terça-feira, 19 de junho de 2007

Erros na quimioterapia com crianças

Investigadores da Universidade John Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos, concluíram que entre 1999 e 2004 houve pelo menos 300 erros de medicação de crianças em tratamento de quimioterapia em diversos hospitais, clínicas e outras instituições de saúde daquele país. O estudo foi publicado na revista «Cancer».

A dose a administrar aos pacientes de quimioterapia infantil é calculada com base no seu peso, altura e idade, mas são relativamente frequentes os erros de cálculo quanto à quantidade de medicamento a administrar, a melhor altura para o fazer ou a frequência com que os pequenos doentes têm de receber o fármaco. Apesar de não haver muitos estudos que abordem com profundidade esta matéria, o grupo de cientistas da universidade norte-americana liderado por Marlene Miller avaliou uma base de dados que documenta precisamente a ocorrência de erros de medicação, e constatou que, naquele período, foram registados mais de 829 mil erros daquele tipo, sendo que 30 mil afectavam doentes com menos de 18 anos de idade, e pelo menos 300 diziam respeito a problemas relacionados com a quimioterapia.
De acordo com os dados apurados no estudo agora divulgado, uma faixa de 85 por cento dos erros relatados afectou significativamente os doentes, enquanto em 16 por cento dos casos os enganos foram suficientemente graves para exigir atenção médica imediata. Cerca de metade dos procedimentos errados teve origem na escolha errada do momento para a administração do medicamento, 23 por cento deveram-se a doses erradas, e outros 23 por cento tiveram por base equívocos relativos à frequência da toma ou ao timming da sua administração.

Carla Teixeira
Fonte: El Mundo

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