quarta-feira, 20 de junho de 2007

FDA aprova fármaco da Pfizer contra a sida




Laboratório confirma lançamento do Maraviroc em Julho

A Food and Drugs Administration (FDA), - organização norte-americana de controlo e supervisão de produtos farmacêuticos e alimentares - aprovou HOJE, o Maraviroc, um novo tratamento contra o vírus da sida. O fármaco pertence ao grupo farmacêutico Pfizer que já anunciou o lançamento para o próximo mês.

“Um novo medicamento para o VIH - Maraviroc (o UK 427,857 - um antagonista dos CCR5 ) vai ser lançado em Julho, após os testes terem sido efectuados nos Estados Unidos pela Agência para os Medicamentos e Alimentação”, confirmou Richard Paulson, responsável pela sucursal sul-africana dos laboratórios Pfizer.

O tratamento, administrado por via oral, foi hoje, oficialmente aprovado pela FDA e será distribuído em vários países, entre eles, a África do Sul, um dos países do mundo mais atingidos pela pandemia, com 5,5 milhões de pessoas infectadas numa população de 47 milhões.

Segundo um comunicado do laboratório, o Maraviroc é apenas um dos muitos novos medicamentos que o grupo pretende produzir no futuro. “A intenção (da empresa) é de produzir quatro a seis novos medicamentos por ano, nos próximos dez anos”, refere a nota de imprensa, acrescentando que o grupo investe entre 824 milhões de euros e mil milhões para conseguir produzir um produto”, afirmou um porta-voz do laboratório.

A Pfizer produz diversos tratamentos contra o vírus da sida mas, foi frequentemente criticada pelas suas campanhas publicitárias. O grupo foi também, recentemente, acusado pela Fundação Cuidados de Saúde da Sida, de favorecer a propagação das doenças sexualmente transmissíveis devido ao seu marketing “irresponsável” do Viagra, medicamento contra a impotência.


VIH infecta células utilizando uma “porta de entrada” molecular

Uma técnica avançada de reprodução de imagens conhecida como tomografia electrónica permitiu aos investigadores do National Cancer Institute (NCI) visualizar uma “porta de entrada”, uma estrutura única formada entre o VIH e uma célula no momento da infecção.

De acordo com a descoberta publicada na edição da PLoS Pathogens, "visualizar os mecanismos moleculares através dos quais o VIH e vírus relacionados entram nas células hospedeiras pode potencialmente conduzir à identificação de novos medicamentos."

Segundo Elias Zerhouni, MD, Director do National Institutes of Health, "esta elegante investigação não só nos fornece perspectivas de como o VIH e vírus relacionados interagem com as proteínas da superfície das células e integram o seu ADN, como também fornecem pistas importantes sobre como delinear e melhorar a terapêutica anti-VIH."

Neste estudo, os cientistas mostraram que, na verdade, a interacção toma a forma de um firme aglomerado de 5 a 7 estruturas em forma de haste. Esta impressionante disposição foi apelidada de “porta de entrada” pelos investigadores.

Raquel Pacheco

Fonte: AidsPortugal.com/Pfizer/ PLoS Pathogens/NCI