonucleico) que regulam a expressão dos genes, chamadas microRNAs, deixa de ser correcta”.

Apesar da carcinogénese ter sido associada a várias vias, Sónia Melo sublinhou o facto de esta ser “a primeira vez que se liga a via de biogénese das microRNAs ao processo tumorogénico.”


Raquel Garcez

Fonte: Agência Lusa/ http://www.nature.com/ng/journal/vaop/ncurrent/abs/ng.317.html

Eisai pode comercializar antiepiléptico da Bial na Europa

Caso ganhe a aprovação de comercialização na Europa, o novo antiepiléptico da Bial - o Zebinix® (acetato de eslicarbazepina) - poderá ser comercializado e distribuído pela Eisai Europe Ltd, a subsidiária europeia da Eisai Co, Ltd.

Segundo o acordo firmado - avançado pela Agência Lusa - a Bial vai receber 95 milhões de euros, montante referente ao pagamento inicial pela concessão da licença, mais outros pagamentos decorrentes de futuras aprovações do fármaco na área da epilepsia na Europa. Em contrapartida, a Eisai obtém licença para a comercialização, promoção e distribuição daquele fármaco na Europa.

Os laboratórios Bial submeteram o Zebinix® à aprovação da Agência Europeia do Medicamento (EMEA), em Março de 2008, estando prevista a sua aprovação para o segundo trimestre de 2009.

O fornecimento do produto acabado à Eisai, os direitos de desenvolvimento e produção competem à maior farmacêutica portuguesa, assim como, a opção de co-promoção de Zebinix® na Europa.


O Zebinix®, está indicado para o tratamento adjuvante das crises parciais de epilepsia, com ou sem generalização secundária, em doentes com 18 ou mais anos de idade.

Raquel Garcez

Fonte: Agência Lusa

Tibolona aumenta risco de recorrência de cancro da mama

Descobertas de um estudo, publicadas na "The Lancet Oncology", demonstraram que a utilização de tibolona, um fármaco para o tratamento de substituição hormonal, em pacientes com cancro da mama que têm sintomas vasomotores resultou num aumento de 40 por cento do risco de recorrência do cancro, em comparação com as pacientes que receberam placebo.

O estudo, que foi terminado seis meses antes do previsto devido ao risco elevado, envolveu 3 098 mulheres, com sintomas vasomotores que se submeteram a tratamento cirúrgico para o cancro da mama, que receberam aleatoriamente uma dose diária de tibolona ou de placebo.

Após um seguimento médio de 3,1 anos, os dados indicaram que as mulheres que receberam tibolona apresentaram um aumento de 15,2 por cento na recorrência do cancro, em comparação com um aumento de 10,7 por cento naquelas que receberam placebo.

Contudo, os investigadores referiram que os sintomas vasomotores e a densidade mineral óssea melhoraram significativamente no grupo que recebeu tibolona, em comparação com as que receberam placebo.

O investigador principal, o Dr. Peter Kenemans, e colegas referiram que muitas pacientes com cancro da mama utilizam actualmente a tibolona para os sintomas da menopausa, mas os resultados do ensaio demonstram que os médicos não devem prescrever o medicamento a sobreviventes de cancro.

A tibolona, que é comercializada como Clitax, Goldar, Livial, Tibolona Teva (genérico) ou Ulcinil, pertence ao grupo de medicamentos denominados de Terapêutica Hormonal de Substituição (THS). O fármaco está indicado para o alívio dos sintomas resultantes da menopausa (natural ou cirúrgica) e para a prevenção e tratamento da osteoporose pós-menopáusica (enfraquecimento dos ossos).

Na menopausa (ou após um cirurgia para remoção dos ovários) o organismo feminino pára de produzir estrogénio, a hormona feminina. Podem então surgir nas mulheres certas queixas, tais como afrontamentos, suores nocturnos, irritação vaginal, depressão e desejo sexual diminuído. A deficiência em hormonas sexuais pode também causar a rarefacção dos ossos (osteoporose).

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=C28A9B1E9E83453D87118EA199A9C11D

EMEA recomenda suspensão da comercialização do Raptiva para a psoríase

A Agência Europeia do Medicamento (EMEA) recomendou a suspensão da comercialização do fármaco Raptiva (efalizumab), da Merck KGaA e da Genentech, para o tratamento da psoríase, referindo que os benefícios do medicamento já não superam os riscos, devido a questões de segurança, incluindo a ocorrência de leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP).

Adicionalmente, num alerta de saúde pública publicado no site da agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA), a agência refere que recebeu três casos confirmados e outro possível de leucoencefalopatia multifocal progressiva em pacientes a tomar Raptiva, desde que o fármaco foi aprovado em 2003. Três dos pacientes morreram.

A FDA declarou que está a rever os casos adicionais de leucoencefalopatia multifocal progressiva e irá seguir os passos apropriados para assegurar que os riscos do Raptiva não superam os benefícios.

Em Outubro, a rotulagem do fármaco foi actualizada, de modo a incluir uma caixa de aviso relativamente aos riscos de infecções potencialmente fatais com a utilização do produto.
O Raptiva (efalizumab) está autorizado na União Europeia (UE) desde Setembro de 2004, sendo comercializado em 24 países da UE, incluindo Portugal.

O Raptiva é utilizado no tratamento de adultos com psoríase em placas crónica (de longa duração), moderada a grave (uma doença que provoca lesões vermelhas e escamosas na pele). Utiliza-se em doentes que não responderam ou não toleram outros tratamentos sistémicos (em todo o organismo) contra a psoríase, incluindo a ciclosporina, o metotrexato e o PUVA (psoraleno, raios ultravioleta A). O medicamento só pode ser obtido mediante receita médica.

A LMP é uma infecção cerebral rara causada pelo vírus JC (Vírus John Cunningham), o qual está habitualmente presente na população em geral, apenas conduzindo à LMP quando o sistema imunitário está comprometido, resultando frequentemente em incapacidade grave ou morte.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do;jsessionid=B93BD93B7A464CB25FD5C71580076390?articleid=3F8AE446FE154A9C8BDBD47472DB09F2
www.emea.europa.eu/humandocs/PDFs/EPAR/raptiva/6565604pt1.pdf

Vacina HPV: Infarmed garante que benefício é superior a eventuais riscos

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) afirmou que o benefício da vacina Gardasil®, contra o vírus que provoca o cancro do colo do útero, "mantém-se claramente superior ao risco" de eventuais reacções adversas.

"Podemos ainda adiantar que nenhuma das reacções adversas constitui facto novo, estando descritas no respectivo Resumo das Características do Medicamento (RCM). É de sublinhar, a propósito, que o perfil de benefício da vacina contra o HPV [vírus do papiloma humano] não sofreu alteração. Isto é, de acordo com a informação actualmente disponível, o benefício do medicamento mantém-se claramente superior ao risco", esclareceu o Infarmed à Agência Lusa.

A propósito de notícias sobre reacções adversas possivelmente relacionadas com a vacina em Espanha, também o director-geral da Saúde, Francisco George, defendeu que "não existem razões ou evidências que justifiquem a suspensão da vacinação, reforçando-se a recomendação de administrar a vacina HPV, Gardasil®, de acordo com as orientações do Programa Nacional de Vacinação".

Por seu turno, o cenário no país vizinho, levou a que mais de metade dos especialistas em Saúde Pública das universidades espanholas assinaram um manifesto a pedir a suspensão da vacinação contra o vírus que provoca o cancro do colo do útero por considerarem duvidosa a relação custo/eficiência do tratamento e não estar totalmente provada a sua segurança, avança a agência Lusa.

Raquel Garcez

Fonte: Agência Lusa

Ácido zoledrónico tem efeitos anti-tumurais

O ácido zoledrónico tem efeitos anti-tumurais directos, indica um estudo publicado no The New England Journal of Medicine.

A investigação - realizada pelo Grupo Austríaco de Estudo do Cancro da Mama e do Cólon (ABCSG) – comprova que o ácido zoledrónico oferece uma significativa protecção contra o reaparecimento (recorrência) do cancro da mama em mulheres na pré-menopausa.

Segundo informa o site Medpage Today, os resultados do primeiro grande estudo de Fase III permitiram concluir que a administração do ácido zoledrónico - em conjunto com a terapêutica hormonal após cirurgia - diminui em 36% o risco de reaparecimento do cancro ou morte, nas doentes a quem foi diagnosticado um cancro numa fase inicial e estejam em pré-menopausa.

A propriedade anti-tumural desta substância activa já havia sido apontada num estudo anterior.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Vitamina B e ácido fólico podem ajudar a reduzir enxaqueca

A vitamina B e o ácido fólico podem ajudar a minimizar uma enxaqueca, indica uma investigação australiana da Griffith University que teve por base um outro estudo que identificou um gene denominado MTHFR.

Segundo os investigadores, estima-se que cerca de 20% das pessoas que sofrem de enxaqueca apresentem mutações ou disfunções no gene MTHFR. Na prática, o que acontece é que a mutação leva a maiores níveis de homocisteína.

Os resultados do novo estudo, confirmam a teoria de que a vitamina B em conjunto com o ácido fólico reduziria os níveis de homocisteína.

De acordo o site Telegraph.co.uk, os doentes receberam, durante seis meses, doses de vitamina B e ácido fólico, tendo descrito ao longo desse período "diminuição da frequência e gravidade da dor de cabeça e da incapacidade associada a ela".

Raquel Garcez

Fonte: http://www.telegraph.co.uk/health/healthnews/4523675/Vitamin-B-and-folic-acid-help-fight-migraines.html

Medicamentos para a tensão ajudam a esquecer traumas

Cientistas holandeses acreditam que os medicamentos para a tensão arterial pode ajudar a esquecer traumas.

Segundo um estudo conduzido por investigadores da Universidade de Amsterdão, na Holanda, essas memórias poderiam ser alteradas quando evocadas após a ingestão de um beta-bloqueador - chamado propanolol -, frequentemente usado na prevenção de doenças cardíacas.

De acordo com a BBC, a investigação envolveu 60 pessoas e consistiu na criação artificial de sentimentos de medo nos voluntários, mostrando-lhes imagens de aranhas, associadas a choques eléctricos nos pulsos. Um dia depois, o grupo foi separado. A uma metade, foi administrado propranolol, um bloqueador beta. À outra metade, foi administrado um placebo, antes de lhes serem mostradas as mesmas imagens de aranhas.

Os resultados permitiram constatar que o grupo que tomou o medicamento para o coração mostrou menos sinais de medo. A equipa holandesa ficou convencida de que os medicamentos para a tensão arterial alteram a maneira como os acontecimentos são recordados, podendo, assim, ajudar os doentes que sofrem de problemas emocionais depois de viverem acontecimentos traumáticos.

Raquel Garcez


Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/02/090216_memoriaremedionp.shtml

Melanoma e Doença de Parkinson podem estar relacionados

Investigadores relataram que quando existem casos de melanoma na família também há a possibilidade de existir Doença de Parkinson.

Os investigadores descobriram que uma história familiar de melanoma parece estar relacionada com uma susceptibilidade genética para desenvolver a Doença de Parkinson.

O Dr. Xiang Gao, da Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, referiu à Reuters Health que a co-ocorrência de Parkinson e melanoma tem sido relatada em diversos estudos, sendo que este estudo é o primeiro que demonstra que esta co-ocorrência pode dever-se a mecanismos genéticos comuns a estas duas doenças.

Os investigadores analisaram dados de dois estudos a decorrer: o estudo de seguimento de profissionais de saúde masculinos e o estudo de saúde de enfermeiras.

Todos os participantes, cerca de 132 mil homens e mulheres, não sofriam de Parkinson no início dos estudos, mas nos seguintes 14 a 20 anos ocorreram 543 casos.

Os participantes tinham fornecido informações sobre a existência de quaisquer casos de melanoma nos seus pais ou irmãos. Os investigadores descobriram que uma história familiar de melanoma quase duplicou a probabilidade de desenvolver Parkinson, tendo concluído que ambas as doenças partilham componentes genéticos comuns.

O Dr. Gao referiu que, relativamente aos possíveis mecanismos subjacentes nas duas doenças, o metabolismo dos pigmentos e os genes que codificam as proteínas neste processo, pelo menos em parte, explicam esta associação.

A equipa de investigadores demonstrou recentemente que as pessoas com cabelo ruivo ou com uma variante do gene de pigmentação, denominado MC1R, tinham duas a três vezes mais probabilidade de desenvolver a Doença de Parkinson. O Dr. Gao explicou que tanto o cabelo ruivo como o gene MC1R são factores de risco bem estabelecidos para o melanoma.

O investigador acrescentou que será importante confirmar estas descobertas em outras populações, pois se estas forem confirmadas poderão ajudar os médicos a identificar populações de risco elevado de Doença de Parkinson.

O melanoma é o tipo de cancro da pele mais grave. O melanoma tem início nas células da pele, os melanócitos (células pigmentares), quando estes se tornam malignos. Em Portugal, surgem anualmente cerca de 700 novos casos de melanoma maligno.

Isabel Marques

Alimentos coloridos ajudam a prevenir doenças

Os alimentos coloridos desempenham um papel importante na prevenção de certas doenças e no fortalecimento do corpo, devido às propriedades dos corantes, concluiu um estudo do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

De acordo com o Folha Online, a autora da investigação e especialista em nutrição clínica, Fabiana Carvalho Trovão, “os alimentos não são coloridos por mero capricho da Natureza, cada cor representa um pigmento, um nutriente com propriedades específicas.”

Por isso, a especialista aconselha que “o ideal é consumir cinco porções por dia, uma de cada cor”, deste modo, “fortalecemos o sistema imunológico e preparamos o corpo para combater substâncias cancerígenas e doenças”, sublinhou.

A especialista dá o exemplo do betacaroteno, corante responsável pela coloração amarela ou alaranjada dos alimentos e, popularmente, associado ao bronzeado uniforme e duradouro. Esta substância possui, também, algumas outras propriedades, nomeadamente, anticancerígenas.

Segundo uma descoberta feita por outra nutricionista, Luciana Tomita, a ingestão de alimentos com essa coloração “ajuda a proteger a mulher contra o cancro do colo do útero”.

Raquel Garcez

Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=373194

Amamentação diminui risco de pneumonia nos bebés do sexo feminino

A amamentação parece reduzir o risco de infecção pulmonar grave e hospitalização associada entre os bebés do sexo feminino, mas não entre os do sexo masculino.

Os rapazes podem retirar alguma protecção da amamentação, mas este estudo, publicado na “The Pediatric Infectious Disease Journal”, pode ter sido demasiado pequeno para identificar suficientemente este benefício específico.

Ainda assim, os resultados provenientes do estudo com bebés em Buenos Aires reflectem os de investigações anteriores conduzidas na Argentina e nos Estados Unidos e, tomados em conjunto, indicam que as mães de meninas devem prestar atenção à importância da amamentação para proteger os pulmões das bebés.

Os investigadores, liderados pelo Dr. Fernando Polack, da Universidade Vanderbilt, em Nashville, no Tennessee, avaliaram como a amamentação alterou o risco de pneumonia e hospitalização entre 323 bebés que desenvolveram uma infecção respiratória aguda, em média, aos 4,6 meses.

No geral, 77 por cento dos bebés foram amamentados, tendo 23 por cento das meninas que foram alimentadas com leite em fórmula desenvolvido pneumonia viral, em comparação com 5 por cento das que foram amamentadas. A hospitalização foi mais frequentemente necessária entre as bebés alimentadas com leite em fórmula (38%) do que entre as amamentadas (18%).

Estas associações foram sustentadas após serem tidos em conta outros factores de risco, tais como a utilização de tabaco em casa, existência de irmãos com 10 anos ou menos, viver num ambiente com muitas pessoas, os bebés terem menos de três meses, a presença de outras infecções virais e história de asma entre os membros da família.

Por outro lado, quaisquer benefícios para os rapazes não foram estatisticamente significativos neste estudo.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/17/eline/links/20090217elin001.html

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Uma maçã por dia ajuda a proteger contra o cancro da mama

Investigadores norte-americanos confirmaram que uma maçã por dia, juntamente com outras frutas e vegetais, realmente ajuda a reduzir o risco de uma mulher desenvolver cancro da mama.

O Dr. Rui Hai Liu, da Universidade de Cornell, em Ithaca, Nova Iorque, referiu que os seus seis estudos, publicados no ano passado, acrescentam evidências de que a maçã e outros produtos inibem significativamente o tamanho de tumores mamários em ratos, sendo que quantos mais extractos de maçã estes recebessem maior era a inibição.

No seu último estudo, o Dr. Liu descobriu que um tipo de adenocarcinoma, um tumor altamente maligno e que é a principal causa de morte em pacientes com cancro da mama, foi evidente em 81 por cento dos tumores nos animais de controlo.

Contudo, este tipo de tumor apenas se desenvolveu em 57 por cento, 50 por cento e 23 por cento dos ratos que receberam doses de extractos de maçã baixas, médias e elevadas, respectivamente, o equivalente a uma, três e seis maçãs por dia em humanos, durante o estudo de 24 semanas.

Os estudos salientam o papel importante dos fitoquímicos, conhecidos com fenólicos ou flavonóides, descobertos nas maçãs, noutras frutas e em vegetais.

O Dr. Liu referiu que estes estudos acrescentam evidências de que um consumo elevado de frutas e vegetais, incluindo maçãs, podem fornecer aos consumidores mais fenólicos, que estão a provar ter benefícios importantes para a saúde. O investigador acrescentou que recomenda que as pessoas comam mais e uma maior variedade de frutas e vegetais diariamente.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/17/Apple_a_day_helps_keep_breast_cancer_away/UPI-58271234900716/

Tratamento com arsénico e vitamina A efectivo para pacientes com leucemia

Resultados de um estudo de longo prazo parecem indicar que os investigadores conseguiram tratar efectivamente e com segurança pacientes com leucemia, um cancro do sangue e da medula óssea, com uma combinação de arsénico e vitamina A.

No artigo publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences”, os investigadores chineses referiram que prescreveram o regime a 85 pacientes e monitorizaram-nos durante uma média de 70 meses.

Destes pacientes, 80 atingiram uma remissão completa e os investigadores não encontraram, a longo prazo, quaisquer problemas associados nos seus corações ou pulmões, não tendo havido desenvolvimento de cancros secundários.

Os investigadores referiram que, dois anos após o tratamento, os pacientes apresentavam níveis de arsénico no sangue e na urina bem abaixo dos limites de segurança e apenas ligeiramente mais elevados do que os níveis de controlo.

O tratamento foi efectivo e actuou melhor do que qualquer um dos compostos administrados isoladamente.

Os autores recomendaram que o tratamento seja administrado a pacientes com cancro do sangue e da medula óssea, ou leucemia promielocítica aguda.

Embora a vitamina A seja considerada por alguns peritos como um tratamento viável, esta é a primeira vez que a sua utilização é monitorizada durante um período de tempo tão extenso.

Desde o século XVIII, os compostos do arsénico têm sido utilizados como medicamentos para tratar determinados problemas. A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) aprovou a sua utilização para o tratamento de pessoas com cancro do sangue e da medula óssea em 2000.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE51F4RX20090216

Fármaco experimental para aterosclerose não prejudica o fígado

Investigadores austríacos desenvolveram e testaram um fármaco sintético para a aterosclerose que pode reduzir a acumulação de placas perigosas nos vasos sanguíneos, sem efeitos adversos para o fígado.

A autora principal, a Dra. Adelheid Kratzer, da Universidade de Graz, referiu que os resultados encorajadores deste estudo em ratos, publicados na “Journal of Lipid Research”, podem levar a um novo tipo de fármaco para tratar ou mesmo prevenir a aterosclerose, sem produzir o efeito secundário de fígado gordo, que leva a outros problemas como a diabetes.

O fármaco, denominado DMHCA, direcciona-se às proteínas chamadas receptores farnesóide X, que controlam os níveis de colesterol do organismo ao limitar a absorção de colesterol alimentar e ao aumentar a conversão do colesterol em ácidos biliares. Infelizmente, a maior parte dos ligantes dos receptores farnesóide X também controlam a produção de ácidos gordos, por isso os compostos terapêuticos que activam estes receptores também aumentam os níveis de outras gorduras, particularmente no fígado.

Contudo, o DHMCA apresentou efeitos insignificantes na produção de gordura nos testes laboratoriais, pelo que os investigadores o testaram em ratos geneticamente modificados para serem ateroscleróticos.

Os investigadores descobriram que o DHMCA pode reduzir significativamente o tamanho das lesões arteriais nos ratos entre 45 e 48 por cento sem aumentar o conteúdo gordo no fígado ou no sangue, em comparação com outro fármaco experimental do mesmo género, o T0901317.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/16/Atherosclerosis_drug_doesnt_hurt_liver/UPI-76781234812462/

Cientistas descodificam vírus da constipação

O genoma de todas as estirpes conhecidas do vírus da constipação ou do rinovírus foi sequenciado por investigadores norte-americanos. A descoberta poderá abrir caminho à identificação as suas vulnerabilidades.

De acordo com o estudo – publicado no site da revista Science – a equipa de cientistas terá analisado os genes de 99 estirpes de rinovírus consideradas de referência e de outras dez recentemente identificadas "no terreno".

A sequência genética de todas as estirpes conhecidas do vírus da constipação, representa um avanço na ciência que poderá conduzir ao desenvolvimento de um tratamento para esta infecção.

Raquel Garcez


Fonte: http://www.azprensa.com/noticias_ext.php?idreg=40318&AZPRENSA=bd2f350747095b4cc3ec9e03776e2776

Cancro do Cólon: medicamento reduz incidência em roedores

A enzastaurina reduziu significativamente a incidência de cancro do cólon em roedores, revela um estudo realizado pela Mayo Clinic.

De acordo comum comunicado da Mayo Clinic, os resultados sugerem que a enzastaurina poderá ser considerada um tratamento quimiopreventivo eficaz em pessoas que apresentem elevado risco de cancro do cólon.

Os especialistas constataram também que, nos casos em que surgiram tumores, estes eram menos avançados e agressivos, quando comparados com o grupo de controlo. A investigação conduziu ainda a outro conclusão aliada ao facto de a droga não aparentar produzir efeitos adversos severos.

Raquel Garcez

Esclerose Múltipla: Merck e Novartis disputam primeiro fármaco no mercado

A colocação no mercado do primeiro fármaco para a esclerose múltipla está a ser disputada pela Merck KGaA e a Novartis. Ambos os laboratórios planeiam solicitar às autoridades reguladoras a aprovação para comercializar os seus tratamentos orais.

A conquista poderá traduzir-se em 1.3 mil milhões de dólares anuais em vendas, à medida que os pacientes passem a adoptar esta forma de tratamento em detrimento dos injectáveis.

Segundo destaca o site Bloomberg, os novos fármacos poderão significar para muitos doentes “o fim de injecções dolorosas e infusões que deixam os pacientes com dores crónicas e depressão.”

Raquel Garcez

Fonte: http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=20601202&sid=a4EfOSGwR87A&refer=healthcare

Cancro pediátrico: Europa desenvolve medicamentos específicos

Um consórcio europeu (O3K) vai desenvolver medicamentos anticancerígenos bocais adaptados para crianças. O anúncio foi feito em Paris por ocasião do Dia Mundial da Criança com Cancro.

Segundo noticia a Agência Lusa, o projecto está a ser coordenado por um dos maiores centros europeus de luta contra o cancro - o Instituto Francês Gustave Roussy - cujo departamento pediátrico trata 450 crianças por ano.
Para o instituto, "o objectivo do projecto O3K (Oral Off-patent Oncology drugs for Kids) é desenvolver novos medicamentos especificamente adaptáveis para as crianças."

Estes novos medicamentos serão preparados a partir de outros já utilizados em cápsulas ou medicamentos para adultos, inadaptados para crianças. O projecto é financiado pela Comissão Europeia e os ensaios clínicos deverão arrancar no fim de Novembro próximo.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.moo.pt/noticia/saude/remedios_especificos_para_cancro_infantil_correio_da_manha/148523/

Venda de medicamentos em unidose avança este ano

O Ministério da Saúde garante que a venda de medicamentos em unidose vai avançar ainda este ano, mas em regime experimental e apenas nas farmácias hospitalares.

A venda de medicamentos em dose única é um compromisso do actual Governo assinado em 2006. No entanto, actualmente, a venda de medicamentos em unidose existe apenas no Hospital de Santo André, em Leiria.

A garantia de que este tipo de venda avança este ano foi dada pelo Ministério da Saúde à TSF. Uma notícia que, no entanto, é desconhecida para a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma): "Neste momento não sabemos se há algo em cima da mesa. Para nós trata-se de mera especulação. Não fomos consultados no passado recente sobre absolutamente nada", disse João Almeida Lopes à TSF.

De referir que, há estudos que indicam que o Estado pouparia, por ano, 180 milhões de euros se já estivesse em vigor a venda de medicamentos unidose. Por seu turno, para a Apifarma, a medida representa uma a ameaça para a segurança dos doentes.

Raquel Garcez

Fonte: http://tvnet.sapo.pt/noticias/video_detalhes.php?id=39940
_correio_da_manha/148523/

Insónia relacionada com sestas para aliviar dores de cabeça

Investigadores norte-americanos referiram que dormir para lidar melhor com a dor crónica provocada pelas enxaquecas pode levar a insónias crónicas.

Investigadores do Centro Médico da Universidade Rush, em Chicago, compararam um grupo de 32 mulheres com cefaleias tensionais confirmadas, como classificadas pela Sociedade Internacional de Cefaleias, a um grupo de 33 mulheres que apresentavam dores mínimas.

Oitenta e um por cento das mulheres no grupo das cefaleias relataram dormir como uma forma de lidar com as suas dores de cabeça, tendo este método também sido cotado como a estratégia mais efectiva de auto-gestão da dor.

O estudo, publicado na "Journal of Clinical Sleep Medicine”, descobriu que tirar uma sesta para aliviar as dores de cabeça pode servir como uma ligação comportamental entre as enxaquecas e o distúrbio do sono.

O investigador principal, o Dr. Jason C. Ong, referiu que a insónia é uma queixa comum entre as pessoas que sofrem de dores de cabeça. Embora tirar sestas possa aliviar a dor, também pode diminuir a necessidade de dormir à noite para o cérebro, levando a uma capacidade reduzida de iniciar e manter o sono durante a noite.

O estudo descobriu que 58 por cento das pessoas com cefaleias tensionais relataram problemas de sono como uma causa das dores de cabeça, em comparação com 18 por cento daquelas que apenas sofriam de dores de cabeça mínimas.

As cefaleias tensionais devem-se à tensão muscular no pescoço, nos ombros e na cabeça. A tensão muscular pode ser consequência de uma posição corporal incorrecta, de stress social ou psicológico ou do cansaço.

As cefaleias tensionais manifestam-se geralmente de manhã ou às primeiras horas da tarde e pioram ao longo do dia. Muitas vezes, sente-se uma dor mantida e moderada sobre os olhos ou a nuca, ou então uma sensação de pressão forte (como uma fita apertada à volta da cabeça), que pode acompanhar a dor. Esta pode abranger toda a cabeça e por vezes irradiar para trás, para a nuca até aos ombros.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/16/Insomnia_linked_to_tension_headache_naps/UPI-85211234817838/
www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D88%26cn%3D852

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Vitamina B12 pode ajudar a aliviar aftas na boca

Investigadores israelitas referiram que, num estudo, doses nocturnas de vitamina B12 preveniram efectivamente o retorno de aftas na boca.

O estudo, publicado na “The Journal of the American Board of Family Medicine”, descobriu que as aftas na boca recorrentes, também conhecidas como estomatite aftosa recorrente (EAR), reduziram significativamente após cinco ou seis meses de tratamento com vitamina B12, independentemente dos níveis iniciais de vitamina B12 no sangue.

O investigador principal, o Dr. Ilia Volkov, do Hospital Clalit e da Universidade Ben-Gurion do Negev, em Israel, referiu que, durante o último mês de tratamento, um número significativo de participantes no grupo de intervenção atingiu um estado sem úlcera aftosa.

Os investigadores testaram o efeito da vitamina B12 em 58 pacientes com estomatite aftosa recorrente, aleatoriamente seleccionados, que receberam uma dose oral de 1 000 microgramas de B12 ao deitar ou placebo, sendo testados mensalmente ao longo de seis meses.

De acordo com o Dr. Volkov, a média de duração dos surtos e a média do número de aftas por mês diminuiu em ambos os grupos, durante os primeiros quatro meses do ensaio. Contudo, a duração dos surtos, o número de aftas e o nível de dor foram reduzidos significativamente aos cinco e seis meses de tratamento com vitamina B12.

As aftas são pequenas ulcerações dolorosas que aparecem na mucosa bucal. Uma afta é uma mancha esbranquiçada, redonda, com uma auréola vermelha. É comum que a ferida se forme no tecido mole, particularmente no interior do lábio ou da bochecha, sobre a língua ou no palato mole e, às vezes, na garganta.

Apesar de se desconhecer a causa, parece que o carácter nervoso tem um papel no seu desenvolvimento, por exemplo, podem aparecer aftas na boca de um estudante durante um exame final.

As aftas pequenas (com menos de 12 mm de diâmetro) costumam aparecer em grupos de duas ou de três e, de modo geral, desaparecem ao fim de dez dias, sem tratamento, e não deixam cicatrizes. As aftas maiores são menos comuns, podem ser de forma irregular, necessitam de várias semanas para sarar e é frequente deixarem cicatrizes.

Isabel Marques

Infarmed: Registados 21 casos de reacções adversas à Gardasil em Portugal

A Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) informou que a vacina Gardasil para prevenir o cancro do colo do útero recebeu 21 notificações de reacções adversas, desde que começou a ser comercializada em Portugal, em 2006, sendo que 14 das quais foram consideradas graves, mas não houve qualquer caso mortal.

Contudo, o Infarmed salienta que não há provas de que as reacções adversas tenham sido consequência directa da imunização com a vacina Gardasil, que foi a escolhida para ser administrada no Plano Nacional de Vacinação, afastando a necessidade de suspender a venda do medicamento em Portugal. Seis casos foram notificados pela indústria farmacêutica e os outros 15 foram reportados por profissionais de saúde.

O presidente da Infarmed, Vasco Maria, desvalorizou os casos registados, salientando que são reacções esperadas quando se trata de medicamentos que mexem com o sistema imunitário, como é o caso das vacinas.

A informação foi actualizada pelo Infarmed, depois de se saber que em Espanha já existem 120 notificações de reacções adversas, 45 das quais consideradas graves. Sete jovens foram hospitalizadas recentemente em Espanha, o que levou as autoridades espanholas a suspenderem, temporariamente, um lote da vacina, estando a situação a ser investigada.

Após a divulgação dos primeiros casos em Espanha, o Infarmed informou que o lote suspenso (NH52670) não chegou a Portugal, mas confirmou a existência de 21 casos de reacções adversas.

A maior parte dos casos, em Portugal, tem a ver com sintomas associados a reacções do foro alérgico, adiantou uma fonte do Infarmed, enquanto em Espanha há registos de convulsões e desmaios.

Em Janeiro último, a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) recomendou que a vacina contra o cancro do colo do útero passasse a incluir no folheto informativo a ocorrência de desmaios ou convulsões como possíveis reacções adversas.

Isabel Marques

Fontes:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1365067&idCanal=62
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=387797&tema=37&pagina=&palavra=&ver=1

Estrogénio relacionado com síndrome das pernas inquietas durante a gravidez

Um estudo alemão, publicado na revista científica “Sleep”, indicou que o estrogénio tem um papel importante no despoletar da síndrome das pernas inquietas (SPI) durante a gravidez.

O investigador principal, o Dr. Thomas Pollmächer, do Instituto Max Planck de Psiquiatria, em Munique, referiu à Reuters Health que, pela primeira vez, existem evidências directas de que esta síndrome na gravidez está directamente relacionada com as alterações hormonais.

No estudo, dez mulheres grávidas com síndrome das pernas inquietas e nove grávidas saudáveis, para o controlo, forneceram amostras de sangue e submeteram-se a estudos num laboratório do sono durante a noite, no terceiro trimestre da gravidez, e novamente três meses após o parto.

Oito das dez pacientes com a síndrome relataram sintomas de pernas inquietas antes da actual gravidez e todas as dez descreveram uma piora dos sintomas durante a gravidez.

De acordo com os investigadores, as mulheres com síndrome das pernas inquietas demonstraram níveis de estrogénio significativamente mais elevados durante a gravidez, em comparação com o grupo de controlo. Outros níveis hormonais relacionados com a gravidez não diferiram significativamente entre os dois grupos.

Os estrogénios, que são chamados hormonas esteróides neuroactivas, são importantes, não só para a concepção e gravidez, mas também actuam directamente no cérebro.

Esta descoberta nas mulheres grávidas pode ajudar a compreender a síndrome das pernas inquietas, em geral, e eventualmente levar a um caminho adicional para o desenvolvimento de um tratamento.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE51C5V920090213

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ácidos gordos ómega-3 ajudam a proteger o fígado

Investigadores espanhóis revelaram que as dietas ricas em ácidos gordo ómega-3, provenientes de alimentos como o salmão e as sardinhas, ajudam a proteger o fígado de danos e contra a resistência à insulina.

O Dr. Joan Claria, da Universidade de Barcelona, descobriu que dois tipos de lípidos nos ácidos gordos ómega-3, denominados protectinas e resolvinas, são a causa do efeito protector.

Os investigadores estudaram quatro grupos de ratos com um gene alterado para os tornar obesos e diabéticos. Um dos grupos recebeu uma dieta enriquecida com ómega-3, o segundo grupo recebeu uma dieta de controlo, o terceiro recebeu ácido docosahexaenóico (DHA) e o último grupo recebeu apenas resolvinas.

Após cinco semanas, foram examinadas amostras de sangue e fígado dos ratos do estudo. Os ratos que receberam a dieta rica em ómega-3 exibiram menos inflamação e melhoraram a tolerância à insulina. Isto deveu-se à formação de protectinas e resolvinas dos ácidos gordos ómega-3.

O estudo, publicado na “Federation of American Societies for Experimental Biology Journal”, demonstrou, pela primeira vez, que estes lípidos derivados dos ácidos gordos ómega-3 podem realmente reduzir a ocorrência de complicações hepáticas, tais como esteatose hepática ou fígado gordo e resistência à insulina, nas pessoas obesas.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/13/Omega-3_guards_against_insulin_resistance/UPI-41511234565171/

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Fármaco para a hipertensão ajuda pacientes com doença renal

Investigadores revelaram que elevadas doses do fármaco candesartan, para a pressão sanguínea elevada, pode proteger as pessoas com doença renal de desenvolveram insuficiência renal e de precisarem de diálise ou transplante.

Doses diárias de oito vezes a quantidade normal do fármaco diminuíram as quantidades anormais de proteína na urina, denominada proteinúria, em pacientes com doença renal.

A Dra. Ellen Burgess, da Universidade de Calgary, no Canadá, referiu que quanto melhor for a redução da proteinúria com o tratamento, menor será a probabilidade do paciente vir a desenvolver doença renal de última fase, necessitando depois de terapia de substituição como diálise ou transplante. A diabetes e a hipertensão são as principais causas de doença renal grave.

A investigadora revelou que reduzir a proteína na urina pode também diminuir o risco de doença cardiovascular como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).

O candesartan, que é comercializado como Atacand, da AstraZeneca, e Blopress, da Takeda, pertence a um grupo de medicamentos chamados antagonistas dos receptores da angiotensina II, que são utilizados para baixar a pressão sanguínea e facilitar o bombeamento do sangue pelo coração.

O estudo, publicado na “Journal of the American Society of Nephrology”, envolveu 269 pacientes que tinham níveis elevados de proteína na urina apesar de tomarem a dose standard de 16 miligramas por dia de candesartan.

As pessoas que receberam 128 mg por dia do fármaco, durante 30 semanas, apresentaram mais de um terço de redução da proteína na urina, em comparação com aquelas que receberam 16 mg por dia, durante o mesmo período.

Os investigadores referiram que ficaram surpreendidos com os resultados, sublinhando que outros antagonistas dos receptores da angiotensina II tinham sido testados em doses elevadas mais sem o mesmo sucesso.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE51A8CW20090211

Ácido úrico elevado aumenta risco de morte por doença cardiovascular

Resultados de um estudo conduzido em Taiwan revelaram que níveis elevados de ácido úrico no sangue são um forte indicador de morte devido a doença cardiovascular, acidente vascular cerebral (AVC) e outras causas.

O Dr. Wen-Harn Pan, da Universidade Nacional de Taiwan, em Taipé, referiu que esta descoberta é verdadeira não só para os grupos de risco elevado, mas também para a população geral, e potencialmente para grupos de baixo risco.

Os investigadores estudaram dados de aproximadamente 42 mil homens e 49 mil mulheres com uma média de 51 anos. Todos realizaram exames médicos entre 1994 e 1996 e foram seguidos até ao final de 2003.

Níveis elevados de ácido úrico no sangue, definidos como estando acima dos sete miligramas por decilitro, foram documentados no primeiro exame em 40 por cento dos homens e 11 por cento das mulheres. Durante uma média de seguimento de 8,2 anos, 5 427 participantes morreram e 1 151 dessas mortes foram atribuídas a doença cardiovascular.

Na população geral do estudo, um nível elevado de ácido úrico no sangue foi associado a um aumento estatisticamente significativo do risco de morte devido a doença cardiovascular, AVC, insuficiência cardíaca congestiva ou outra causa.

Um nível elevado de ácido úrico no sangue teve ainda um maior impacto na morte entre as pessoas com pressão sanguínea elevada e diabetes.

O Dr. Pan revelou, na "Arthritis & Rheumatism”, que um nível elevado de ácido úrico no sangue é um factor de risco para a morte relacionada com causas cardiovasculares, mesmo naqueles sem os factores habituais de risco de doença cardiovascular.

Em conclusão, o Dr. Pan referiu que os dados demonstram que as pessoas com níveis elevados de ácido úrico no sangue apresentaram uma pior sobrevivência do que aquelas com níveis mais baixos.

O ácido úrico é um produto da divisão dos compostos do nitrogénio e, normalmente, é excretado pela urina. Durante décadas, tem-se sido reconhecido que o ácido úrico é encontrado em níveis elevados nas articulações das pessoas que sofrem de gota. Mais recentemente, tem-se sugerido que o ácido úrico pode ser um sinal de perigo lançado por células danificadas que despoleta a inflamação e uma resposta imunitária forte.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/12/eline/links/20090212elin027.html

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Estudo relaciona psoríase e osteoporose em homens

Investigadores israelitas acreditam na existência de uma associação entre psoríase e osteoporose, mas apenas entre os indivíduos do sexo masculino, revala um estudo publicado no Journal of Investigative Dermatology.

De acordo com a investigação realizada na Universidade Ben-Gurion do Negev, em Israel, a prevalência de osteoporose foi significativamente maior entre os doentes com psoríase do que nos indivíduos que compunham o grupo controlo: 3,1% versus 1,7%.

O estudo envolveu 7.936 doentes, com idades entre os 51 e os 90 anos, diagnosticados com psoríase, tendo sido compardo com um grupo de controlo composto por 14.835 indivíduos que não apresentavam psoríase.

A fraca associação estatística entre psoríase e osteoporose nas mulheres sugere que a relação entre psoríase e osteoporose só exista nos homens.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.nature.com/jid/index.html

Ácido acetilsalicílico diminui risco de cancro do estômago

O risco de desenvolver carcinomas estomacais pode ser reduzido através do uso de certos medicamentos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) – especialmente o ácido acetilsalicílico - indica um estudo publicado no British Journal of Cancer.

A investigação norte-americana - liderada por Christian Abnet, do National Cancer Institute em Maryland, nos Estados Unidos – constatou que a toma de AINEs permitiu reduzir em um terço o risco de desevnvolver certos tipos de cancro do estômago.

Segundo informa o British Journal of Cancer, o estudo analisou 311.115 pessoas, com idade superior a 50 anos, ao longo de sete anos. Dos avaliados, 73% tomaram ácido acetilsalicílico e 56% recorreram a outros AINEs, pelo menos uma vez, nos 12 meses anteriores ao início da investigação.

Os resultados alcançados apontam esta possível protecção do ácido acetilsalicílico. “As pessoas que tomaram pelo menos um comprimido de ácido acetilsalicílico no ano anterior à pesquisa apresentaram um risco 36% menor de desenvolver cancro do estômago do que as pessoas pertencentes ao grupo que não tomou o fármaco com tanta frequência”, lê-se no artigo.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.nature.com/bjc/index.html

Bombas de insulina: comparticipação chega em Fevereiro

“O fornecimento das bombas está a ser ultimado, havendo a «perspectiva de que o processo esteja formalizado no decorrer de Fevereiro”, a informação foi avançada pela Administração Central do Sistema de Saúde e confirmada pelo Ministério da Saúde ao jornal Expresso.

A notícia não ganhou o entusiasmo do coordenador nacional do Programa de Prevenção e Controlo da Diabetes, José Boavida, que diz só acreditar na data avançada por estes organismos quando o processo estiver finalizado. “A implementação das bombas infusoras de insulina arrasta-se há três anos e a última promessa de finalização do processo remonta a Novembro de 2007”, explicou.

De acordo com a estimativa nacional, são mais de 600 os diabéticos necessitados de uma bomba de insulina. No entanto, apesar de esta ser a realidade, a Direcção de Serviços de Cuidados de Saúde é peremptória: “Não havendo experiência anterior suficiente, estimou-se que no primeiro ano de implementação o número de doentes contemplados ronde os 100”, ressalvando que “este número é passível a correcção à medida que a experiência demonstre necessidade de alteração”.

Segundo os critérios de elegibilidade destes doentes, a “grande aposta” será feita nas crianças e grávidas e só serão contemplados os diabéticos tipo 1.

Raquel Garcez

Fonte: http://aeiou.expresso.pt/comparticipacao_em_bombas_de_insulina_prevista_este_mes=f497046

Aspirina reduz risco de lesão colorrectal

O uso prolongado de doses reduzidas de aspirina reduz em 13% a probabilidade de lesões pré-cancerosas em pacientes em risco de desenvolverem cancro colorrectal, sugere um estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute e divulgado pelo site Medical News Today.

A investigação conduzida por cientistas da Escola de Medicina de Dartmouth, nos Estados Unidos, incidiu nos participantes do ensaio Aspirin/Folate Polyp Prevention, 1.100 dos quais foram considerados de alto risco em relação ao cancro colorrectal devido ao historial de desenvolvimento de pólipos.

Segundo os resultados divulgados, as pessoas que foram testadas com a dose mais reduzida (81 miligramas) de aspirina, e que continuaram frequentemente a tomar este medicamento, apresentaram um risco 13% mais reduzido de desenvolverem lesões pré-cancerosas, ou adenomas, em comparação com os voluntários testados com placebo. Após o fim do tratamento, o efeito protector da aspirina manteve-se activo durante algum tempo.

A mesma conclusão saiu de um estudo congénere, onde os indivíduos em risco de cancro colorrectal - a tomar aspirina - alcançaram uma redução de 28% na probabilidade de desenvolverem lesões avançadas.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.medicalnewstoday.com/articles/138650.php

Autismo: identificados dois genes relacionados com sintomas

Um estudo norte-americano constatou que os roedores portadores de mutações genéticas no PTEN e no gene transportador da serotonina apresentam cérebros de maiores dimensões. Uma situação que parece estar relacionada com os sintomas do autismo.

De acordo com o site Sott.net, investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, afirmam ter identificado dois genes que, em roedores, demonstraram estar relacionados com os sintomas do autismo.

No artigo publicado no jornal Proceedings of the National Academy of Sciences, os cientistas reportam a descoberta de que os animais que eram portadores do PTEN e do gene de transporte da serotonina registavam sinais mais severos e tinham o cérebro maior do que os roedores que apenas apresentavam uma das mutações genéticas.

Segundo explica o coordenador do estudo, Damon T. Page, “os resultados providenciam evidências que indicam que a severidade dos sintomas do autismo pode ser o resultado de variações do ADN em diversos locais do genoma”.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.sott.net/articles/show/175674-2-Genes-Implicated-in-Autism

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Fármacos para insuficiência cardíaca podem ajudar a tratar distrofia de Duchenne

Investigadores norte-americanos descobriram que uma nova classe de fármacos experimentais para a insuficiência cardíaca pode também ajudar a tratar um distúrbio muscular fatal denominado distrofia muscular de Duchenne.

Os investigadores do Centro Médico da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, referiram que a medicação pode ser efectiva embora a insuficiência cardíaca e a distrofia muscular de Duchenne não possam parecer mais díspares.

A Duchenne afecta rapazes, normalmente antes dos seis anos, destruindo as células musculares e tornando-os progressivamente mais fracos. Muitos destes pacientes morrem entre os 20 e os 30 anos.

No que diz respeito à insuficiência cardíaca, as pessoas que sofrem desta doença são privadas da capacidade do coração bombear o sangue na sétima, oitava ou nona década da vida.

O estudo, publicado na “Nature Medicine”, descobriu que as células musculares afectadas em ambas as doenças apresentam a mesma fuga microscópica que enfraquece os músculos esqueléticos na Duchenne e os músculos cardíacos na insuficiência cardíaca. A fuga deixa o cálcio penetrar lentamente nas células dos músculos esqueléticos, que ficam danificadas devido ao excesso de cálcio, na distrofia muscular de Duchenne.

Nas pessoas com insuficiência cardíaca crónica, uma fuga de cálcio semelhante enfraquece continuamente a força produzida pelo coração e também activa uma enzima que digere proteínas que danifica as fibras musculares do coração.

O investigador principal, o Dr. Andrew Marks, coloca a hipótese de que uma nova classe de fármacos experimentais, que foram delineados para parar a fuga no coração, poderá também funcionar para a distrofia muscular de Duchenne. Os fármacos, quando foram administrados a ratos com a doença, melhoraram dramaticamente a força muscular e reduziram o número de células musculares danificadas.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/09/Heart_failure_drug_aids_Duchenne_disease/UPI-89341234223059/

Mulheres que bebem frequentemente refrigerantes podem aumentar risco renal

Um estudo norte-americano revelou que as mulheres que bebem duas ou mais latas de refrigerantes por dia têm o dobro da probabilidade de demonstrar sinais precoces de doença renal.

Contudo, o investigador principal, o Dr. David Shoham, do Sistema de Saúde da Universidade Loyola, em Chicago, referiu que o estudo não encontrou um risco elevado para os homens ou para as pessoas que bebem refrigerantes dietéticos.

Os investigadores examinaram dados de uma amostra representativa de 9 358 adultos, provenientes de um Inquérito da Análise da Nutrição e da Saúde Nacional dos Estados Unidos, que incluiu amostras de urina e um questionário acerca dos hábitos alimentares.

O estudo, publicado na revista científica “PLoS ONE”, descobriu que as mulheres que relataram beber dois ou mais refrigerantes, nas 24 horas anteriores, tinham 1,86 vezes mais probabilidade de ter albuminúria, um marcador para danos iniciais nos rins.

A albuminúria é um excesso da quantidade de uma proteína denominada albumina na urina. Como os rins saudáveis filtram as moléculas grandes, como a albumina, uma quantidade excessiva pode ser um sinal de danos nos rins.

Cerca de 11 por cento da população tem albuminúria. O estudo descobriu que, entre as pessoas que bebem duas ou mais latas de refrigerantes por dia, 17 por cento apresentam este marcador inicial de doença renal. Contudo, não é claro por que motivo beber refrigerantes aumenta o risco apenas para as mulheres.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/10/Women_drinking_soda_can_up_kidney_risk/UPI-91191234302921/

Demasiada vitamina E durante a gravidez pode prejudicar o bebé

Investigadores holandeses referiram que as mulheres que ficaram grávidas recentemente devem ter em atenção a quantidade de vitamina E que ingerem, uma vez que parece que elevados níveis da vitamina podem aumentar o risco do bebé nascer com defeitos congénitos do coração.

A probabilidade de terem um bebé com um defeito do coração era 70 por cento mais elevado para as mulheres que apresentavam a ingestão mais elevada de vitamina E proveniente apenas da dieta, em comparação com as que tinham a ingestão mais baixa.

Além disso, a ingestão elevada de vitamina E mais a utilização de suplementos que contêm vitamina E aumentaram o risco de defeitos congénitos do coração entre cinco e nove vezes.

O Dr. R. P. M. Steegers-Theunissen, do Centro Médico da Universidade de Roterdão, e colegas relataram, na “BJOG: An International Journal of Obstetrics and Gynaecology”, que elevados níveis de vitamina E podem desequilibrar o balanço oxidante/antioxidante dos tecidos embrionários.

Outros mecanismos possíveis, que explicam os efeitos adversos dos níveis elevados de vitamina E para o bebé, incluem a modificação dos genes envolvidos no desenvolvimento embrionário do coração e a inibição das enzimas celulares envolvidas na limpeza natural das toxinas.

O estudo incluiu 276 mães cujos bebés nasceram com defeitos congénitos do coração e 324 mães de controlo cujos bebés tinham nascido sem problemas de coração.

As mães completaram questionários de frequência alimentar relativos às quatro semanas antes do início do estudo, quando os seus bebés tinham 16 meses. Segundo os investigadores, os padrões alimentares durante este período eram semelhantes àqueles antes das mulheres ficarem grávidas.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/10/eline/links/20090210elin027.html

Hepatite B: identificado anticorpo que pode levar a nova vacina

A infecção pelo vírus da Hepatite B pode ser prevenida através da administração endovenosa e um determinado anticorpo, revela uma investigação realizada pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), da Universidade do Porto.

O estudo - conduzido pela investigadora Sílvia Vilarinho na sua tese de doutoramento – permitiu identificar um mecanismo pelo qual determinadas células conseguem provocar a morte daquelas que estão infectadas pelo vírus.

De acordo com o comunicado emitido pealo ICBAS e divulgado pela Agência Lusa, "apesar de o vírus da hepatite B não ser maléfico para a célula infectada, a resposta imunitária do organismo contra essa infecção conduz ao mau funcionamento do fígado”, salientando que “a descoberta de Sílvia Vilarinho permitiu tratar ratinhos infectados com a administração endovenosa de um anticorpo que previne a lesão hepática".

Segundo informa o ICBAS, "na sequência destes estudos em animais, já tiveram início as investigações em amostras humanas" e “o anticorpo utilizado já foi patenteado.” Sílvia Vilarinho, licenciada em Medicina pela Universidade do Porto, completou a tese de doutoramento no ICBAS e encontra-se actualmente a trabalhar na Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos EUA.

Raquel Garcez

Fonte: Lusa

Vírus cancerígenos mudam material genético para enganar defesas

Os vírus causadores de alguns tipos de cancro modificam o seu material genético para enganar as defesas do organismo, indica um estudo publicado na revista “Genome Research”. A pesquisa espanhola sugere que estas alterações epigenéticas podem estar igualmente presentes em vírus como o da sida ou da gripe.

O objectivo da investigação foi descobrir porque é que alguns indivíduos portadores de vírus oncogénicos os eliminam, outros evoluem para uma infecção, outros acabam por desenvolver um tumor cancerígeno e tentar ver quais as alterações no genoma que estão implicadas neste processo.

A equipa de investigadores realizou um mapa completo de metilação do ADN - um tipo específico de modificação química do material genético a partir de vários tipos de vírus relacionados com tumores - tratando-se da primeira análise completa que se fez do epigenoma de um ser vivo completo, como é um vírus.

Manel Esteller, coordenador do estudo, explicou que ao comparar o metiloma em portadores assintomáticos do vírus em pacientes com uma infecção activa e em pacientes que estão a desenvolver um cancro, verificou-se que nos primeiros resultados não estava metilado, que ao desenvolver-se uma infecção começava a metilar e que ao ter um tumor o genoma do vírus estava muito metilado.

Estes resultados permitiram que a equipa concluísse que a metilação é um mecanismo que o vírus recorre para se esconder do organismo, o que lhe permite perpetuar-se nas células.

Raquel Garcez

Fonte: http://genome.cshlp.org/content/early/2009/02/10/gr.083550.108.full.pdf+html?sid=19d209ad-7820-48be-8e8c-863b7d3ae1fa

Aumentou o consumo de antidepressivos e ansiolíticos

“O consumo de ansiolíticos e antidepressivos ou as taxas de suicídio estão a agravar-se e temos um consumo exagerado”, afirmou à TSF a Alta Comissária para a Saúde, Maria do Céu Machado.

De acordo com a TSF, o actual Plano Nacional de Saúde (PNS), a vigorar até 2010, apresenta uma evolução positiva em 70 dos 120 indicadores. A saúde mental é uma das excepções, sendo que, este indicador registou um agravamento.

Segundo a alta comissária para a Saúde, “verificaram-se progressos na prestação de cuidados médicos a crianças e jovens, no combate às doenças cardiovasculares e ao cancro”, sublinhando que “o pior registo está relacionado com o indicador de saúde mental dos portugueses”, facto que preocupa a responsável.

Raquel Garcez

Fonte: http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1141145

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Estudo: Consumo de marijuana pode aumentar risco de cancro testicular

Um estudo norte-americano revelou que o consumo de marijuana pode aumentar o risco do homem desenvolver cancro testicular, em particular a forma mais agressiva da doença.

O estudo, que incluiu 369 homens entre os 18 e os 44 anos com cancro testicular e 979 homens, da mesma faixa etária, sem a doença, descobriu que os actuais utilizadores de marijuana tinham 70 por cento mais probabilidade de desenvolver cancro testicular, em comparação com aqueles que não consumiam.

Os investigadores revelaram, na “Cancer”, que o risco pareceu ser mais elevado entre os homens que relataram fumar marijuana durante, pelo menos, 10 anos, consumiam-na mais do que uma vez por semana ou começaram a utilizá-la antes dos 18 anos.

Um dos investigadores, o Dr. Stephen Schwartz, do Centro de Investigação do Cancro Fred Hutchinson, em Seattle, referiu que este estudo foi o primeiro a explorar a possível associação da marijuana ao cancro testicular.

O estudo descobriu que o risco acrescido pareceu ser na forma denominada de cancro testicular não-seminoma. Este tipo corresponde a 40 por cento dos casos e pode ser mais agressivo e difícil de tratar.

Os investigadores referiram que não têm a certeza acerca do que a marijuana tem que pode aumentar o risco. Contudo, o consumo crónico de marijuana também pode ter efeitos no sistema reprodutor masculino, incluindo a diminuição da qualidade do esperma.

O Dr. Schwartz referiu ainda que é necessário realizar muitas mais investigações de forma a se conseguir ter a certeza de que o consumo de marijuana é importante no risco de desenvolver cancro testicular.

A causa do cancro testicular é desconhecida, mas os homens cujos testículos não desceram para o escroto, antes dos 3 anos de idade, têm muito mais probabilidades de desenvolver cancro testicular do que aqueles cujos testículos desceram dentro dessa idade. A maioria dos casos de cancro testicular desenvolve-se em homens com menos de 40 anos, entre os 20 e os 30 anos.

A doença normalmente responde bem ao tratamento e tem uma taxa de sobrevivência aos cinco anos de cerca de 96 por cento, segundo a Sociedade Americana do Cancro (ACS).

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/09/eline/links/20090209elin008.html

Fármacos para a fertilidade não aumentam risco de cancro dos ovários

Dados de um estudo, publicados na “British Medical Journal”, sugerem que não existe uma associação evidente entre a utilização de fármacos para a fertilidade e o risco de desenvolver cancro dos ovários.

O investigador principal, o Dr. Allan Jensen, da Sociedade Dinamarquesa de Cancro, em Copenhaga, referiu que, embora as descobertas ofereçam evidências encorajadores relativamente à ausência de uma forte associação entre a utilização de fármacos para a fertilidade e o risco de cancro dos ovários, muitas das mulheres do estudo ainda não atingiram o pico de idade habitual para o desenvolvimento de cancro dos ovários.

Os investigadores examinaram os registos médicos de 54 362 mulheres com problemas de fertilidade, que foram encaminhadas para clínicas de fertilidade entre 1963 e 1998, e que utilizaram gonadotrofinas, clomifeno, gonadotrofina coriónica humana ou hormona libertadora de gonadotrofina. A idade média a que foi feita a primeira avaliação de infertilidade foi aos 30 anos.

Num seguimento médio de 15 anos, durante o qual 156 mulheres desenvolveram cancro dos ovários epitelial invasivo, os autores concluíram que as mulheres que receberam tratamentos de fertilidade habituais não apresentavam um risco geral acrescido de desenvolver cancro dos ovários, em comparação com aquelas que não utilizaram fármacos para a fertilidade.

Adicionalmente, os investigadores não encontraram evidências de risco acrescido entre as mulheres que se tinham submetido a 10 ou mais ciclos de tratamento, nem naquelas que não ficaram grávidas.

Contudo, foi observado um aumento de 67 por cento do mais comum subtipo grave de cancro dos ovários entre as mulheres que tomaram clomifeno, mas os investigadores atribuíram os resultados a uma associação ao acaso.

Num editorial, Penelope Webb sublinhou que estes dados são encorajadores e que fornecem evidências de que os fármacos para a fertilidade não aumentam consideravelmente o risco de cancro dos ovários, embora pequenos aumentos do risco não possam ser excluídos.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=B5412B0E05EC4900BEFC403CFE6AE9D8

Condroitina ajuda a reduzir as dores da artrose do joelho

Investigadores relataram, na edição de Fevereiro da "Arthritis & Rheumatism”, que a utilização a longo prazo de condroitina, uma substância sujeita a receita médica, para o tratamento da artrose do joelho, diminui as dores e reduz o estreitamento da articulação.

O estudo sobre a prevenção da progressão da osteoartrose (Study on Osteoarthritis Progression Prevention - STOPP) envolveu 622 pacientes na Europa e nos Estados Unidos, com idades entre os 45 e os 80 anos, que sofriam de artrose do joelho. Em média, os pacientes relataram níveis moderados de dor quando o estudo iniciou.

Os pacientes receberam aleatoriamente um tratamento diário, durante dois anos, com condroitina ou placebo. Foram tiradas radiografias ao joelho afectado para avaliar o impacto do tratamento.

De acordo com o Dr. André Kahan, do Hospital Cochin, em Paris, no grupo que recebeu condroitina o alívio da dor aumentou com o tempo. Além disso, o tratamento com condroitina reduziu a probabilidade de estreitamento da articulação, que indica perda de cartilagem, em 33 por cento.

Mais de 90 por cento dos participantes relataram uma tolerabilidade boa ou muito boa e os efeitos secundários não foram mais prováveis do que com o placebo.

Os autores referiram que, como a condroitina utilizada no ensaio STOPP é um fármaco que necessita de prescrição médica, os resultados não podem ser generalizados aos produtos que contêm condroitina e são comercializados como suplementos alimentares.

A osteoartrose, também conhecida como osteoartrite, artrose, artrite degenerativa e doença articular degenerativa, é uma doença reumática que incide principalmente nas articulações dos joelhos, coluna, anca, mãos e dedos. Ocorre tanto em homens como em mulheres e é a mais comum das doenças reumáticas.

Isabel Marques

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Infarmed retira do mercado produto para higiene íntima Saugella Poligyn

A Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) anunciou, num comunicado de carácter "urgente", que foi ordenada a suspensão imediata da comercialização e a retirada do mercado nacional de todos os lotes do Produto Cosmético e de Higiene Corporal Saugella Poligyn, Emulsão Específica para Higiene Íntima, da marca Saugella, contendo o conservante “Methyldibromo glutaronitrile”.

A utilização do conservante “Methyldibromo glutaronitrile”, na formulação de Produtos Cosméticos e de Higiene Corporal, é actualmente proibida por não constar do Anexo VI ao Decreto-Lei n.º 189/2008, de 24 de Setembro, sendo o referido produto comercializado no mercado português pela empresa Laboratórios Delta, Lda.

Deste modo, o Infarmed notifica todas as entidades, envolvidas no circuito de distribuição e comercialização do referido produto, para a suspensão imediata da comercialização e recolha do mercado de todos os lotes contendo o conservante “Methyldibromo glutaronitrile”.

Advertem-se ainda os consumidores, que tenham adquirido ou que estejam a utilizar o produto acima referido, para se absterem da sua utilização ou a suspenderem e que, caso o detectem no mercado nacional, comuniquem essa situação ao Infarmed.

Isabel Marques

Fontes:
www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/DETALHE_ALERTA?itemid=1286839
http://clix.expresso.pt/infarmed_retira_do_mercado_produto_para_higiene_intima=f496797

Sulfato de magnésio pode reduzir risco de paralisia cerebral

O tratamento com sulfato de magnésio, entre as mulheres que estão em risco de parto prematuro, reduz o risco de paralisia cerebral nos recém-nascidos, pois estabiliza os vasos sanguíneos e protege contra os danos provocados pelo corte de oxigénio.

A Dra. Caroline Crowther, da Universidade de Adelaide, na Austrália, referiu que, para os bebés que nascem muito prematuros, existe um elevado risco de paralisia cerebral. A investigadora referiu que esta revisão, publicada na “The Cochrane Library”, demonstra que agora existem evidências para suportar a administração de uma terapia com sulfato de magnésio, às mulheres em risco de ter um parto prematuro, para aumentar as hipóteses de sobrevivência dos bebés, livre de paralisia cerebral.

Os investigadores descobriram, utilizando dados de cinco ensaios clínicos que envolveram 6 145 bebés que receberam aleatoriamente tratamento com sulfato de magnésio ou placebo, por volta da altura do parto, que o sulfato de magnésio diminuiu o risco de paralisia cerebral em 32 por cento. Além disso, o tratamento também foi relacionado a uma queda de 39 por cento da taxa de incapacidades de movimento.

Os autores calculam que 63 mulheres necessitariam de ser tratadas para prevenir um caso de paralisia cerebral. A terapia com sulfato de magnésio não afectou a mortalidade, nem o desenvolvimento de outras incapacidade neurológicas nos primeiros anos de vida.

Foram mais frequentes uma pressão sanguínea baixa e batimentos cardíacos rápidos nas mães que receberam sulfato de magnésio do que nas que receberam placebo. Contudo, a terapia com sulfato de magnésio não foi associada a quaisquer complicações graves.

Isabel Marques

Aminoácido presente nalguns alimentos pode ser chave na perda de peso

Investigadores norte-americanos revelaram que um aminoácido descoberto no sumo de melancia, nalguns frutos secos e noutros alimentos pode ajudar a combater a obesidade.

O estudo, publicado na “Journal of Nutrition”, descobriu que ratos de laboratório que foram alimentados com dietas baixas ou elevadas em gorduras complementadas com o aminoácido arginina, durante um período de 12 semanas, diminuiram a gordura corporal em cerca de 60 por cento.

O investigador principal, o Dr. Guoyao Wu, da Universidade A&M do Texas, em College Station, referiu que esta descoberta pode ser directamente trasladada para o combate à obesidade em humanos. Neste momento, a arginina ainda não foi incorporada na nossa comida, mas poderá ser no futuro.

O Dr. Wu acrescentou ainda que, dada a actual epidemia de obesidade nos Estados Unidos e a nível mundial, as descobertas são muito importantes.

O investigador revelou que a pesquisa em porcos sugere que os suplementos alimentares de arginina reduzem o crescimento da gordura, enquanto aumentam o ganho muscular sem afectar o peso corporal.

Adicionalmente, a investigação demonstrou que outros benefícios metabólicos da arginina podem estar relacionados com capacidade de estimular o processo bioquímico da síntese de proteína muscular e de reduzir as concentrações séricas de aminoácidos de cadeia ramificada. Os níveis elevados de aminoácidos de cadeia ramificada estão relacionados com a resistência à insulina.

Outros alimentos ricos em arginina incluem mariscos, sementes, algas, carnes, concentrado de proteína de arroz e proteína isolada de soja.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/06/Watermelon_juice_may_be_key_to_weight_loss/UPI-99801233957336/

FDA revela fármacos sob revisão devido a possíveis questões de segurança

A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) revelou uma lista de fármacos que estão actualmente sob revisão devido a potenciais questões de segurança.

De acordo com a informação disponível no site da agência, a FDA está a rever, entre outros compostos, a segurança do Xenical (orlistato), da Roche, para a perda de peso, devido a preocupações relacionadas com o risco de hemorragia rectal nos pacientes a tomar o fármaco. O tratamento antifúngico Lamisil (terbinafina), da Novartis, está a ser revisto devido à potencial associação a eventos psiquiátricos e o Diovan (valsartan), também da Novartis, para a hipertensão, está a ser examinado devido a preocupações relacionadas com anemia hemolítica.

Além disso, a FDA está a investigar o risco de anomalias congénitas, também chamadas defeitos de nascimento, nos bebés de mulheres que receberam antidepressivos e também está a examinar o Abilify (aripiprazol), da Bristol-Myers Squibb, para a esquizofrenia, relativamente a potenciais preocupações sobre a toxicidade hepática.

A agência especificou que o facto de um fármaco aparecer na lista significa apenas que a FDA identificou uma potencial questão de segurança, mas isso não quer dizer que foi identificada uma relação causal entre o fármaco e o referido risco.

Isabel Marques

Fontes:

www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=AE4EA7AB7202473B8DC3548A74AA4F57

Bebidas energéticas não são aconselháveis para crianças

Uma investigadora canadiana referiu que as bebidas energéticas são o café da nova geração, mas que contêm demasiado açúcar e cafeína, podendo ter um impacto negativo na saúde.

A nutricionista Stephanie Cote, do Centro de nutrição Extenso, da Universidade de Montreal, revelou que não é pouco comum os estudantes consumirem bebidas energéticas para aumentar a concentração enquanto estudam durante a noite.

Um relatório de 2008 do Ministério da Agricultura do Canadá descobriu que, em 2004, foram vendidas, nos Estados Unidos, 1,5 mil milhões de latas de Red Bull, sendo que o consumo no Canadá é comparável e é uma tendência crescente nos jovens entre os 18 e os 24 anos.

Contudo, este segmento de mercado está-se a alargar, uma vez que as crianças estão a começar a consumir estas bebidas antes de realizarem uma actividade física.

A nutricionista referiu que estas bebidas não são recomendáveis nem para atletas, nem para crianças com menos de 12 anos, visto que as bebidas energéticas não hidratam suficientemente o corpo. Estas têm demasiado açúcar e a cafeína não melhora necessariamente a performance física, sendo que em quantidades elevadas pode aumentar os riscos de fadiga e desidratação.

Diversos estudos têm demonstrado que doses elevadas de cafeína podem aumentar a hipertensão, causar palpitações, provocar irritabilidade e ansiedade e causar dores de cabeça e insónia.

As autoridades de saúde do Canadá não recomendam o consumo de mais de duas latas destas bebidas por dia.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/06/Energy_drinks_not_for_children/UPI-18591233982120/

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Vitamina D ligada a melhor força muscular

Investigadores britânicos descobriram que as raparigas adolescentes com níveis de vitamina D mais elevados podem ser capazes de saltar mais alto e mais depressa do que os seus pares com níveis mais baixos.

A investigadora principal, a Dra. Kate Ward, da Universidade de Manchester, referiu que a vitamina D não actua apenas com o cálcio para manter os ossos fortes, mas os investigadores agora acreditam que as raparigas adolescentes com níveis mais elevados da vitamina podem conseguir saltar mais alto e mais depressa do que as raparigas com níveis mais baixos.

Os investigadores recolheram dados sobre os níveis de vitamina D de 99 raparigas, com idades entre os 12 e os 14 anos. Para testar a função muscular das raparigas, estas foram instruídas para saltarem o mais alto que conseguissem, enquanto os investigadores utilizaram um instrumento delineado para medir a força e a performance.

O estudo, publicado na “Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism”, descobriu que, após considerar as diferenças de peso corporal das raparigas, aquelas que tinham os níveis mais elevados de vitamina D apresentavam os registos de velocidade de salto, de altura de salto, de poder e de força mais elevados.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/05/Vitamin_D_linked_to_better_muscle_power/UPI-60931233816551/

Risco de cancro da mama diminui após final de terapia de substituição hormonal

Investigadores norte-americanos descobriram que as mulheres na pós-menopausa que pararam a terapia de substituição hormonal, com estrogénio mais progestina, apresentaram um declínio no risco de cancro da mama.

Um estudo da Iniciativa Saúde da Mulher (Women's Health Initiative), liderado pelo Dr. Rowan T. Chlebowski do Instituto de Investigação Biomédica de Los Angeles, suporta a hipótese de que a recente redução da incidência do cancro da mama nos Estados Unidos está principalmente relacionada com uma diminuição da utilização combinada de estrogénio e progestina

Os investigadores utilizaram dados de um ensaio aleatório e de um estudo observacional de mulheres na pós-menopausa a receberem terapia hormonal combinada de estrogénio e progestina.

O estudo, publicado na “The New England Journal of Medicine”, descobriu que a utilização continuada de estrogénio mais progestina, após cinco anos, aproximadamente duplica o risco subsequente de cancro da mama por cada ano.

O Dr. Chlebowski referiu que as mulheres na pós-menopausa e os seus médicos devem considerar estas descobertas na ponderação dos riscos e benefícios da utilização combinada de estrogénio e progestina, especialmente se as mulheres planeiam tomar a medicação durante mais de cinco anos.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/05/Breast_cancer_risk_drops_after_ending_HRT/UPI-46491233812381/

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Chá verde torna o fármaco oncológico Velcade ineficaz

Investigadores norte-americanos descobriram que o amplamente utilizado extracto de chá verde torna um fármaco oncológico Velcade (bortezomib), para o tratamento de mielomas e linfomas, completamente ineficaz.

Os investigadores da Universidade do Sul da Califórnia descobriram que um componente do extracto de chá verde, denominado epigalocatequina galato (EGCG), uma catequina presente no extracto, destrói qualquer actividade anticancerígena do fármaco Velcade em ratos com tumores.

O Dr. Axel H. Schonthal, da Faculdade de Medicina de Keck, da Universidade do Sul da Califórnia, referiu que as descobertas de que o extracto de chá verde, ou a EGCG, bloqueia a acção terapêutica do Velcade foram completamente inesperadas.

A hipótese dos investigadores era a de que o extracto de chá verde iria aumentar os efeitos anti-tumorais do Velcade e que a combinação do extracto, ou da EGCG, com o fármaco iria revelar-se como um tratamento superior contra o cancro, em comparação com o tratamento com Velcade isoladamente.

Os medicamentos naturais, incluindo o chá verde, tornaram-se numa medicação popular para os pacientes com cancro que têm de lidar com os efeitos secundários da quimioterapia. Contudo, estes suplementos não são regulados e, para a maioria, os seus benefícios e/ou efeitos prejudiciais ainda não foram qualificados através de investigação.

Os investigadores, que utilizaram modelos pré-clínicos e ratos com tumores, descobriram que o incomum bloqueio da actividade terapêutica do Velcade baseou-se na interacção química entre as moléculas. A molécula da EGCG e a molécula do Velcade foram capazes de formar ligações químicas, o que significou que a molécula do Velcade já não conseguia ligar-se ao seu alvo planeado no interior das células cancerígenas.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/04/Green_tea_makes_cancer_drug_ineffective/UPI-94311233775606/

Terapia anti-TNF para a artrite reumatóide pode desencadear psoríase

Investigadores relataram que continuam a acumular-se evidências de que os fármacos bloqueadores do factor de necrose tumoral (TNF), utilizados para tratar a artrite reumatóide, podem desencadear a psoríase.

O último estudo, conduzido por investigadores do Reino Unido, acrescentou dados aos relatos de casos individuais de psoríase que ocorreram em pacientes com artrite reumatóide tratados com bloqueadores do TNF.

A Dra. Kimme L. Hyrich, da Universidade de Manchester, referiu à Reuters Health que os investigadores observaram 25 novos casos de psoríase no grupo de cerca de 10 mil pacientes com artrite reumatóide a receberem terapia com bloqueadores do TNF. Comparativamente, não foi observado nenhum caso de psoríase no grupo de controlo.

Os investigadores relataram, na “Annals of the Rheumatic Diseases”, que estudaram dados de 9 826 pacientes tratados com bloqueadores do TNF e de 2 880 pacientes tratados com fármacos modificadores da doença reumática (DMARDs).

Os investigadores, baseando-se nos 25 casos de psoríase, calcularam que a taxa de incidência para o aparecimento de psoríase foi de 1,04 para mil pessoas por ano no grupo dos bloqueadores do TNF.

A incidência foi significativamente mais elevada nos pacientes tratados com Humira (adalimumab) do que naqueles que receberam Enbrel (etanercept) ou Remicade (infliximab).

A Dra. Hyrich salientou que estas descobertas apresentam um paradoxo interessante, uma vez que as terapias com bloqueadores do TNF são muito efectivas no tratamento da psoríase grave e da artrite psoriática. A explicação por detrás destes casos permanece amplamente desconhecida.

A investigadora referiu que é necessária mais investigação para perceber as suas causas, antes que se possam tirar quaisquer conclusões definitivas, relativamente à associação entre as terapias anti-TNF e a psoríase, ou que sejam emitidas directrizes para o tratamento específico.

Isabel Marques

Fontes:

www.reutershealth.com/archive/2009/02/03/eline/links/20090203elin027.html