terça-feira, 19 de junho de 2007

Metade dos hospitais portugueses já solicitou aquisição da pílula abortiva

Quase metade dos hospitais portugueses com serviço de obstetrícia, fez já chegar ao Infarmed um pedido de autorização especial, de forma a adquirirem o medicamento Mifepristone, vulgarmente conhecida como pílula abortiva.

Segundo dados da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), 19 dos 40 hospitais nacionais, já pediram este medicamento. Até ao momento, todos os pedidos foram diferidos.

O Mifepristone não é comercializado em Portugal, dai que para o importar, os hospitais tenham que efectuar um pedido ao Infarmed, de forma a obter uma autorização especial, que lhes permita adquirir o medicamento.

Os pedidos de autorização especial, surgiram na sequência de uma decisão do ministro da Saúde, Correia de Campos, que autorizou os hospitais a adquirir o comprimido, para que pudesse ser cumprida a lei em vigor, que autoriza o aborto apenas em três situações especificas. No entanto, o cenário deverá alterar-se com a nova lei do aborto, que deverá estar concluída até quinta-feira.

Os maiores pedidos foram feitos pelos hospitais de São Sebastião, em Santa Maria da Feira e de Faro, que pediram 1500 e 600 unidades, respectivamente. Em contrapartida, o Centro Hospitalar de Torres Vedras, registou o pedido mais reduzido, com apenas seis unidades.

Esta semana registaram-se mais três pedidos, o do Centro Hospitalar do Médio Ave, em Santo Tirso, o Hospital Distrital de Macedo de Cavaleiros e o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Na capital registam-se apenas dois pedidos, o de Santa Maria, que solicitou 60 unidades, e o da Maternidade Alfredo da Costa, que pediu 102 pílulas.

Inês de Matos

Fonte: Lusa

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