Quase metade dos hospitais portugueses com serviço de obstetrícia, fez já chegar ao Infarmed um pedido de autorização especial, de forma a adquirirem o medicamento Mifepristone, vulgarmente conhecida como pílula abortiva.
Segundo dados da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), 19 dos 40 hospitais nacionais, já pediram este medicamento. Até ao momento, todos os pedidos foram diferidos.
O Mifepristone não é comercializado em Portugal, dai que para o importar, os hospitais tenham que efectuar um pedido ao Infarmed, de forma a obter uma autorização especial, que lhes permita adquirir o medicamento.
Os pedidos de autorização especial, surgiram na sequência de uma decisão do ministro da Saúde, Correia de Campos, que autorizou os hospitais a adquirir o comprimido, para que pudesse ser cumprida a lei em vigor, que autoriza o aborto apenas em três situações especificas. No entanto, o cenário deverá alterar-se com a nova lei do aborto, que deverá estar concluída até quinta-feira.
Os maiores pedidos foram feitos pelos hospitais de São Sebastião, em Santa Maria da Feira e de Faro, que pediram 1500 e 600 unidades, respectivamente. Em contrapartida, o Centro Hospitalar de Torres Vedras, registou o pedido mais reduzido, com apenas seis unidades.
Esta semana registaram-se mais três pedidos, o do Centro Hospitalar do Médio Ave, em Santo Tirso, o Hospital Distrital de Macedo de Cavaleiros e o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Na capital registam-se apenas dois pedidos, o de Santa Maria, que solicitou 60 unidades, e o da Maternidade Alfredo da Costa, que pediu 102 pílulas.
Inês de Matos
Fonte: Lusa
terça-feira, 19 de junho de 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário