segunda-feira, 4 de junho de 2007

Investigadores americanos desenvolvem Biocomputadores moleculares implantáveis

Investigadores americanos das Universidades de Harvard e Princeton estão a fazer avanços significativos no que se refere à criação de minúsculos computadores biológicos que um dia irão desempenhar as funções de “médicos moleculares” capazes de monitorar a actividade e características das células humanas.

Estes computadores moleculares são constituídos inteiramente por ADN, RNA e proteínas e a informação que transmitem pode revolucionar a medicina, ao permitir dirigir as terapias directamente às células ou tecidos doentes.

Segundo Yaakov Benenson, investigador de Harvard, cada célula humana já contém todas as ferramentas necessárias para a construção destes biocomputadores por si só. Tudo o que é preciso é uma planta genética da máquina e a nossa própria biologia fará o resto. As nossas células irão literalmente construir estes biocomputadores para nós.

Benenson explica que actualmente não existem as ferramentas necessárias para ler os sinais celulares, mas estes biocomputadores podem traduzir complexas assinaturas celulares, tais como actividades de múltiplos genes, num sinal visível. Podem ser programados para automaticamente traduzir esse sinal numa acção concreta, ou seja, tanto podem ser usados para marcar uma célula para o médico tratar, como podem accionar uma acção terapêutica eles próprios.

Os cálculos de um biocomputador, apesar de matematicamente simples, podem permitir aos investigadores construir biosensores ou sistemas de aplicação de medicamentos capazes de seleccionar tipos específicos ou grupos de células no corpo humano. Um autómato molecular pode permitir aos médicos atingir específica e unicamente células cancerígenas ou doentes, através de uma integração sofisticada de sinais intracelulares da doença, sem afectar as células saudáveis.


Isabel Marques

Fonte: Diário Digital e Harvard University Gazette Online

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