segunda-feira, 4 de junho de 2007

Portugal formou apenas 30 técnicos para solários

Os solários proliferam, mas em Portugal os técnicos qualificados para trabalhar nestes espaços são apenas 30. No final de 2005, o Governo aprovou um decreto-lei que pretendia regulamentar esta actividade, definindo “o regime de instalação e funcionamento, bem como os requisitos de segurança a que devem obedecer os estabelecimentos”. Mas a realidade mostra que este diploma está ainda longe de ser cumprido.
Desde a aprovação deste decreto-lei, foram levadas a cabo apenas duas acções de formação nesta área, ambas promovidas pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, uma em Lisboa e outra no Porto. Nos cursos inscreveram-se apenas 17 e 14 pessoas, das quais algumas viriam mesmo a desistir.
Apesar de a lei determinar a “obrigatoriedade de formação especifica para os profissionais que prestem serviço nos centro de bronzeamento”, prevendo a parceria do IEFP com a Direcção-Geral de Saúde, na administração desta formação. O prazo apontado para a conclusão destas acções de formação foi o dia 2 de Junho de 2006.
Os especialistas apontam o cancro da pele, o envelhecimento cutâneo e as lesões oculares como possíveis efeitos de uma abusiva exposição solar.
O IEFP confirmou apenas ter desenvolvido duas acções de formação, não adiantando, no entanto, qualquer explicação para esta lacuna.
Os centros de bronzeamento artificial continuam sem fiscalização, apesar dos alertas que se têm registado, para os riscos que o uso incorrecto destes equipamentos acarreta.

Inês de Matos

Fonte: Rádio Renascença

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