segunda-feira, 4 de junho de 2007

Música alta provoca problemas auditivos aos jovens portugueses

Os jovens portugueses estão cada vez mais a ser afectados por problemas auditivos, que podem conduzir à surdez, resultantes da exposição continuada a música alta, especialmente em discotecas, bares, concertos e pela utilização de aparelhos de música portáteis com auriculares, em particular os mp3.

Actualmente, os jovens interessam-se cada vez mais por música e pelas novas tecnologias e o estilo de vida leva-os a frequentar locais de diversão onde a música alta é a principal atracção. Segundo peritos a nível mundial, a combinação entre o elevado nível do som destes locais e a exposição continuada está a criar uma geração com problemas auditivos.

Peritos portugueses afirmam que se tem verificado um aumento de traumatismos sonoros, isto é, uma lesão do ouvido interno resultante da exposição regular e contínua a elevados níveis de ruído (acima dos 85 decibéis), sendo estas lesões irreversíveis e que podem levar, em última instância, à surdez. Os especialistas salientam que quando a audição é afectada, não existem nem medicamentos nem intervenções cirúrgicas capazes de resolver o problema.

Apesar de não haver estudos oficiais sobre a quantidade de pessoas com problemas auditivos, estima-se que, em Portugal, haja cerca de um milhão de pessoas afectadas. Geralmente, as pessoas com problemas auditivos são as mais idosas, contudo tem-se verificado um aumento nas faixas etárias mais jovens.

Muitas vezes os jovens quando saem das discotecas ou concertos notam um zumbido nos ouvidos e só nessa altura é que se apercebem que estiveram expostos a um elevado nível de ruído. Segundo os especialistas, este zumbido é um sinal de uma diminuição momentânea do limiar auditivo, que depois de várias repetições pode ser definitivo.

Os grupos de risco, no que se refere à diminuição da acuidade auditiva, são principalmente aqueles que trabalham no meio musical ou que frequentam regularmente espaços com música alta, sendo que nestes locais a intensidade do som pode atingir ou ultrapassar os 120 decibéis, excedendo assim os limites considerados de risco para a audição.

Isabel Marques

Fonte: Sol e Diário Digital

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