sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Em 2010, apenas um terço dos infectados com VIH terá acesso a tratamento
“O ritmo da nossa acção é muito lento e, vamos ser realistas, se continuarmos a este ritmo, em 2010 teremos apenas 4,6 milhões de pessoas a receberem tratamento, o que representa apenas um terço dos 13 milhões de pessoas que precisam de tratamento”, disse Michel Sidibe.
O responsável da ONU expressou a sua preocupação para com o futuro do combate à doença, no discurso que proferiu na sessão de abertura da reunião de coordenadores de programas nacionais de infecção VIH/Sida, realizada no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia e que reúne no Centro Cultural de Belém representantes de cerca de 50 países.
Sidibe lembrou também que, em 2006, mais de 135 países estabeleceram o acesso universal ao tratamento com anti-retrovirais como meta para o final da década. Contudo, o contributo da União Europeia será “fundamental” para a adopção de um compromisso político sobre a sida, é preciso agora que os países-membros assumam a “grande responsabilidade de transformar as palavras em acções”, considera Sidibe.
“Temos que liderar pelo exemplo e se queremos assegurar acesso universal à prevenção, tratamento e apoio em 2010 temos que estar preparados para agir e traduzir palavras por actos. Sabemos o que fazer é tempo de agir”, defendeu.
No entanto, para o responsável da ONUSIDA o desafio não passa apenas pelo acesso universal ao tratamento, já que por cada pessoa que inicia o tratamento há seis que são infectadas, é preciso reconhecer também o carácter “vital da prevenção”.
Michel Sidibe destacou ainda a vulnerabilidade à doença dos migrantes, lembrando que em muitos países não existe acesso aos cuidados básicos de saúde. “Quando estão muito tempo longe das famílias os migrantes tornam-se vulneráveis e é mais provável que tenham sexo ocasional. É extremamente importante que tenham acesso a serviços de prevenção e tratamento do HIV/sida, mas frequentemente encontram-se nas margens da sociedade, onde não acedem aos cuidados que precisam”, sublinhou.
Nesta matéria, Sidibe considera que Portugal é um bom exemplo, pois fornece cuidados de saúde aos imigrantes infectados pelo HIV/sida e implantou o programa de troca de seringas, que se tem revelado eficaz na prevenção da doença.Também presente na abertura da reunião esteve o ministro português da Saúde, Correia de Campos, que reafirmou que a sida “está na agenda política” da União Europeia, depois de ter sido assumida como uma prioridade pela presidência alemã da UE.
Para Correia de Campos, é necessário fomentar a colaboração entre as autoridades nacionais, regionais e locais e entre estas e a industria farmacêutica e as organizações da sociedade civil, no sentido de promover o acesso universal ao tratamento da doença com mais medicamentos e mais baratos.
Segundo o ministro, uma luta conjunta contra a epidemia traria benefícios para todos os países, mas para tal seria necessário criar um “mecanismo formal” que permita aos coordenadores nacionais da sida reunirem-se pelo menos cada dois anos.
Correia de Campos considerou ainda que a questão da sida tem sido negligenciada e que é preciso dar maior atenção à cooperação entre governos e ONG’s, envolvendo também a sociedade civil.
Calcula-se que no mundo existam 45 milhões de pessoas infectadas com o HIV/Sida, por dia são infectadas mais de 15 mil pessoas e todos os anos registam-se cerca de 3 milhões de mortes devido à doença.
Inês de Matos
Fontes: Lusa, Diário Digital, www.sida.pt
Farmacêutica lusa distinguida com «VPP Star»

“Mais uma prova que deste jardim à beira-mar plantado (Portugal) nasce do melhor que há.” Foi assim que reagiu Guy Villax, administrador-delegado da farmacêutica portuguesa Hovione (com filial nos EUA) que foi distinguida com a insígnia «VPP Star». Um galardão norte-americano que premeia os altos padrões de segurança no trabalho.
A Hovione Nova Jérsia, fundada em 2001, em East Windor, Nova Jérsia, é uma filial da Hovione FarmaCiência, em Loures, Portugal, uma fábrica de ingredientes farmacêuticos activos, usados para a criação de novos fármacos.
Em comunicado distribuído pela Hovione, Guy Villax disse sentir “muito orgulho em apenas seis anos de laboração, ter conseguido este reconhecimento pelas autoridades americanas.” A insígnia VVP Star é atribuída a uma empresa quando esta é incluída no exigente Programa de Protecção Voluntária daquela divisão do Departamento do Trabalho do governo federal norte-americano.
Para alcançarem este galardão, as empresas têm de apresentar registos de pelo menos três anos de laboração com perfeito cumprimento das normas de segurança e de higiene no trabalho.
A Hovione é uma empresa portuguesa dedicada à saúde humana, especializada no desenvolvimento e fabrico de substâncias activas farmacêuticas. A empresa emprega 600 pessoas a nível de grupo, tem presença a nível mundial e exporta os seus produtos para os mercados mais exigentes do mundo.
A filial norte-americana é responsável por 60 por cento das vendas da Hovione, que tem fábricas em Loures e Macau e um centro tecnológico em Nova Jérsia, nos Estados Unidos, empregando cerca de 600 pessoas em todo o mundo.
Fundada em Portugal em 1959, a Hovione teve em 2006 uma receita de 81.4 milhões de dólares. O maior investimento da companhia continua a ser, contudo, a investigação, a que dedica oito por cento do seu volume de vendas.
Raquel Pacheco
Fontes: Lusa/Hovione
Cientistas estudam células estaminais adultas para reconstrução de ossos

Os nove parceiros do Projecto Europeu Osteocord (financiado pela Comissão Europeia) estiveram reunidos, em Carcavelos, com o objectivo de discutir os últimos avanços científicos sobre a obtenção – a partir do sangue do cordão umbilical - de osteoblastos. Estas são células responsáveis pela produção de tecido ósseo. O grande objectivo dos especialistas é de chegar a uma fase em que seja possível a sua aplicação clínica em casos de reconstrução óssea.
“Há uma porção de células mais raras presentes no cordão umbilical que podem ser diferenciadas em células osteoblastos - importantes para doenças como a osteoporose ou em casos de traumatismos por acidentes. Os grupos de trabalho presentes no encontro têm interesses variados complementares e estão a trabalhar para conseguirem métodos de produção de osteoblastos para a fase clínica", explicou à Agência Lusa Hélder Cruz, da empresa ECBio (o único parceiro português do projecto).
O representante português destacou ainda como vantagem na produção destas células o facto de não serem rejeitadas pelos organismos, “pelo que é possível a qualquer organismo usar osteoblastos diferenciados do sangue de qualquer cordão umbilical”, assegurou.
A ECBio é uma empresa de biotecnologia que desenvolve actividades de investigação e desenvolvimento na área das células estaminais adultas, com a missão de elaborar o protocolo de isolamento e de cultura em laboratório.
“Nós conseguimos isolar estas células a partir do sangue cordão umbilical, são separadas das outras e temos meios para optimizar esta cultura in vitro", realçou Hélder Cruz, ressalvando que todo este processo “ainda está em fase de laboratório.” No entanto, o responsável revelou que, uma empresa britânica (presente no encontro) “já condições com qualidade certificada e o conhecimento para fazer a fase clínica.”
Vincando o aspecto de as células usadas não serem embrionárias, o representante luso concretizou que “uma boa parte do Projecto Osteocord é dedicado a questões éticas e a questões sociais, que abordam a expectativa que as pessoas têm no funcionamento destas descobertas científicas."
Dos nove parceiros do projecto, que tem um orçamento de 3,2 milhões de euros, seis são instituições e três empresas.
Raquel Pacheco
Fonte: Agência Lusa
Farmácias algarvias promovem rastreios gratuitos à osteoporose

Compete ao profissional farmacêutico analisar alguns dos hábitos de cada pessoa, seguindo-se um breve exame de medição de densitometria óssea, cujos resultados serão anexados ao questionário, documentos que os examinados poderão depois levar ao seu médico assistente. Estes rastreios pretendem avaliar o risco de osteoporose por parte do indivíduo, sendo que o diagnóstico final será sempre elaborado pelo médico de família.
O programa dos rastreios no Algarve: Farmácia Martins, em Loulé, dias 15 e 16 de Outubro; Farmácia Penha, Faro, 17 e 18; Farmácia Rosa Nunes, Portimão, 18 e 19; Farmácia Pinto, Loulé, 25 e 26; e Farmácia Arade, Portimão, 29 e 30.
O objectivo dos laboratórios Ratiopharm é avaliar o risco de incidência de patologias como a osteoporose, doenças da próstata e coronárias, disponibilizando, assim, recursos humanos e materiais necessários aos exames.
Raquel Pacheco
Fonte: Ratiopharm
Bioject e Merck Serono fixam acordo de fornecimento
O acordo prevê o fornecimento dos seus produtos de tecnologia sem agulha, cool.click e Serojet, que serão utilizados pela Merck Serono nos seus medicamentos recombinantes da hormona de crescimento humana.
“Estamos satisfeitos por fixar este novo acordo com a Merck Serono que representa a continuação da nossa relação de sucesso”, afirmou o presidente e director executivo da Bioject, Ralph Makar. “A Merck Serono tem sido uma parceira excelente e nós apreciamos a confiança que a empresa tem na nossa tecnologia sem agulhas”, acrescentou.
Marta Bilro
Fonte: PR-inside.com, Trading Markets, RTT News, Bioject.com.
Bayer sob suspeita de negociar preço da Aspirina
A farmacêutica Bayer está a ser investigada pela autoridade da concorrência alemã por suspeitas de fixação ilegal do preço da Aspirina (ácido acetilsalicílico). De acordo com uma porta-voz da entidade reguladora, a Bayer Vital, uma subsidiária da Bayer, terá tentado influenciar as farmácias a inflacionarem o preço deste medicamento de venda livre.
“De acordo com as leis da concorrência nacionais e europeias é ilegal os produtores controlarem os preços de venda dos produtos e tal poderá ser punido com multas”, afirmou Silke Kaul, porta-voz da autoridade da concorrência.
De acordo com a revista alemã “Stern”, o laboratório é suspeito de ter movido influências na fixação dos preços de medicamentos de venda livre em mais de 11 mil farmácias na Alemanha.
A Bayer terá alegadamente proposto às farmácias um desconto até 3 por cento, caso estas concordassem em comercializar o fármaco e outros medicamentos não sujeitos a receita médica com um desconto de venda não superior a 20 por cento, durante não mais de quatro semanas.
Um porta-voz da Bayer afirmou, esta quinta-feira, que a empresa não tolerou a fixação de preços e que está a apoiar a investigação da autoridade da concorrência.
Conforme afirmou um porta-voz da entidade reguladora da União Europeia em Bruxelas a Comissão Europeia não está a participar na investigação. “De acordo com o meu conhecimento não estamos envolvidos nesta investigação”, disse Jonathan Todd em declarações ao “Dow Jones Newswires”.
Marta Bilro
Fonte: International Herald Tribune, CNN Money, Reuters.
Síndrome metabólica afecta 10% das crianças portuguesas
O estudo coordenado por Carla Pedrosa e que contou com a participação de três mil crianças de Aveiro entre os sete e os nove anos de idade, mostrou que "10 por cento já têm um conjunto de factores de risco cardiovascular, como hipertensão arterial, perímetro abdominal acima da média, colesterol alto, stress, glicemia elevada (diabetes)" ou triglicerídeos em altos níveis, explicou Maria Daniel Vaz de Almeida, presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências da Nutrição e Alimentação, em declarações ao jornal Diário de Notícias.
A responsável acredita que os números espelham a realidade de todo o país, "já que os hábitos alimentares não serão muito diferentes dos de Aveiro" e revelam que "as crianças começam a ter problemas típicos dos adultos, como a obesidade, diabetes ou hipertensão". Para não correr o risco dos problemas cardiovasculares, como o AVC ou enfarte do miocárdio, começarem a aparecer cada vez mais cedo, é urgente combater o problema desde a infância, salienta Maria Daniel Vaz de Almeida.
O estudo foi apresentado esta quinta-feira no Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências da Nutrição e Alimentação, que decorreu no Porto. Durante o mesmo encontro foram também expostos outros trabalhos, como é o caso do Lipgene, que envolveu seis países, incluindo Portugal, o pior classificado “com 13% dos inquiridos a reportar pelo menos três sintomas relacionados com a síndrome metabólica”, revelou a presidente da Sociedade.
O stress foi referido por 28 por cento dos inquiridos em Portugal, logo seguido do perímetro abdominal elevado (99 cm nos homens e 94 nas mulheres) e colesterol alto. "As mulheres, pessoas com mais de 55 anos e com escolaridade ao nível do ensino secundário são as mais afectadas", refere. Há, no entanto, vontade de mudar, referiu a responsável, sendo que o principal obstáculo mencionado se prende com a falta de tempo para comer ou fazer refeições saudáveis.
Os dados da Direcção-Geral da Saúde indicam que estas doenças são responsáveis por 40 por cento dos óbitos em Portugal. O país gasta anualmente 550 milhões de euros com a obesidade.
Marta Bilro
Fonte: Diário de Notícias, Portal da Obesidade, Farmacia.com.pt.
Boehringer Ingelheim elimina 220 postos de trabalho no Reino Unido
A unidade local fabrica produtos respiratórios e o encerramento da mesma é justificado pela empresa com a decisão de cessar a produção deste tipo de produtos em Bracknell. De acordo com a Boehringer Ingelheim, durante dois anos os funcionários não deverão ser afectados pelos cortes nos postos de trabalho, até 2010, altura em que a fábrica encerra definitivamente.
Actualmente a unidade britânica da Boehringer Ingelheim emprega cerca de 1.000 funcionários no Reino Unido. “A razão pela qual foi tomada a decisão de eliminar a produção prende-se com o facto de que no futuro vão haver novos produtos em formato de doses unitárias a sair da linha de investigação da Boehringer Ingelheim e as atenções centram-se agora nos novos dispositivos tecnológicos para produtos respiratórios”, afirmou um porta-voz da empresa.
“A zona de Bracknell é uma das que tem maior empregabilidade e a empresa acredita que os funcionários afectados possam ser reintegrados na Boehringer Ingelheim ou conseguirão encontrar outra alternativa de emprego”, acrescentou a mesma fonte.
O grupo Boehringer Ingelheim detém actualmente 137 afiliados a operar a nível global em 47 países e emprega 38.400 funcionários. Em 2006, as vendas da empresa alcançaram os 10.6 mil milhões de euros.
Marta Bilro
Fonte: BBC News.
Schering-Plough recebe aprovação europeia para comprar Organon
A Comissão Europeia, entidade que responsável pela avaliação do processo, considerou que a transacção proposta inicialmente iria dar lugar a preocupações competitivas em 12 áreas de produtos e em mais de 30 mercados relevantes.
No enatanto, a Schering-Plough “dispôs-se a abdicar de algumas actividades sobrepostas em todos os mercados em que se levantavam sérias dúvidas”, o que permitiu validar a operação, referiu a comissão.
A empresa norte-americana garante que o facto de se ter desapossado de alguns produtos não vai afectar os resultados financeiros e assegura que não abdicou de nenhum produto de uso humano.
A aquisição aguarda agora aprovação da autoridade da concorrência norte-americana. A Schering-Plough anunciou em Março ter chegado a acordo para a compra da Organon por 10,2 mil milhões de euros. As empresas esperam que o negócio possa estar concluído até ao final do ano corrente.
Sedeada na Nova Jérsia, a Schering-Plough emprega actualmente 33.500 funcionários e registou resultados líquidos no valor de 7,6 mil milhões de euros em 2006.
As vendas Organon renderam, no ano passado, 1,8 mil milhões de euros. A empresa holandesa empresa cerca de 13.700 funcionários.
Marta Bilro
Fonte: Bloomberg, Market Watch, Farmacia.com.pt.
Taxol não cura todos os cancros da mama

De acordo com os especialistas, que se debruçaram na análise ao efeito do medicamento, o tratamento mais comum com recurso ao Taxol, que inclui aquele fármaco num cocktail de substâncias para limitar o reaparecimento do carcinoma mamário, só revela eficácia nas mulheres com um tumor específico (HER2 positivo), situação que corresponde apenas a cerca de 20 por cento dos casos. Nas doentes portadoras de outros tipos de cancro, o Taxol não tem um efeito significativo, a julgar pelos dados agora obtidos. No entanto, os especialistas avisam que os resultados deste estudo são ainda preliminares, considerando que seria prematuro para as pacientes optarem já por abandonar a terapia com o Taxol. No caso de estudos posteriores derem como comprovados os dados agora divulgados, os investigadores acreditam que será mais fácil a concentração do tratamento combinado de Taxol e quimioterapia nas pacientes que demonstrarem ser mais susceptíveis de obter dele um benefício real, como explicou, em declarações à Agence France-Presse, o director da clínica oncológica da Universidade do Norte do Michigan, Daniel Hayes.
Carla Teixeira
Fonte: AFP
Boehringer-Ingelheim é a melhor empresa empregadora do sector farmacêutico
“Pela primeira vez em seis anos de existência, o questionário da Science não elegeu a Genentech como a melhor empresa empregadora do sector biofarmacêutico, farmacêutico e indústrias relacionadas”, salienta a análise aos resultados publicada pela revista.
Entre o total de categorias avaliadas, há seis em que a Boehringer-Ingelheim obteve classificação máxima: fazer investigação importante de qualidade; ter visão clara para o futuro; ser um líder inovador; tratar os empregados com respeito; ter valores de cultura de trabalho aliados a valores pessoais; ter empregados leais e ser socialmente responsável.
A votação decorreu entre os dias 2 de Maio e 6 de Junho e foram obtidas 3.517 respostas. Foi pedido aos participantes que classificassem as empresas com base na resistência financeira, facilidade de adaptação à mudança e ambiente direccionado para a investigação. No final, os resultados demonstraram que 63 por cento votaram no seu próprio empregador como o melhor da tabela. Por outro lado, perto de um terço dos inquiridos responderam que muito provavelmente, no espaço de um ano, iriam procurar um novo emprego.
A lista abaixo mostra as 20 empresas empregadoras de topo:
1 - Boehringer Ingelheim
2 – Genentech
3 – Amgen
4 - Schering-Plough
5 – Genzyme
6 – Novartis
7 – DuPont
8 – Monsanto
9 – AstraZeneca
10 - Johnson & Johnson
11 - Eli Lilly
12 – GlaxoSmithKline
13 – Millenium
14 – Merck
15 – Wyeth
16 – Gilead
17 - Biogen Idec
18 – Roche
19 – Abbott
20 - Bristol-Myers Squibb
Marta Bilro
Fonte: Pharmalot, www.sciencecareers.org.
BioCodex reforça presença no mercado ibérico
A Genetest, empresa do grupo BioCodex pioneira na realização de exames genéticos na área da Cardiologia em Portugal, vai alargar a sua área de actividade ao país vizinho. No âmbito da estratégia de internacionalização do grupo, a BioCodex adquiriu a Climesa, um conceituado laboratório de Madrid.
Na sequência daquela compra, que visou sobretudo abrir caminho à implementação do negócio dos testes genéticos, para alargar a faixa de penetração do grupo no mercado ibérico, a Genetest vai passar a realizar aqueles exames também em Espanha, permitindo ao grupo BioCodex transferir know-how daquela área de trabalho para o país vizinho, ganhando assim maior competitividade naquele mercado e aumentando a sua área de influência e negócio, até agora suportada quase exclusivamente pela criopreservação de células estaminais do cordão umbilical. Tendo em conta o sucesso alcançado em Espanha pela Bioteca, actualmente o maior laboratório de criopreservação da Península Ibérica, a BioCodex espera poder consumar um volume de negócios de quatro milhões de euros neste ano, que no conjunto dos dois países deverá ascender aos seis milhões de euros.
Carla Teixeira
Fonte: Portugal Digital
Fábrica de medicamentos no Uganda
Foi inaugurado na última terça-feira no Uganda, país do continente africano, o primeiro laboratório para produção de medicamentos anti-retrovirais, cumprindo o objectivo de endurecer a luta contra a sida e a malária, duas doenças que assolam toda a África e comprometem seriamente a qualidade de vida das populações.
Resultante de um acordo firmado entre o governo de Kampala e as companhias farmacêuticas Quality Quemicals Industries, com sede no Uganda, e a Cipla, a maior produtora mundial de genéricos, que tem sede na Índia, e aprovado há cerca de dois anos, o laboratório deverá começar a ganhar forma nos próximos meses, contando com a mais sofisticada tecnologia para o desenvolvimento de todos os fármacos necessários ao tratamento integral dos doentes infectados com o vírus da sida ou que sofrem com a evolução da malária. De acordo com uma notícia avançada pela Rádio Vaticano, o facto de o novo laboratório poder produzir aqueles medicamentos permitirá que eles cheguem aos doentes a preços bastante reduzidos, facilitando o acesso ao tratamento a cerca de 300 mil pessoas.
Carla Teixeira
Fonte: Rádio Vaticano
ICBAS quer estimular investigação clínica
É uma iniciativa inédita em Portugal, e pretende dar aos estudantes do Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar a possibilidade de concorrerem a bolsas de investigação clínica. Numa medida que conta com o apoio da companhia farmacêutica Roche e do Hospital Geral de Santo António, o ICBAS apresentou na quinta-feira a nova disciplina de Iniciação à Investigação Científica.
Disciplina opcional a que poderiam ter acedido os novos alunos de Medicina do ICBAS (as inscrições estiveram abertas até ao passado dia 4), a nova cadeira poderá, num futuro mais ou menos próximo, evoluir para o formato de programa de doutoramento, integrado em internatos médicos de especialidade. Para já terá lugar a selecção dos projectos, tendo o instituto disponível um total de 40 mil euros para financiar as propostas vencedoras. Sousa Pereira, presidente do Conselho Directivo do ICBAS, explicou que a nova disciplina é o resultado de um esforço da instituição no sentido da "reestruturação do curriculum", e enalteceu a colaboração de entidades externas ao instituto, designadamente a farmacêutica suíça.
José Tavares de Castro, director médico da Roche, asseverou que a empresa "associa-se com muita alegria a esta iniciativa", afirmando que "este projecto encontra-se alinhado com a cultura da empresa, e a Roche reconhece como sendo um dever seu o de colaborar com os parceiros". Na óptica daquele responsável, e tendo em conta que a inovação é o vector dominante da actividade da companhia suíça, este é "um projecto ganhador", porque "em nenhuma escola do país há uma cadeira destas, o que nos surpreende". Tavares de Castro é da opinião de que a ideia é "original e votada ao sucesso", que conta com o "prestígio muito bem formado" do ICBAS e do Hospital Geral de Santo António, que criaram uma associação fortemente sinérgica, o que não é muito frequente".
Carla Teixeira
Fonte: «O Primeiro de Janeiro»
Stent coronário da Medtronic recebe opinião positiva

Peritos de aconselhamento externo da FDA votaram unanimemente para recomendar que o stent Endeavor seja aprovado para comercialização. O painel também recomendou que a Medtronic mantenha o registo de, pelo menos, 5 mil pacientes durante cinco anos para determinar a efectividade do stent, e para se certificar se o aparelho revestido com fármaco causa coágulos sanguíneos potencialmente fatais, que se poderão desenvolver ao longo do tempo.
Os stents são pequenos tubos metálicos em forma de rede revestidos com fármaco para prevenir a obstrução das artérias, a sua utilização caiu, no ano passado, após estudos os terem associado a coágulos que apareceram meses ou anos após o aparelho ter sido implantado.
O Endeavor está a concorrer com o Xience, da Abbott Laboratories, para se tornar o primeiro, de uma nova geração de stents, a ganhar a aprovação no mercado norte-americano avaliado em 3 mil milhões de dólares. Caso seja aprovado, o Endeavor irá juntar-se ao Taxus (paclitaxel), da Boston Scientific Corp., e ao Cypher, da Johnson & Johnson, como o terceiro stent revestido com fármaco a ser comercializado nos Estados Unidos.
Isabel Marques
Medicamentos antigripais de venda livre para crianças retirados do mercado norte-americano

Fontes: www.networkmedica.com, Bloomberg, Reuters
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Tromboembolismo Venoso mata mais que sida

O Tromboembolismo Venoso (TEV) mata mais do que a sida, o cancro da próstata e os acidentes de carro. A conclusão saiu de um estudo denominado ENDORSE e que é hoje (sexta-feira) apresentado durante as III Jornadas de Actualização em Doença Vascular Pulmonar, que decorrem em Viana do Castelo.
O TEV é um fenómeno que ocorre com a formação de coágulos – trombos – que quando atingem uma certa dimensão, soltam-se da parede das veias e migram até ao coração e depois até aos pulmões provocando as embolias pulmonares e morte súbita.
Na Europa, por ano, morrem vítimas de TEV cerca de 543 mil pessoas. O estudo envolveu 68.183 doentes em 358 hospitais de 32 países, dos quais 1.787 doentes e nove hospitais em Portugal.
"Verificamos que por VIH/Sida morrem, anualmente, na Europa 5.860 doentes, com cancro da mama 86.831, com cancro da próstata 63.000, e por acidentes rodoviários 53.500", antecipou à Agência Lusa, Ana França,
coordenadora nacional do estudo, frisando que somados todos estes parâmetros (totaliza-se 210 mil mortos) “menos de metade das pessoas que morrem por TEV na Europa."
Revelando que, até ao momento, não havia, a nível europeu, “uma consciência tão concreta do que isto representa”, Ana França confessou que o cenário “deixa-nos completamente aterrados.”
Segundo anunciou a responsável, em Portugal, a investigação apurou que um por cento dos doentes hospitalizados são internados em consequência de Tromboembolismo Venoso. “Mais de metade dos doentes hospitalizados está em risco de TEV, mas as medidas de prevenção são aplicadas em apenas cerca de 58 por cento do universo de risco”, desvendou.
De acordo com Ana França, o objectivo do estudo foi “determinar quantos indivíduos estão em risco e recebem tratamento preventivo e alertar para a necessidade urgente de prevenção em doentes hospitalizados”, acrescentando que a embolia pulmonar (consequência grave do TEV) é responsável por “cerca de 10 por cento das mortes ocorridas em hospitais.”
Considerando “preocupante” a posição de Portugal “porque há ainda 40 por cento que precisamos de ter atenção”, a coordenadora sublinhou que, no contexto europeu, “não somos dos países que tem maior risco."
Vitamina E reduz risco
Recentemente, um estudo publicado na revista «Circulation», da American Heart Association, associou os suplementos de vitamina E com a prevenção e redução do risco da formação de coágulos sanguíneos em mulheres.
"Os dados indicam que, em geral, as mulheres que tomam vitamina E têm um risco 21% menor de desenvolver coágulos sanguíneos", refere o relatório.
Raquel Pacheco
Fonte: Agência Lusa
Comité de Pediatria da EMEA já tem presidente
A Agência Europeia do Medicamento (EMEA, na sigla em inglês) anunciou nesta quinta-feira a eleição do belga Daniel Brasseur e do francês Gerard Pons para os lugares de presidente e vice-presidente do seu Comité de Pediatria.
Trata-se de uma estrutura recentemente criada no âmbito da EMEA, e que surge no seguimento da entrada em vigor, no passado mês de Janeiro, da nova regulamentação da Medicina Pediátrica no contexto europeu. Os dois elementos agora eleitos cumprirão um mandato de três anos, tendo como missão adaptar o funcionamento do comité às novas regras, concebidas e implementadas de modo a fornecer um estímulo à investigação e ao desenvolvimento de medicamentos que têm como destino a administração em crianças, garantindo que esse tipo de produtos é devidamente testado e autorizado, melhorando a informação disponível sobre esses fármacos e, por consequência, o seu grau de fiabilidade.
Carla Teixeira
Fonte: Orphanews Europe
Ensaios clínicos em regiões emergentes: desafios à escolha do melhor local
A Ásia tem vindo a revelar-se um pólo de atracção cada vez mais relevante no que toca ao desenvolvimento rápido e menos dispendioso de medicamentos e onde a realização de ensaios clínicos de Fase I é uma realidade cada vez mais frequente.
A China, com uma população de 1,5 mil milhões de habitantes, encaixa com bastante perfeição nos estudos que requerem a participação de população mongol, afirmou DA Prasanna, vice-presidente e director de operações da Manipal Acunova, organização de investigação clínica número um na Índia, durante uma apresentação no CPhI Worldwide, o maior certame internacional vocacionado para o sector farmacêutico, que decorreu em Milão.
O país é também bastante útil para a realização de estudos com cidadãos japoneses, uma vez que as duas nações partilham o mesmo fuso horário. Outro dos benefícios, segundo Prasanna, é o facto da China ser um só país, de grandes dimensões, e com apenas uma entidade reguladora, com a contrapartida da língua que exigirá sempre tradução.
No caso da América Latina, a “grande vantagem”, considera Prasanna, reside no facto de 50 por cento da população viver em duas cidades principais, para além de que o fuso horário coincide com o norte-americano. Em situação semelhante está a Europa de Leste que pertence à mesma zona horária e se encontra em estreita proximidade com o resto da Europa. No entanto, acrescenta Prasanna, ambas as regiões têm populações de apenas 200 a 300 milhões de habitantes e a diversidade de idiomas e entidades reguladoras envolvidas podem representar barreiras difíceis de transpor.
Para o responsável, é a Índia que apresenta um maior aglomerado de vantagens. Apesar do seu mercado ser inferior quando comparado com outras regiões emergentes, o país apresenta um melhor padrão de cuidados de saúde do que a China, salienta Prasanna. Para além disso, tem uma população de 1,1 mil milhões de habitantes e apenas uma entidade reguladora e o inglês é uma das línguas oficiais, o que significa que o país pode superar algumas das actuais regiões emergentes dentro dos próximos quatro a cinco anos.
Neste caso, os grandes inconvenientes são a distância e a zona horária relativamente ao ocidente, para além das dificuldades em conseguir fazer chegar à Índia material clínico e de o entregar num local, e dos desafio que representam a recolha e manutenção de dados clínicos, laboratoriais e medicamentos fiáveis, afirmou Prasanna.
Marta Bilro
Fonte: BioPharma-Reporter.com, CenterWatch.com, Farmacia.com.pt
Relatório prevê modificações no sector das terapias anti-HIV
O sector dos fármacos anti-HIV, actualmente avaliado em 8,1 mil milhões de euros, vai sofrer transformações significativas ao longo dos próximos nove anos, à medida que forem expirando as patentes de vários medicamentos chave, indica um relatório elaborado pela “Report Buyer”, uma empresa britânica de pesquisas de mercado. Na origem destas alterações deverá estar o lançamento de novas substâncias que vão revolucionar o tratamento da doença.
A GlaxoSmithKline, detentora de grande parte da quota de mercado no sector do HIV, deverá ressentir-se ao ver o seu portfolio de medicamentos anti-HIV perder a protecção das patentes, referem os autores do estudo. A empresa retém a maior porção de mercado de fármacos para o tratamento do HIV desde o lançamento, em 1997, do Retrovir (Zidovudina). Porém, em 2006, notou-se já alguma tendência de modificação no mercado, uma vez que 30 por cento do total de vendas de anti-retrovirais reverteram para a farmacêutica britânica, o que já representa uma ligeira quebra face ao ano anterior em que as vendas atingiram os 33 pontos percentuais.
Oito dos principais fármacos nesta categoria pertencem à GlaxoSmithKline, refere o relatório, no entanto, cinco deverão perder a protecção da patente em 2014. Para além disso, a maioria dos produtos são relativamente antigos. Tendo em conta estes factores, os autores do estudo prevêem que a quota de mercado da GSK possa sofrer uma quebra brusca, a não ser que o laboratório descubra novos produtos de sucesso.
O sector, no seu todo, está preparado para se expandir, dizem os analistas, e que há outras empresas decididas a angariar quota de mercado. O lançamento de novos produtos irá alterar a administração terapia anti-retroviral altamente activa, ou HAART, quer no estado inicial ou avançado. Estas inovações irão simplificar as linhas de tratamento inicial e proporcionar calendários de dosagem mais convenientes, reduzindo o elevado número de comprimidos de que dependem os pacientes e melhorando a qualidade de vida dos mesmos.
Por sua vez, a Gilead e a Bristol-Myers Squibb, que actualmente ocupam a segunda e terceira posições no que diz respeito às quotas de mercado de terapias anti-HIV, deverão enfrentar um futuro promissor. As duas empresas colaboraram na primeira combinação de doses entre fármacos de diferentes classes, o Atripla, que resulta da associação entre o Sustiva (Efavirenz), o Viread (Tenofovir) e a Emtriva (Emtricitabina). O fármaco combina três componentes da terapia HAART – dois inibidores não competitivos da transcriptase reversa e um inibidor da transcriptase reversa não nucleósido – em apenas um comprimido de toma diária única.
No primeiro ano de vendas nos Estados Unidos da América, o Atripla rendeu 122 milhões de euros. As previsões dos analistas indicam que o medicamento deverá ser lançado na Europa ainda este ano e ocupar a liderança enquanto tratamento de primeira linha, gerando lucros significativos para a Gilead e para a Bristol-Myers Squibb.
Marta Bilro
Fonte: Newswire Today, Infarmed, Farmacia.com.pt.
Doenças reumáticas afectam mais de 25% dos portugueses
Estes cálculos englobam todos aqueles que tenham uma queixa do foro reumático, como uma dor articular, que obrigue a consultas médicas, e não apenas as pessoas que necessitam de ser seguidas pelo especialista.
Actualmente, 2,7 milhões de portugueses sofrem de algum tipo de queixas reumáticas, que atingem 1,7 mil mulheres e 970 mil homens. Para estes doentes, as mais simples tarefas do dia-a-dia, como sair da cama, vestir-se ou usar o computador, representam um “verdadeiro desafio”. Os números foram divulgados a propósito do Dia Internacional das Doenças Reumáticas, que se assinala esta sexta-feira.
Conforme referiu Jorge Branco, presidente da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas, a prevalência da doença entre as mulheres é comum na globalidade dos países, porém as causas para este facto não estão ainda esclarecidas. Os factores de origem genética, hormonal e ambiental são apontados como algumas das causas prováveis para a doença.
Sendo as mais frequentes na raça humana, as doenças reumáticas vão, provavelmente, manter essa posição no futuro, referem os especialistas, uma vez que a população mundial não pára de crescer e, sobretudo, de envelhecer. Por poderem decorrer muitos anos sem sintomas, estas doenças são muitas vezes ignoradas por quem as sofre.
Para além disso, os novos medicamentos para as doenças reumáticas, que são “mais caros, mas também muito mais eficazes”, não estão a chegar a todos os doentes que deles precisam, refere o responsável. “Ainda há pouca prescrição destes novos fármacos”, sintetizou.
As conclusões de um inquérito europeu realizado este ano a doentes reumáticos revelaram que 92 por cento destes pacientes têm dificuldade em subir escadas no trabalho, 75 por cento têm problemas em subir para comboios, para 78 por cento vestir-se é um desafio e 72 por cento têm dificuldades em abrir torneiras.
É, por isso, lamentável que, em Portugal, os doentes reumáticos sejam tratados como “os parentes pobres das patologias”, afirmou Jorge Branco, fazendo um apelo à necessidade de respeitar estas doenças, tanto ao nível das autoridades de saúde como ao nível da população em geral.
Marta Bilro
Fonte: Diário Digital, Lusa, Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas.
Wyeth condenada a pagar indemnização
O júri de um tribunal norte-americano do condado de Washoe deu razão a três mulheres do Nevada que alegavam ter desenvolvido cancro da mama depois terem sido medicadas com Prempro e Premarin, tratamentos de substituição hormonal da farmacêutica Wyeth.
O veredicto refere que o laboratório norte-americano foi negligente, produziu um medicamento defeituoso e ocultou factos sobre a segurança do mesmo. Cada uma das queixosas deverá receber uma indemnização no valor de 5,3 milhões de euros por danos passados. Para além deste montante, duas das mulheres receberam ainda 25,3 milhões de dólares relativos a danos futuros e à terceira foi atribuída uma compensação de 28,2 milhões de dólares.
Jeraldine Scofield, Arlene Rowatt e Pamela Forrester estavam a ser medicadas com Premarin, um tratamento de substituição de estrogénio, e Prempro, uma combinação de estrogénio e acetato de medroxiprogesterona, utilizados como substituição hormonal pós-menopausa, mas foram retiradas do tratamento depois de desenvolverem cancro da mama.
No processo, as queixosas alegaram que a Wyeth produziu e comercializou um produto perigoso, não realizou estudos adequados nem forneceu avisos acerca da relação entre os fármacos e o cancro.
Por sua vez, a defesa argumentou que a Wyeth participou ou financiou um conjunto de estudos para perceber os riscos inerentes à toma dos medicamentos, e informou sobre os mesmos na rotulagem dos produtos. Os advogados da farmacêutica disseram ainda que o tratamento não é perigoso, foi aprovado pela Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos e continua disponível no mercado.
Este não é o único caso judicial a envolver o Prempro e o Premarin. Em Julho a Wyeth conseguiu chegar a acordo, ainda antes do julgamento, num processo em que os medicamentos eram apontados como responsáveis pelo desenvolvimento de cancro da mama numa paciente que se submeteu ao tratamento hormonal. Até ao momento, a farmacêutica saiu vencedora na maioria dos processos, no entanto, continuam por resolver cerca de quatro mil queixas.
Marta Bilro
Fonte: Reno Gazette Journal, KoloTV.com.
Normas da FDA prevalecem sobre leis estatais
As normas aplicadas pela Food and Drug Administration, entidade reguladora do sector do medicamento nos Estados Unidos, no que diz respeito à publicidade a fármacos deverão doravante sobrepor-se às leis de defesa do consumidor vigentes no estado norte-americano de Delaware. Uma decisão que deixou em alerta os advogados que trabalham para aquelas entidades, que dizem temer um crescimento desregrado da propaganda aos produtos de saúde.
De acordo com a decisão judicial agora anunciada, que diz respeito a um caso concreto que envolve a companhia farmacêutica Astra Zeneca, terá sido entendido pela Corte de Apelações do Distrito de Delaware que aquela empresa não poderia ser punida na sequência de um processo que lhe tinha sido movido tendo por base as leis estaduais de defesa do consumidor, porque a publicidade a medicamentos é, nos Estados Unidos, regida de acordo com as normas definidas pela FDA, e não tem como elemento orientador qualquer outro tipo de lei de âmbito distrital ou nacional.
Em causa está um processo que opôs o Pennsylvania Employees Benefit Trust Fund e a companhia farmacêutica, no âmbito do qual os consumidores acusavam a Zeneca de publicidade enganosa com o medicamento Nexium (esomeprazole), ao assegurar, por exemplo, que aquele fármaco era mais eficaz do que o Prilosec (omeprazole), já existente no mercado farmacêutico e de que o novo medicamento é derivado. Não obstante a polémica que envolveu o caso, a Justiça do Estado de Delaware entendeu não dar provimento ao pedido do grupo de consumidores, inviabilizando a sua pretensão de impedir a continuidade da publicidade que vinha sendo feita pela Astra Zeneca ao medicamento em questão.
Patente expirada
Os queixosos neste processo alegaram que a empresa farmacêutica fazia publicidade enganosa ao comparar, favorecendo o Nexium, os dois medicamentos para tratamento de situações de refluxo ácido e de azia frequente. Ambos os fármacos são produzidos pela Zeneca e o Prilosec foi sempre um produto lucrativo para a marca, com um volume de vendas que atingiu os seis mil milhões de dólares no ano 2000. No entanto, a quebra da patente do Prilosec, a partir da qual o medicamento poderia passar a ser vendido como genérico, estava prevista para o ano seguinte, e nessa altura, em Fevereiro de 2001, o laboratório anunciou o Nexium, demonstrando, com dados obtidos em ensaios clínicos comparativos, que uma dose de 40mg do novo fármaco constituía, "estatisticamente", uma taxa de cura significativa. O estudo foi aprovado pela FDA, que desde então deu o seu aval à introdução do Nexium no mercado. Agora, conhecida a decisão do tribunal de Delaware, a acusação entende que a Justiça "interpretou mal o processo", alegando que "a Food and Drug Administration não está a dar a sua aprovação à veracidade efectiva da publicidade aos medicamentos, e certamente não aprovou formalmente, na análise específica a este caso, o conteúdo dessa publicidade".
Carla Teixeira
Fonte: «Expresso da Notícia»
Director executivo da Total desmente contacto com a Pfizer
“Não tivemos qualquer contacto com a Pfizer ou com a Sanofi”, afirmou o responsável em declarações aos jornalistas à margem de uma conferência de imprensa sobre petróleo.
De Mergerie diz mesmo que “se não tivesse lido no jornal” não tinha tido conhecimento dos rumores que dão conta de um possível interesse da Pfizer em comprar os cerca de 10 por cento de acções que a Total detém na Sanofi-Aventis.
Recorde-se que, recentemente surgiram relatos na imprensa acerca da possibilidade da Pfizer ter intenções de adquirir uma parte da Sanofi-Aventis, situação que deu origem a uma subida do preço das acções da empresa francesa.
Marta Bilro
Fonte: CNN Money, Reuters.
Esclerose Múltipla: Cientistas conseguiram reparar lesões neurológicas
A esclerose múltipla é uma doença caracterizada por zonas isoladas de desmielinização e degeneração do sistema nervoso central que interfere com a capacidade em controlar funções como a visão, a locomoção, e o equilíbrio. A doença ocorre quando o sistema imunitário do organismo começa a produzir anticorpos contra a sua própria mielina, o que dá origem à inflamação e a lesão da bainha de mielina que cobre os nervos do cérebro e da medula espinal.
Os cientistas da clínica Mayo, no Minnesota, utilizaram um anticorpo humano para reconstruir a mielina em ratos com a forma progressiva da doença e observaram que o anticorpo se agregou à mielina e à superfície das células do cérebro e da medula espinal, desencadeando um processo de reparação, denominado remielinação.
Os testes realizados pelos investigadores demonstraram também que o anticorpo funcionou mesmo quando associado ao tratamento com esteróides, habitualmente administrado aos pacientes que sofrem desta patologia. Esta é uma observação importante uma vez que os primeiros doentes com esclerose múltipla a receberem a terapia de anticorpos terão que ser primeiro tratados com metilprednisolona, uma substância corticosteróide
“O conceito de utilizar anticorpos humanos para tratar doenças deste tipo ainda não foi testado em seres humanos, mas estas descobertas são muito promissoras”, afirmou Moses Rodriguez, neurologista e um dos autores do estudo. Apesar de se encontrarem ainda em fase inicial, as investigações poderão conduzir “a novos tratamentos que podem limitar as deficiências permanentes" causadas pela esclerose múltipla, salientou Arthur Warrington, membro da equipa de investigação.
Os dados da Associação Nacional de Esclerose Múltipla indicam que a doença afecta mais de um milhão de pessoas em todo o mundo. Os estudos epidemiológicos apontam para a existência de 450 mil pessoas com esclerose múltipla só na Europa, sendo a incidência maior nos países nórdicos. Estima-se que o número de doentes em Portugal seja da ordem dos 5000.
Marta Bilro
Fonte: The Earth Times, BBC Brasil, Manual Merck, Associação Nacional de Esclerose Múltipla.
Vacina contra VPH gratuita em Espanha
O Conselho Inter-territorial de Saúde de Espanha acaba de aprovar um plano sanitário que, entre outras medidas, prevê a administração gratuita da vacina contra o vírus do papiloma humano (responsável pelo cancro do útero), através da sua inclusão no programa nacional de vacinação.
Concretamente em relação à nova vacina, o plano estabelece que as regiões autónomas espanholas terão a seu cargo a determinação da idade em que aquele medicamento deverá começar a ser utilizado, e a decisão sobre a data de arranque local do programa, tendo em conta que o mesmo terá de ser universalizado em todo o país até ao ano de 2010. De acordo com fonte oficial do país vizinho, os custos destas iniciativas serão divididos, em partes iguais, pelo Orçamento Geral do Estado e por cada uma das comunidades autónomas que se forem associando à medida.
Saúde dentária
O programa sanitário aprovado pelo Conselho Inter-territorial de Saúde espanhol estabeleceu ainda que as crianças entre os sete e os oito anos de idade que residam em qualquer parte do território de Espanha vão passar a usufruir de consultas gratuitas no dentista, já a partir de 2008, no âmbito de um programa igualmente negociado entre o governo central e as comunidades autónomas. Bernat Soria, ministro da Saúde e do Consumo do país vizinho, disse, numa curta declaração feita nesta quarta-feira, que a intenção da tutela é a de que, até 2012, todas as crianças espanholas com idade inferior a 15 anos estejam abrangidas por este programa, que inclui, segundo a Agência Lusa, revisões periódicas no dentista, instruções relativas à dieta mais adequada e sobre a saúde da boca, a aplicação tópica de flúor e a avaliação regular das cáries.
Carla Teixeira
Fonte: Agência Lusa
FDA aprova testes para identificação de bactérias resistentes

O novo teste da Dade Behring pode detectar alguns dos mais perigosos germes resistentes a fármacos, tais como os staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA). O teste também detecta staphylococcus aureus resistentes à vancomicina (VRSA), e enterococcus resistentes à vancomicina (VRE). A resistência aos antibióticos prolonga a doença nos pacientes e coloca-os num grande risco de morrer.
Segundo o “Centers for Disease Control and Prevention” (CDC), dos Estados Unidos, a resistência aos antibióticos é uma das situações mais preocupantes da saúde pública. Segundo estadísticas, em 1971 apenas existiam 2 por cento de pessoas com MRSA, aumentando para 22 por cento em 1995, e para 63 por cento em 2004. A utilização excessiva da vancomicina está a provocar resistência por parte dos estafilococos e dos enterococos. As infecções por bactérias resistentes aos medicamentos adoecem 2 milhões de pessoas por ano, e têm custos de 20 mil milhões de dólares para o tratamento a nível nacional, segundo o CDC.
Isabel Marques
Fontes: www.networkmedica.com, Bloomberg, Reuters, Forbes
Vodka salva vida de paciente envenenado
O turista italiano de 24 anos foi levado ao Hospital Mackay Base, no norte do Estado de Queensland, na Austrália, depois de ter ingerido uma grande quantidade de etilenoglicol, um componente de aditivos de radiador de automóveis, numa suposta tentativa de suicídio.
Quando chegou ao hospital, o italiano estava inconsciente e de imediato foi iniciado o tratamento com álcool farmacêutico, mas os suprimentos de álcool farmacêutico do hospital de Queensland acabaram e foi preciso recorrer a outra solução.
“Rapidamente usámos todos os frascos disponíveis e decidimos que havia outra opção: fornecer álcool ao paciente através de bebidas alcoólicas colocadas na sua sonda nasogástrica” , disse o médico Pascal Gelperowicz, que liderou a equipa de tratamento em conjunto com Todd Fraser, ao jornal The Australian.
O paciente foi então alimentado com vodka durante três dias, por via intravenosa, um tratamento que, segundo Todd Fraser, pode não ser convencional, mas foi bem sucedido, pois o paciente recuperou totalmente.
“O paciente recebeu o equivalente a três doses comuns a cada hora, durante três dias, enquanto permaneceu na unidade de terapia intensiva” , afirmou Fraser.
O etilenoglicol pode paralisar o funcionamento dos rins e é fatal.
Inês de Matos
Fonte: Sol
25 por cento dos portugueses sofrem de depressão
A depressão uma doença mental "recorrente e incapacitante", afectando desta forma a vida pessoal, familiar e profissional dos doentes. Vaz Serra advertiu ainda que "é provável que a depressão venha a ultrapassar a gripe no século XXI", pois apesar de ser actualmente melhor reconhecida, esta doença mental é recorrente e, como a longevidade é cada vez é maior, tem tendência a aumentar.
Na opinião do presidente da SPPSM, uma doença psíquica não é localizada, pois é um transtorno do próprio cérebro que impede o funcionamento normal das pessoas, devendo caber aos responsáveis pelos cuidados primários de saúde detectá-las. Deste modo, "os clínicos gerais são os psiquiatras de vanguarda", pois "um doente [mental] não se queixa do que tem mas do que pensa ter".
"A identificação de uma doença mental, em especial da depressão, deve ser feita por um clínico, embora haja muitas depressões que passam desapercebidas, acabando a pessoa por não receber qualquer tipo de tratamento", salientou Vaz Serra.
Deste modo, o presidente da SPPSM defende que é "essencial manter um Serviço Nacional de Saúde adequado" que permita o tratamento a todas as pessoas que sofrem de uma doença mental. Contudo, em sua opinião, o SNS "falha muito" porque a identificação das situações é, muitas vezes, tardia e os tratamentos são "feitos de forma muito lenta".
“Os transtornos mentais são uma das causas mais proeminentes no suicídio”, lembra Vaz Serra, adiantando ainda que "cerca de 800 mil pessoas por ano, no Mundo, suicidam-se”.
Inês de Matos
Fonte: Lusa
GlaxoSmithKline adquire fármaco experimental para o melanoma avançado

A Synta irá receber um pagamento inicial de 80 milhões de dólares, e pode receber, posteriormente, mais 885 milhões de dólares, se o fármaco atingir os objectivos relativos ao desenvolvimento, regulamentação e vendas. A GSK pode ainda adquirir até 45 milhões do stock da Synta.
Este acordo pelo fármaco, que está agora a iniciar a Fase III de um ensaio global com 600 pacientes, marca um passo em frente da GSK para impulsionar a sua pipeline através de alianças externas. A GSK, a maior farmacêutica da Europa, colocou os fármacos oncológicos numa área prioritária de desenvolvimento. Este acordo fortalece a pipeline de fármacos para o cancro em estádios avançados de testes, em que actualmente se incluem 10 programas de Fase III, segundo revelou o responsável pela investigação e desenvolvimento da GSK, Moncef Slaoui.
O fármaco injectável, o STA-4783, tem um novo mecanismo de acção que produz substâncias que matam as células cancerígenas, através do aumento dos níveis de oxigénio até ao ponto de ruptura, activando a morte programada destas células, sem danificar as células normais, pois estas têm uma tolerância mais elevada ao oxigénio.
Na Fase II do estudo, os pacientes com melanoma em estado avançado que tomaram o fármaco da Synta mais um agente comum de quimioterapia apresentaram uma sobrevivência média de 12 meses, em comparação com os 5,6 meses da quimioterapia sozinha. A sobrevivência livre de progressão mais que duplicou, 35 por cento contra 15 por cento, em seis meses. A Synta antecipa que também possa funcionar numa variedade de outros tipos de tumores, podendo também ser testado para a leucemia, cancro dos ovários e cancro pancreático.
Segundo o acordo, a Synta irá financiar todo o desenvolvimento do STA-4783 para o melanoma metastizado, a forma mais mortal de cancro da pele. As companhias irão partilhar os custos relacionados com desenvolvimento e comercialização do STA-4783 nos Estados Unidos, e a GSK irá ter direitos exclusivos em todos os outros sítios. Actualmente, existem poucos fármacos disponíveis para pessoas com cancro da pele avançado, que mata cerca de 70 por cento dos pacientes num ano.
Isabel Marques
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
MNSRM: 90% elege farmácia como local de compra

Tradição e confiança são os motivos que movem 90% dos portugueses a comprar Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) numa farmácia. Notoriamente à margem, fica a aquisição em supermercados e noutras lojas, com 7% e 3%, respectivamente. A conclusão saiu de um inquérito online feito pela DecoProteste.
Quais os locais onde costumavam comprar os seus medicamentos, foi a pergunta lançada aos consumidores cibernautas - entre os dias 30 de Julho e 10 de Agosto - através do canal «Prioridade à Saúde», no site da Proteste.
Segundo a edição deste mês da revista «Teste Saúde», “a tradição e a confiança no atendimento profissional farmacêutico são os principais responsáveis por esta realidade”, divulgando que “num total de 1.046 respostas, a maioria, 90%, elege a farmácia.”
A revista revela ainda que a “comodidade” e, também, a “impossibilidade” de adquirir MNSRM em certas regiões do país (noutros locais que não a farmácia) foram outros dos factores apontados no inquérito.
Raquel Pacheco
Fontes: «Teste Saúde»/FarmaNews
Exame colo-rectal: HUC utilizam pela primeira vez cápsula com câmaras integradas
De acordo com o médico Hermano Gouveia, do Serviço de Gastrenterologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), que vai aplicar a técnica pioneira, a cápsula endoscópica é ingerida de manhã pelo doente e a partir daí, pode fazer a sua vida normal, pois o filme é registado, ao longo das oito ou nove horas seguintes, num aparelho do tamanho de um telemóvel, que o doente transporta e depois deixa no hospital para os resultados serem analisados pelos especialistas.
Esta técnica tem-se revelado uma mais valia face às restantes técnicas de análise dos intestinos e do cólon, pois evita o desconforto que a colonoscopia tradicional provoca e que muitas vezes afasta os pacientes da realização do exame.
"É uma arma importante no rastreio do cancro colo-rectal. A colonoscopia tradicional tem vantagens e continua a ser a pedra de toque na terapêutica, na biopsia e na ressecção de póliplos, mas a cápsula endoscópica, por não causar desconforto, tem a vantagem de trazer pessoas para o rastreio", sublinhou o médico.
"Até aqui, para vermos o cólon tínhamos de introduzir o colonoscópio [um tubo flexível com cerca de 1,30 metros], sendo por vezes necessária anestesia. Agora, sem nenhum desconforto, obtemos a visão do cólon através de uma técnica fiável e confortável", disse o também vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.
Este novo método representa "uma mudança completa" no diagnóstico das patologias do cólon e encontra-se já a ser utilizado neste serviço dos Hospitais da Universidade de Coimbra para examinar o intestino delgado.
A cápsula é fabricada em Israel, com custos que rondam os 1.500 euros e deverá começar a ser comercializada até ao final do ano.
O cancro do cólon e do recto é já o tipo de cancro mais frequente nos homens, embora, neste mesmo grupo, seja a quarta causa de morte oncológica. Já nas mulheres é o segundo tipo de cancro bem como a segunda causa de morte oncológica. Todos os anos surgem em Portugal cerca de cinco mil novos casos de cancro colo-rectal.
Uma alimentação equilibrada, peso controlado e a prática regular de exercício físico são alguns dos cuidados que podem evitar o aparecimento da doença.
Inês de Matos
Fontes: Lusa, Portal da Saúde
DecoProteste estuda «Farmácia Caseira»

A visita – que pode ser marcada em http://www.deco.proteste.pt/ – servirá “para ver que cuidados têm com os medicamentos, como prazos de validade, exposição à humidade ou ao sol, se estão alcance das crianças ou se guardam o folheto”, informa a associação de defesa do consumidor, ressalvando que os testemunhos são anónimos.
Raquel Pacheco
Fonte: DecoProteste
Fundação Portuguesa de Cardiologia organiza pequeno-almoço saudável
O evento, que decorrerá na Sala Marquês de Pombal, do Hotel Ritz Four Seasons, em Lisboa, está marcado para as 9h30m, “com o objectivo de analisar as mudanças registadas na alimentação dos portugueses e respectivas consequências”, informa a Fundação Portuguesa de Cardiologia em comunicado.
Presentes estarão figuras ilustres da vida pública portuguesa, como as ex- primeiras damas Maria Barroso, Maria José Ritta e Maria Cavaco Silva, actual primeira-dama nacional. Para além destas, estarão também presentes as apresentadoras Serenella Andrade e Teresa Guilherme, as jornalistas Felícia Cabrita e Fátima Campos Ferreira, entre várias outras mulheres de relevo.
“Começar o dia sem pequeno-almoço ou com um pequeno-almoço deficiente, pode ter consequências graves nas crianças e nos adultos já que o organismo recorre a reservas, o que leva rapidamente a um estado de fraqueza que interfere na concentração, na qualidade do trabalho e da escola e na falta de reflexos”, adverte a fundação.
A realização deste pequeno-almoço, que a fundação diz estar “fora da ementa dos portugueses”, pretende assinalar o Dia Mundial da Alimentação, comemorado desde 1981, sempre no dia 16 de Outubro, data da criação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).
A comemoração deste dia é assinalada em mais de 150 países e pretende alertar e consciencializar a opinião pública quanto a questões globais relacionadas com a nutrição e alimentação, sendo todos os anos eleito um tema em particular sobre o qual incidem as actividades comemorativas. Este ano, o tema escolhido pela FAO foi “O Direito à Alimentação”.
A Fundação Portuguesa de Cardiologia pretende ainda alertar para o problema da Obesidade, que cada vez mais se assume como a epidemia do século XXI, ensinando os portugueses a preparar refeições saudáveis, a começar pelo pequeno-almoço.
“De acordo com o Plano Nacional de Saúde, a obesidade é considerada a segunda causa de morte passível de prevenção. Na maioria dos países da Europa a obesidade é a epidemia em maior crescimento, afectando, anualmente, 10 a 40 por cento da população adulta”, informa o comunicado da federação.
“Nas crianças dos 7 aos 9 anos de idade a prevalência da pré-obesidade e da obesidade, em Portugal, é de cerca de 31,56%, sendo que as crianças do sexo feminino apresentam valores superiores às do sexo masculino. De salientar ainda que em Portugal, 50% dos adultos têm excesso de peso, dos quais 14% sofrem de obesidade”, segundo um estudo recente, citado pelo comunicado da Fundação Portuguesa de Cardiologia.
Inês de Matos
Fontes: Fundação Portuguesa de Cardiologia, Associação Portuguesa de Dietist
Tuberculose: OMS distribui medicamentos

Fármacos contra a tuberculose vão ser distribuídos nos 19 países com maior índice de doentes. A beneficiação surge de um acordo de colaboração feito entre a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Unitaid, fundo internacional para a compra de medicamentos, noticiou a Agência EFE.
"Com esta colaboração, serão fornecidos medicamentos a mais de 750 mil pessoas que, de outra forma, talvez não receberiam tratamento ou o suspenderiam por falta de fármacos", afirmou um representante do Stop TB Partnership, departamento da OMS.
Segundo revelou Marcos Espinal, a iniciativa irá focalizar-se nos doentes que não respondem aos tratamentos comuns, reforçando que “fornecer fármacos contra a tuberculose às pessoas que precisam para que possam concluir o tratamento é a melhor forma de impedir que o vírus se torne resistente aos medicamentos."
Neste sentido, a Unitaid vai comprar os medicamentos no valor de 26,8 milhões de dólares e competirá à Stop TB Partnership a distribuição dos mesmos, até ao final de 2008. Entre outras, constam da lista das 19 nações eleitas o Bangladesh, Bósnia-Herzegovina, Mianmar, Iraque, Tadjiquistão, Burkina Fasso, Camarões, Costa do Marfim, Guiné, Mali, Moçambique, Ruanda.
De acordo com um responsável do Unitaid, Jorge Bermudez, a iniciativa das duas entidades passa, ainda, por escoar os fármacos contra a tuberculose com o intuito de, durante crises humanitárias, dar resposta durante a eventuais situações de escassez ou falta de previsão. “O projecto não só salvará vidas, como também, estabilizará o mercado, o que permitirá reduzir o preço dos medicamentos" sublinhou Bermudez.
Emergência mundial
Segundo a OMS, morrem mais pessoas de tuberculose, em todo o mundo, do que de qualquer outra doença infecciosa durável. Por ano, a doença mata, aproximadamente, dois milhões de pessoas. Um terço da população mundial encontra-se infectado pelo bacilo da tuberculose (bacilo de Koch) e estima-se o aparecimento de 8,8 milhões de novas notificações. Em 2005, nas 19 nações que serão beneficiadas foram detectados 75% dos casos.
Na opinião do pneumologista José Miguel Carvalho, a tuberculose "é uma doença que continua, em 2007 – 125 anos depois da descoberta do bacilo por Robert Koch e mais de 50 anos depois de se começar a dispor de medicamentos eficazes – a suscitar reacções de medo, de pânico, semelhantes às que antigamente se observavam."
A transmissão do micróbio da tuberculose processa-se pelo ar, através da respiração, que o faz penetrar no nosso organismo. Quando um doente com tuberculose tosse, fala ou espirra, espalha no ar pequenas gotas que contêm o bacilo de Koch. Uma pessoa saudável que respire o ar de determinado ambiente onde permaneceu um tuberculoso pode infectar-se. Note-se que um espirro de um doente com tuberculose projecta no ar cerca de dois milhões de bacilos. Através da tosse, cerca de 3,5 mil partículas são igualmente projectadas para a atmosfera.
Raquel Pacheco
Fonte: Agência EFE/Portal da Saúde
Dioxinas podem matar as células

"A exposição prolongada do pulmão a pequenas concentrações de dioxinas tem efeitos altamente tóxicos, levando mesmo à morte de células." A conclusão saiu de uma investigação pioneira feita na Universidade de Coimbra.
Perceber os mecanismos envolvidos na disfunção pulmonar resultante da exposição a poluentes ambientais (dioxinas) foi o objectivo do estudo português que, em 2006, nasceu no Departamento de Zoologia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).
Hoje, com os resultados na mão, Carlos Palmeira (coordenador da investigação) está convicto de que “em qualquer ambiente onde houver uma elevada concentração de dioxinas, estamos perante um grave problema de Saúde Pública."
No comunicado da FCTUC a que o farmacia.com.pt teve acesso, o professor esclarece que, “numa primeira fase (in vitro) foram estudados os efeitos da Tetraclorodibenzo-p-dioxina (TCDD), umas das dioxinas presentes em maior quantidade na atmosfera, e dos Dibenzofuranos (DBZ).”
Os primeiros resultados divulgados pela equipa de investigadores de Coimbra assumem-se, assim, como um alerta particularmente relevante para a Saúde Pública, "na sequência de falta de informação relativa ao processo de co-incineração de resíduos tóxicos", concretizou Carlos Palmeira.
Raquel Pacheco
Fonte: Comunicado FCTUC
Associação quer combater estigmatização de doentes mentais
A ENCONTRAR+SE - Associação de Apoio às Pessoas com Perturbação Mental Grave está a preparar uma campanha anti-estigma para ser lançada em Janeiro de 2008. O objectivo é promover a reabilitação psicossocial dos doentes mentais. A colocação de outdoors em todo o país e a passagem de spots televisivos são alguns dos passos desta iniciativa, revelou Maria Luísa Vieira de Campos, vice-presidente da instituição.
De acordo com a mesma responsável, está também previsto o lançamento de uma “música para a saúde mental”, que conta com a colaboração de cerca de 20 músicos e artistas nacionais, entre eles Zé Pedro (Xutos & Pontapés) e Rui Veloso.
“Está mais do que provado que as pessoas que sofrem de uma doença mental grave, como bipolar, esquizofrenia e depressão, têm dificuldades em se inserir na comunidade”, afirmou a psicóloga em declarações à agência Lusa, à margem do debate “A Saúde Mental Um Mundo em Mudança: O Impacto da Cultura e da Diversidade”, que decorreu esta quarta-feira no Porto.
A campanha surge para esclarecer a população e explicar que estas pessoas são doentes e não podem ser excluídas devido à sua doença, referiu Maria Luísa Vieira de Campos. “Só os poderemos ajudar se não os excluirmos”, sustentou, acrescentando que a ausência de respostas integradas de reabilitação tem condicionado a possibilidade de recuperação de muitas pessoas com doença mental grave. É preciso incutir mudanças na forma como a sociedade encara estes casos, até porque, segundo afirmou, esta realidade está presente numa em cada quatro famílias.
A importância de combater o estigma que rodeia estes pacientes foi também sublinhada pelo presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, Adriano Vaz Serra, uma vez que estes “são lesados nos seus direitos humanos, na maioria dos países”, tanto a nível profissional, social ou económico, vendo, por exemplo, ser-lhes recusado crédito à habitação.
A ENCONTRAR+SE que, esta quarta-feira, a par do Dia Mundial de Saúde Mental, comemora o seu primeiro ano de existência luta agora por encontrar um espaço próprio, onde possa apoiar doentes e familiares.
Marta Bilro
Fonte: Diário Digital, Lusa.
Doenças neuromusculares afectam cinco mil portugueses
De origem genética e hereditária as doenças neuromusculares são progressivas e englobam um conjunto de mais de 40 patologias diferentes já identificadas, abrangendo as doenças dos músculos (Miopatias), doenças dos nervos (Neuropatias) doenças dos cornos anteriores da medula (Atrofias Espinhais) e as perturbações da junção neuromuscular (Miastenias). Apesar das diferentes designações, todas têm em comum a falta de força muscular.
A doença afecta frequentemente os músculos respiratórios e o músculo cardíaco, dando origem a dificuldades respiratórias e cardíacas. O doente neuromuscular está, por isso, dependente de apoios e ajudas técnicas (cadeiras de rodas eléctricas ou andarilhos para a locomoção, computadores para a escrita, apoios de cabeça e/ou outras ajudas para a manipulação) para realizar as tarefas mais simples.
Apesar de serem fisicamente incapacitantes, na grande maioria dos casos, estas doenças não afectam as aptidões intelectuais nem cognitivas. Estes doentes são diariamente confrontados com diversas dificuldades que, com o apoio de equipas multidisciplinares, englobando neurologistas, pneumologistas, fisiatras, ortopedistas e psicólogos poderiam ser minoradas.
“Um diagnóstico correcto e atempado permitirá uma intervenção terapêutica precoce e útil e uma reabilitação adequada”, defendeu João Carlos Winck, do Serviço de Pneumologia do S. João e responsável pela organização do encontro.
A insuficiência respiratória e a pneumonia são as principais causas de morbilidade e de mortalidade nestas doenças, referiu o especialista, consequências que poderiam ser minoradas através de uma intervenção atempada. “Se a abordagem for feita de uma forma pró-activa, ou seja, antes que o pulmão atrofie, perca elasticidade e volume, então será possível, com ajudas mecânicas, manter estes doentes em casa e livres de complicações”, salientou, lamentando a falta de informação com que muitos destes doentes se deparam e que muitas vezes é fatal.
“Num futuro próximo será possível desenvolver neuropróteses, algo que permitirá, através de ligação a neurónios cerebrais, fazer com que um doente tetraplégico consiga mexer um dedo ou dois e, assim, por exemplo, manipular uma cadeira de rodas eléctrica”, adiantou João Carlos Wink. A perda de autonomia total é uma das complicações mais graves nestes doentes e se for possível que “mexam um dedo ou dois poderão adquirir maior autonomia, recuperando funções motoras”.
A tecnologia já existe, estando apenas a ser sujeita a afinações técnicas, explicou o responsável acrescentando que se ela puder ser “aliada à reabilitação física tradicional, permitirá certamente recuperar funções perdidas, proporcionando a reintegração de alguns destes doentes na vida activa”.
Marta Bilro
Fonte: Diário Digital, Lusa, Associação Portuguesa de Doentes Neuromusculares, Apifarma.
ISLA promove pós-graduação em Marketing e Consumo de Produtos Naturais
Ministrada em dois semestres, num total de 210 horas em horário pós-laboral, esta pós-graduação conta com um corpo de docentes credenciados nos sectores da Farmácia, Nutrição, Gestão e Marketing.
Para Dário Félix Rodrigues, coordenador do curso, esta é uma oportunidade para “aprofundar o conhecimento de uma área complementar da Saúde que está em franco crescimento na Europa e nos EUA, mediante a informação científica dos benefícios dos produtos naturais e das técnicas de gestão e de marketing determinantes para o êxito da respectiva comercialização, contando-se para tal com um corpo docente de excelência”.
História dos Produtos Naturais, Farmacologia dos Produtos Naturais, Comportamento do Consumidor na Era da Informação, Marketing de Produtos Naturais e Técnicas de Venda e Informação Científica são algumas das disciplinas que fazem parte do plano de estudos. O período de inscrições termina a 31 de Outubro.
Marta Bilro
Fonte: E-mail do Farmacia-press, Isla.pt.
Especulação sobre interesse da Pfizer faz subir acções da Sanofi-Aventis
Cerca de 23 por cento da Sanofi-Aventis são detidos pela Total e pela L'Oreal, e não é segredo que a Total pretende livrar-se das suas acções. Declarações proferidas em Agosto pelo director financeiro da Total, Robert Castaigne, deixaram claro que a empresa iria vender os seus títulos “progressivamente”. Para além disso, no mês de Maio, o director executivo da empresa, Christophe de Margerie, afirmou que a venda deveria realizar-se “provavelmente dentro de pouco tempo”.
Uma porta-voz da Total disse ao portal DrugResearcher.com que a empresa tem uma participação de 13,13 por cento na Sanofi-Aventis, porém recusou-se a comentar a especulação acerca do interesse da Pfizer, dizendo apenas que no final de 2012 a empresa já terá vendido todas as acções do laboratório que ainda possui.
Por sua vez, a L’Oreal, que detém perto de 10 por cento da Sanofi-Aventis, disse em Junho que a venda dos seus títulos não estava iminente, algo que foi confirmado por um porta-voz da empresa que garantiu também que esta posição não se alterou.
Há rumores indicam que a norte-americana Pfizer terá abordado a Total, há cerca de quatro anos, com a intenção de comprar a sua parte das acções, o que aconteceu antes da fusão entre a Sanofi e a Aventis, que deu origem a uma empresa com uma capitalização de mercado na ordem dos 86,4 mil milhões de euros, um montante elevado mesmo para as finanças da maior farmacêutica mundial.
As duas empresas apresentam, porém, determinadas linhas de investigação que se assemelham e ambas tiveram recentemente que enfrentar algumas contrariedades. A Sanofi viu o Acomplia (Rimonabant) ser rejeitado por um painel de conselheiros da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos e consequentemente ser retirada a sua candidatura a novo fármaco. A Prizer sofreu uma quebra no preço das suas acções devido ao fracasso dos ensaios clínicos de fase III que envolviam o torcetrapib, sendo que, este ano, já eliminou postos de trabalho e encerrou unidades de produção.
À parte da especulação e dos rumores que correm na imprensa não houve ainda qualquer manifestação ou comentário ao assunto por parte de nenhuma das empresas envolvidas.
Marta Bilro
Fonte: BioPharma-Reporter.com, Farmacia.com.pt.
Cervarix à venda segunda-feira por 433 euros
A vacina, que protege contra as estirpes 16 e 18 do vírus do Papiloma Humano (HPV), foi aprovada pela Comissão Europeia no final do mês de Setembro e vai competir com o Gardasil, da Merck, que se encontra à venda no mercado português desde o início do ano por 481,35 euros, no total das três doses necessárias.
Cada dose da nova vacina custará 144,41 euros, o que no total das três doses representa uma poupança de 48 euros face à vacina da Merck comercializada em parceria com a Sanofi Pasteur. Para além do preço, há ainda outra dissemelhança entre os dois fármacos, isto porque o Cervarix protege apenas contra as estirpes 16 e 18 do vírus, responsáveis pela maioria dos casos de cancro do colo do útero, enquanto que o Gardasil oferece protecção contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV.
A vacina contra o cancro do colo do útero não é comparticipada pelo estado português o que significa que os custos têm que ser totalmente suportados pelas utentes que resolvam optar pela sua toma.
No entanto, o executivo está já a estudar uma possível inclusão da vacina no Plano Nacional de Vacinação. Para que tal seja possível, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) está a analisar estudos de custo-efectividade, mas a decisão final sobre a comparticipação cabe ao ministro da Saúde.
No sentido de avaliar as estratégias de vacinação mais adequadas, a Direcção-Geral da Saúde e a comissão técnica de vacinação têm também analisado a doença e o contexto epidemiológico português.
Marta Bilro
Fonte: Diário Gigital, Lusa, Portugal Diário, Farmácia.com.pt.
FDA autoriza produção de genérico para tratar epilepsia
A Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) concedeu autorização para a produção das primeiras versões genéricas do Trileptal (Oxcarbazepina), um fármaco indicado no tratamento de crises epilépticas.
A Roxane Laboratories Inc, a Glenmark Pharmaceuticals Ltd e a Sun Pharmaceutical Industries vão agora poder comercializar Oxcarbazepina genérica a preços mais reduzidos do que o equivalente de marca produzido pela Novartis.
“A FDA exige que os medicamentos genéricos tenham a mesma qualidade, resistência, pureza e estabilidade do que os fármacos de marca”, afirmou Gary J. Buehler, director do departamento de medicamentos genéricos da FDA. Numa nota enviada ao Farmácia.com.pt, a entidade reguladora do sector farmacêutico nos Estados Unidos da América (EUA) “garante que os medicamentos genéricos são seguros e eficazes, oferecendo uma alternativa aos americanos para escolherem os seus medicamentos prescritos”.
De acordo com a FDA foram aprovadas três dosagens do fármaco – 150 miligramas, 300 miligramas e 600 miligramas. As vendas do Trileptal nos EUA, em 2006, renderam mais de 388 milhões de euros.
Marta Bilro
Fonte: FDA, Reuters.