terça-feira, 19 de junho de 2007

Anunciantes portugueses comprometem-se a reduzir publicidade ao fast-food

As marcas de fast-food já deram início a uma redução das publicidades de fast-food dirigidas às crianças. O objectivo é cumprir as directrizes da Comissão Europeia e parar com os incentivos à obesidade.

Em declarações à agência Lusa, a secretária geral da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN), Manuela Botelho, afirmou que “os anunciantes portugueses estão já a desenvolver um conjunto de iniciativas que vão ao encontro do que a Comissão Europeia preconiza".

A eliminação da publicidade que incita os mais novos a ingerirem alimentos pouco saudáveis foi uma exigência avançada pela Comissão Europeia para travar os números crescentes no que toca à obesidade. Os anunciantes acataram a decisão e vão cumprir a norma de forma voluntária, face às ameaças desta vir a ser imposta através de legislação restritiva.

Um apelo à auto-regulação que parece estar a dar frutos, reconhece a secretária geral da Associação de Anunciantes. Os exemplos estão à vista. “Em Portugal existem já várias empresas que não só alteraram os conteúdos da sua comunicação como deixaram de comunicar em horários infantis”, sublinhou a mesma responsável.

Há ainda algumas marcas de fast-food que optaram por aderir a iniciativas que passam pela “reformulação de produtos e criação de novos produtos com mais baixo teor de açúcar, sal e gordura”, pela "melhoria da informação nutricional" e por "campanhas de promoção à actividade física".

Manuela Botelho garante que “os anunciantes portugueses estão conscientes do problema da obesidade e têm vindo a manifestar em diversas instâncias o seu compromisso de colaboração no sentido de ser parte da solução deste problema”.

A prova dos nove será realizada em 2010, altura em que a União Europeia irá monitorar a actuação da indústria relativamente a estas iniciativas. Se houver irregularidades, serão então adoptadas medidas mais sólidas.

A APAN diz-se solidária com as preocupações das empresas, e assegura que vai procurar “desenvolver iniciativas pró-activas no sentido de sensibilizar, promover e antecipar todas as questões que possam pôr em causa o futuro da comunicação comercial”, concluiu Manuela Botelho.

Marta Bilro

Fonte: Açoriano Oriental, Lusa.

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