terça-feira, 12 de junho de 2007

Criação de um centro hospitalar de Viseu e de Tondela

Na sequência da "tendência" que se tem verificado tanto em Portugal como noutros países,o ministro da Saúde, Correia de Campos, afirmou hoje que deverá ser criado um centro hospitalar que incluirá os Hospitais de Viseu e de Tondela, cuja transição acontecerá em várias etapas.
Essa tendência de criar centros hospitalares pretende, por um lado, evitar "a progressiva evolução para fragilização do pequeno estabelecimento, que deixa de atrair médicos e enfermeiros novos" e, por outro, os "custos normalmente altos dos tratamentos por diagnóstico do paciente".
O ministro explicou que visto este caso ser ser uma associação, com tempo e com vagar,passará provavelmente por mais do que uma etapa de transição", explicou.
Todavia admitiu existir "alguma dificuldade jurídica nessa integração", já que o Hospital de Viseu é uma Entidade Pública Empresarial e o de Tondela pertence ao sector público administrativo o que, "Torna-se um pouco mais complexo."
No final de Maio, o PSD de Tondela pediu a Correia de Campos que esclarecesse qual o futuro do hospital local, exortando-o a divulgar um estudo que sustentaria a decisão de criar, ou não, o centro hospitalar.
O PSD decidiu reiterar a sua oposição à criação do centro hospitalar e exigir os esclarecimentos ao governante,por considerar que existem "demasiadas contradições" relativamente ao futuro do hospital.
"Queremos acreditar que o senhor ministro mantém a palavra de que não faria nada ao arrepio das vontades locais, nomeadamente da Câmara Municipal, e das populações", defendeu João Carlos Figueiredo,presidente da Concelhia do PSD.
O governante garantiu aos jornalistas não querer que o hospital de Tondela "perca a sua capacidade", considerando que, pelo contrário, "pode ter uma especialização produtiva muito boa"e que têm " muito interesse que aquilo que é bom seja melhor ainda e que o hospital não decaia".
Correia de Campos adiantou desconhecer a opinião do presidente da Câmara de Tondela, Carlos Marta (PSD), sobre o assunto mas considerou que "só se pode dizer se as pessoas são contra ou a favor depois de verem a solução".
No entanto, "a decisão final, naturalmente, é do poder central", realçou, acrescentando não ter ainda analisado também a integração, inicialmente falada, do Hospital de Seia.

Sandra Cunha

Fonte:Lusa

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