segunda-feira, 4 de junho de 2007

Adalimumab reduz risco de internamento na doença de Crohn

Os doentes de Chohn que estão a ser tratados mas que não experimentaram ainda resultados satisfatórios no controlo dos sintomas graves e embaraçosos da doença com os tratamentos convencionais têm agora uma nova alternativa terapêutica no mercado. O Humira, medicamento produzido e comercializado pela farmacêutica Abbott que tem como substância activa o adalimumab, parece reduzir em cerca de 60 por cento o risco de internamento em apenas um ano.

Depois de, nos primeiros dias de Maio, o Humira – que tinha já sido indicado para o tratamento da artrite reumatóide, da psoríase e da espondilite anquilosante – ter recebido aprovação do comité científico da Agência Europeia do Medicamento para ser utilizado também no tratamento da Doença de Crohn, convertendo-se então no primeiro medicamento biológico auto-administrado para aquela enfermidade, dados agora divulgados no âmbito da Semana das Doenças Digestivas que decorre em Washington, nos Estados Unidos, confirmam que, quando usado no tratamento das formas moderada e severa da doença, o anticorpo monoclonal adalimumab permite reduzir em quase 60 por cento o risco de internamento em apenas um ano.
Descrita pela primeira vez em 1932 pelo médico norte-americano Burril B. Crohn como uma inflamação crónica no intestino delgado que deixa cicatrizes na parede intestinal, é uma patologia grave, que afecta mais de um milhão de pessoas só na Europa e na América do Norte. Podendo ser diagnosticada a qualquer momento da vida da pessoa, é no entanto mais frequente em adultos jovens, antes dos 40 anos, que poderão ter de ser hospitalizados em virtude de sintomas como febre, vómitos e diarreias, obstrução intestinal e infecções, que muitas vezes tornam necessária a intervenção cirúrgica.

Carla Teixeira
Fontes: PM Farma e site do Humira

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