O advogado que representa os ex-trabalhadores, Paulo Cunha Torres, referiu que para além destas seis acções judiciais, estão a ser preparadas outros quatro processos de indemnizações de ex-funcionários com base nas mesmas alegações.
Um outro grupo de funcionários da Eli Lilly está a trabalhar em conjunto com o seu representante legal para reunir antecipadamente provas que certifiquem que os trabalhadores foram expostos às substâncias contaminantes. O objectivo é entrar na justiça com uma acção colectiva e um pedido de indemnização à multinacional.
Elias Soares Vieira, um dos antigos funcionários ao qual foi retirado um rim e detectado cancro no outro, garante que os problemas de saúde estão relacionados com o trabalho desempenhado para a farmacêutica entre 1988 e 1996. Segundo o advogado, os trabalhadores exerciam as suas actividades laborais sem equipamentos de protecção e teriam sido submetidos a contaminações através do ar, da água e do solo.
A Eli Lilly do Brasil não admite qualquer relação entre os problemas de saúde dos ex-trabalhadores e as actividades laborais exercidas na empresa. De acordo com o laboratório, em 2004 foram detectados no local resíduos de baixa toxicidade e sem efeitos nocivos. Estas substâncias seriam derivadas da produção de herbicidas, o que levou a farmacêutica a fazer uma auto-denuncia às autoridades competentes. Desde esse momento a empresa tem levado a cabo um projecto de recuperação da área.
Marta Bilro
Fonte: Paulínia News
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